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sábado, 29 de dezembro de 2012

Agradecimento e liçoes aprendidas com #UNIMED #NucleodeAtendimentoAo #Idoso

Nilo, a você um agradecimento especial. Este é o texto que enviei para todos os amigos que foram solidários comigo. Ficou grande para facebook, mas eu achei importante colocar as lições aprendidas.
Bjs
Ana (email recebido em:
20 de dezembro de 2012 23:53)


Amigos, agradeço a atenção, palavras de apoio sugestões e incentivo, manifestado por vocês quando da minha aflição na busca de atendimento para minha tia Lozinda. Informo que hoje dia 20 ela retornou ao tratamento quimioterápico. Como toda dificuldade é seguida de um aprendizado, informo como procedi e aprendi.
Após enviar mensagem aos amigos utilizando facebook e email, reuni algumas das sugestões e saí em campo. Enviei carta para o Globo (coluna de leitores) mas não publicara (talvez tenha enviado para a coluna errada). Liguei para a ANS 08007019656 onde solicitaram a data da assinatura do plano com a UNIMED o que eu não soube informar e disseram que não fiscalizam operadora de saúde. Reclamei junto à ouvidoria da UNIMED através do site, sem retorno. Solicitei à central da UNIMED 38613861 informação sobre a liberação e fui informada que solicitações dos tratamentos a serem realizados nas unidades da operadora não são registrados no call center, devendo o contato ser feito na própria unidade onde o paciente receberá o medicamento. Ontem dia 19/12 às 8:05h escrevi para a referida unidade da UNIMED chamada Espaço para Viver Melhor informando que, tendo em vista a demora na liberação do atendimento estaria dando início a uma ação judicial e comuniquei também por telefone.
O plantão judiciário funciona no Forum Central – Av Erasmo Braga 115 por 24h. Entretanto das 18h às 11h, a entrada é pela rua D Manuel s/n nos fundo do prédio.
Ao entrar neste prédio às 9:05h recebi um telefonema de uma funcionária da UNIMED informando que a autorização havia sido dada. Hoje fui levar Lozinda para ser administrado o medicamento no EPVM rua Pinheiro Guimarães 66 Botafogo. Atendimento cuidadoso, profissionais educados, horário respeitado, um bom acolhimento, o que não justifica a ausência do olhar atento da família.
Aprendi tb que, todo o atendimento através da defensoria pública é gratuito desde que a pessoa não possua renda financeira para arcar com a ação judicial. Entretanto para ter liminar para atendimento de urgência na área da saúde, é fundamental apresentar documentos que comprovem a renda do interessado e os custos com cuidadores, fisioterapeuta, plano de saúde e custo do medicamento quimioterápico, o que nem sempre é fácil porque as clínicas não fornecem por escrito. Tem que pesquisar no site do laboratório. Declaração do médico informando a urgência na administração do medicamento e da dificuldade de locomoção do solicitante.
Descobri tb que o Núcleo de Atendimento ao Idoso da Defensoria Pública funciona agora na rua Humberto de Campos 315- Leblon e o atendimento tem de ser marcado pelo telefone 23326342 ou 23326343. Entra em recesso amanhã retornando dia 7 de janeiro de 2013. Não atende urgências.
Fica o meu aprendizado e as informações para os amigos, pois sempre temos alguém para atender.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

ATAQUE AOS FUNDOS DE SAÚDE( José do Vale Pinheiro Feitosa)

O texto abaixo retransmitido, em que pese referir-se à Saúde Pública do Rio de Janeiro, reflete uma triste realidade que, talvez em níveis diferentes, vem lentamente se alastrando por todo o Brasil, numa espécie de "metastase ideológica", colocando-nos numa situação de extrema vulnerabilidade tal o grau de comprometimento dos recursos públicos e desmonte das estruturas formais do SUS.

Roberto Pereira


ATAQUE AOS FUNDOS DE SAÚDE

José do Vale Pinheiro Feitosa

A manhã do Rio de Janeiro começou silenciosa. O Carioca dorme em razão do atravessar das horas da noite passada em volta da Ceia de Natal. O dia 25 de dezembro é um dos mais universais feriados do mundo Ocidental, assim como o primeiro de janeiro: quase tudo fecha e as ruas ficam desertas.

E foi nessa paz extraída do silêncio que a guerra se fez na minha consciência. Há no Brasil um discurso malandro e interesseiro, envolvendo eficiência dos recursos e meios públicos, que a título de inovação administrativa, promove iniquidade e serve para verdadeiros assaltos aos Fundos de Saúde. Promove-se a privatização da gestão do Sistema Único de Saúde sob o disfarce da coisa pública, através de Organizações Sociais e outras formas disfarçadas de promover desigualdades.

Em 1999, primeiro ano do Governo Garotinho, a Secretaria Estadual de Saúde começou um programa de valorização do funcionalismo público, convocando os aprovados num concurso, que o ex-Governador Marcelo Alencar estava deixando caducar, e diante das despesas com pessoal, dobrou a gratificação dos servidores da saúde. Em 2012, no mês passado, encontrei um médico de renome, aposentado pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, com o salário mensal de R$ 1.640,37. Menos de três salários mínimos. Era o mesmo salário decretado por Garotinho há treze anos.

Acontece que a mesma fonte pagadora, o Estado do Rio de Janeiro, paga a um médico contratado por via privada em média mais de R$ 5 mil por vinte horas de trabalho, além dos encargos sociais por ser contrato CLT e da taxa de administração que é um grande negócio para os amigos do poder. Como o Governador Sérgio Cabral e o Secretário Sérgio Cortes podem justifica uma desigualdade dessas? Será que não caberia uma lei de Anistia para os funcionários estatutários do Rio de Janeiro em face das “torturas” promovidas pela ditadura da privatização? Quem sabe Sobral Pinto não precisasse voltar do além e pedir a lei de proteção aos animais para os torturados funcionários públicos da saúde no Rio de Janeiro?

E como o principal partido aliado de Sérgio Cabral e Sérgio Cortes, o maior partido trabalhista do Brasil, o PT, pode aceitar uma situação dessas? Ela existe, é real e age a cada minuto em pessoas que estão vivendo esta iniquidade: um profissional concursado experiente tratado como lixo da história e um jovem profissional, contratado na prática do “mercado” de seleção e controle profissional no mínimo questionável.

