Vacinação contra HPV começa hoje
O Globo
Na primeira fase da campanha, objetivo é imunizar meninas de 11 a 13
anos
O Ministério da Saúde dá início hoje à
primeira campanha de vacinação contra o Papiloma Vírus Humano, o vírus HPV. O
público-alvo são meninas de 11 a 13 anos. A presidente Dilma Rousseff
participará do lançamento na cidade de São Paulo, onde serão aplicadas doses em
alunas do Centro Educacional Butantã. A
meta é imunizar 80% do total de 5,2 milhões de brasileiras na faixa de 9 a 13
anos até 2016. No primeiro ano da campanha, porém, o foco serão as
pré-adolescentes de 11 a 13 anos. As demais serão atendidas a partir de 2015.
De acordo com o ministério, a vacina tem um índice de eficácia de 98% na
prevenção do câncer de colo de útero, que tem entre as suas causas a infecção
pelo vírus HPV.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) prevê
neste ano o surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4,8 mil mortes
provocadas pelo câncer de colo de útero, o terceiro mais freqüente entre
brasileiras. O ministério recomenda que as prefeituras mobilizem escolas
públicas e privadas, já que a maioria estuda. A idéia é que a vacinação ocorra
nas escolas. A segunda dose será aplicada seis meses depois e, ao final de
cinco anos, uma terceira. O SUS vai cadastrar as meninas durante a aplicação da
primeira dose para criar um banco de dados que facilite a localização de todas
seis meses depois, na época da segunda dose, bem como para a terceira dose, em
cinco anos.
Guerra ao HPV
Correio Braziliense
Na cartilha de todo ente público e de homens
que governam, prevenção deve ser sempre a ordem do dia -- em todos os setores
de atividade, principalmente na área da saúde. Portanto, é meritória a campanha
que o Ministério da Saúde inicia hoje de vacinação contra o papiloma vírus
humano (HPV), principal causador do câncer de colo de útero. Meninas de 11 a 13
anos devem ser imunizadas em três momentos distintos, sendo a segunda dose
aplicada seis meses depois da primeira menstruação, com a terceira devendo
ocorrer cinco anos depois.
A pasta orienta estados e municípios a aplicar
a primeira dose nas próprias escolas, a exemplo de países como Austrália e
Reino Unido, que adotaram a estratégia e obtiveram altos índices de cobertura
vacinal. Basearam-se no fato de que adolescente não é público que frequenta
postos de saúde, encarregados, no entanto, pela aplicação da segunda dose. O
Brasil é um dos líderes mundiais em incidência de HPV: 137 mil casos por ano.
A vacina protege dos subtipos 16 e 18 do HPV, mas não de todos os
subtipos do vírus nem das demais doenças sexualmente transmissíveis (DST). Por
isso, a recomendação é usar preservativo. O papanicolau protege o presente. O
HPV é muito infectivo e, aos 25 anos, por exemplo, mulheres com vida sexual
ativa já tiveram contato com o vírus. O que elas precisam fazer é o papanicolau
-- que as resguarda no futuro.
O HPV é responsável por uma das doenças
sexualmente transmissível mais diagnosticadas. São conhecidos mais de 100 tipos
de HPV diferentes e aproximadamente 35 deles estão relacionados à infecção
genital. Do mesmo modo, é bem conhecida e definida a relação do HPV com o
desenvolvimento de lesão clínica (condiloma) e a relação com o câncer cervical
uterino e lesões precursoras.
Para a campanha do Ministério da Saúde dar certo, importantes atores
precisam entrar em cartaz. São as mães e as escolas. Não é hora de hipocrisias.
É comum hoje meninas, mesmo menores de 15 anos, viajarem sozinhas, namorarem e
praticarem sexo, correndo sérios riscos de contaminação por DST. A mobilização
contra o HPV chega em boa hora, pois estamos a menos de 100 dias da Copa do
Mundo. O Brasil vai receber milhares de turistas e conviver com enorme
deslocamento de brasileiros para assistir aos jogos do Mundial. Impõe-se, pois,
tratar da prevenção na prática. Sem retóricas.
