Mara Moreira - Mulher Vivendo com HIV/Aids |
- programa em Familia do Canal Saude
- Com HIV "cercado", cientistas querem erradicar epidemia da aids até 2030
- XVII VIVENDO
- Relatório da Reunião organizada pela UNFPA de apresentação dos resultados de pesquisas sobre saúde sexual e reprodutiva de mulheres vivendo com HIV/AIDS.
Posted: 05 Feb 2015 06:20 AM PST
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Posted: 20 Aug 2014 10:53 AM PDT
Com HIV "cercado", cientistas querem erradicar epidemia da aids até 2030Vírus foi colocado contra a parede - resta saber como destruí-lo nos "esconderijos" para onde escapa
18/08/2014 | 08h01
A comunidade científica quer erradicar a epidemia de aids até 2030. A meta foi anunciada em Melbourne, na Austrália, no fechamento da 20ª Conferência Internacional sobre a Aids, soprando otimismo em um evento que transcorreu entristecido pela morte de seis pesquisadores que rumavam para o encontro a bordo do voo MH17, abatido no leste da Ucrânia em 17 de julho.
Sob o desalento da perda de especialistas como o holandês Joep Lange, que presidiu a Sociedade Internacional de Aids entre 2002 e 2004, o evento sediou o anúncio de que o vírus HIV, “flagrado” em estado de hibernação, pela primeira vez foi forçado a abandonar as células e se soltar no sangue. O avanço foi registrado por Ole Søgaard, da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, cuja equipe administrou em pacientes o Romidepsin, medicamento para combater o câncer.
Se os antirretrovirais que compõem o coquetel contra a aids reduzem o vírus a uma pequena população adormecida, que não replica o HIV, a técnica dos dinamarqueses expulsa o vírus desse “esconderijo”. O que persiste insolúvel é o desafio de matar essa última reserva do vírus, que sempre ameaça tomar conta do organismo, exigindo a administração periódica do coquetel.
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– A pesquisa comprova que é possível atingir o vírus mesmo em estado de latência, mas ainda não conseguimos matar as células que fazem parte desse reservatório e que estão na matriz do sangue. Já sabemos isolar e neutralizar o vírus com o coquetel. O passo adicional seria atacar a população do vírus que fica – explica Eduardo Sprinz, infectologista do Hospital de Clínicas especializado no tratamento da aids.
Ainda que o HIV esteja escasso a ponto de não ser detectável, deixar de tomar os antirretrovirais permite que o vírus latente acorde e se restabeleça. Uma cura completa envolveria matar todas as células infectadas. Mas, como a matança não pode ser indiscriminada, sob pena de derrubar também todas as células saudáveis do paciente, é preciso descobrir um modo de atacar apenas o reservatório do vírus.
– A infecção já é controlável. Embora a cura esteja d istante, sabemos qual caminho seguir. Sozinha, a estratégia de tentar provocar a célula dormente não é suficiente. Se tivéssemos uma forma de marcar as células para que fossem miradas, como alvos, seria muito interessante – diz Sprinz.
O tratamento
Já uma cura “funcional” manteria o vírus adormecido mesmo depois de o paciente abandonar o coquetel. É o que parecia ter acontecido com a “bebê do Mississippi”, que, logo nasceu, já foi medicada. Em 18 meses, a criança parecia estar livre do HIV recebido da mãe, mas o vírus reapareceu dois anos depois da suspensão do tratamento.
Até agora, a única cura amplamente reconhecida é a do “paciente de Berlim”, como é conhecido o americano Timothy Ray Brown. Por força de uma leucemia, Brown teve de passar por dois transplantes de medula óssea. Os doadores tinham genes resistentes ao HIV, e as cirurgias acabaram nocauteando não só a leucemia, como também a aids. No mês passado, foi divulgado que dois australianos passaram pelo procedimento, obtendo o mesmo sucesso. Mas a cirurgia, cara e arriscada, passa longe de oferecer uma alternativa prática e abrangente para tratar uma doença epidêmica.
A conferência em Melbourne apresentou uma redução dos casos de aids no mundo. Em contrapartida, no Brasil, houve um aumento de 11%.
– A redução ocorreu na maior parte dos países mais atingidos, como a África do Sul e as nações da África subsaariana, onde a epidemia claramente tem padrão heterossexual. Onde o padrão é diferente, não caiu. É o caso de Inglaterra, Estados Unidos, Brasil, Bélgica – diz Ricardo Kuchenbecker, que, na condição de pesquisador do Instituto de Avaliação de Tecnologia em Saúde (IATS), foi convidado pelo Ministério da Saúde para representar o Brasil na conferência em Melbourne.
