Notícias e comentários sobre combate,HIV AIDS TB. Novidades sobre temas referentes ao ativismo social e político, política, políticas públicas e ações de prevenção.Incrementando o Ativismo,e despertando solidariedade. Minha intenção é promover o debate em torno da prevenção. Criando formas de combate e troca de experiências entre familiares e pessoas vivendo ou convivendo com este tema.
Explicação sobre o blog "Ativismocontraaidstb"
Aproveito para afirmar que este blog NÃO ESTÁ CONTRA OS ATIVISTAS, PELO CONTRÁRIO.
Sou uma pessoa vivendo com HIV AIDS e HOMOSSEXUAL. Logo não posso ser contra o ativismo seja ele de qualquer forma.
QUERO SIM AGREGAR(ME JUNTAR A TODOS OS ATIVISTAS)PARA JUNTOS FORMARMOS UMA força de pessoas conscientes que reivindicam seus direitos e não se escondam e muito menos se deixem reprimir.
Se por aí dizem isso, foi porque eles não se deram ao trabalho de ler o enunciado no cabeçalho(Em cima do blog em Rosa)do blog.
Espero com isso aclarar os ânimos e entendimentos de todos.
Conto com sua atenção e se quiser, sua divulgação.
Obrigado, desculpe o transtorno!
#CONVITE #ATOpUBLICO DE #DESAGRAVO AO FECHAMENTO DAS #EAT´S
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
#CONVITE #ATOpUBLICO DE #DESAGRAVO AO FECHAMENTO DAS #EAT´S
ESTE BLOG ESTA COMEMORANDO!!!
Ativismo Contra Aids/TB
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Diretora do Departamento de Aids diz que esta não será a última vez
29/04/2010 - 9h45
De acordo com informações publicadas no Estado de S.Paulo, a diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Mariângela Simão, declarou que esta "não foi a primeira nem vai ser a última vez que há problemas de medicamentos” . Mariângela fez referência à falta e escassez de antirretrovirais que culminaram em manifestações em seis estados e no Distrito Federal nesta quarta-feira, 28 de abril. Confira a matéria na íntegra a seguir.
Aids: laboratório deve 43 milhões de pílulas
Farmanguinhos atrasou entrega de remédios para aids e unidades de São Paulo e Minas vão colaborar na produção
A falha no abastecimento do remédio combinado antiaids lamivudina/zidovudi na no País é reflexo de um problema iniciado no fim de 2009, com o atraso na entrega de medicamentos produzidos pela Fiocruz. O laboratório oficial fechou o ano com dívida de 26 milhões de comprimidos, o que levou o Ministério da Saúde a usar estoque de emergência. A situação se agravou em janeiro, quando a produção foi interrompida por falhas técnicas. Agora, o laboratório deve 43 milhões de comprimidos.
O diretor de Farmanguinhos Hayne Silva admitiu que a prática de iniciar o ano com passivo na entrega de medicamentos não é incomum. Apesar do desabastecimento, Silva disse não considerar que o laboratório trabalhe no limite da segurança. "Atrasos acontecem. E não apenas na Fiocruz, em laboratórios particulares também."
A lamivudina/zidovudi na é usada por 116 mil pacientes. Para corrigir o problema até junho, a Fiocruz teve de contratar a Furp - laboratório oficial de São Paulo -, que ficará encarregado de produzir os 26 milhões de comprimidos que deveriam ter sido entregues em 2009. O restante será produzido por Farmanguinhos.
"Não foi a primeira nem vai ser a última vez que há problemas de medicamentos" , afirmou a coordenadora do Departamento de DST-Aids e Hepatites Virais, Mariangela Simão. Além da falta do combinado, pacientes reclamam da dificuldade na obtenção de 3TC e do medicamento abacavir. Ontem, foram feitas no País manifestações protestando contra o problema de desabastecimento.
Mariangela afirma que o abacavir chegou ao País e deverá estar disponível nos Estados na próxima semana. "Até vulcão colaborou para atraso. Mas agora tudo está resolvido", disse o ministro José Gomes Temporão.
Mariangela afirmou que, diante da falta do lamivudina/zidovudi na, foi feita uma reprogramação na produção. Furp e Funed - laboratório oficial de Minas - receberam a encomenda de produzirem mais 25 milhões do medicamento combinado. Além disso, a produção do antirretroviral pelos laboratórios oficiais deverá ser periodicamente acompanhada por uma comissão, liderada pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do ministério.
Travestis. As afirmações de Mariangela e de Temporão foram dadas após o lançamento de uma campanha de prevenção à aids idealizada por travestis. A iniciativa pretende sensibilizar a sociedade contra o preconceito.
Fonte: O Estado de S.Paulo
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Gisele do Trans Revolução informa:
O parlamento da Uganda está se preparando para passar uma nova lei brutal, que punirá gays com sentenças de prisão e até pena de morte.
Críticas internacionais levaram o presidente a pedir uma revisão da lei, mas após forte lobby por extremistas, a lei parece estar pronta para votação -- ameaçando gerar perseguição e derramamento de sangue.
Oposição à lei está crescendo, inclusive da Igreja Anglicana. O ativista de direitos gays na Uganda, Frank Mugisha, diz que "Esta lei nos colocará em grande perigo. Por favor, assine a petição e diga a outros para se juntarem a nós. Caso haja uma grande resposta global, nosso governo verá que a Uganda será isolada no cenário internacional, e não passará a lei".
É esperado que uma decisão seja tomada nos próximos dias, e só uma onda de pressão global será suficiente para salvar Frank e muitos outros. A petição global para impedir a lei de morte para gays já ultrapassou 340.000 assinaturas em menos de uma semana, clique abaixo para assinar e depois divulgue:
http://www.avaaz. org/po/uganda_ rights/98. php?CLICK_ TF_TRACK
Essa petição será entregue esta semana ao Presidente Museveni e o parlamento da Uganda até o final desta semana por líderes da sociedade civil e religiosos. O governo já desautorizou uma marcha por extremistas anti-gay esta semana portanto isto mostra que a pressão internacional está funcionando!
A lei propões prisão perpétua para qualquer um acusado de ter uma relação com alguém do mesmo sexo, e pena de morte para quem cometer esse "crime" mais de uma vez. ONGs que trabalham para impedir maior contaminação por HIV podem ser condenadas a até 7 anos de prisão por "promover homossexualidade" . Outras pessoas podem ser condenadas a até 3 anos de prisão por deixarem de avisar as autoridades da existência de atividades homossexuais dentro de 24 horas!
Quem apoia o projeto de lei diz defender a cultura nacional, mas uma das maiores oposições vem de dentr do próprio país. O Reverendo Canon Gideon Byamugisha é um dos muitos que nos escreveram - ele disse que essa lei:
"Está violando a nossa cultura, tradição e valores religiosos que não apoiam intolerância, injustiça, ódio e violência. Nós precisamos de leis para proteger as pessoas, não para perseguí-las, humilhá-las, ridicularizá- las e matá-las em massa."
Ao rejeitar essa perigosa lei e apoiar a oposição nós podemos ajudar a criar um precedente crucial. Vamos ajudar a criar um apoio em massa aos defensores de direitos humanos na Uganda, e salvar a vida de muitos ao impedir que essa lei passe -- assine agora e avisa seus amigos e familiares:
http://www.avaaz. org/po/uganda_ rights/98. php?CLICK_ TF_TRACK
Com esperança e determinação,
Alice, Ricken, Ben, Paul, Benjamin, Pascal, Raluca, Graziela e toda a equipe Avaaz
terça-feira, 27 de abril de 2010
Falta de Antirretrovirais
Oito Estados já confirmam participação na manifestação 'Tolerância Zero' contra falta de antiretrovirais |
23/04/2010 - 18h40 Porto Alegre |
GAPA 25 anos:
GAPA 25 anos: Fórum de ONG/Aids de SP diz que área de aids vive ‘momento crítico’ em solenidade
27/04/2010
Uma noite marcada por premiações e homenagens aos ativistas, gestores e personalidades que ajudaram a fundação do Grupo de Apoio à Prevenção à Aids de São Paulo (GAPA) e também contribuíram no combate à epidemia no País. Assim foi o lançamento do livro “100 nomes que fizeram a história da luta contra a Aids no Brasil” na noite desta segunda, 26. Na mesa de abertura da solenidade, o Fórum de ONG/Aids do Estado de São Paulo disse que o momento atual é “crítico” na área de aids. A fala foi do presidente da organização, Rodrigo Pinheiro, que organiza o movimento ‘Tolerância Zero’ contra a falta de medicamentos. O diretor adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Eduardo Barbosa, não concordou. “Não diria que vivemos isso, não estamos regredindo.”