OMS: 222 milhões de mulheres que não querem engravidar
não têm acesso a contraceptivos
Como parte das atividades voltadas para o Dia
Internacional da Mulher, 8 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS)
lançou nesta quinta-feira (6) um conjunto de recomendações para que os países
possam garantir que mulheres, meninas e casais tenham acesso às ferramentas
necessárias para evitar uma gravidez indesejada, melhorando a sua saúde e o
planejamento familiar.
“Garantir a disponibilidade e acessibilidade à
informação, assim como os serviços necessários é crucial, não só para proteger
os direitos, mas também a saúde de todos”, disse a diretora-geral-assistente da
OMS para Família, Mulher e Saúde de Crianças, Flavia Bustreo.
Estima-se que 222 milhões de meninas e
mulheres que não querem engravidar ou que querem atrasar sua próxima gravidez
não utilizam qualquer método contraceptivo.
Nos países de renda média e baixa, as
complicações da gravidez e do parto estão entre as principais causas de morte
em mulheres jovens com idade entre 15 e 19 anos. Natimortos e morte na primeira
semana de vida é 50% maior entre os bebês nascidos de mães menores de 20 anos
do que entre os bebês nascidos de mães com idade entre 20 e 29 anos.
As populações mais vulneráveis à falta de
acesso a serviços de contracepção são jovens, pobres e que vivem em áreas
rurais ou favelas urbanas. Esforços têm sido feitos para atender a essa
necessidade desde a Cúpula de Planejamento Familiar, realizada em 2012, em
Londres, na qual a promessa de que serviços de planejamento familiar
alcançariam pelo menos 120 milhões de pessoas a mais até 2020 foi feita.
A diretora do Departamento de Saúde
Reprodutiva e Pesquisa da OMS, Marleen Temmerman, afirma que “não se trata
apenas de números crescentes, é também sobre aumentar o conhecimento. É vital
que as mulheres – e homens – entendam como funciona a contracepção, que sejam
oferecidos opções de métodos e fiquem felizes com o método que recebem”.
A orientação da OMS é que todos os que
procuram contracepção devem ser capazes de obter informações detalhadas e
precisas, bem como uma variedade de serviços, como aconselhamento e produtos contraceptivos
em um ambiente não discriminatório, não coercitivo e não violento.
Vítimas do descaso
The economist
Os casos de câncer aumentam nos países pobres e emergentes, em boa
medida por causa da negligência
Sara Stulac é pediatra, mas os médicos em
Ruanda devem ser flexíveis. Um de seus primeiros pacientes depois de chegar dos
Estados Unidos, em 2005, foi uma garota com um tumor do tamanho de uma
couve-flor no rosto. O pai da menina, agricultor de subsistência, havia tentado
curandeiros tradicionais e médicos locais, mas o tumor tinha crescido,
juntamente com seus gastos. Era necessário um oncologista. Se o país tivesse
um. A doutora Stulac ligou para um médico nos EUA, que lhe ensinou o tratamento
que salvaria a vida da menina.
O que torna esta história incomum é seu final
feliz. Segundo a Agência Internacional para Pesquisas do Câncer (Iarc, em
inglês), parte da Organização Mundial da Saúde, os países de baixa e média
renda responderam por 57% dos 14 milhões de diagnósticos de câncer em todo o
mundo em 2012, mas por 65% das mortes. O câncer mata mais nos países pobres que
a Aids, a malária e a tuberculose juntas.
Moradores de países pobres há muito sofrem de
cânceres como de fígado e de colo uterino, associados a infecções. Mas,
conforme enriqueceram, consumiram mais bebidas, cigarros e alimentos
gordurosos, que causaram mais casos de câncer de mama, de cólon e reto e do
pulmão. As mulheres que antes morriam no parto hoje vivem o suficiente para
desenvolver câncer de mama. Os pacientes de HlV que tomam drogas
antirretrovirais morrem de outras causas.
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Nas nações de baixa renda, a doença mata mais que a Aids, a
tuberculose e a malária juntas
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Alguns consideram esse fato um sucesso, mas os
recursos não mudaram com o peso da doença. Muitos países em desenvolvimento não
têm oncologistas treinados, quanto menos um centro de tratamento. Até nos
lugares onde os cuidados estão disponíveis, os doentes muitas vezes chegam
tarde por serem pobres ou não saberem que o tratamento é urgente. Algumas
línguas não têm uma palavra para "câncer".