De acordo com Kuchenbecker, que também chefia o serviço de emergência do Hospital de Clínicas, não faltou medicação no Brasil nos últimos anos. O problema é que os infectados têm chegado muito tarde ao serviço de saúde.
– Eu apostaria na contramão do que foi discutido em Melbourne. A cura passa por aperfeiçoar o tratamento, mas estratégias de prevenção ainda são mais importantes. Apostam muito em uma estratégia biomédica, medicamentosa, e sem dúvida a eficácia disso é enorme, mas precisamos criar uma maneira de chegar a uma população mais ampla, que o serviço de saúde dificilmente atinge – argumenta.
Eduardo Sprinz concorda com o diagnóstico, defendendo que “o fato número um deve ser todas as pessoas terem acesso à medicação já existente”.
– Se tu consegues ter em cada esquina uma Coca-Cola, há como montar uma estrutura para distribuir medicação também – sugere.
Ao comentar a meta política “mobilizadora” de Melbourne, Kuchenbecker salienta que, pela primeira vez, é possível prever o controle de uma epidemia tão grande.
– Houve momentos em que erradicamos doenças, mas em termos de pessoas atingidas e mortalidade absolutamente menores. Falamos hoje de uma doença que compreende 36 milhões de pessoas. Seria inédito – conclui.
Vírus em queda
O HIV cria cópias de si mesmo ao inserir o seu código genético nas células humanas. As células infectadas replicam o HIV e morrem em seguida, processo que é interrompido pelos antirretrovirais, que controlam o vírus ao reduzi-lo a concentrações mínimas no sangue. Esse último depósito do HIV permanece adormecido em células que podem ficar anos a fio sem produzir cópias novas do vírus.
Como os tratamentos atuais não conseguem remover o material genético do HIV dessas células dormentes, os pacientes não podem parar de tomar diariamente o coquetel, porque sem ele nada garante que a doença não vá acordar e se restabelecer no organismo. As células mais atacadas pelo HIV são linfócitos que lideram a resposta do corpo contra bactérias e vírus – daí que a aids seja a aquisição de uma síndrome de imunodeficiência, perigosa por deixar o corpo suscetível a “infecções oportunistas” como a pneumonia e a tuberculose.
A recomendação é de que se use no mínimo três medicamentos antirretrovirais, pois o HIV se adapta às pressões das drogas no organismo e passa a produzir cópias com mutações resistentes ao tratamento, que começam a se reproduzir normalmente. O Brasil foi o primeiro país em desenvolvimento e o terceiro no mundo a distribuir esses medicamentos gratuitamente a todos os pacientes diagnosticados. A Unaids estima em cerca de 730 mil o número de brasileiros soropositivos.
Arte: Henrique Tramontina/Agencia RBS |
Posted: 15 Aug 2014 07:44 AM PDT
Mais um VIVENDO em nossas vidas...dessa vez queremos contar e ouvir histórias...para que esquecer o que nos faz viver e sentir saudades...
Quem viver virá!
Faça sua inscrição on-line agora e garanta sua vaga!
Para solicitar Bolsa VIVENDO leia as instruções com atenção.
Marcio Villard
... ter atitude é o que faz a diferença!
Assunto: INSCRIÇÃO NO XVII VIVENDO, CELEBRAÇÃO DA VIDDA E 2º BABADÃO DA DIVERSIDAIDS
https://docs.google.com/forms/ INSCRIÇÃO NO XVII VIVENDO, CELEBRAÇÃO DA VIDDA E 2º BABADÃO DA DIVERSIDAIDSINSCRIÇÃO NO XVII VIVENDO, CELEBRAÇÃO DA VIDDA E 2º BABADÃO DA DIVERSIDAIDS
XVII VIVENDO e Celebração da VIDDA - Valorização, Integração e Dignidade da Pessoa Vivendo com HIV e Aids – 25 Anos GPV-RJ e 2º BABADÃO da DiversidAids.
Local: Centro de Convenções da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro http://www.noveeventos.com.br/ Praça XV de Novembro nº 20, centro do Rio de Janeiro-RJ.
Data: 20 a 22/11/14
O XVII Encontro Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e Aids na perspectiva da Celebração “VIDDA” será um resgate da memória e da história do Movimento social de Luta contra a Aids no Brasil e que ao longo do tempo se consolidou com a formação de várias redes e que hoje pode ser melhor definido como um movimento diverso e democrático, mas que continua na perspectiva de um enfrentamento político integrado.