No Governo Federal, em quase todos os Estados e nos Municípios, o Sistema Único de Saúde se torna cada vez mais em um comprador de produto. Há uma prática promovida pelo PT, PSDB, PMDB, PSB, PDT, entre outros partidos, de extinção do funcionalismo público da saúde e uma entrega, não ingênua, aos organizadores da farsa das Organizações Sociais. O Ministério da Saúde é um vazio de quadros próprios: não se faz concurso, quase todos os técnicos têm contratos precários ou através das mais variadas práticas de disfarce da realidade para não convocar concurso.

Há efetivamente uma trama em nome da eficiência. Não se pode nem culpar a guerra contra os Marajás do Collor, pois a saúde nunca foi terra desta gente, a não ser de forma incidental. Mas a verdade é que a primeira coisa foi sufocar os quadros da saúde, não os renovando por concurso público, rebaixando seus salários, denegrindo sua imagem como corrupto para, depois, começarem a contratação pelas vias transversas. O passo seguinte foi entregar as compras públicas a setores privados e agora a menina dos olhos de Ministro e Secretários é nem ter serviço próprio. Estão cientes de comprar serviços terceirizados sem que existam quadros e práticas eficientes para regula-los e controla-los.

Estamos, literalmente, retornando às práticas dos anos 70 que começaram a destruição do INAMPS e que hoje atacam a Saúde Suplementar. Uma prática que consiste em existir um grande fundo de financiamento (público, privado ou coletivo) sendo atacado por inúmeros agentes predadores de recursos, por venda de mercadorias tecnológicas cujo objetivo é o lucro e o fetiche da mercadoria. É a festa das grandes Corporações Multinacionais e a vilania dos profissionais de saúde.

Nessa altura não acredito em ingenuidade de nenhuma autoridade da saúde, mas sei da perseguição criminosa aos funcionários públicos, especialmente em seus salários e, portanto, em sua dignidade. O que chama a atenção é a baixa resistência a essa narrativa dramática por parte do Ministério Público, Ministério do Trabalho, Justiça do Trabalho, Sindicatos e Conselhos de Classe. Em relação às entidades de classe até entendo a contradição, quem ganha três ou quatro vezes mais não pretende discutir a miséria do outro.

Existe uma farsa intencionada a pairar sobre esta realidade: chama-se responsabilidade fiscal. A proporção máxima que a folha de pagamento do funcionalismo pode ter em relação às despesas públicas. Se as despesas subiram tanto com as contrações privadas, como justificar que isso não seja despesa de pessoal? Talvez naquele momento a prudência legislativa, ao limitar os gastos com pessoal, tenha sido uma iniciativa para abrir esta porta da corrupção da equidade constitucional no SUS.

A sociedade está sendo enganada com televisões de telas planas nas esperas dos hospitais e com seguranças vestidos de paletó azul marinho nas portas dos elevadores. A conta é alta, em iniquidade, em gastos públicos e na formação de uma mercantilização danosa, pois sem limites e assaltante do patrimônio público. Basta tomar conhecimento do recente caso de Duque de Caxias envolvendo as tais Organizações Sociais.

José do Vale Pinheiro Feitosa




Roberto Pereira
Centro de Educação Sexual - CEDUS
Membro da Comissão Nacional de Aids - MS
Membro da Executiva do Fórum ONGs Tuberculose - RJ
Rio de Janeiro - RJ
Cel: (55.21) 9429-4550

DEVER - QUERER  - PODER
Tem coisas que DEVO, mas NÃO QUERO
Tem coisas que QUERO, mas NÃO POSSO
Tem coisas que POSSO, mas NÃO DEVO
A escolha correta é, portanto, fruto de decisões
conscientes e éticas.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Toni Reis - aumentaram em 77% as denúncias de crimes contra LGBT

Toni Reis - aumentaram em 77% as denúncias de crimes contra LGBT. O saldo é muito negativo em 2012, não temos nada a comemorar, só reivindicar"




Cerca de 100 manifestantes protestaram contra a homofobia neste mês em São Paulo, no mesmo local onde um estudante gay foi espancado
Foto: Vagner Magalhães / Terra
Mauricio Tonetto

O projeto de Decreto Legislativo nº 234/2011 de João Campos (PSDB-GO) ainda não foi votado na Câmara dos Deputados, mas já é motivo de intensa polêmica e troca de ofensas em torno do assunto homossexualidade. Isso porque o tucano propôs que a resolução do Conselho Federal de Psicologia que não permite "cura" aos gays seja revogada. De um lado, a entidade e os defensores dos homossexuais acusam a bancada evangélica da Câmara de “homofóbica e fundamentalista”. De outro, os parlamentares dizem que os psicólogos são coagidos. Nesta semana, o assunto deve ser votado em comissão da Casa e pode ir a plenário.
 
"A homofobia cega, eles não fazem uma leitura verdadeira da resolução. Estamos vivendo um perigoso exercício da homofobia. O Congresso não tem espaço para aprovar isso. A formatação da proposta já é um atentado á liberdade e à diversidade sexual. Esse projeto foi tecido com fios da homofobia", disparou Erica Kokay (PT-DF). Ele será votado na Comissão de Seguridade Social e Família e, se aprovado, irá para a Comissão de Constituição e Justiça.
 
O relator do projeto, Roberto de Lucena (PV-SP), protocolou voto favorável à revogação na última quinta-feira e criticou a atuação do Conselho de Psicologia: "As autarquias não têm competência para emitir resoluções que interfiram no exercício do profissional e na liberdade dos profissionais em participar de serviços ou de expressar seus pensamentos, descobertas e conhecimentos. O projeto objetiva, apenas, impedir que o Conselho exerça uma ação coercitiva e de censura com os psicólogos, especialmente em suas manifestações públicas".
 
"A proposta versa sobre a liberdade e a proibição do psicólogo para atender pessoas com transtornos resultantes de desequilíbrio e de conflitos interiores em decorrência de dúvidas e rejeição de sua opção pela homossexualidade", completou o relator. Ele argumenta que a bancada evangélica pretende garantir que os psicólogos possam se expressar publicamente sobre a viabilidade de reversão do homossexualismo ou qualquer outro assunto polêmico, sem a perspectiva de terem seus registros profissionais cassados.
 
