Rosalba rebateu críticas dos membros do
CFM e Fenam (Foto: Ricardo Araújo/G1)
A governadora do Rio Grande do Norte,
Rosalba Ciarlini, será denunciada à Organização dos Estados Americanos
(OEA) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e Federação Nacional dos
Médicos (Fenam). Em vistoria ao Hospital Walfredo Gurgel na manhã desta
terça-feira (18), os conselheiros José Murisset e Aloísio Tibiriçá
identificaram problemas que, segundo eles, ferem os princípios da ética
e da dignidade humana e irão encaminhar um relatório ao Ministério da
Saúde.
Durante
90 minutos, representantes do Governo do Estado, do Sindicato dos
Médicos, diretores de hospitais estaduais e os membros do Conselho e da
Federação discutiram a situação dos serviços de Saúde no estado. A
reunião foi marcada pela elevação do tom de voz entre os participantes
e por um princípio de choro da governadora Rosalba Ciarlini.
Rosalba e secretários se reuniram com membro do
CFM (Foto: Ricardo Araújo/G1)
A
governadora iniciou a discussão relatando dificuldades financeiras
enfrentadas pelo Governo para investir na melhoria da infraestrutura da
Saúde pública estadual e confirmou que, para 2013 a previsão
orçamentária para a pasta é de R$ 1,2 bilhão. Rosalba comentou, ainda,
que o Estado somente recebeu em torno de R$ 230 milhões em 2011 via
Fundo Nacional da Saúde.
Entretanto,
o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Aloísio Tibiriçá,
rebateu a informação alegando que o DataSUS (sistema do Governo Federal
com informações sobre o valor dos repasses da União para os estados)
informava que R$ 800 milhões haviam sido encaminhados ao RN no ano
passado para serem investidos na Saúde. Rosalba Ciarlini recuou e
partiu para o discurso do pedido de ajuda e colaboração dos membros dos
órgãos federais. As críticas à gestão da Saúde Estadual, porém, não
cessaram.
Aloísio
Tibiriçá relatou aos presentes na reunião que as condições de trabalho
no Walfredo Gurgel ferem o princípio da ética. O secretário chefe do
Gabinete Civil Estadual, José Anselmo de Carvalho retrucou afirmando
que o conceito de ética é muito subjetivo. Aloísio, por sua vez,
rebateu a crítica do secretário resumindo que a situação do hospital
fere os princípios da dignidade humana.
Rosalba se emocionou ao responder críticas
do presidente do Sinmed (Foto: Ricardo Araújo/G1)
Rosalba
Ciarlini interrompeu a discussão e questinou Aloísio: "Qual milagre eu
posso fazer hoje? Eu quero que você me diga". Aloísio, de forma
incisiva, respondeu que defenderia a intervenção federal na Saúde
Estadual. "Estou falando de um estado que decretou calamidade pública,
governadora", ressaltou Tibiriçá. A governadora solicitou que a
situação do estado como um todo fosse analisada antes que o pedido de
intervenção federal fosse protocolado.
Ela
argumentou, ainda, que os custos com a folha de pessoal da Saúde chega
a 70% dos valores disponíveis e as horas trabalhadas pelos médicos não
correspondem às contratadas. O presidente do Sindicato dos Médicos do
Rio Grande do Norte (Sinmed/RN), Geraldo Ferreira, teceu críticas à
governadora que a emocionaram e e a levaram ao seguinte argumento: "Eu
não sou irresponsável. Você não conhece minha história como médica. Em
35 anos de medicina nunca deixei de atender um paciente", enfatizou a
governadora, que é médica pediatra.
O que encontramos é uma incapacidade local de resolver o problema"
Aloísio Tibiriçá, vice-presidente do CFM
O
tom da reunião, por diversos momentos, se elevou. O controlador geral
do Estado, José Marcelo Ferreira Costa, questionou a Aloísio Tibiriçá
se ele sabia o que, de fato, é uma intervenção federal. Aloísio, por
sua vez, respondeu que conhecia o processo e o que os órgãos federais
querem, na realidade, é uma có-gestão da Saúde do RN entre a União e o
Governo do Estado. "O que encontramos é uma incapacidade local de
resolver o problema", ressaltou Tibiriçá.
Em
quase todas as falas, a governadora Rosalba Ciarlini tentava convencer
os membros dos órgãos federais da não-intervenção. Ela ressaltou que
todas as medidas para solução dos problemas estão em curso e,
inclusive, os convidou para visitar o estado ao final da validade do
decreto de calamidade pública na Saúde para perceberem a diferença no
atendimento. "Qual a forma da gente fazer sem intervir nos hospitais?",
questionou Rosalba.
Em
resposta, o membro do Departamento de Direitos Humanos da Federação
Nacional de Medicina, José Murisset, disse que os problemas na Saúde do
RN vão além da questão das escalas médicas nos hospitais. Em
contrapartida, Rosalba Ciarlini argumentou que o problema da falta de
estrutura adequada é histórica e remete a outros governos. Simonetti
foi enfático ao afirmar que o discurso da governadora não o convencia.
"Mas eu estou trabalhando e lutando para resolver isso", reiterou
Rosalba Ciarlini.
Nós vamos lhe denunciar"
José Murisset, do Departamento de Direitos Humanos do Fenam
A
Murisset, ela pediu que fosse elaborado um relatório e entregue ao
Governo do Estado. Ele, porém, elevou o tom e disse: "Nós não vamos lhe
entregar nenhum relatório. Nós vamos lhe denunciar". Mais adiante,
Rosalba o questionou: "A única culpada é a governadora que vai para os
tribunais responder pelo os que estão morrendo?".
Os
secretários estaduais de Planejamento, Obery Rodrigues; de Saúde, Isaú
Gerino; do Gabinete Civil, José Anselmo de Carvalho; de Administração,
Alber da Nóbrega e controlador geral do Estado, José Marcelo Ferreira
Costa rebateram todas as críticas tecidas pelos membros dos órgãos
federais de fiscalização da Saúde. Eles alegaram que o estado passa por
uma situação aguda e que todas as medidas para sanar os problemas estão
em curso.
O
relatório final com as informações colhidas pelo Conselho Federal de
Medicina e pela Federação Nacional de Medicina, será entregue ao
Ministério da Saúde e à Organização dos Estados Americanos (OEA), na
próxima semana.
Prezado Marcos,
Acuso a leitura do seu email e manifesto
nossa solidariedade ao movimento local frente ao abandono por parte dos
gestores locais.
Solidariamente,
Centro de Educação Sexual - CEDUS
Membro da Comissão Nacional de Aids - MS
Membro da Executiva do Fórum ONGs Tuberculose - RJ
Rio de Janeiro - RJ
Cel: (55.21) 9429-4550
cedusrj@yahoo.com.br
Nós
pensamos
muito e sentimos pouco. Mais do que máquinas, nós precisamos de
humanidade. Mais do que inteligência, nós precisamos de carinho e
bondade. Sem essas qualidade a vida será violenta, e tudo será perdido.
Discurso de Charlie Chaplin em "O grande ditador"
Parabéns Marcos pela socialização!
Acredito
eu que ativismo é isto. Falara, divulgar o seu Estado dentro dos seus
acontecimentos de vitórias, conquistas desafios etc!
Um abraço
Jerônimo - Suplente RNP+NE
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