Olá, Dra. Edith, tudo bem?
Conforme
conversamos por e-mail, seguem as perguntas sobre o encontro do próximo
dia 9, o debate sobre preconceito dentro da comunidade LGBT:
- Faça um breve histórico do Grupo Purpurina
- O que motivou vocês a debaterem sobre o preconceito dentro da comunidade LGBT?
- Em que situações e entre quais grupos vocês percebem que há este problema?
- Neste âmbito, pode citar atitudes que trazem caráter preconceituoso, mesmo que velado?
- O que vocês sugerem como forma de minimizar ou até zerar situações de preconceito?
- Como a pessoa interessada pode se inteirar do projeto e participar dos debates?
- Nome e função do entrevista.
Produtora e Repórter AT Revista
Jornal A Tribuna, de Santos
13 2102 7034 13 9729 8000
mariela.red@atribuna.com.br
www.atribuna.com.br
Queridos/as
Eu
sugeri à jornalista que, como a entrevista é sobre o Projeto Purpurina
do GPH, que uma/um das/dos coordenadoras/es respondessem à entrevista.
Poderia
ser a Malu? Raras vezes é uma garota que é entrevistada... Mas tudo bem
se for um dos coordenadores homens. Não vamos perder essa, ok?
É para a revista AT, do Jornal Tribuna de Santos.
Já
adianto que o GPH trabalha com jovens LGBTs, desde seu início em 1997.
No entanto, há 8 anos, eu percebi que os jovens precisavam de um projeto
direcionado a eles e começou o Purps, no mês de Julho de 2005.
O
nome Purpurina vem da Rua Purpurina, na Vila Madalena, São Paulo, onde
se deu o primeiro encontro. Já passamos por 3 locais diferentes depois
desse e hoje estamos na Major Sertório. O Grupo Pela Vida nos cede o
local duas vezes por mês, aos domingos.
Trabalhamos
com base no protagonismo juvenil e, que eu saiba, é o primeiro e único
projeto para jovens LGBTs nesses moldes do Brasil.
Sobre a filosofia, vocês sabem (identificação e acolhimento, não julgar negativamente, etc.)
Beijos,
Edith
Encaminho
anexa página da “Mundo LGBT” com entrevista com uma das nossas
coordenadoras jovens, do Projeto Purpurina, copiada abaixo.
Um abraço,
Edith Modesto
FIQUE POR DENTRO
PROJETO PURPURINA
Surgidoem2005 na Capital, o Projeto
Purpurina foi criado pela psicanalista
e semioticista Edith Modesto,como
intuito de contribuir, por meiode
encontros mensais, para a autoestima e
para capacitar e transformar o jovem
LGBTemumformador de opinião.
No próximo domingo,o tema será o
preconceito dentro dacomunidade
LGBT.Oevento acontece às 15 horas,
na sede do movimento,RuaMajor
Sertório, 292, Vila Buarque,São Paulo.
Maria Almeida,uma das coordenadoras
do projeto, fala sobre o assunto.
Como vocês definem o preconceito
dentro da comunidade LGBT?
Devido à dificuldade de aceitação dentro
dasociedade e principalmente das
famílias, as pessoasLGBTssentem
necessidade de se moldar e se enquadrar
dentro da normatividade para serem
aceitas. Por conta disso, surge o
preconceito com elas mesmas
e dentro da própriacomunidade LGBT,
dificultandoa autoaceitação.
Em que situações e entre quais grupos
vocês percebem que há este problema?
Muitas vezes presencio, principalmente
em grupos de homens gays, o
pensamento de que “pode ser gay,
mas não precisa ser afeminado”,
como se isso fosse inaceitável dentro
da comunidade LGBT. Outro
exemplo de preconceito grave está
na invisibilidade dos grupos de
pessoas transexuais, travestis e
transgêneras que, muitas vezes, são
desrespeitadas pela sua identidade de
gênero dentro da própria comunidade.
O que vocês sugerem como
forma de minimizar ou até zerar
estes exemplos?
Acredito que, ao combater o preconceito
dentro da comunidade, estamos
fortalecendo as resistências para
lutar contra os preconceitos fora dela.
É o pensamento de que estamos no
mesmo lugar, temos que lutar por um
e pelo outro, porque, no fim, fazemos
parte de uma comunidade que foi
oprimida por séculos e por gerações.
Afinal, como você luta para que as
pessoas te aceitem pelo que é, se
não dá a chance de outra pessoa
mostrar como ela realmente é?
E, além do mais, ao quebrar esses
preconceitos, estamos também
quebrando-os dentro de nós e nos
aceitando cada vez mais e melhor.
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