Conselho alerta sobre reforço da homofobia
Os argumentos de Campos e Lucena, porém, não são aceitos pelo Conselho Federal de Psicologia. Segundo a vice-presidente do órgão, Clara Goldman, os profissionais nunca se recusam a atender qualquer paciente, mas são proibidos de "curar" o homossexualismo, pois ele não é considerado doença pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Clara lamenta o “pensamento conservador homofóbico” e pede união de outros conselhos para impedir a aprovação da lei.
 
"Apesar da sociedade brasileira e do mundo reconhecer que homossexualidade não é doença, existe um movimento contestador que pretende tratá-la como tal e propor a cura. Precisamos fazer um enfrentamento competente e poderoso contra isso. O pensamento conservador é homofóbico porque, além de tentar retroceder, ele propõe a cura. As terapias são inaceitáveis e não têm nenhuma base científica. Os conselhos profissionais devem se unir e tomar posições firmes em rechaçá-las", disse ela.
 
Fundamentalistas e ditadura gay
Em novembro, uma tumultuada audiência na Câmara gerou discussões acaloradas sobre o assunto, que devem permanecer na próxima semana, já que o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, classifica a bancada evangélica como um movimento fundamentalista.
 
"Esse movimento fundamentalista religioso tem pressionado o Executivo e o Legislativo contra as demandas da nossa comunidade. Não estamos percebendo uma defesa, a criminalização da homofobia não foi aprovada e aumentaram em 77% as denúncias de crimes contra homossexuais. O saldo é muito negativo em 2012, não temos nada a comemorar, só reivindicar", disse ele. 
 
O deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF) rebateu, afirmando que "existe um grupinho" querendo criar "uma ditadura gay" no Brasil, e que os evangélicos não vão aceitar isso: "Eu não acho que os homossexuais são doentes, acho que são mal orientados, porque a sexualidade é uma orientação. Nós vivemos num país livre, ninguém pode ser condenado por virar homossexual, mas tem um grupinho que quer impôr para a sociedade um terceiro gênero. Isso não existe. Eles estão querendo criar uma ditadura gay no Brasil e não vamos aceitar".
 
O principal defensor da causa gay no Congresso, Jean Wyllys (Psol-RJ), lamentou que o assunto esteja novamente na pauta e salientou que, independente do resultado da votação, haverá prejuízos. "A relação de uma pessoa homossexual consigo mesma numa cultura de opressão é de vergonha e culpa. O que isso vai fazer é, no mínimo, um estrago na psique homossexual. Vai fortalecer a vergonha e a culpa", concluiu.

Bem Fam CLIPPING - 20/dez./2012

CLIPPING  - 20/dez./2012

ABSURDO TOTAL! Juiz nega segundo aborto a mulher com problema cardíaco em Minas Gerais - A Justiça mineira negou pedido de aborto para uma mulher que sofre de problemas cardíacos. Apesar de a gravidez ser de risco, o juiz Geraldo Carlos Campos, titular da 32ª Vara Cível de Belo Horizonte, ressaltou que a mulher fez um aborto com autorização judicial no ano passado e não tomou qualquer medida contraceptiva. A primeira gravidez da mulher ocorreu no início do ano passado. Ela recorreu à Justiça para abortar por causa do risco, já que é portadora de miocardiopatia dilatada familiar, patologia que a impede de levar a gravidez adiante. O Judiciário autorizou o aborto, mas orientou o casal sobre a necessidade de "estabelecimento de método de contracepção eficaz e definitivo". O casal não adotou qualquer medida e agora, na oitava semana de gestação, pediu outra autorização para interromper a nova gravidez. O juiz ressaltou que, no caso de gravidez de risco, a lei defende a mãe, mas o processo "não deixa de ser um ato voluntário".  E o magistrado negou o novo pedido com a justificativa de que o casal é formado por pessoas "maduras e esclarecidas", mas que tiveram uma "conduta negligente" e, diante disso, a gravidez era "previsível". Em sua sentença, o juiz Geraldo Carlos Campos destacou que o casal é formado por pessoas “maduras e esclarecidas”, não podendo se falar em gravidez “fortuita ou não esperada, mas absolutamente previsível”. A decisão está sujeita a recurso.

Pesquisa investiga sexualidade das afetadas pelo câncer de mama - Pesquisa feita na Universidade de São Paulo (USP) avaliou 139 mulheres afetadas pelo câncer de mama e observou que, pelo menos um ano após o diagnóstico, quase metade mantinha vida sexual ativa. O estudo também apontou que os profissionais de saúde não estão preparados para orientar essas pacientes sobre questões ligadas à sexualidade. A coleta de dados foi feita entre usuárias do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Assistência na Reabilitação de Mastectomizadas (Rema) da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP-USP). A média de idade das participantes foi de 54,6 anos – sendo que a mais nova tinha 24 anos e a mais velha, 78. Além da pesquisa quantitativa, foram feitos outros dois estudos qualitativos. Um deles avaliou em profundidade 25 pacientes do Rema. O outro ouviu 32 enfermeiras que lidam com pacientes nessa situação. Os resultados integram o projeto "Sexualidade e Câncer de Mama", financiado pela FAPESP e coordenado pela professora Elisabeth Meloni Vieira, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP). Segundo Vieira, 56,8% das pacientes que participaram da pesquisa quantitativa afirmaram ter tido ao menos um parceiro sexual no último ano e 48,9% disseram ter feito sexo no último mês. “Essas mulheres têm, em média, seis relações sexuais por mês, ou seja, têm uma vida sexual ativa”, disse. A pesquisa qualitativa feita com as enfermeiras, da qual participaram todas as profissionais que atuam na área oncológica em Ribeirão Preto, indicou que a maioria evita tratar do tema. “Não falam e não deixam a paciente perguntar. Primeiro porque nunca foram orientadas para isso, então se sentem inseguras. Depois, existe a ideia preconcebida de que doente não faz sexo, por isso consideram o assunto desnecessário. E também tem a questão da vergonha”, disse Vieira. Para a pesquisadora, é fundamental que os cursos de especialização em enfermagem oncológica incluam o tema da sexualidade nos currículos. “Às vezes a paciente precisa simplesmente de um lubrificante vaginal e a enfermeira não sugere”, disse. O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para 2012 é que 52,6 mil pessoas sejam afetadas.