A atual presidente e uma das fundadoras do GAPA, Áurea Abbade, destacou na abertura da cerimônia que a ideia do livro lançado pela organização é registrar uma memória correta dos pioneiros na luta contra o HIV. “É um agradecimento aos que nos ajudaram e àqueles que continuaram engajados pela causa. Se não fosse por essas pessoas, talvez não valesse a pena”, afirmou.
Em seguida, em fala de abertura Rodrigo Pinheiro afirmou que os ativistas vivem ‘momento crítico’. O Fórum de ONG/Aids do Estado de São Paulo organizou para o próximo dia 28 o ato público denominado "Tolerância Zero". O objetivo é protestar contra a falta de medicamentos como o abacavir e também os problemas de logística com a lamivudina, que deixaram alguns pacientes no Rio e São Paulo sem o antirretroviral. Pelo menos oito Estados confirmaram adesão ao movimento.
O diretor adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Eduardo Barbosa, disse que cada luta é importante, mas discordou da declaração. “Não diria que vivemos isso, não estamos regredindo e nem queremos”, destacou.
O coordenador do Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV/Aids (Unaids) no Brasil, Pedro Chequer, disse que o Gapa foi e continua sendo “companheiro de agenda”. “A organização lutou, capacitou e treinou a área jurídica em defesa dos Direitos Humanos. Em 97, ajuizaram a primeira ação contra a falta de medicamentos na justiça. Pode parecer um paradoxo dizer isso, mas foi motivo de alegria receber essa notícia na época, não constrangimento porque contribuiu bastante na área de advocacy político”, lembra Chequer que também já foi diretor do programa brasileiro de combate à aids.
Ele disse ainda que falta mais fortalecimento do movimento de aids no interior do País. “Seria interessante se houvesse mais Gapas em pequenas cidades do interior.”
Chequer ainda comentou que a aids teve uma outra faceta e trouxe dados positivos. “Ajudou a revisitar o que é Direitos Humanos, implementar o SUS (Sistema Único de Saúde) e fez ainda que houvesse avanços na ciência.”
A coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo, Maria Clara Gianna, afirmou que “é um prazer estar entre os 100 nomes” do livro do GAPA. “Mas, além dos destaques, devemos lembrar que para isso acontecer houve o envolvimento de mais pessoas. É uma relação de longo respeito. E nós vamos continuar superando sempre os momentos críticos.”
O coordenador adjunto do Programa Municipal de DST/Aids de São Paulo destacou na mesa de abertura que o aniversário do GAPA ‘é um momento sublime”.
A obra lançada pelo Gapa, com o perfil de cada uma das 100 pessoas, foi organizada Abbade e Fátima Baião. A edição do projeto foi de Paulo Giacomini. O livro teve financiamento do Programa Estadual de DST/Aids da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
Cortesia: Clipping Bem Fam(27/04/010)
Desinformação letal (Artigo),HPV
CORREIO BRAZILIENSE
27/04/2010
Cerca de 630 milhões de pessoas em todo o mundo estão infectadas pelo papilomavírus humano, o HPV. Especialistas atacam a falta de informações e a inexistência de estímulos para a adoção de medidas preventivas
Paloma Oliveto
Quase 5 mil brasileiras morrem por ano devido ao desconhecimento dos sintomas e das formas de prevenção contra o papilomavírus humano, o HPV. De acordo com o levantamento mais recente do governo federal, o número chegou a 4.812 mulheres mortas em 2008, vítimas do câncer de colo do útero - que, neste ano, deve afetar mais 18.430 pessoas. A principal causa do surgimento desse tipo de tumor é a infecção pelo HPV, doença sexualmente transmissível mais frequente do mundo, e que pode ser evitada com o uso de CAMISINHA, além de prevenida por vacinação.
Dados da Organização Europeia de Pesquisa sobre Infecção Genital e Neoplasia há dois meses mostram que existem, atualmente, 630 milhões de pessoas infectadas pelo HPV no mundo. De acordo com Mauro Romero Leal Passos, professor-associado do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da UFF e chefe do setor de DST/AIDS da universidade, a desinformação é o grande entrave na luta contra o HPV. Ele alega que, embora seja bombardeada diariamente com referências ao sexo pela mídia, as pessoas não recebem o mesmo grau de informação quando o assunto é prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. "É a 'burca' hipócrita da sociedade. Você escuta as pessoas falando mal de política, falando de futebol, mas não ouve ninguém comentando os processos de educação em saúde. Quantos professores de ensino fundamental se sentem à vontade para falar de sexualidade?", questiona.
Poucas pessoas sabem, por exemplo, que, além do câncer cervical, o HPV está associado a outros tipos de tumores malignos, como o anal, o de vagina, o de vulva e o de pênis. E também é responsável pelo surgimento de verrugas genitais, DST que registra 30 milhões de novos casos ao ano, em todo o mundo.
A estudante de engenharia Clarice (nome fictício, a pedido da entrevistada) tem 20 anos e, no ano passado, descobriu que tinha HPV. Embora nem sempre a doença apresente sintomas (veja arte), Clarice notou uma pequena verruga na entrada da vagina, que desapareceu em alguns dias. Passadas algumas semanas, as verrugas, já maiores, retornaram. Ela só procurou um médico quando o namorado a alertou que poderia ser um vírus. "Ele foi ótimo, não me recriminou e me apoiou", diz. "Eu estava assustada, porque li no Google que poderia ter câncer no colo do útero." Clarice precisou cauterizar as verrugas com ácido, tomou um antiviral e precisou usar um creme de uso tópico. A cada seis meses, precisará fazer o Pananicolau, que, embora não tenha detectado nenhuma malignidade até agora, é o método mais eficaz para prevenir o aparecimento de um câncer.
Vacinação
Além do PRESERVATIVO, que oferece 70% de proteção contra o HPV, é possível evitar a infecção pela vacina profilática, aprovada no Brasil em junho de 2008. Chamada de quadrivalente, por proteger contra os quatro tipos mais perigosos do vírus - 6, 11, 16 e 18 -, a vacina tem eficácia de 99% no caso das verrugas genitais, e entre 96% a 99% para as lesões pré-cancerígenas no colo do útero.
O ginecologista Nelson Vespa, que pesquisa a vacina quadrivalente, alerta, porém, que a imunização não deve ser confundida com tratamento, já que ela não cura o HPV. Por ser profilática, ela evita - daí a recomendação de ser tomada por mulheres entre 9 e 26 anos, pois a chance de que esse grupo etário já tenha tido algum contato com o vírus é menor. Ainda assim, novas pesquisas mostraram que mulheres mais velhas podem se beneficiar também porque a vacina reforça o sistema imunológico, diminuindo as chances de reincidência das doenças provocadas pelo HPV.
Outras pesquisas em curso também têm demonstrado a eficácia da vacina para homens, já que eles são os vetores do vírus. Hoje, 46 países já vacinam crianças e adultos do sexo masculino, incluindo os Estados Unidos, que aprovaram a imunização no ano passado.
Fora do SUS
No Brasil, o Sistema Único de Saúde não oferece a vacina contra HPV. O Ministério da Saúde criou um grupo de trabalho para analisar a inclusão da imunização na rede pública, mas, por enquanto, a recomendação é que sejam realizadas mais pesquisas. "Existem ainda lacunas no conhecimento científico, relacionadas a: imunidade conferida pela vacina (estudos limitados em cinco anos e não sendo ainda conhecida a necessidade de reforço); não inclusão nos estudos apresentados de pacientes imunodeprimidos e gestantes; e escassez de estudos sobre os subtipos circulantes no Brasil", diz o parecer técnico, enviado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) ao Correio.