Prevemos a participação de 300 pessoas no XVII VIVENDO, entre PVHA, integrantes de Grupos, Redes e ONG/Aids, Movimentos Sociais e convidados para uma programação política e temática acerca dos principais dilemas para o enfrentamento do HIV e Aids hoje, tais como: debates e reflexões envolvendo as políticas públicas de saúde (SUS) e o enfrentamento da Aids; a sustentabilidade e a cooperação das ONG/Aids; os desafios na gestão pública das ações de saúde; sustentabilidade das ações comunitárias; as coinfecções; promoção da equidade em saúde; exclusão social e grupos estigmatizados pela epidemia; Viver com Aids (antes e hoje) ; Agendas colaborativas no enfrentamento do HIV e Aids; A assistência e o tratamento hoje; e as Metas e Políticas globais de enfrentamento da epidemia. O Encontro será de 20 e 22 de novembro de 2014 na cidade do Rio de Janeiro com previsão de 300 participantes envolvidos diretamente com o enfrentamento da epidemia de HIV e Aids no Brasil objetivando refletir, debater e contribuir a partir dos principais eixos, questões e dilemas cotidianos do VIVER com HIV e Aids: 1) Resposta global à epidemia de HIV e Aids - Intercâmbio e cooperação técnica e social entre grupos, redes e PVHA; 2) Promoção e defesa de direitos das PVHA – compartilhamento de experiências; 3) Mobilização Social e luta contra a Aids no Brasil – Quem somos hoje?; 4) A Agenda e dilemas das Coinfecções e Aids - DST, Tuberculose e Hepatites Virais como fortalecer redes e espaços políticos no enfretamento?; 5) A atual política brasileira de enfrentamento do HIV e Aids – A Aids no SUS e a equidade na Saúde; 6) Novas tecnologias e a medicalização da prevenção – Avanços e Incertezas; 7) Dilemas das novas diretrizes de assistência em Aids no Brasil – Testar e Tratar!?!
PROGRAMAÇÃO PRELIMINAR:
20/11/14 – 1° Dia (quinta-feira)
10:00 às 13:00 – Pré VIVENDO - Atividades integradas e estratégicas
14:30 – Credenciamento 15:00 às 17:30 – Atividades Temáticas dos Eixos 1, 2 e 3 18:00 às 19:30 – Abertura do XVII VIVENDO – Histórias Pré PositHIVas - VIVER com Aids antes e depois daquele tempo...
21/11/14 – 2° Dia (sexta-feira)
09:00 às 09:30 – Acolhimento e Atividade Cultural
09:30 às 10:45 – Mesa Disparadora dos Eixos 4 e 5 11:00 às 13:00 - Atividades Temáticas dos Eixos 4 e 5 13:00 às 14:30 - Almoço 14:30 às 17:30 – Oficinas, Tribunas e Atividades autogestionadas do Eixo 6 18:00 às 19:00 – DHIVAN – A nossa História todos os dias “Viva a Vida!”
07/11/2014 – 3º Dia (sábado)
09:00 às 09:30 – Acolhimento e Atividade Cultural
09:30 às 10:45 – Mesa Disparadora do Eixo 7 11:00 às 13:00 Atividades Temáticas do Eixo Temático 7 13:00 às 14:30 - Almoço 14:30 às 17:00 – Oficinas, Tribunas e Atividades autogestionadas – Histórias Pré PositHIVas 2 17:30 às 20:00 – Celebração 25 Anos do GPV-RJ e 2º Babadão da DiversidAids - “Quem viveu virá!”
Como participar?
Todos terão que realizar a inscrição on-line até 19/09. A inscrição dá direito a participação, materiais e alimentação.
Participantes fora da região metropolitana do Rio de Janeiro poderão solicitar Bolsa VIVENDO. A mesma será concedida integral (ressarcimento de passagem, hospedagem e alimentação) ou parcial (sem ressarcimento de passagem).
Para solicitar Bolsa VIVENDO os participantes terão que enviar proposta da seguinte forma:
1) Histórias Pré PositHIVas – envie sua História Vivendo ou Convivendo com HIV e Aids (tema livre) – texto com resumo de até 5 linhas e apresentação de no máximo 500 caracteres.
2) DHIVAN “ Viva a Vida” – escolha um dos Eixos Temáticos e conte a sua experiência PositHIVa - texto com resumo de até 5 linhas e apresentação de no máximo 500 caracteres.