Brasil começa a produzir primeiro genérico para tratamento do câncer - O Sistema Único de Saúde (SUS) recebeu hoje (19) o primeiro lote do medicamento mesilato de imatinibe, usado no tratamento de leucemia mieloide crônica e do tumor do estroma gastrointestinal. O remédio é produzido pelos laboratórios públicos Farmanguinhos e Vital Brazil, em parceria com cinco laboratórios privados. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, é o primeiro medicamento genérico para o câncer produzido no Brasil. De acordo com ele, no país, cerca de 8 mil pessoas dependem do medicamento, que era comprado de um laboratório estrangeiro por R$ 140 milhões por ano. Com a produção do remédio nacional, o Ministério da Saúde acredita que serão economizados cerca de R$ 340 milhões nos próximos quatro anos. “O Brasil passa a produzir aqui no país um genérico para o câncer, garantindo, para a nossa população, um remédio com qualidade e garantindo que o Brasil seja autossuficiente em relação a isso. Ou seja, é o Brasil podendo garantir, cada vez mais, o tratamento à sua população, independentemente de qualquer oscilação do mercado internacional”, disse Padilha. O primeiro lote, entregue hoje, contém 220 mil comprimidos. Em 2013, devem ser produzidos 5 milhões de comprimidos, o suficiente para atender a toda a demanda nacional. O ministro disse que a economia garantida pela produção nacional do medicamento pode ser revertida na produção e no suprimento de mais medicamentos à população.

Hospital da Mulher receberá R$ 25 mi - O Ministério da Saúde vai repassar R$ 25,4 milhões ao Hospital da Mulher, equipamento inaugurado neste ano. O recurso vem dos R$ 55,8 milhões liberados, ontem, para os Estados do Ceará, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia, e para os municípios de Fortaleza e Porto Alegre. Desse montante, um total de R$ 40, 8 milhões será destinado à incorporação ao limite financeiro anual do teto de Média e Alta Complexidade (MAC) dos Estados e municípios. As ações do teto MAC incluem, também, o custeio de procedimentos como quimioterapia, financiamento de hospitais de pequeno porte, centros de especialidades odontológicas, laboratórios de prótese dentária e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), entre diversas outras ações. As transferências serão realizadas por intermédio do Fundo Nacional de Saúde (FNS), e os pagamentos efetuados podem ser acompanhados no Portal Saúde com Mais Transparência. A Bahia e o município de Juazeiro ficarão com R$ 9,9 milhões do total, enquanto que o Rio Grande de Sul e a capital Porto Alegre receberão R$ 5,5 milhões. Para o Estado de Pernambuco será destinado o valor de R$ 15 milhões. Para o Estado de Pernambuco serão destinados R$ 15 milhões voltados à expansão dos serviços em saúde daquele local. Os recursos estão previstos nas Portarias nº 2.873, 2.874, 2.875 e 2.876, publicadas nesta quarta-feira (19), do Diário Oficial da União (DOU).

Preconceito dificulta combate ao HIV em idosos - O preconceito dos profissionais de saúde com a vida sexual dos idosos dificulta o diagnóstico do vírus HIV e compromete o tratamento daqueles que vivem com o vírus. “Por conta da idade avançada dos pacientes, estes profissionais não os consideram como pessoas sexualmente ativas”, constata a enfermeira Rúbia de Aguiar Alencar, que realizou uma pesquisa sobre o tema na Escola de Enfermagem (EE) da USP orientada pela professora Suely Itsuko Ciosak. Rúbia destaca que entre os entrevistados, a maioria tinha algo em comum: a solicitação para sorologia, ou seja, o pedido de exames para a confirmação da presença do vírus em seus organismos, não foi prioridade para os profissionais da equipe da Saúde da Família. Apesar de os idosos já apresentarem sinais e sintomas que sugeriam infecção pelo HIV, apenas após a realização do tratamento de outras doenças, mais comuns em pessoas com idade avançada, a suspeita do HIV foi considerada um possível diagnóstico. Para a enfermeira, a grande dificuldade está em compreender que a pessoa idosa também tem vida sexual. “O tema ainda está tão cercado de preconceitos e tabus que, muitas vezes, faz o profissional acreditar que estaria desrespeitando o idoso, no caso de perguntar sobre a sua vida sexual”. Rúbia aponta que os serviços de saúde devem construir, em conjunto com os idosos e seu real cotidiano, novas reflexões, novos planos de ação. “A maneira como a sociedade olha para o idoso precisa mudar, e no caso específico do combate ao vírus da aids, uma nova postura dos serviços e dos profissionais de saúde é essencial”. Para ela, as concepções de saúde do idoso devem ampliar seu horizonte sobre a sexualidade e, uma das maneiras mais eficazes de promoção de uma nova concepção, é a implantação de novos conteúdos de capacitação para os profissionais, a fim de quebrar tabus e estabelecer novos paradigmas.

CPI do Tráfico de Pessoas termina com proposta de punições mais rígidas - Falta de estatísticas, precariedade de programas de assistência e de apoio às vítimas e a necessidade de mudança na legislação estão entre as principais conclusões da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico Nacional e Internacional de Pessoas do Senado. O relatório final da comissão, elaborado pela senadora Lídice da Mata (PSB-BA), foi aprovado hoje (19). O documento não responsabiliza, nem indicia ninguém, mas traz a minuta de um projeto de lei que torna mais rígida a legislação brasileira de combate ao tráfico humano. A proposta, que também vai ser apresentada como emenda na comissão especial que analisa mudanças no Código Penal, estabelece pena de prisão de quatro a dez anos para quem agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, alojar ou acolher pessoa, mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso. O relatório aponta que o número de inquéritos instaurados pela Polícia Federal, que tratam do tráfico internacional de pessoas com o fim de exploração sexual, é baixo. Em 2010, foram 74 inquéritos policiais; em 2009, 43. Nos últimos 20 anos, o relatório diz que foram registrados 867 inquéritos ligados a esse tipo de crime. Atualmente, o Código Penal só especifica como crime de tráfico de pessoas aquele praticado para fins de exploração sexual. Com base em dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc), o relatório da CPI diz que o tráfico de pessoas é a terceira atividade mais lucrativa do crime organizado no mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e de armas. Ainda segundo o organismo, cerca de 2,5 milhões de pessoas são vítimas em todo o mundo dessa modalidade de tráfico, que movimenta aproximadamente US$ 32 bilhões por ano. O Brasil é um dos cinco países com maior incidência desse tipo de crime.