Além disso, o documento ressalta o alto custo da vacina, estimado em US$ 120 a dose - são necessárias três aplicações por pessoa. "A introdução da vacina na rede pública implicaria num impacto de R$ 1,857 bilhão, apenas para cobertura da faixa etária de 11 a 12 anos. Como comparação, ressalta-se que o orçamento do PNI (Programa Nacional de Imunização), globalmente conhecido como um programa de excelência, é de R$ 750 milhões/ano."
Mauro Romero Leal não se conforma. "Não faltam pesquisas. Países desenvolvidos já adotaram a vacina, por causa dos estudos. Se o governo quisesse, poderia negociar a compra em grande escala, o que diminuiria o custo. É uma decisão política. O ministério comprou 90 milhões de doses da vacina do H1N1 porque 3 mil pessoas morreram da chamada gripe suína no ano passado. Mais de 4 mil mulheres morrem por ano devido ao câncer de colo de útero. Qual é o critério?", questiona.
É a 'burca' hipócrita da sociedade. Você escuta as pessoas falando mal de política, falando de futebol, mas não ouve ninguém comentando os processos de educação em saúde. Quantos professores de ensino fundamental se sentem à vontade para falar de sexualidade?"
Cortesia: Clipping Bem Fam (27/04/010)
Os ongueiros que querem virar governamentais
Os ongueiros que querem virar governamentais
Época - 26/04/2010
Inspirados pela candidatura de Marina Silva, dirigentes de ONGs estão deixando o cargo para disputar as eleições
Motivados pela candidatura da senadora Marina Silva (PV) à Presidência, grupos que antes mostravam pouca disposição para participar da política tradicional parecem decididos a mudar de estratégia. Uma peculiaridade das eleições deste ano deverá ser o crescimento do número de candidatos oriundos de organizações não governamentais (ONGs). São os ongueiros que não abandonaram a causa, mas decidiram que vão tentar virar governamentais, uma tendência que desperta entusiasmo e, ao mesmo tempo, preocupação nas ONGs.
O ongueiro candidato mais célebre é o empresário Ricardo Young, integrante do Instituto Ethos de Responsabilidade Social desde a fundação da entidade, em 1998. Recentemente, Young deixou a presidência do Ethos e anunciou sua pré-candidatura ao Senado pelo PV paulista. O convite partiu da senadora Marina Silva, que tem ligações muito fortes com vários dirigentes de ONGs.
Além de Young, o PV arregimentou ongueiros candidatos para pelo menos três Assembleias Legislativas. Em Santa Catarina, uma das vagas de deputado estadual será disputada pela ambientalista Miriam Prochnow, fundadora da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida. No Rio Grande do Sul, o partido deverá lançar a candidatura de Gisele Uequed, diretora da Associação Villa Mimosa, uma s ONG de preservação ambiental da cidade de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. Em São Paulo, o PV também deverá patrocinar a candidatura do presidente da Associação dos Surdos do Estado, Paulo Vieira. Todos os ongueiros candidatos declaram que resolveram disputar as eleições para tentar aumentar a influência das ONGs e facilitar a implantação de seus projetos.
As relações entre ONGs e governos mudaram bastante no Brasil desde os anos 90, quando essas entidades começaram a se disseminar pelo país. No início, as ONGs ficaram marcadas pela postura de confronto com os governos. O principal objetivo era cobrar e fiscalizar órgãos públicos, além de criar projetos à margem das instituições. Na última década, a oposição deu lugar a parcerias. A independência diminuiu, mas a influência e o impacto das ações de muitas ONGs cresceram. Junto com esse movimento surgiram diversas denúncias de entidades criadas para desvio de dinheiro público. As acusações pipocaram por todo o país até o tema virar objeto de uma CPI.
A maior presença de ongueiros nas eleições pode marcar uma nova etapa nessa relação. “Caiu a ficha de que é necessário se engajar na disputa política”, diz Young. “Como podemos pregar a democracia se não nos colocarmos à disposição das instituições?” O discurso é parecido com o de outros candidatos. Gisele e Miriam acreditam que entrar na política é uma maneira de fortalecer o movimento ambientalista e evitar a aprovação de projetos danosos ao meio ambiente. Paulo Vieira diz que pretende usar a força do Parlamento para lutar pela contratação de intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras) em órgãos públicos.
Apesar do otimismo dos candidatos, a vida política não promete facilidades. O primeiro e mais óbvio obstáculo é a urna. Embora sejam bem conhecidos em seus setores, os ongueiros candidatos são desconhecidos da massa de eleitores. Young, o mais famoso, aparece em oitavo lugar na última pesquisa do Datafolha, com 3% das intenções de votos. Além disso, a falta de recursos e o pouco tempo de TV do PV não devem facilitar a caça aos votos.
Outro problema comum são as resistências internas no próprio movimento ongueiro às candidaturas. Para alguns militantes, a ida de ongueiros para a política poderá prejudicar as próprias ONGs, devido às dificuldades de algumas entidades de repor mão de obra. Há também o receio de que a disputa partidária prejudique a independência da entidade. Para minimizar esse risco, os candidatos são aconselhados a romper seus vínculos com as ONGs assim que manifestam interesse em assumir um cargo público. “Eles devem deixar o cargo para que as ONGs se mantenham autônomas e apartidárias”, diz Vera Masagão, diretora da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong).
Os obstáculos que um ongueiro deve vencer para se adaptar à política não se limitam à fase da campanha. Quando conseguem se eleger, muitos não se enquadram na vida parlamentar. Embora a migração para a política possa parecer natural, há grandes diferenças entre a atuação de um dirigente de ONG e a de um político. Na sociedade civil, a autonomia para implantar projetos esbarra apenas na falta de recursos. No Parlamento, um ongueiro tem de mostrar jogo de cintura e capacidade de articulação política para levar adiante seus projetos. “Para ser um bom político, o militante precisa passar a pensar como parlamentar, o que não é fácil. Não basta criar um projeto impecável. É preciso criar projetos que sejam aceitos pela maioria. E é preciso votar nos projetos dos colegas”, diz José Luiz Penna, presidente do PV de São Paulo.
Ministério da Saúde
Ministério da Saúde deve lançar suplemento sobre paternidade e maternidade envolvendo o HIV até o fim do semestre
26/04/2010
Com o advento dos antirretrovirais, estudos mostram que a expectativa de vida de pessoas com HIV é quase a mesma do restante da sociedade. Por isso, elas também manifestam o desejo de ter filhos. Mas, no Brasil os serviços de saúde ainda não estão preparados para fornecer informações sobre métodos de reprodução assistida para soropositivos terem crianças livres do vírus. Por isso, baseado em estudo, o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais deve lançar até o fim deste semestre um suplemento sobre o assunto. A informação é da psicóloga Andrea Silveira Marques que explicou o tema e participou do II Simpósio Internacional de Saúde Mental e Aids.
“O HIV não é motivo para ninguém deixar de viver, querer ter filhos.” A citação é um homossexual soropositivo que participou do estudo do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. As pesquisas envolveram entrevistas com 64 gestores de saúde, 63 da área de DST/aids, mais de 40 usuários dos serviços de saúde, entre outros.
De acordo com a psicóloga que participa da iniciativa, a maioria dos serviços de atendimento especializados em DST/aids disseram que há uma “demanda rara” de pessoas perguntando sobre métodos de reprodução assistida. “Os profissionais de saúde descreveram isso com um sentimento de alívio, não se sentem à vontade para abordar esse tema. Muitas vezes, incentivam as pessoas a desistirem de ter filhos”, explicou Andrea.
Mesmo assim, todos usuários consultados relataram desejos de paternidade ou maternidade, mas tinham vergonha. “Mais da metade deles escondem por medo de preconceito da sociedade”, contou Andrea.
Outro fato lembrado pela psicóloga é que há poucos centros especializados em reprodução assistida que permitem a admissão de casais com HIV. “É uma barreira muito grande, não existem muitos apoios governamentais nessa área e há apenas um único serviço universitário.” A fala é sobre a Faculdade de Medicina do ABC que é referência nessa área no Brasil e América Latina.
Um laboratório de reprodução assistida que também foi parte da pesquisa chegou a dizer que não admitia pessoas com HIV porque “não gostaria de se tornar referência aos aidéticos”, ou seja, por causa de preconceito.