3) “Viva a Vida 25 Anos” Nossa História todos os dias – envie um vídeo de no máximo 5 minutos da sua experiência em viver com HIV e Aids
4) Atividades Autogestionadas – envie proposta de Oficinas, tribunas e Rodas a partir dos Eixos Temáticos do 17º VIVENDO
Orientação para postagem:
As propostas juntamente com a impressão da Inscrição on-line devem ser enviadas por correspondência registrada para a Coordenação do 17º VIVENDO até 12/09 – Av. Rio Branco 135 sala 709, centro, Rio de Janeiro/RJ, cep 20040-006
Esperamos tod@s em mais esse capítulo da nossa história. Viva a Vida!!!
Dúvidas e informações: gpvrj@pelavidda.org.br
20 a 22 de novembro de 2014 - Centro de Convenções da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro - Praça XV - Centro/RJ |
Posted: 15 Aug 2014 07:41 AM PDT
Relatório da Reunião organizada pela UNFPA de apresentação dos resultados de pesquisas sobre saúde sexual e reprodutiva de mulheres vivendo com HIV/AIDS.
A pesquisa apoiada pela UNFPA intitulada “GENIH: Gênero e infecção pelo HIV: estudos sobre práticas e decisões relativas à saúde sexual e reprodutiva” compõe um conjunto de iniciativas que visam suprir a lacuna de conhecimento sobre as questões de saúde sexual e reprodutiva das mulheres vivendo com HIV/Aids (MVHA), apresentada pelo estado de São Paulo e Porto Alegre.
Em São Paulo, coordenada pelo Núcleo de Estudos de População da Universidade de Campinas (NEPO/UNICAMP), teve como objetivo principal investigar aspectos
Os objetivos específicos da pesquisa destacam-se:
1) Comparar características sociodemográficas e de comportamento sexual e reprodutivo de MVHA e MNVHA, incluindo acesso e uso de métodos contraceptivos, a ocorrência de gravidez não planejada, e histórico de interrupção de gestação; 2) Descrever e comparar a proporção de MVHA e MNVHA que relatam situações de violência psicológica, física e/ou sexual sofrida e a associação desses episódios com aspectos da saúde sexual e reprodutiva de MVHA e MNVHA; 3) Entre MVHA, investigar a especificidade da infecção pelo HIV/AIDS nas decisões e 4) Investigar a associação de características dos serviços de saúde e da assistência à saúde sexual e reprodutiva de MVHA e MNVHA com suas práticas/decisões contraceptivas e reprodutivas; 5) Investigar e comparar entre MVHA e MNVHA os fatores individuais, relacionais, sociais e programáticos/ institucionais associados a práticas contraceptivas em uso, a ocorrência de gravidez não planejada e ao histórico de interrupção de gestação. Em Porto Alegre, a pesquisa teve o objetivo de também avaliar as especificidades das mulheres vivendo com HIV/Aids no que concerne à saúde sexual e reprodutiva, comparando-as com mulheres soronegativas para o HIV, foi realizada em Porto Alegre pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) a pesquisa “Saúde Sexual e Reprodutiva de Mulheres Vivendo no Contexto da Epidemia do HIV/Aids em Porto Alegre”. Entre os objetivos específicos, destacam-se: 1) Avaliar a associação entre o diagnóstico de soropositividade para o HIV/Aids e a prática de aborto; 2) Avaliar a associação de soropositividade para o HIV/Aids e o relato de violência física e sexual; 3) Investigar o uso de métodos contraceptivos pelas mulheres que vivem com HIV/Aids ; 4) Compreender as especificidades do contexto de vulnerabilidade para o vírus que se apresenta para as mulheres infectadas pelo HIV/Aids em relação às mulheres soronegativas.
O apoio do UNFPA ao estudo GENIH e a divulgação dos resultados das duas pesquisas é parte de sua estratégia de gestão do conhecimento e cooperação para fortalecimento da integração entre saúde sexual e reprodutiva e direitos sexuais e reprodutivos e HIV/AIDS, compondo seus esforços para apoiar a produção de evidências que subsidiem a tomada de decisões em saúde sexual e reprodutiva com equidade de gênero, faixa etária, raça e etnia.
O Objetivo da reunião realizada pela UNFPA realizada em Brasília no dia 12 de agosto, em Divulgar e discutir os resultados dos estudos “GENIH: Gênero e infecção pelo HIV: estudos sobre práticas e decisões relativas à saúde sexual e reprodutiva” e “Saúde Sexual e Reprodutiva de Mulheres Vivendo no Contexto da Epidemia do HIV/Aids em Porto Alegre e São Paulo”.