Força de trabalho feminina cresceu 24% em uma década, aponta IBGE - O nível de ocupação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro apresentou um salto considerável na última década. Em 2000, 35,4% das mulheres tinham uma ocupação, número que aumentou para 43,9% em 2010, uma diferença de 24%. O desempenho foi sete vezes maior do que o masculino, que também cresceu no período, de 61,1% em 2000 para 63,3% em 2010: uma diferença de 3,5%. No tocante ao nível de ocupação na área rural, o Nordeste foi a única região que registrou decréscimo, saindo de 46,2% em 2000 para 45,2% em 2010. Os dados completos do Censo Demográfico 2010 podem ser acessados na página do IBGE na internet: www.ibge.gov.br.

Censo Demográfico 2010: Quase 1 milhão de crianças e adolescentes estavam fora da escola em 2010
Entre as crianças e adolescentes de 6 a 14 anos de idade, faixa etária correspondente ao ensino fundamental obrigatório, 3,3% estavam fora da escola em 2010. O dado faz parte da publicação Censo Demográfico 2010: Resultado da Amostra – Educação e Deslocamento, divulgada ontem (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da proporção ter diminuído de 5,5% em 2000 para 3,1% em 2010 (a comparação entre os dois censos é feita na faixa de 7 a 14 anos, já que a lei que amplia o ensino fundamental para nove anos é de 2006), a pesquisadora do IBGE Vandeli dos Santos Guerra lembra que o Brasil ainda tinha há dois anos 966 mil crianças e adolescentes de 6 a 14 anos fora da escola. “Na parte de 6 a 14 anos, você vê que nós ainda temos 1,3% de crianças que nunca frequentou a escola e 2% que já frequentaram, mas que saíram antes de terminar.” Na faixa correspondente ao ensino médio, de 15 a 17 anos, a evasão caiu de 22,6% para 16,7%, com diferença grande entre as áreas urbana (15,6%) e rural (21,7%). Além disso, os dados mostram que apenas 47,3% dos jovens estavam cursando o ensino médio, o que confirma a defasagem entre a idade e a série escolar nessa faixa etária. Segundo o IBGE, entre os jovens de 18 a 24 anos, 36,5% não completaram o ensino médio e não estavam estudando em 2010. Em 2000, o percentual chegava a 48%. O nível de abandono da escola nessa etapa é 21,2%. O IBGE alerta para os problemas sociais decorrentes da falta dessa etapa da educação, como a inserção precária no mercado de trabalho e o maior risco de exclusão social.

Censo Demográfico 2010: Acesso à escola reflete desigualdades sociais e regionais do país - As desigualdades regionais brasileiras ainda se refletem no acesso à escola. Enquanto a média nacional de crianças e adolescentes de 6 a 14 anos de idade fora da escola era 3,3% em 2010, na Região Norte o índice era 6,1%. Na faixa etária de 15 a 17 anos de idade, as regiões Norte e Sul tinham 18,7% de evasão escolar, acima da média nacional de 16,7%. Outro dado aponta que o nível de rendimento da família também tem influência na frequência escolar. Enquanto 5,2% das crianças e adolescentes de 6 a 14 anos com rendimento familiar per capita de até um quarto de salário mínimo não frequentavam escola em 2010, a proporção cai para 1,6% nas famílias com rendimento acima de 3 salários mínimos. Na faixa de 15 a 17 anos a taxa é 21,1% no nível de rendimento mais baixo e cai para 6,4% no nível mais alto. Quanto à rede de ensino, as escolas públicas atendem à maioria da população até o ensino médio e na pós-graduação, enquanto o ensino superior e cursos de especialização são feitos, em sua maioria, em instituições privadas. A rede pública de ensino atendia, em 2010, a 75,8% das matrículas em creches, 71,1% da pré-escola, 82,3% na alfabetização, 86,8% no ensino fundamental, 85,8% do ensino médio, 28,9% da graduação, 22,4% da especialização de nível superior, 52,7% do mestrado, 69,8% dos cursos de doutorado e 95,7% da alfabetização de jovens e adultos. Analisando o rendimento, os dados apontam que a frequência em cursos superiores e de pós-graduação está concentrada nas faixas mais altas de ganhos mensais. Nas classes de alfabetização, 27,9% das crianças vinham de famílias que ganhavam até um quarto de salário mínimo per capita, enquanto 47,1% dos estudantes de doutorado tinham renda domiciliar per capita acima de cinco salários mínimos.

Royalties devem ir para educação, diz Dilma - Diante da ameaça de o Congresso derrubar os vetos ao projeto de redistribuição dos royalties do petróleo, a presidente Dilma Rousseff aproveitou ontem a cerimônia de entrega de certificados do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), em Palmas (TO), para dizer que é "importantíssimo" destinar recursos da exploração do petróleo para a área de educação. "Considero importantíssimo que todo o dinheiro que tivermos dos royalties, das participações especiais ou do Fundo Social, dos rendimentos do Fundo Social do pré-sal, tenham uma destinação prioritária para a educação", discursou a presidente, na solenidade que contou com a presença de cerca de 4 mil estudantes. "Porque nós precisamos ter creches, por isso que nós fazemos o programa das seis mil creches. Precisamos alfabetizar os brasileiros e as brasileiras na idade certa, até os oito anos." Considerado urna das vitrines da gestão Dilma, o Pronatec pretende beneficiar 8 milhões de pessoas até 2014. Segundo o Mi­nistério da Educação, cerca de 2,5 milhões de estudantes já foram matriculados em cursos téc­nicos (duração mínima de 1 ano) ou de formação inicial e continuada (duração mínima de 2 meses).

