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quarta-feira, 1 de outubro de 2014
Presa por ter 1 aborto espontâneo !
Posicione-se pelos direitos das meninas e mulheres de El Savador
ENTRE EM AÇÃO
Caro Nilo Geronimo,
María Teresa Rivera não sabia que estava grávida até que um dia, na fábrica de tecidos onde trabalhava, sentiu uma necessidade urgente de ir ao banheiro. Minutos depois, foi encontrada por sua sogra, caída no chão e sangrando.
Ela sofreu um aborto espontâneo. Por isso foi sentenciada a 40 anos de prisão por homicídio doloso.
María Teresa tem um filho de 5 anos. Quando sair da prisão, seu filho já será um adulto.
"Que esperanças eu tenho para o futuro? Liberdade. Muitas vezes me sinto triste de noite, pois queria estar com meu filho, dormir ao lado dele...” - María Teresa à Anistia Internacional, em setembro de 2013
Em alguns casos, as mulheres que têm abortos espontâneos são processadas e presas por décadas.
Posicione-se contra essa injustiça.
» ENTRE EM AÇÃO
Posicione-se contra a injustiça. Assine a petição e garanta os direitos das mulheres do país!
Seu caso não é único em El Salvador. Desde que o aborto foi totalmente proibido no país, em 1998, o governo vem trabalhando com o pressuposto de culpa, e ainda que o aborto espontâneo não constitua crime no país, mulheres que sofrem interrupção involuntária da gestação correm o risco de ser interrogadas e acusadas de crime de homicídio.
O relatório “À beira da morte: a violência contra a mulher e a proibição do aborto em El Salvador” lançado ontem (25/09) pela Anistia Internacional descreve como a lei restritiva do país tem resultado na morte de centenas de meninas e mulheres que se submetem a abortos clandestinos.
Em El Salvador, mulheres e meninas que engravidam em consequência de violência sexual não têm outra escolha além de levar a gestação adiante, ou se submeter a um aborto clandestino. A violência cometida inicialmente contra a mulher ou a menina é, de fato, agravada pelo Estado com sua decisão de proibir a interrupção da gravidez.
Nos casos de risco de vida da mãe, os médicos não podem fazer nada até que a mulher inicie uma hemorragia e esteja à beira da morte. Na maternidade de um hospital público, uma médica disse à Anistia Internacional: "O que poderia ter sido uma cirurgia simples se transforma numa cirurgia de alto risco.”
Não deixe as mulheres como María Teresa e outras meninas de El Salvador chegarem à beira da morte.
Entre em ação agora.
Um abraço,
Maurício Santoro
Assessor de Direitos Humanos
Anistia Internacional Brasil
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