“O suplemento vai trabalhar com orientações sobre reprodução assistida, incluindo até mesmo casos em que não há possibilidade de usar um apoio especializado, com dicas de redução de risco de transmissão do HIV. Claro, sem deixar de salientar o uso da camisinha, não é liberar geral”, finalizou a psicóloga.
Casais soro discordantes
Outra palestra de destaque foi a da professora adjunta da Universidade Federal Fluminense Ivia Maksud. Ela comentou dados de sua pesquisa de doutorado de 2007 na Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
Ivia entrevistou 13 casais heterossexuais soro discordantes (quando um deles é positivo para o HIV e o outro não). Uma das informações destacadas é que eles não usam preservativos em todas relações sexuais como preconizam os profissionais de saúde. “Os homens soronegativos têm a tendência de acreditar que mulheres não transmitem o HIV e não temem a infecção”, contou.
Já em casos que o homem é HIV+ e a mulher não, os casais usam um “método caseiro”. “Muitas vezes praticam o coito interrompido e um tempo menor de sexo, acreditando que assim diminuem os riscos de transmissão.”
Cortesia:Clipping Bem Fam(26/04/010)
O momento de ofícios e reuniões para discutir
O momento de ofícios e reuniões para discutir falta de medicamentos já passou. Por isso, o Movimento Social volta às ruas
26/04/2010
O Fórum de Ong Aids do Estado de São Paulo está à frente de uma manifestação que vai acontecer quarta-feira desta semana, dia 28 de abril. Ativistas querem chamar a atenção para a falta de abastecimento de alguns dos medicamentos que combatem os efeitos do hiv no organismo das pessoas infectadas. Apitos, cartazes, bandeiras e barulho, o ato, batizado de " Tolerância Zero" promete fazer barulho,muito barulho.“ Palavras como “ falta”, “ desabastecimento” passaram a ocupar espaço em reuniões de fóruns espalhados por todo o país. “ Pela terceira ou quarta vez nesta década somos obrigados a passar por situações que erroneamente julgamos sepultadas em 1996.”, escreveu em artigo para esta Agência o ativista Beto Volpe.” Por vezes chego a pensar que desculpas assim ( o autor refere-se a justificativas sobre a falta de remédios) são pura gozação, deve ser o senso de humor do Planalto Central, pois o melhor do mundo não cometeria erros tão grosseiros como o de deixar pessoas sem remédios, quando alardeamos para os quatro cantos que todos têm acesso a medicação e tratamento (dependendo do mês)”, ironizou, também em artigo para esta Agência, o infectologista Robinson Camargo. O fato é que irrequietos e com uma certa insegurança, ativistas de todo o Brasil resolveram protestar. Ao todo 8 Fóruns de ONG/Aids espalhados por diferentes Estados vão ocupar ruas e praças na quarta que vem. Gente do Amazonas, do Maranhão. Gente de Pernambuco do Ceará e da Paraíba também vão participar. Os Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro foram os primeiros a confirmarem o ato.Em entrevista à Agência Aids, Rodrigo Pinheiro, do Fórum de São Paulo respondeu a algumas perguntas. Ele explicou que o momento de ofícios e reuniões para discutir a falta de medicamentos " já passou" e por isso o movimento social resolveu voltar às ruas com protestos.
A inaceitável falta de medicamentos
A inaceitável falta de medicamentos
Agência de Notícias Aids
26/04/2010
Mário Scheffer
Os programas foram então adquirindo expertise, investindo em planejamento, compra antecipada, controle do consumo mensal e definição de estoque regulador, visando à cobertura nacional permanente.
Além da seleção dos medicamentos pelo consenso terapêutico, que define claramente o que se deve comprar, da programação do quantitativo e da capilaridade da rede pública, são fundamentais os processos de compra ágeis e antecipados para garantir a distribuição no tempo necessário. Todo esse processo, é claro, envolve exigências legais e administrativas, e certificação prévia da capacidade do fornecedor cumprir o compromisso assumido. Tudo isso é conhecido, pode ser planejado.
No meio do caminho já surgiram cenários adversos que anos atrás levaram à atrasos na incorporação e à falta de medicamentos, como problemas na execução financeira e orçamentária do Ministério da Saúde, dificuldade de negociação com empresas multinacionais, atrasos em registro sanitário, registro de preços e de patentes, problema na importação, irresponsabilidade de fabricantes que não entregaram o prometido, além da capacidade limitada de produção nacional de genéricos.
Novamente, são situações previsíveis com as quais o bom gestor, que aprendeu com os muitos erros do passado, precisa saber lidar antecipadamente.
A vida de milhares de cidadãos e cidadãs depende do perfeito funcionamento desse sistema. Afinal, só com o fornecimento ininterrupto é que os medicamentos farão seu trabalho de inibir a replicação viral, restaurar o sistema imunológico e transformar a aids em doença crônica.
Falhas tão elementares causam prejuízos incalculáveis. Abala a saúde e tem impacto emocional na vida das pessoas que dependem de medicamentos que não estão nas prateleiras do SUS. Nestes casos, localizados em dois medicamentos genéricos, a situação joga combustível no discurso daqueles que ainda se opõem à acertada decisão do Brasil de optar pela produção nacional e pela importação da Índia.
Talvez no momento em que este artigo for publicado já esteja em curso a solução para suprir o abacavir e a lamivudina. Em ano de eleição, nem Dilma nem Serra vão querer iniciar a campanha respondendo pela falta de medicamentos de aids.
Que os episódios sirvam de alerta. A manifestação pública sem demora, a aliança com o Ministério Público e a visibilidade na mídia são ações que devem ser retomadas com vigor pelo movimento da sociedade civil.
Um programa reconhecido pela garantia do acesso universal e pela ousadia do licenciamento compulsório não pode, a essa altura, flertar com o amadorismo.
A falta do abacavir e o racionamento parcial da lamivudina, com explicações tardias e confusas, demonstram que algo não vai bem. Podem ser indícios de um mal maior e fatal para a luta contra a aids no país: a perda da capacidade técnica e da liderança política do programa governamental.
Cortesia:Clipping Bem Fam (26/04/010)
O derrame das mulheres jovens
ÉPOCA
26/04/2010
Elas tiveram um AVC antes dos 30 anos, e sobreviveram. O que é preciso saber para se proteger da doença que mais mata no Brasil
A engenheira Fernanda Tescarollo, de 33 anos, a moça de vestido preto na foto ao lado, é um exemplo da atual geração de mulheres superpoderosas. Perfeccionista, independente, duas vezes divorciada, progrediu rápido na profissão graças à combinação de trabalho duro e ambição. Ainda hoje, tem várias ambições. Quer voltar a lavar o rosto com as duas mãos. Quer ser capaz de imitar o Cristo Redentor, com os braços bem abertos, para corresponder a um abraço. Paulistana, mas apaixonada pelo Rio de Janeiro, quer se equilibrar sobre o salto alto e voltar a sambar na quadra da Mangueira. Exatamente como fazia até 2008, quando um acidente vascular cerebral (AVC) a obrigou a parar tudo e a rever tudo. "Se você não aprende a parar, a vida te para", diz.
Fernanda tomava PÍLULA anticoncepcional desde os 16 anos. Além disso, tinha crises frequentes de enxaqueca. Três vezes mais comum em mulheres, a enxaqueca aumenta o risco de derrame. Assim como a PÍLULA. Na véspera do AVC, estava com dor de cabeça. Fernanda é funcionária de uma multinacional que fabrica lanternas e faróis para a indústria automobilística nacional e vivia um período de forte pressão. Tomou um analgésico e foi dormir. De manhã, continuava com dor. Enquanto se trocava para ir trabalhar, despencou no quarto. Sofreu um AVC extenso na região do lobo temporal direito. Os médicos precisaram submetê-la a uma cirurgia delicada. Uma parte da calota craniana foi retirada para que o cérebro tivesse espaço para inchar. Se isso não fosse feito, o edema cerebral aumentaria a pressão intracraniana e Fernanda morreria. Só depois de dois meses, a calota craniana foi recolocada. "Diante da gravidade do caso, a recuperação de Fernanda foi maravilhosa", diz o neurologista Marcelo Annes, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Em 2008, o AVC provocou 97 mil óbitos no Brasil.