Regulamentação da profissão de médico é aprovada em comissão - O chamado "Ato Médico" foi aprovado ontem pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado e segue para votação no plenário da Casa. Se aprovado, vai à sanção da presidente Dilma Rousseff. O texto define normas gerais para a profissão e define o que são ações privativas do médico, como indicação de internação e alta nos hospitais, diagnóstico de doenças e prescrição terapêutica. O projeto é apoiado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), mas vem sendo bombardeado de críticas por outras profissões da saúde, como a enfermagem e a psicologia. Isso porque elas consideram que, ao definir o que é privativo dos médicos -por exemplo, o diagnóstico-, o texto limitou os campos de ação das demais profissões. Deverá haver pelo menos uma mudança na rede pública com o projeto, explica Salomão Rodrigues, coordenador da comissão do "Ato Médico" no CFM. Ele diz que as equipes de saúde da família deverão, todas, ter médicos. "Mais de metade das equipes não tem médico, o que é um fator negativo. Como posso entender uma equipe que cuida da saúde de 5.000 pessoas não ter médico?" O texto deve ser votado em março de 2013. Para o Conselho Federal de Enfermagem, se for aprovado como está, haverá questionamentos quanto à sua constitucionalidade. Os senadores que relataram o projeto afirmaram que o texto não limita as demais profissões.

Internação compulsória é mantida  - Numa decisão inédita, a 3 a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro manteve a internação compulsória de um adolescente viciado em crack. O garoto havia sido recolhido por equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) e estava em tratamento. A Defensoria Pública questionou a internação obrigatória e entrou com pedido de habeas corpus. Foi o primeiro caso a chegar à segunda instância. Em sua decisão, o desembargador Paulo Rangel escreveu que o princípio de proteção à vida deve prevalecer sobre o direito à liberdade de locomoção. "Não há como se proteger a liberdade se a própria vida que a movimenta não está assegurada. O crack é sem dúvida um dos maiores e piores flagelos de nossa sociedade, retirando do indivíduo sua capacidade de se autodeterminar e, consequentemente, seu poder de escolha entre a vida saudável longe das drogas e a morte. O Estado tem o dever de agir em nome da proteção à vida das pessoas", escreveu. A internação compulsória de crianças foi instituída no Rio em maio do ano passado, depois de um acordo entre a SMAS e a Vara da Infância e Juventude, que autoriza as internações. Em visita ao Rio de Janeiro, o ministro também comentou a decisão da Justiça do Rio de manter internada uma usuária de crack. Segundo Padilha, uma lei federal já estabelece que internações compulsórias de dependentes químicos podem ocorrer em determinadas situações. "O fundamental é ajudar a cidade do Rio de Janeiro. O Ministério da Saúde está do lado do prefeito Eduardo Paes para ampliarmos a rede de cuidado e atendimento à pessoa que é vítima da dependência química do crack", disse Padilha. Segundo o ministro, o decisivo no combate ao crack e da dependência química não é só cuidar ou internar os usuários, mas reconstruir o projeto de vida dessas pessoas. "Por isso, estamos apostando na ampliação dos consultórios nas ruas, em que os profissionais avaliam se a pessoa corre risco de vida, se ela precisa ou não ser submetida à internação", disse.

Norma obriga cartórios a celebrar casamento gay - Todos os cartórios do Estado de São Paulo terão de habilitar obrigatoriamente homossexuais para o casamento civil. O Diário Eletrônico da Justiça publicou (19) alterações nas Normas de Serviço da Corregedoria-Geral que aplicam ao casamento ou à conversão de união estável em casamento de pessoas do mesmo sexo as regras exigidas de heterossexuais. A medida entra em vigor em 60 dias. Os casais homossexuais não precisarão mais ter de registrar primeiramente a união estável para depois solicitar a conversão em casamento. Nem terão de recorrer à Justiça para garantir o casamento ou a conversão da união. Basta ir diretamente ao cartório de registro de pessoas naturais e solicitar a habilitação para o casamento. O vice-presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen-SP), Luis Carlos Vendramin Junior, diz que a entidade apoia a medida. "Desde o reconhecimento da união estável homoafetiva (no Supremo Tribunal Federal em maio de 2011), a Arpen defende o registro do casamento homossexual. Não precisa nem mudar a lei, porque o STF já disse que é inconstitucional negar a união", diz Vendramin.


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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Médico brasileiro é nomeado vice-diretor do Unaids | Agência Brasil

Médico brasileiro é nomeado vice-diretor do Unaids | Agência Brasil

Renata Giraldi e Carolina Gonçalves
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – O médico brasileiro Luiz Loures será o novo vice-diretor executivo adjunto do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), em substituição ao norte-americano Paul De Lay. Loures tem mais de 25 anos de profissão e já trabalha no programa.
“O Brasil atribui grande importância ao programa Unaids. [Com a] indicação do doutor Luiz Loures, o governo brasileiro reafirma seu comprometimento com o programa e com a cooperação internacional relacionada ao tema do HIV/aids”, destaca, em nota, o Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty.
Antes de ingressar na Unaids, Loures foi assessor especial na área de combate e prevenção à aids do Ministério da Saúde. Também participou da criação e da consolidação do Programa Nacional de Aids do Brasil e se envolveu na elaboração de políticas públicas para a distribuição de medicamentos antirretrovirais.
Loures fez medicina na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), especializou-se em cuidados intensivos, depois concluiu os estudos nos Estados Unidos. Ele fala português, espanhol, inglês e francês.
Edição: Juliana Andrade // Matéria alterada às 9h25 do dia 19/12/2012 para corrigir infomação no primeiro parágrafo. O médico brasileiro Luiz Loures foi escolhido para o cargo de vice-diretor executivo adjunto do Unaids e não diretor executivo adjunto//O título foi alterado às 16h52, do dia 20/12/2012, para correção do nome do cargo

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

UNIMED PÕE EM RISCO VIDA DE IDOSA


UNIMED PÕE EM RISCO VIDA DE IDOSA


Amigos, minha tia Lozinda Fernandes, 81 anos, portadora de síndrome de CREST por 6 anos fez tratamento quimioterápico em clínica conveniada pela UNIMED Rio. Devido a sua dificuldade de locomoção tem feito os exames laboratoriais através de coleta domiciliar, tendo muitas das vezes recebido particularmente, atendimento médico na sua residência.

