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13/08/2010
13/08/2010 - Paulo Teixeira, consultor do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo, diz que falta "escoamento" de preservativos no País
O curso Especialização de Prevenção ao HIV/AIDS no Quadro da Vulnerabilidade e dos Direitos Humanos foi iniciado hoje e tem o objetivo de formar de técnicos, gestores municipais e membros da sociedade civil para analisar a situação das DST/AIDS em municípios e propor novas metodologias de atuação contra a epidemia. O curso foi desenvolvido pelo Programa Estadual DST/AIDS-SP, da Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com o Nepaids , Núcleo de Estudos para a Prevenção da AIDS da USP. 13/08/2010 - 19h30
Durante aula inaugural, o consultor do Programa Paulo Teixeira fez um panorama da história da AIDS no Brasil e comentou dados recentes sobre a prevalência de HIV em grupos vulneráveis: homens que fazem sexo com homens com 10%; moradores de rua de São Paulo em 11%; profissionais do sexo, 5%; e usuários de drogas em 5,5%. "Há alguma coisa que precisamos saber para conter a epidemia nessas populações e ainda não ficou muito claro", comentou.
Teixeira disse também que a distribuição de camisinhas no Brasil não é suficiente por conta de poucos locais de oferta dos PRESERVATIVOS - farmácias, hipermercados, ONGs, postos de saúde e em algumas escolas. "São raras exceções de distribuição fora desses ambientes, como em bares, restaurantes ou festas. Não adianta o governo adquirir uma grande quantidade sem conseguir escoar esses insumos de prevenção", disse. De acordo com ele, já houve tentativas de parcerias com empresas privadas na área, incluindo de refrigerantes, mas não surtiram efeito. "Somente 14% das adolescentes em início de vida sexual pegam o PRESERVATIVO na escola e o restante?", acrescentou.
De acordo com a pesquisadora e co-coordenadora do Nepaids, Vera Paiva, a ideia do curso é discutir esses e outros assuntos, envolvendo a teoria e a prática. "Os alunos vão ter que fazer pesquisas locais, nos municípios. Não adianta levantar um dado ou estatística nacional e tentar aplica-la em contexto local", comentou. Ao todo, a atividade terá duração de 18 meses com aulas presenciais a cada 15 dias.
Para a aluna Paola Oliveira, ativista do Grupo Hipupiara
O diretor adjunto do DEPARTAMENTO DE DST/AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa, marcou presença na abertura do curso e também vai ser aluno. "Nunca podemos excluir a possibilidade de aprender e a ideia é muito interessante e pode ser replicada", disse.
A gestora regional do programa de AIDS de São José do Rio Preto, Zulmira Meireles, acredita que o grande desafio é conseguir convencer as pessoas a mudarem de comportamento. "Quero fazer o curso para trocar experiência e pensar em novas ideias de intervenção para a prevenção do HIV", garantiu.
Na mesa de abertura, a coordenadora do Programa Estadual de São Paulo, Maria Clara Gianna disse que a realização do curso foi apoiada por Luiz Roberto Barradas, ex-secretário de Saúde de São Paulo que faleceu no mês passado por conta de um ataque cardíaco.
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