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Eu ainda ia ficar em 2013, pois preciso, como já disse, de um hiato entre o que foi 2013 e a chegada de 2014. Mas a situação do Maranhão não me permite. Chego em 2014, finalmente. Maranhão 66 - Este é o ink do curta que Glauber Rocha e Fernando Duarte fizeram, em 1966, sobre a chegada de Sarney na política maranhense. O Maranhão parou lá. Quando andou, foi pra trás... Não deixem de assistir, tem pouco mais de 10 minutos, é sobre a posse de Sarney como governador ( quando o pau comeu solto sobre os lavradores, entre eles, Manuel da Conceição, que perdeu uma perna devido às torturas), e foi um pedido deste a Glauber, seu amigo. "BRASÍLIA — Na esteira da crise de violência no Maranhão, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, foi vetada pela governadora Roseana Sarney de ir ao estado tratar do assunto. A participação dela na reunião do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), em Brasília, foi a explicação oficial de sua ausência na visita que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, fez nesta quinta-feira, a pedido da presidente Dilma Rousseff. Na quarta-feira, a presidente almoçara com Cardozo, Maria do Rosário e as ministras Gleisi Hoffman e Eleonora Menicucci para tratar do caso no Maranhão. Os atritos entre Maria do Rosário e a governadora começaram no final de outubro do ano passado, quando a Secretaria de Direitos Humanos cobrou providências e notificou órgãos públicos do Maranhão a respeito de denúncia de violação dos direitos humanos no sistema penitenciário do estado apresentada na Organização dos Estados Americanos (OEA) pela Sociedade Maranhense de Direitos Humanos e pela OAB do estado. (Evandro Éboli, 10.01.2013 – O Globo)" Além de vetar a ida de uma ministra de Estado ao estado, o que já é inusitado, Roseana Sarney , depois de silenciar durante meses sobre os descalabros d Complexo Penitenciário de Pedrinhas - fazem parte do Complexo de Pedrinhas o Presídio feminino, o Centro de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ), a Casa de Detenção (Cadet), o Presídio São Luís I e II, o Centro de Triagem, e o Centro de Detenção Provisória (CDP) -., em São Luis, onde,ano passado, foram assassinados pelo menos 50 presos, e alguns com a cabeça decepada, a governadora da capitania dos Sarney abriu a boca e foi um desastre. Com a imagem estarrecedora de 5 presos decapitados divulgada pelas redes sociais e mídia, qual foi a reação da inacreditável Roseana? Culpar a mídia e carimbar a pecha de " selvageria" no terem divulgado as imagens, e ,não, na decapitação de seres humanos, brasileiros e maranhenses. Numa ação orquestrada de dentro de Pedrinhas, onde duas facções rivalizam, bandidos tomaram ônibus em São Luís, e, os incendiaram, sendo que, num deles, o marginal despejou gasolina em passageiros, dentre eles uma criança de ano e meio, sua mãe de 22 anos e a irmã, Ana Clara, de seis. Ana Clara morreu dias depois, com 98% do corpo incendiado. A mãe, em estado grave, foi operada, ontem, em Brasília, e tem 40% do corpo queimado. O homem que tentou salvar Ana Clara, teve 72% do corpo atingido e seu estado é mais grave ainda. Tia Dilma não disse uma palavra sobre a barbárie, nem para se solidarizar com a família da menina.. Ontem, sexta-feira, pelo Twitter, disse "estar atenta" à situação do Maranhão. Numa coletiva patética, e na presença muda do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, Roseana teve o cinismo do dizer que a criminalidade aumentou, porque o Maranhão - o estado mais miserável da nação, sob a égide dos Sarney há quase 50 anos -, está "mais rico." Mais rico em miséria e desordem social. Na área de segurança, já houve uma "intervenção branca", mas o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai pedir ao STF intervenção de fato, devido às contumazes violações de direitos humanos, mas o STF não costuma ceder às intervenções: há 122 pedidos feitos até hoje, e nenhum contemplado. Paulo Sérgio Pinheiro, na Folha, ontem: " o que está sucedendo hoje já havia sido prenunciado. A penitenciária de São Luís foi palco da maior rebelião em 2010, que durou 30 horas e teve 18 mortes. "Com a concentração dos estabelecimentos penais em São Luís, a rixa entre presos da capital e do interior é característica do sistema prisional maranhense, resultando em um ambiente de horror regado a crimes bárbaros", diagnosticou o Conselho Nacional de Justiça. Em fevereiro de 2011, a cena de barbárie se repetiu na delegacia regional de Pinheiro, a pouco mais de 300 quilômetros da capital, em que seis presos foram assassinados, sendo que quatro tiveram suas cabeças decepadas e penduradas nas grades. Um olho humano foi jogado para fora da cela como pressão para as autoridades "negociarem". Não há nenhuma dúvida de que o Executivo maranhense, por sua omissão, tem enorme responsabilidade por esses crimes cometidos por presos sob custódia do Estado." Mas claro que também há uma aquiescência dos juízes, desembargadores e que tais nesse assunto todo. Em Pedrinhas, além das dezenas de mortes, as mulheres dos presos servem aos chefes de facções que não tem companheiras. No dia da visita, elas são postas lá dentro, e as portas abertas. É um estupro coletivo permanente e o governo de Roseana não faz nada. O PT, aliados dos Sarney, agora está numa saia justa para apoiar o candidato dos donos da capitania, e a esquerda pede apoio a Flavio Dino, do PC do B, para o governo do estado, e Roseana para o Senado. O PMDB, até agora, não topou. Além de tudo, Roseana ainda disse que o Maranhão vai "muito bem". À volta do Palácio dos Leões, sede do governo estadual, há uma coleção de palafitas. Bom fim de semana. | ||||
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