Agora a UNIMED determinou que a CONTINUIDADE do tratamento seja na clínica da própria operadora. Dia 12/12 cumprimos todas as exigências em relação à documentação e estamos aguardando a autorização. A cada dia Lozinda se movimenta com mais dificuldade, consequência da ausência do medicamento no seu organismo.

A resposta da clínica é sempre aguardar a autorização que está em análise. Como análise se é CONTINUIDADE? Enquanto isto a vida da paciente está em risco e parece que a UNIMED não vê assim. Será que teremos que entrar novamente com uma ação judicial contra a UNIMED como fizemos em setembro de 2010?

Ana Bontempo
nº 17122 -CRESS 7ª região

Comentários:
Aninha, como está a situação? Conseguiram autorizaçäo judicial para ela? Na torcida sempre, Bj.

Oi Ana! Lamentável este episódio. Ficarei torcendo para que tudo se resolva, esperando que a justiça não seja morosa com o seu caso. Boa sorte!

Estimada Ana: torço pela solução do problema e pela saude da sua tia.

Querida amiga Ana...só agora pude ligar o computador e ler a sua mensagem...Todos seus amigos acima já disseram o q. deve ser feito numa situação terrível como essa...É um absurdo a falta de consideração e respeito pela vida humana...Boa sorte pra vc!!!


É isso ai, Ana, a via judicial é o caminho...

Não perca tempo, e busque ajuda judicial, querida tempo é vida.


Oi ANA caminho é a via judicial, a Unimed tem feito isto com quase todos os seus pacientes, tenho um amigo que só consegui fazer um stend numa situação de emergência por liminar.
Abraço!

Querida Ana, há um Juiz de plantão parabrigar que ofereçam a ela todo atendimento que precisa.
Minha mae teve tudo pago por ordem judicial, nao fosse isso a teriam posto na rua com hemorragia. Cobriram tudo tudo tudo.
Justiça em cima deles !!! Bjs

Oi amiga, com minha mãe foi exatamente igual, tivemos que entrar com uma liminar e rapidinho eles atenderam. O mais engraçado que para pagar salarios astronômicos a jogadores do Fluminense, a UNIMED tem recursos e não atrasa pagamentos.
Abraços e que tudo se resolva.

NOTA PESSOAL:
A unimed está descumprindo o CDC {CODIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR}
Pois esta descredenciando medicos e clínicas sem o prévio aviso aos assiciados, que por sua vez pagam preços exorbitantes. Muitos dos associados só pagam a UMIMED porque é o único convenio feito por seu médico.
Ressalto e afirmo que a UNIMED deveria antes de criar essa "Clinica" deveria comunicar aos seus associados tal mudança o que domostra quebra de contrato unilateralmente por parte da Unimed.
Outra quebra de contrato é demostrada ao se descredenciar medicos e clinicas para obrigar os seus associados a se tratarem pela clinica propia.
A alegação dada por Unimed é que com clinica unica dela a Unimed vai evitar Gastos ecurtar custos .
Vejo por obsevação que muitos associados e Ex Conveniados evitam reclamar ou dar carta de protesto por medo de sofrerem represálias.







Abaixo vai alguns links de recla,mações contra a UNIMED para reafirmar minhas suspeitas:

Reclamações contra a Unimed BH crescem assustadoramente
unimednempensar.blogspot.com/ - Em cache

Reclame Aqui > Unimed Paulistana - Reclamação contra a Unimed ...
www.reclameaqui.com.br/.../unimed.../reclamacao-contra-a-unimed-paulistana/ - Em cache

Ouvidoria Corporativa - UNIMED PAULISTANA
www.unimedpaulistana.com.br/site/general/talk/ouvidoria.aspx - Em cache - Similares

Blog do Roberto Moraes: Denúncia-reclamação contra a Unimed
www.robertomoraes.com.br/.../denuncia-reclamacao-contra-unimed.html - Em cache

Unimed Paulistana - Advogado de defesa - Jornal da Tarde
blogs.estadao.com.br/advogado-de-defesa/.../unimed-paulistana/ - Em cache

reclamao.com > reclamação contra unimed paulistana: um pedido ...
www.reclamao.com/...contra-unimed.../um-pedido-de-reembolso/ - Em cache

reclamao.com > reclamação contra unimed: autorização para ...
www.reclamao.com/...contra-unimed/.../autorizacao-para-procedimentos-urgentes/ - Em cache

Operadoras de grande porte com reclamações - ANS
www.ans.gov.br/portal/site/.../indicedereclamacoes_resultado.asp?... - Em cache - Similares

Planos de Saúde - Veja o indice de reclamação | Planos de Saúde BH
www.rotaseguros.com.br/.../indice-de-reclamacoes-dos-planos-de-saude/ - Em cache - Similares

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Reclamações contra unimed

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domingo, 16 de dezembro de 2012