Estiveram presentes ministérios das relações exteriores,Ministério do trabalho, Secretaria Nacional da juventude, Ministério da Saúde, Gestores municipais dos estados sede da pesquisa em São Paulo e Porto Alegre, e a sociedade civil o Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas(Mara Moreira) e a Rede Jovem (RONI /DF), sentimos a falta da SPM- Nacional e do Departamento Nacional de Aids na pessoa do Sr. Marcelo Freitas onde foi falado especificamente de sua área, apesar de estarem presentes as técnicas TAINA e DAMIANA nada defenderam a área da assistência e prevenção a qual foi apontada nessa pesquisa as deficiências existida, bem contra fatos não há argumentos realmente, mais as demandas tem que ser encaminhadas e corrigidas pelo Departamento de DST/AIDS.
E esperamos que depois de publicada a amplamente divulgadas pela UNFPA, os resultados desta pesquisa sejam também apresentadas aos fóruns de ONG AIDS especificamente de São Paulo e Sul, onde poderão respaldar vários documentos que já temos apontados estas deficiências nas áreas de prevenção e assistências.
Não há dúvidas de que o preconceito e o estigma contra mulheres positivas, aliados com impacto social da AIDS, têm contribuído para o aumento dramático da infecção do HIV entre as brasileiras durante os últimos anos. Embora o tema Aids seja hoje abordado mais abertamente, o preconceito ainda é a tônica principal de qualquer discussão. Além disso, a maior parte da população urbana provavelmente já travou contato com as informações necessárias à prevenção do HIV sem que isto acarretasse a adoção de práticas seguras de proteção, aponta a pesquisa realizada pela NEPO/UNICAMP e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e apresentada pela UNFPA.
A falta de informação unida ao preconceito contribui, a cada dia, para o aumento dos casos de Aids e outras doenças transmissíveis pelas relações sexuais, interferindo cada vez mais na saúde da população.
Os resultados dessas pesquisas demonstram que a epidemia do HIV/Aids continua crescendo e atingindo as mulheres não importando sua raça, credo ou orientação sexual. Questões como direitos sexuais e reprodutivos, direitos sociais e a qualificação dos serviços para uma intervenção mais adequada às necessidades e especificidades das mulheres.
Nós do MNCP(Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas ) já sinalizamos também estas deficiências em vários documentos recentemente pelo Rio de janeiro nos pontosrelacionadas à perda de nossos direitos sexuais e reprodutivos no âmbito da assistência e da prevenção a AIDS, reivindicamos:
1. O conhecimento é um fator identificado como “chave” no fortalecimento das ações, pois é a ferramenta indispensável para fortalecer mulheres, pois uma vida com HIV pode ser positiva, negativo é o preconceito.
2.Implementação de uma portaria sobre Reprodução Humana Assistida (A portaria nº 3.149 do Ministério da Saúde, de 28 de dezembro de 2012) garantindo assim os direitos sexuais e reprodutivos de mulheres com HIV/AIDS;
3.Garantia do acesso a profilaxia pós-exposição ao HIV e DST, para as mulheres vítimas de violência sexual e a disponibilidade, imediata, das novas tecnologias de prevenção no SUS.
4. Investimento em pesquisas sobre: HTLV, efeitos adversos relacionados aos ARV´S (Menopausa e Envelhecimento Precoce, Neuroaids, dentre outros).
5. Apoio à formação de mulheres vivendo e convivendo com HIV/AIDS em temas relacionados a: Prevenção Positiva, Lipodistrofia, Violência, Reprodução humana assistida e efeitos adversos.
6.Incluir na política de promoção de equidade em saúde o plano integrado de enfrentamento à feminização da epidemia em HIV/AIDS e outras DST e Hepatites Virais.
7.Implementação nos Estados e Municípios das diretrizes do plano de feminização.
8.Planejamento do plano de redução de contracepção e concepção.
9.Prevenção a cesárea eletiva da transmissão vertical do HIV, do HTLV, Sífilis e Hepatites Virais.
10. Fornecimento de fórmula láctea continua para filhos de mulheres vivendo com HIV/AIDS e HTLV.
11. Garantia do emprego e trabalho da Mulher Vivendo com HIV/Aids respeitando a recomendação 200 IOT.
Acreditamos que com o compromisso de todos, teremos respostas para estas demandas e assim, garantirmos uma vida segura, digna e saudável para todas nós Mulheres vivendo com HIV/AIDS no Brasil.
Jucimara de Almeida Moreira
Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas
Rio de Janeiro, 13 de Agosto de 2014.
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