Ele mata mais que infarto, violência e acidentes
Fernanda faz parte de um grupo pouco conhecido de vítimas do AVC: o das mulheres jovens. Nos últimos cinco anos, 32 mil mulheres de 20 a 44 anos foram internadas nos hospitais do SUS por causa de AVC. Entre os homens da mesma faixa etária, houve 28 mil internações por AVC. A diferença é de 14%. Em todos os outros grupos etários (até os 19 e depois dos 50 anos), mais homens receberam tratamento. A partir dos 80 anos a situação voltou a se inverter. Como as mulheres são mais longevas, houve mais tratamento em pacientes do sexo feminino.
Na verdade, o total de jovens vitimadas pela doença pode ser ainda maior. Não se sabe quantas foram atendidas na rede privada e quantas simplesmente não receberam tratamento. Parte dos casos de AVC na juventude e na meia-idade é explicada pela exposição, cada vez mais precoce, a fatores de risco como hipertensão, colesterol alto, obesidade, diabetes. Isso ocorre em ambos os sexos. Mas existem situações capazes de aumentar o risco de AVC pelas quais só as mulheres passam. Eis as principais.
Uso de PÍLULA anticoncepcional
Na maioria das mulheres, a PÍLULA é segura. Se não fosse assim, todos nós conheceríamos alguma moça que teve um AVC depois de tomar anticoncepcional. Mas as que usam esse tipo de contracepção precisam saber que os hormônios aumentam a capacidade de coagulação do sangue. O mesmo pode ocorrer quando a mulher faz reposição hormonal na menopausa. Quem toma PÍLULA ou faz reposição hormonal está mais sujeita a sofrer de trombose (formação de coágulos no interior de um vaso sanguíneo). E a trombose pode levar ao AVC. Algumas condições genéticas favorecem a ocorrência desse problema. Muitas vezes, porém, o AVC sofrido por uma mulher jovem é o primeiro da família. Foi o caso da engenheira Fernanda. "Em 99% dos casos, as moças não sabem que têm predisposição genética", diz a neurologista Gisele Sampaio Silva, do Hospital Albert Einstein.
A combinação de PÍLULA e cigarro eleva em oito vezes o risco de AVC. O sangue dos fumantes torna-se mais propenso à formação de coágulos e a nicotina também enrijece as artérias que irrigam o cérebro. Logo, mulheres que fumam não devem tomar PÍLULA. Quantas sabem disso? "Muitas fumam e não contam ao ginecologista", diz a neurofisiologista Maristela Costa, do Hospital do Coração (Hcor), em São Paulo. O inverso também é verdadeiro. Muitos médicos receitam PÍLULA e não perguntam se a mulher fuma.
A gerente de produto Amanda De Tommaso Oliveira, de 31 anos, fumava desde os 15. Aos 27 anos, consumia um maço por dia e não tomava PÍLULA. Para tentar reduzir um cisto no ovário, o ginecologista receitou-lhe um anticoncepcional. Após dez dias de uso, Amanda teve um AVC. Estava em casa, assistindo à TV, quando o braço esquerdo começou a ficar pesado. O desespero aumentou quando Amanda tentou pedir ajuda à irmã Isabela. Os pensamentos fluíam, mas ela era incapaz de pronunciar qualquer palavra.
Amanda sofreu um AVC pequeno na região frontal do cérebro, no lado direito. Passou três dias no hospital. Logo nas primeiras horas, a fala e os movimentos foram voltando. Desde o derrame, nunca mais colocou um cigarro na boca. Hoje leva vida absolutamente normal. Mas a experiência deixou marcas profundas. "O AVC não estava no meu script, mas me ensinou a valorizar cada instante", diz Amanda. Em vez de pensar naquilo que quer ter, pensa no que já tem. "Tenho casa, família, amigos e pernas que me levam aonde eu quero. Já tenho tudo."
Gordura abdominal
Novas evidências sugerem a existência de outro fator que torna as mulheres mais suscetíveis ao AVC: o acúmulo de gordura na região da cintura. Em fevereiro, um estudo apresentado na reunião anual da American Stroke Association chamou a atenção para esse fato. Na faixa etária dos 45 aos 54 anos, o AVC já é duas vezes mais comum em mulheres do que em homens nos Estados Unidos. A conclusão foi baseada nos dados de mais de 2 mil participantes da pesquisa nacional sobre saúde e nutrição realizada em 2005 e 2006. "Nossa hipótese é que a gordura abdominal (mais comum nas mulheres) esteja aumentando o risco de AVC entre elas", disse a ÉPOCA a neurologista Amytis Towfighi, da University of Southern California, em Los Angeles. A barriga eleva o risco de diabetes, hipertensão e colesterol alto. Três fatores que contribuem para a ocorrência dos derrames. A pesquisa de Amytis revelou que 62% das mulheres nessa faixa etária tinham obesidade abdominal. Nos homens, o índice foi de 50%. A pesquisadora suspeita que a incidência de AVC tenha aumentado também nas mulheres com menos de 35 anos. "Pretendemos começar esse estudo em breve", diz.
A enxaqueca é três vezes mais comum nas mulheres. Ela é um fator de risco para o AVC, principalmente quando ocorrem dormência e sintomas visuais (auras). Quando a mesma paciente apresenta vários fatores de risco, a situação é ainda mais preocupante. Nas mulheres que têm enxaqueca, fumam e tomam PÍLULA, o risco de AVC é 22 vezes mais elevado. Os neurologistas estão cada vez mais vigilantes quando encontram pacientes com esse perfil. "Antigamente eu dizia para a moça parar de fumar ou parar de tomar PÍLULA", diz Antonio Cezar Galvão, do Hospital Nove de Julho. "Hoje, mando parar de fazer as duas coisas."
Há 24 anos, a funcionária pública Célia Regina Dalseno cuida de suas emoções para ser capaz de conviver com as limitações impostas pelo AVC. Quando o derrame transformou sua vida, Célia era uma menina de 23 anos. Fumava, tinha três empregos (era professora) e cursava duas faculdades. Tinha acabado de terminar um noivado. "Queria mostrar que era poderosa, mas o que estava fazendo era um suicídio silencioso", diz. Um dia, despencou sobre a carteira de um aluno da 5ª série. Foi levada ao hospital, mas o atendimento demorou. Era a Copa do Mundo de 1986. Os funcionários estavam em outra sintonia.
Enquanto aguardava na maca, Célia percebia as consequências do derrame. O braço esquerdo dobrou para nunca mais voltar ao normal. A face ficou paralisada. A fala ficou comprometida. Célia achou que nunca mais fosse conseguir ser compreendida pelos alunos. Estava enganada. Voltou à mesma sala de aula. Em alguns momentos, ela ensinava. Em outros, os alunos eram seus professores. Soletravam as palavras e guiavam Célia na pronúncia. "A fala é o elo de comunicação com o mundo. Meus alunos me deram a oportunidade de não perdê-la", diz. Aos 47 anos, Célia é assistente social do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Gravidez
A maternidade torna a mulher mais suscetível ao AVC. Durante a gestação, a quantidade de sangue no organismo aumenta alguns litros. Nos primeiros meses depois do parto, o sangue torna-se mais coagulável. Podem surgir trombos nas pernas ou no cérebro. Uma doença hipertensiva que acomete 5% das grávidas (chamada de pré-eclâmpsia) também contribui para a ocorrência de AVC nessa fase da vida. "A mulher pode ter um pico de hipertensão, e ele pode provocar o AVC", diz a neurologista Gisele Sampaio Silva, do Hospital Albert Einstein.
Hipertensão
É a principal causa de AVC em homens e mulheres de qualquer idade. Uma das melhores formas de preveni-la é reduzir o sal na alimentação. Um estudo publicado recentemente no New England Journal of Medicine revelou o impacto que essa mudança simples tem sobre a saúde. Pesquisadores da Universidade da Califórnia concluíram que um esforço nacional que resultasse na redução diária de apenas 3 gramas de sal seria capaz de evitar no mínimo 60 mil derrames por ano.