Mais um ponto final na luta dos homossexuais


A homossexualidade era entendida como uma doença mental até 1973 e estava no mesmo grupo que necrofilia, pedofilia, zoofilia e outras mais pela chamada “Bíblia da psiquiatria”: o “Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais” (DSM). Uma forte reação de acadêmicos e ativistas conseguiu na época remover o termo do manual. Quarenta anos depois, a mesma publicação, que influencia profissionais de todo o mundo, realizará outra grande mudança. A partir do ano que vem, os transgêneros — grupo que inclui travestis, drag queens, transformistas e transexuais — serão retirados da classificação de doenças mentais.
A revisão da Associação Americana de Psiquiatria (APA), que coordena o manual com o apoio de 1.500 especialistas de 39 países, vem na esteira de recentes mudanças legais sobre os direitos dos homossexuais. Em 2010, o governo francês retirou a transexualidade das patologias psiquiátricas. Nesta semana, a Câmara de Deputados do Uruguai aprovou o casamento gay, e o projeto será enviado ao Senado. A lei já vale para Argentina, Islândia, Portugal, Suécia, Noruega, entre outros. No Brasil, a Justiça analisa caso a caso.
A médica e política americana Dana Beyer, transexual e ativista da causa, há uma década está no grupo de trabalho para a revisão do DSM-5, que foi aprovado este mês e será publicado em maio de 2013.
Houve grande resistência nos primeiros anos por pesquisadores mais velhos e conservadores, mas isto foi diminuindo ao longo dos anos — comentou Dana por email. — Muitas das mudanças foram impulsionadas na última década pelo reconhecimento de que nós, gays e transgênero, nascemos assim.
Dana lembra que, apesar da remoção da homossexualidade do DSM-2, de 1973, o termo continuou presente como uma subcategoria, a “homossexualidade egodistônica”, até 1987. Já o DSM-5 trocou o Transtorno de Identidade de Gênero por Disforia de Gênero, entendida como uma condição, e não mais um transtorno. Manteve ainda o “distúrbio transvéstico” (antes fetichismo transvéstico).
Precisamos removê-lo na próxima revisão — afirmou Dana. — A principal diferença é que a decisão de 1973 foi o que impulsionou o movimento gay, já essa revisão é uma aproximação da conclusão do movimento de direitos civis dos transgêneros.
Sociedade secreta e ativismo da história da APA
Já para a professora do Instituto de Medicina Social da Uerj, Jane Russo, que atua na área de gênero, sexualidade e saúde, a alteração na verdade mostrou que o movimento gay já estava forte naquele período:
Em 1969, marca-se o surgimento do movimento gay, e em 1970, o grupo começou a pressionar a APA. Eles compareciam em congressos anuais da associação e faziam manifestações, não violentas, mas assertivas.
Jana conta que até este período, os próprios psiquiatras escondiam a sua orientação sexual.
Não tinha um veto oficial, nada que proibisse um psiquiatra de ser homossexual, mas era mal visto. Exatamente porque a homossexualidade era considerada uma doença mental — explica ela.
Na época, inclusive, um grupo de psiquiatras homossexuais integrantes da APA reunia-se numa espécie de sociedade secreta. Jana explica, no entanto, que esta entidade tinha pouca participação política, e era mais um grupo de encontros sociais. Num dos congressos da associação, em 1972, ela conta que um psiquiatra envolto numa capa e com a cabeça coberta se declarou publicamente gay. O “Dr. Anônimo”, como se denominou, revelou que mais de 200 membros da APA eram homossexuais e que se encontravam secretamente.
A questão da homossexualidade no DSM é considerada uma das mais controversas de sua história, que teve início em 1952, segundo o ex-presidente da Associação Americana de Psicologia e professor de Psicologia da Universidade Temple (EUA), Frank Farley.
As questões de gênero e a homossexualidade na história do DMS sempre foram negativas. A Ciência progressivamente vem mostrando que não existem diferenças confiáveis e válidas relacionadas ao gênero. Existem muitos estereótipos sobre este tópico — disse Farley, por email.
Psiquiatras “tratavam” comportamento gay
Apesar da revisão sobre homossexualidade, foi somente em 1992 que a Organização Mundial de Saúde (OMS) alterou o termo na sua Classificação Internacional de Doenças (CID) — também passando por reformulação e com aprovação prevista para 2015. Ambos os guias servem de bases para profissionais de saúde e pesquisadores.
A mudança foi oficializada na década de 1980 pela Sociedade Brasileira de Psiquiatria, que alterou a associação da homossexualidade com uma doença. Já em 2008, o Sistema Único de Saúde (SUS) regulamentou a cirurgia de mudança de sexo.
Coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade da USP, a psiquiatra Carmita Abdo afirma que antes do anos 70, também no Brasil, os homossexuais eram condicionados a manifestar atração pelo sexo oposto:
Como isto acabava levando os indivíduos a quadros de depressão, surtos psicóticos e suicídios, os pesquisadores começaram a questionar se era realmente um tratamento adequado.
Carmita explica que a tendência da psiquiatria hoje é compreender a homossexualidade (e não homossexualismo, termo que remete à doença) como uma orientação que incide menos do que a heterossexualidade, mas que não é patológica, ou seja, “é apenas uma característica”, afirma.
A sexualidade não é estática. Ela acompanha as mudanças sociais e culturais — comenta Carmita, que relembra. — No início do meu trabalho, há 35 anos, eu recebia homossexuais querendo mudar sua orientação. Hoje eu recebo pais, geralmente de adolescentes, não para mudar a cabeça do filho, mas para poderem entender e aceitar melhor a situação, saber como conduzi-la.
Hoje o transexual é o que considera ter nascido no sexo errado, segundo entendimento da psiquiatria.
Distúrbios de personalidade, autismo e traumas
Além das mudanças relacionadas aos transgêneros, a quinta edição do Manual Diagnóstico de Transtornos Mentais (DSM-5), que será publicada em maio de 2013, restruturou também outros pontos de seus 20 capítulos. Ainda na área de sexualidade, a pedofilia terá os mesmos critérios de diagnóstico, mas será denominada como transtorno de pedofilia.
O DSM-5 manterá as dez síndromes que figuram no grupo de distúrbios de personalidade, entre elas, borderline, personalidade antissocial, obsessivo-compulsivo etc. Apesar de populares nas prateleiras de autoajuda, especialistas criticavam a dificuldade de diagnóstico destes. Na revisão, desta forma, será incluída um seção para encorajar novos estudos nas formas de diagnóstico clínico destes indivíduos.
O DSM tem uma abordagem melhor do que a que era utilizada antes de ele ser desenvolvido, já que ele tenta sistematizar e organizar os tópicos dos diagnósticos. Isto era necessário naquele momento. Mas ele tem uma desvantagem, entre muitas outras, que é o fato de suas bases científicas serem muito fracas, prejudicando seu uso em vários pontos — comentou o ex-presidente da Associação Americana de Psicologia e professor de Psicologia da Universidade Temple (EUA) Frank Farley.
Os distúrbios pós-traumáticos terão mais atenção no DSM-5. Além de três, serão quatro diferentes transtornos, com especial foco em crianças e adolescentes.
Além disso, como militantes e alguns especialistas temiam, o autismo passará e figurar como espectro autista, num único quadro de transtorno. Isto acarreta na reuniam de outros distúrbios e leva ao desaparecimento de algumas síndromes, como a de Asperger. Em vez disso, haverá gradações, de leve a grave, dos sintomas autistas.
Com os avanços da clínica e do conhecimento científico, as mudanças eram inevitáveis”, justificou, num comunicado oficial, o presidente da Associação de Psiquiatria Americana, Dilip Jeste.