Novo teste de câncer de próstata pode aposentar toque
retal
O estado de SP
Teste vai detectar câncer de próstata em
amostra simples de urina
Um teste barato, fácil e preciso para detectar
o câncer de próstata pode estar disponível nos próximos meses. Estudos mostram
que o novo teste, feito com a urina, pode ser duas vezes mais confiável que o
exame de sangue existente para a detecção da doença.
O teste também informa aos médicos a gravidade do câncer. Além de
salvar vidas, vai aposentar, segundo especialistas, o toque retal. É descrito
como o maior avanço no diagnóstico do câncer de próstata em 25 anos.
Além de preciso, deve custar, quando chegar ao
mercado, menos de R$40 por paciente, o que permitiria a realização de testes em
todos os homens a partir dos 40 anos, como acontece com o câncer de mama.
O material foi desenvolvido por estudiosos da
britânica Universidade de Surrey. Cientistas anunciaram ter chegado a um acordo
com duas empresas, o que porá o teste em consultórios médicos ainda este ano.
O inventor do teste é o professor de oncologia
médica Hardev Pandha, que acredita no potencial de poder detectar rapidamente a
doença, salvando centenas de vidas a baixo custo.
Novo teste de urina para câncer de próstata pode estar
disponível em 2015
Veja.com
Teste se mostrou mais preciso do que o PSA para detectar a doença. No
entanto, ainda não é alternativa e sim um complemento para esse exame ou o de
toque retal
Um novo teste para diagnosticar o câncer de
próstata de forma mais rápida e prática do que os exames disponíveis atualmente
pode chegar ao mercado no ano que vem. Ele consiste em identificar, na urina do
paciente, a presença de uma proteína chamada engrailed-2, ou EN2, que é
produzida por células cancerígenas da próstata.
Em anúncio feito nesta semana, pesquisadores
da Universidade de Surrey, na Grã-Bretanha, onde o exame EN2 foi desenvolvido,
revelaram uma parceria com o laboratório britânico Rodox, que vai passar a
fabricar e comercializar o teste a partir dos estudos desenvolvidos pela
universidade. Para que possa ser aplicado na prática clínica, porém, o exame
ainda precisará ser submetido à aprovação das agências reguladoras de cada país
em que ele for utilizado.
Atualmente, o diagnóstico do câncer de
próstata é feito principalmente pelo exame de PSA (proteína presente no sangue
que, em altos níveis, pode indicar a doença) e o de toque retal. Um exame não
exclui o outro – o ideal é que o paciente seja submetido aos dois testes. Isso
porque, enquanto o PSA fornece informações como a progressão da doença e as
chances de recorrência do câncer, o exame de toque pode dizer qual é a extensão
do tumor e ajudar o médico a escolher o melhor tratamento para cada caso. Se
derem positivo, os resultados de ambos os exames precisam ser confirmados por
uma biópsia.
Precisão — Um estudo mostrou que o teste de
urina que mede a proteína EN2 detecta o câncer de próstata com uma precisão
aproximadamente duas vezes maior do que a do exame de PSA. “Enquanto o novo
teste parece diagnosticar entre 60% e 70% dos tumores na próstata, o PSA,
sozinho, identifica cerca de 30% a 40%”, diz Gustavo Cardoso Guimarães,
cirurgião oncologista e diretor de urologia do Hospital A. C. Camargo, em São
Paulo.
Além disso, a mesma pesquisa indicou que ele
praticamente não oferece falsos diagnósticos positivos. Segundo os resultados,
o teste de urina deu o diagnóstico correto a 90% dos pacientes que não tinham
câncer de próstata. Os outros 10% apresentavam um grau muito pequeno da doença,
que não era clinicamente significante.
Segundo Guimarães, isso pode evitar
procedimentos invasivos e tratamentos desnecessários em pessoas que têm a
doença, mas que não apresentarão sintomas clínicos ou terão a saúde
prejudicada. Essa é uma vantagem sobre o PSA que costuma dar resultados
falsamente positivos. "Dois terços dos pacientes submetidos à biópsia após
o PSA indicar suspeita de câncer não possuem a doença”, diz o médico.