A bancária Gislaine Gonçalves Babler, de 31 anos, já é hipertensa. Sofreu um AVC na região frontal esquerda do cérebro, há dois anos. Tomava PÍLULA anticoncepcional, hábito que abandonou naquele mesmo dia. Estava no trabalho quando sentiu uma pontada forte no lado esquerdo da cabeça. Em segundos, começou a sentir formigamento no lado direito do corpo. Tentou caminhar e já estava sem coordenação motora. Compreendia o que as pessoas diziam, mas tinha dificuldades para articular as palavras. Gislaine foi levada rapidamente ao hospital. No dia seguinte, não conseguia sair da cama sem ajuda. "O pior do AVC é a imprevisibilidade", diz. Passado o susto inicial, Gislaine decidiu se dedicar com afinco à fisioterapia. Dez dias depois do AVC, voltou a trabalhar. Para superar as consequências do AVC, são necessários grandes investimentos - emocionais e materiais.
Em 1986, foi lançada a droga injetável alteplase, a única capaz de dissolver trombos e reduzir os danos do AVC. Quando os doentes a recebem em até quatro horas e meia depois do AVC, o número de pessoas sem sequelas aumenta 30%. Para esse tratamento, chamado de trombólise, o paciente pode precisar de um a dois frascos do remédio. O custo varia de R$ 1.700 a R$ 3.500. Vinte e quatro anos depois do lançamento do medicamento, poucos doentes têm acesso a ele no Brasil. A maioria dos planos de saúde paga o remédio porque já percebeu que o custo-benefício é favorável. Um conveniado com menos sequelas dá menos despesas. No SUS, poucos serviços oferecem o tratamento. O valor pago pelo Ministério da Saúde pela internação do paciente com AVC (R$ 463) não é suficiente para cobrir a trombólise.
"No tratamento do AVC, o Brasil está muito atrasado em relação ao que se faz no mundo. É estranho que a principal causa de morte não seja prioridade", diz Sheila Cristina Martins, neurologista do Hospital das Clínicas da UFRGS, em Porto Alegre, e coordenadora da Rede Brasil AVC, uma ONG que reúne os principais especialistas no assunto. Procurado, o Ministério da Saúde respondeu que não está convencido do benefício da trombólise. "Ela reduz o risco de sequela, mas aumenta o risco de sangramento. Se aumenta o sangramento, pode aumentar a mortalidade", diz Maria Inez Gadelha, diretora de atenção especializada do Ministério da Saúde. O risco de sangramento cerebral existe. Segundo Sheila, é de 5%, mas os estudos não demonstraram aumento da mortalidade. "Se os profissionais forem bem treinados para aplicar esse tratamento, não há a menor dúvida sobre o benefício dele", diz Sheila.
A trombólise não é tudo o que o Brasil poderia fazer para melhorar a condição das vítimas do AVC. Mesmo sem essa medicação, existem cuidados básicos que, sozinhos, já são capazes de diminuir a mortalidade em 18% e a dependência de outras pessoas em 25%. Quando o paciente chega ao hospital, é preciso evitar que a pressão arterial fique muito alta ou baixa. É preciso evitar que tenha febre e que os níveis de glicose subam ou caiam demais. Isso não costuma ser feito. "Em 80% dos hospitais do Brasil, esses cuidados mínimos não existem", diz Sheila. "Sem a trombólise, o médico acha que não tem nada a fazer. Dá um AAS infantil (anticoagulante) e deixa o paciente no corredor." Se quiser evitar que isso continue a acontecer, o Ministério da Saúde terá de organizar um mutirão de treinamento e enfrentamento do AVC.
Diante de tudo de ruim que poderia ter acontecido, as mulheres retratadas nesta reportagem são privilegiadas. Amanda diz ter descoberto que ir à padaria tem algo de mágico. Gislaine expressa sua fé em Deus, trabalha com prazer e vive o presente. Célia deseja encontrar um companheiro. "Ainda sou mulher. Queria poder encostar a cabeça no peito de um homem, namorar, comer pipoca." Fernanda progride na fisioterapia e está pronta para estrear o carro novo, adaptado para pessoas que dirigem apenas com a mão direita. Para se proteger da impaciência alheia, colou um adesivo de deficiente físico no vidro traseiro, mas pretende retirá-lo em breve: "Vai ser só por um tempo. Por pouco tempo".
Cortesia: Clipping Bem Fam 26/04/010)
sábado, 24 de abril de 2010
Minha amiga Ana Bontempo fala sobre a palestra HPV IN RIO realizada no penúltimo dia 22/04:
No dia 22 de abril de 2010, no Centro de Convenções do Hotel Flórida antecipando ao Seminário HPV in Rio, promovido pela Universidade Federal Fluminense, foi realizada a palestra HPV: QUE BICHO É ESSE? para interessados no tema.
Fizeram uso da palavra Professores Mauro Romero e Isabel Duval da Universidade Federal Fluminense e Professor Nelson Vespa Jr Pesquisador dos Estudos de Vacinas Multivalentes contra HPV do MS de São Paulo.
Entre as informações passadas, destacamos:
O que é o HPV?
Papilomavírus Humanos, capazes de induzir lesões de pele e mucosa. As mais frequentes são as verrugas genitais e câncer de colo do útero. Câncer de pênis e anus causados pelo HPV são em menor incidência.
Nomes populares: condilomas acuminados, jacaré, crista de galo, couve-flor, verrugas genitais ou vulgares, verruga do açougueiro.
Formas de contágio:
a) em 95% a infecção pelo HPV acontece pelo contato com a área afetada, através do toque, relação sexual, fricção, contato com a pele. 2 a 5% pelo compartilhamento de roupas íntimas. 60% dos parceiros de pacientes infectadas adquirem o HIV após um único contato sexual.
b) existem mais de 100 tipos de HPV dos quais 30 tem preferência pela mucosa genital;
c) 90% dos tipos 6 e 11 consistem em verrugas genitais;
d) 70% dos tipos 16 e 18 são responsáveis pelos casos de câncer do colo do útero;
e) a maioria das infecções por HPV é assintomática e eliminada espontâneamente;
f) estima-se que 80% das mulheres ativas sexualmente terão infecção pelo HPV antes dos 50 anos;
g) ser infectado pelo HPV não significa sinal de promiscuidade ou infidelidade. Todas as pessoas podem ser infectadas;
Fatores de risco- Câncer cervical:
Mulheres: idade, comportamento sexual, cigarro, dietéticos, gestação.
Homens: número de parceiros, incircuncisados, HSH.
Tipo Viral: BAIXO 6,11,40,42,43,44,54,61,70,72,81.
ALTO: 16,18,31,33,35,39,45,51,52,56,58,59,68,73,82.
Reações mais comuns dos pacientes:
Os pacientes normalmente, ao serem informados do adiagnóstico, apresentam reação de choque, negação,vergonha, medo, sentimento de traição, conflito e complexo de rejeição.
Estimativa HPV no Brasil e no mundo:
Em média são detectados 20 mil casos de HPV por ano. Em 2008 foram 18.680 casos.
A cada 2 minutos uma mulher morre vítima do câncer do colo do útero, no mundo.
Formas de prevenção:
Ouso do preservativo serve como barreira do HPV em 70% a 80% dos casos, pois depende do uso correto do preservativo e da localização da parte infectada. Ainda como forma de prevenção nas mulheres o exame papanicolau é efetivo, onde lembramos a importância do exame preventivo anual.
As vacinas contra o HPV hoje disponíveis para mulheres na faixa etária de 9 a 26 anos, tem função profilática, criando anticorpos visando reduzir a virulência. Estão direcionadas para os tipos de HIV 6 e 11 (não oncogênico e 16 e 18 (oncogênico) sendo seu tempo de validade estimado no momento por 5 anos.
CONCLUINDO: A PREVENÇÃO É A MELHOR FORMA DE EVITAR O HPV.
Ana Bontempo foi Coordenadora do Projeto Viva Voz do Grupo Pela Vidda, e Atualmente é Vice Presidente da Bem Fam.
Quero deixar aqui meus agradecimentos pela colaboração nesta reportagem.
Quero Fazer, Lançamento do Projeto
Notícias
Quero fazer
23/04/10Trailer itinerante leva testagem anti-HIV para gays e travestis no DF
A partir da próxima semana, gays e travestis no Plano Piloto (DF) terão uma opção diferente para fazer teste de aids. Uma unidade móvel de saúde (trailer) estará em pontos de concentração desse público para realizar teste rápido anti-HIV à noite. A cerimônia de lançamento da iniciativa está marcada para hoje, às 11h45, no auditório do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. Trata-se do projeto-piloto Quero Fazer, uma ação inédita no Brasil destinada à prevenção e à testagem voluntária do vírus da aids entre gays, travestis e outros homens que fazem sexo com homens (HSH). No trailer vão ocorrer atividades de prevenção e aconselhamento, além do exame. Equipe de profissionais de saúde e integrantes de ONG locais serão responsáveis pelo acolhimento do público e pela realização do teste. O teste rápido permite que a entrega de resultado do diagnóstico para a infecção do HIV saia em cerca de 40 minutos.