Características — O novo teste de urina
também parece dar informações sobre a extensão da doença, ou seja, o quão a
próstata está comprometida com o tumor, segundo um estudo publicado em 2012. No
entanto, o exame não diz qual é a gravidade da doença e nem prevê se haverá
recorrência do tumor – o que pode ser detectado com o PSA. Além disso,
diferentemente do exame de toque retal, não possibilita que o médico
identifique o volume da próstata, o tamanho dos tumores locais ou o melhor
tratamento para o paciente.
Papa Francisco quer que a Igreja estude união
homossexual
Reuters
.
VATICANO - O Papa Francisco quer estudar as
uniões homossexuais para entender por que alguns países optaram por sua
legalização, afirmou neste domingo o cardeal de Nova York, Timothy Dolan. Em entrevista ao programa "Meet the
Press", da emissora americana NBC, o cardeal ressalvou que o Pontífice não
disse ser a favor do matrimônio gay, mas o que "Francisco disse que a
Igreja deve buscar e ver as razões que levaram a alguns Estados a aprovar
uniões civis entre pessoas do mesmo sexo em vez de condená-las".
Para o cardeal Dolan, o casamento entre um
homem e uma mulher não é algo que se refere somente à religião e ao sacramento,
mas representa "um elemento de construção da sociedade e da cultura".
- E se retirarmos o significado sagrado do
casamento, temo que não só a Igreja sofra, temo que a cultura e a sociedade
também sofram - pontuou.
Pornografia infantil levou 134 à prisão no Brasil em
2013
O Globo
Outra faceta da pedofilia, a pornografia
infantil, foi o motivo da prisão de 134 pessoas pela Polícia Federal (PF) em
2013. E o número de páginas na internet com esse tipo de conteúdo denunciadas à
organização não governamental Safernet, parceira da PF, aumentou cerca de 4% de
2012 para o ano passado.
Em 2012, a ONG recebeu 74.143 denúncias anônimas
envolvendo 24.070 páginas diferentes. Em 2013, foram 80.195 denúncias sobre
24.993 sites.
O presidente da Safernet, Thiago Tavares Nunes de Oliveira, afirma que
o aumento de denúncias e páginas denunciadas está relacionado à popularização
das redes sociais, como o Facebook.
A pornografia muitas vezes é divulgada pelo Facebook. Percebemos que
boa parte das denúncias que chegam a nós é sobre compartilhamento de fotos e
vídeos pelas redes sociais disse Oliveira.
Segundo a Safernet, que encaminha as denúncias
recebidas à policia, a maior parte dos sites que exibem pornografia infantil
está hospedada em outros países, o que retarda o processo de retirada do
conteúdo do ar e a investigação, já que em muitos casos é preciso aguardar que
a Justiça brasileira entre em contato com a Justiça e a polícia de outro país
para que a apuração siga seu curso.
De acordo com Oliveira, já houve casos em que
esse procedimento entre o Brasil e outro país demorou quase cinco anos.
Quando o conteúdo está hospedado fora do
Brasil, temos que contar com a colaboração dos provedores. Se eles não
cooperarem, fica difícil saber quem postou a imagem. Existem vários casos em
que provedores estrangeiros não colaboram disse o presidente da Safernet.
A Polícia Federal, que tem um grupo
especializado para apurar crimes de ódio e pornografia infantil pela internet,
afirma que as empresas localizadas nos Estados Unidos costumam ajudar a
localizar o criminoso, resguardar provas e retirar o conteúdo do ar.
A delegada da PF Tatiane da Costa Almeida diz
que a maior parte dos presos é do sexo masculino, e afirma que, apenas em 2013,
618 pessoas foram indiciadas por pornografia infantil (sendo que 134 foram
presas em flagrante).
Atualmente, há 2.004 inquéritos policiais em
andamento para investigar esse tipo de crime. Segundo a delegada Tatiane, não
há grandes quadrilhas especializadas nesses delitos.
São pessoas que cometem o crime na suas casas,
e pensam que ninguém vai saber afirma Tatiane.
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