A iniciativa permite que as pessoas possam fazer o exame fora do horário comercial e os pontos estratégicos de funcionamento aproximam essa população vulnerável dos serviços de saúde, além de mobilizá-los para a prevenção em relação a aids. Dados epidemiológicos do Ministério da Saúde de 2008 indicam maior incidência de aids entre gays, travestis e HSH do que na população geral. Nesse segmento, a probabilidade de infecção pelo HIV é de 11 vezes maior do que nos homens heterossexuais. É importante destacar que não há grupo de risco para o HIV/aids, pois qualquer pessoa está suscetível à infecção.
O Quero Fazer é uma ação apoiada pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e executada pela Pact Brasil, com o apoio do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, da UnB e de organizações não governamentais locais. O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais é responsável pelo treinamento da equipe de profissionais que atuam junto ao público-alvo e pelo fornecimento dos testes e de preservativos. Além de ir a locais frequentados por esse público, o projeto reforça os objetivos do Plano Nacional de Enfrentamento da Epidemia de Aids e das DST entre Gays, HSH e Travestis, lançado pelo Ministério da Saúde, em março de 2008.
Brasília é a terceira cidade a aderir à iniciativa. O Quero Fazer atua também no Recife e no Rio de Janeiro. No Recife, além do trailer ter possibilitado que cerca de duas mil pessoas fizessem seu teste anti-HIV, os serviços de testagem voluntária foram estendidos à ONG Grupo Leões do Norte e ao Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) do Cabo de Santo Agostinho, facilitando o acesso de gays e travestis ao diagnóstico do HIV. No Rio de Janeiro, o serviço está disponível no Grupo Arco Iris (ONG LGBT) e no CTA de São João do Meriti, na Baixada Fluminense. Os pontos de testagem e aconselhamento do Quero Fazer ajudam a fortalecer o vínculo dessa população com os serviços públicos de saúde.
A ideia do projeto é realizar 4,5 mil testes rápidos de HIV, nas três cidades em dois anos de funcionamento. Para isso, os serviços de diagnóstico para o HIV do Quero Fazer usando o teste rápido são divulgados e complementados por ações de prevenção realizadas por educadores de pares (lideranças de ONG LGBT locais). A importância da prevenção das DST/HIV e do diagnóstico precoce é reforçada também por estratégias de comunicação do projeto, entre elas: perfil e colunas em sites de relacionamento gay, blog www.pactbrasil.org/querofazer, comunidade Quero Fazer no Orkut, cartilha, folderes e mensagens de texto via celular.
SERVIÇO
Lançamento do Quero Fazer: Hoje (23 de abril), às 11h45, auditório do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (SAF Sul Trecho 2, bloco F, Torre 1, Ed. Premium – Auditório)
Contato: Pact Brasil: (21) 9390-5448
Departamento DST, Aids e Hepatites do Ministério da Saúde: (61) 3306-7016
PROGRAMAÇÃO DO TRAILER ITINERANTE
Parque da Cidade, Conic e 403 sul (próximo ao Gate´s Pub) à noite
MAIS INFORMAÇÕES
Embaixada dos Estados Unidos no Brasil: http://www.embaixada-americana.org.br/
USAID: http://brazil.usaid.gov/pt
Departamento DST, Aids e Hepatites do Ministério da Saúde: www.aids.gov.br
Pólo de Prevenção de DST, Aids da UnB: 3307-2772 ramal 208
Fonte:www.aids.gov.br
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Feijão ruim vendido como de 1ª
Testes com 25 marcas do tipo preto apresentam treze com grãos defeituosos, impurezas e até insetos embalados
POR TAMARA MENEZES
Rio - Amanhã é dia de feijoada, hoje é dia de conferir a qualidade do feijão que você leva para casa. Análises do órgão de defesa do consumidor Pro-Teste em 25 marcas mostraram que tem fabricante vendendo gato por lebre. Treze das empresas pesquisadas apresentaram problemas, como presença de grãos imperfeitos e até insetos vivos dentro das embalagens.
“Os defeitos encontrados em feijão apontado como tipo 1 mostram falta de controle de qualidade e descaso das empresas, que estão vendendo produto com qualidade inferior mais caro”, explica Maria Inês Dolci, advogada da Pro-Teste. Ela destaca que os insetos e grãos defeituosos não chegam a ser perigosos para o consumidor graças ao preparo do alimento.
Três marcas informaram uma indicação extinta há dois anos pelo Ministério da Agricultura. O órgão define como tipo 1 o produto de melhor qualidade, com grãos perfeitos e quase sem impurezas. Já o tipo 2 pode conter poucos grãos mofados, ardidos (fermentados), carunchados (com ovos ou perfurações de lagartas) ou quebrados ou sem casca.
Consumidor deve conferir a uniformidade dos grãos. Quanto mais ‘coloridos’, maior a chance de ter defeitos | Foto: Divulgação
A dica da entidade é conferir a uniformidade dos grãos ainda na loja. Quanto mais “coloridos”, maior a chance de ter defeitos. Quem comprou o produto e viu grãos suspeitos pode levar à loja para tentar trocá-lo. Também deve reclamar com o fabricante. Se não for ouvido, é possível recorrer a órgãos de defesa do consumidor, como o Procon.
As marcas ‘Fritz e Frida’, vendida apenas na Região Sul do País, e ‘Great Value’, distribuída pelos supermercados Wal-mart, tiveram a melhor relação entre qualidade e preço. ‘Kicaldo’, ‘Qualitá’, ‘Camil’ e ‘Caldo Bom’ também apresentaram bom desempenho. Já as marcas ‘Blue Ville’, ‘Nacional’ e ‘Combrasil’, foram as piores.
Apesar dos preços do feijão preto acumularem alta de 2,55% no mês, o valor médio caiu no Rio em relação a abril de 2009. A informação é do economista André Braz, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Fabricantes tentam se justificar
O Walmart, dono das marcas ‘Nacional’ e ‘Mercadorama’, informou que que seus produtos são processados de acordo com os padrões do Ministério da Agricultura. A empresa mandou fazer análises que comprovem a qualidade e a segurança do produto.
O Econ divulgou que, para possíveis melhorias, vai reavaliar seu processo de fabricação.
Fonte: O Dia On line 23/04/010 as 16:52
Pressão alta
Hipertensão afeta 30 milhões de brasileiros e quase a metade não sabe que tem doença, diz Ministério da Saúde
Publicada em 22/04/2010 às 11h27m
O GloboRIO - A Sociedade Brasileira de Cardiologia lança na segunda-feira a campanha "Eu sou 12 por 8", que tem como objetivo alertar a população brasileira dos perigos da pressão alta. A doença, que no início não apresenta sintomas, afeta 30 milhões de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde. Destes, 12 milhões não sabem que têm a doença e correm um risco maior de ter outros distúrbios perigosos, entre eles infartos e derrames. A SBC estima que apenas 10% das pessoas com pressão alta faz regularmente acompanhamento médico e segue suas orientações. Para incentivar a população, personalidades aderiram à campanha, se tornaram embaixadores e já vestiram a camiseta "Eu sou 12 por 8", como a atriz Guilhermina Guinle, o cantor Ney Matogrosso e a apresentadora Sarah Oliveira.
Alguns fatores aumentam as chances de um indivíduo desenvolver hipertensão e parte deles pode ser evitada.Uma alimentação não balanceada, especialmente carregada de sal, pode levar ao quadro hipertensivo. O consumo de bebida alcoólica, o sedentarismo e a obesidade também estimulam a doença.O Ministério da Saúde acrescenta ainda à lista de fatores de risco: diabetes, histórico de hipertensão na família e ser da raça negra.
O órgão avisa que, depois dos 55 anos, 90% dos indivíduos correm o risco de desenvolver hipertensão, mesmo que tenham tido pressão normal até então. Alguns sintomas que podem ajudar no diagnóstico da doença são dores de cabeça, cansaço, tonturas e sangramentos do nariz. Porém, a única forma segura de identificar a hipertensão é checar regularmente a pressão arterial.
Perigo para os executivosUm levantamento feito pelo Centro de Medicina Nuclear da Guanabara feito com 1.054 executivos indica que 22% dos trabalhadores cariocas têm pressão alta. O médico Eduardo Duarte, responsável pela pesquisa, afirma que é fundamental que as pessoas mantenham os exames em dia para diagnosticar o quadro no início.
- São indivíduos com elevado grau de informação, mas que, mesmo assim, não tomam os cuidados necessários para manutenção da saúde. São capazes de lembrar da revisão do seu novo automóvel, mas não encontram tempo para uma avaliação médica - afirma Duarte.
Para ele, a mudança no estilo de vida é a principal arma para se combater a doença. Neste caso, é preciso, além de fazer exercício, seguir uma dieta equilibrada, sem sal, embutidos e alimentos processados.
Marina ganha perfil na revista 'The Economist':
Publicada em 22/04/2010 às 19h24m
Alessandra Duarte
*
RIO - Marina Silva é uma candidata que parece "ter princípios demais" para disputar uma campanha eleitoral, que "sobreviveu à infância", e que quer o Brasil como exemplo de utilização de energia para outros países em desenvolvimento. É como a revista britânica "The Economist" desenha a pré-candidata à Presidência pelo PV, numa reportagem na edição desta semana sobre a candidatura Marina.
Com o título "Outro Silva" - em alusão ao fato de o sobrenome do presidente Lula também ser Silva -, a reportagem é um perfil da verde. Começa dizendo que "De vez em quando, um político surge parecendo ter princípios demais para disputar uma briga de cachorro grande numa campanha eleitoral. Marina Silva, candidata do pequeno Partido Verde, é assim". Para "The Economist", o que faltaria a Marina em termos de máquina de campanha ela estaria "tentando compensar com força ética". O tema "ética", diz a revista, é a questão que a pré-candidata precisaria colocar em pauta até as eleições chegarem à sua fase decisiva.
Trazendo uma foto de Marina cuja legenda é "Verde nascida e criada", a revista conta um pouco da trajetória da pré-candidata na Região Norte - quando comete a gafe de dizer que o Acre fica "na Amazônia" -, falando do pai nordestino que foi para aquele estado trabalhar como seringueiro; da infância pobre, em que três dos 11 irmãos de Marina morreram; dos problemas de saúde (como uma série de alergias) que teriam ficado para Marina como sequela de doenças que a família enfrentara na época, como hepatite e malária; e do fato de a pré-candidata ter trabalhado como empregada doméstica para sustentar sua ida à universidade.
Revista lembra que Marina foi uma das fundadoras do PT
"The Economist" lembra que Marina Silva, além de ter participado de campanhas com o ambientalista Chico Mendes, "foi uma das fundadoras do Partido dos Trabalhadores, juntamente com Luiz Inácio Lula da Silva, então um líder sindical de semelhante origem humilde. Quando Lula se tornou o presidente da República em 2003, ele fez de Marina Silva (...) sua ministra do Meio Ambiente".
Já para falar sobre a saída do governo Lula da pré-candidata, a reportagem cita episódios como as discussões que Marina teria perdido em questões como "introdução de soja geneticamente modificada; pavimentação da BR-163, rodovia por dentro da Amazônia; e energia nuclear".
Outro motivo de desgaste para Marina na pasta, lembra a revista, foi o fato de que ela "foi acusada de lotear seu ministério com verdes (o que ela admitiu) e com evangélicos (o que ela nega). Em 2008, Marina deixou a pasta depois que a responsabilidade por reformar a legislação sobre titularidade de terras na Amazônia foi dada a outro ministro. Marina se recusou a criticar Lula publicamente".
Para a revista britânica, o principal tema da campanha de Marina Silva é a defesa que a verde faz de que o Brasil tenha a "responsabilidade moral" de se tornar uma economia de alta tecnologia e baixo consumo de carbono, "como um exemplo para outros países em desenvolvimento".
O perfil feito por "The Economist" lembra ainda que o empresário Guilherme Leal, dono da Natura, está estudando a proposta de ser o companheiro de chapa de Marina; e afirma que, numa "crítica ao gosto de Lula por um Estado forte e por Fidel Castro", a pré-candidata seria contra a alta carga tributária brasileira e a "aceitação de tiranos".
Destacando que Marina "ainda tem muito chão pela frente", a reportagem cita ainda pesquisas de intenção de voto nas quais a verde aparece com "apenas 10%", o que demonstraria que "muitos brasileiros, como eleitores em outros lugares, não consideram salvar o planeta como uma de suas prioridades". Para terminar a reportagem, e destacar que o caminho "não será fácil" para a pré-candidata, "The Economist" traz uma frase da própria perfilada: " 'Meu pai me dizia que o animal com as pernas mais curtas tem que correr o mais distante' "
usina de polêmica
Nota técnica de Furnas e Eletrosul não recomenda estatais no projeto de Belo Monte
Publicada em 22/04/2010 às 23h50m
O GloboRIO - Uma nota técnica elaborada por duas estatais de energia do grupo Eletrobras, Furnas e Eletrosul, indicou que a construção da usina de Belo Monte era um mau negócio. Segundo o documento ao qual o GLOBO teve acesso e que foi elaborado dia 18 de abril, dois dias entes do leilão, uma análise do edital da obra, das condições de mercado e dos acordos entre as empresas que formavam o consórcio Belo Monte Energia alertava que não era seguro para as estatais participar do leilão, como mostra matéria de Henrique Gomes Batista, publicada na edição desta sexta-feira, do GLOBO.
O consórcio - que abrigava, além das duas subsidiárias da Eletrobras, a construtora Andrade Gutierrez, a Vale, a Neoenergia e a Companhia Brasileira de Alumínio, divisão do grupo Votorantim - acabou perdendo o leilão. Pequena lucratividade, riscos financeiros, da obra, do projeto e de operação foram apresentados como problemas que tornariam a obra pouco viável.
Leia também:Lula sobre Belo Monte: 'entrou quem quis, sai quem quiser depois' Construtoras não confirmam desistência de Belo Monte Governo jogou pesado para que Norte Energia fosse vencedor Números subestimadosO documento, de uso interno das estatais, estima que a obra custará R$ 28,5 bilhões - bem acima da previsão oficial de R$ 19 bilhões. Mas isso nem é surpresa, já que todos os analistas consideravam os números do governo subestimados. O que assustou os analistas das estatais foram os outros números do empreendimento. A taxa interna de retorno (a chamada TIR, que demonstra a margem de lucratividade de uma atividade financeira), foi estimada em apenas 3%, considerando riscos extras de questões ambientais e fundiárias de R$ 2,7 bilhões.
Mesmo que estes custos extras não se confirmem, a lucratividade do negócio é baixa: 4,4%, diz o documento. O valor é quase a metade da taxa prevista pelo governo, de 8%, que forçou essa margem às pressas, pouco antes do leilão, para tentar o sucesso da concorrência, visto que a previsão anterior era bem mais generosa e em linha com grandes empreendimentos de infraestrutura, com uma taxa de 12%.
Custos ambientais subavaliadosDe maneira geral, os técnicos das duas estatais indicam diversos problemas no projeto baseado na proposta do governo. Faltaram, segundo a nota, estudos geológico-geotécnicas. Além disso, teria havido subavaliação dos custos ambientais, falta de recursos para seguros e uma precificações mais correta dos serviços de remoção da população local. Isso indica que tanto o governo como os consórcios - estimulados pelas estatais - entraram no negócio de forma açodada.
A proposta do consórcio, segundo o estudo de Furnas e Eletrosul, previa que o BNDES financiaria R$ 15,3 bilhões do projeto. Esse valor supera o possível no momento, que é de R$ 13,5 bilhões. Para ser viabilizado, o banco precisaria aumentar o seu patrimônio líquido. Embora o governo e o próprio banco não comentem este movimento, a equipe econômica prepara, para breve, mais um aumento no patrimônio do BNDES, o que poderia atender aos objetivos do consórcio.