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sábado, 1 de outubro de 2011

relatório fique sabendo no rock in rio

Bom dia a todos e todas.
Estive como observadora no estande do fiquesabendo rock in rio.
Estou encaminhando meu relatorio. Minha avaliação foi positiva.
Recomendo que quem puder vá conhecer o trabalho deles.
Grata pela Atenção e estou a disposição para conversa e esclarecimentos.
Aninha
Obs: deixo bem claro que esta é minha opinião pessoal não falo em nome
de nenhuma ONG, Fórum ou Rede.


FiqueSabendo é uma mobilização de incentivo ao teste de aids e tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância da realização do exame. Artistas e formadores de opinião já estão se envolvendo para incentivar a população a fazer o teste e diminuir cada vez mais o preconceito em relação ao HIV/aids. Fazer o teste de aids é uma atitude que mostra como você se preocupa com a sua saúde.
Fui indicada pelo GPV/RJ para participar de uma visita ao estande do
FiqueSabendo  no Rock in Rio dia 25/09/2011 com o objetivo de observar e acompanhar a testagem e triagem das pessoas que voluntariamente estavam fazendo seus testes.

Etapa 1:
Minha estratégia foi a seguinte passei pelo estande e fiquei olhando, logo chegou uma voluntaria do Fique sabendo e me perguntou se eu tinha interesse em realizar o teste rápido com muito jeitinho ela ia me convencendo e assim foi primeira abordagem fui muito bem orientada fiz mil perguntas e recebi resposta satisfatória em todas, a profissional que me atendeu tinha um alto nível de conhecimento perguntei a se ela era da saúde ela me respondeu que trabalha com PVHAs a desde 1986. Era uma pessoa simpática e me deixou bem à-vontade para realizar o teste apenas se eu realmente me sentisse preparada e disposta a aceitar o resultado seja ele qual for. Ela também ressaltou que o teste não era obrigatório e sim voluntario. Aceitei e fui encaminhada para uma nova conversa com outro profissional da saúde este vestia um Jaleco Branco e me passou muitas informações importantes sobre HIV e sobre avanço em pesquisa e que hoje pode ser considerado uma doença crônica se eu tinha duvidas, etc. Gostei muito da abordagem e de como me colocou a vontade para realizar o exame. Perguntei se eles estavam testando também adolescentes que estavam no Evento, a resposta foi a seguinte, apenas se ele estiver acompanhado dos pais e todos estiverem de acordo, também estamos observando o estado emocional das pessoas e se tiver alcoolizada pedimos para voltar em outro dia. A pessoa tem que estar consciente e bem.
Convencida de que eu queria realmente gostaria de realizar o teste fui encaminhada a recepção dentro do estande onde já havia uma pequena fila de 4 pessoas na minha frente.

Etapa 2:
Fui novamente recebida por uma pessoa prestativa que me fez algumas perguntas do tipo você já fez o teste alguma vez? Não. ( eu realmente nunca tinha realizado o teste rápido e tinha muita curiosidade pois estou com a carga viral indetectável a muitos anos. Quis conferir  se o teste funciona mesmo!)
Ele continuou fazendo perguntas. Já passou por nossa voluntaria e recebeu todas as informações? Tirou suas duvidas com o nossa equipe? Você quer mesmo fazer o teste rápido? Minhas respostas foram afirmativas ele então pediu meu RG e pediu para eu preencher uma ficha com nome, telefone e-mail para receber o diagnostico por e-mail caso eu não voltasse para pegar o resultado.
Preencheu um cadastro no computador com alguns dados e perguntou cidade e município. Perguntei se eles estavam realizando testes em pessoas de outros países. A resposta foi não, pois não temos como passar as informações em outros idiomas, e não temos como encaminhar para o serviço de saúde do SUS. Feito isso foi me entregue uma senha e pediu para eu aguardar um pouco para realizar o teste em ordem de chegada. Neste momento passei a observar a ansiedade com que alguns jovens aguardavam para fazer o teste e outros esperando ansiosos por seus resultados, a maioria jovens com amigos, fazendo brincadeiras, mas com certa apreensão.
Etapa 3
Foi chamada minha senha 343. Entrei na sala de testagem onde fui recebida por uma profissional da saúde já com minha ficha em mãos conversou um pouco comigo sobre o teste e colheu o material, tudo de forma muito simples e pratica. Ao termino do exame fui orientada a retornar 20mn, pensei que fosse mas rápido falei e ela me explicou que como tinha alguns exames na minha frente ia demorar um pouquinho eu podia dar uma volta e depois retornar para receber o resultado.
Etapa 4
Ao retornar ao estande do Fique sabendo pude observar que com a chegada da noite ia aumentando o numero de interessados no teste rápido.
Havia uma fila para colher o material e algumas pessoas aguardavam o resultado do lado de fora. Todos recebiam o resultado juntamente com as informações em uma sala individual garantindo assim total privacidade. Quando as pessoas saiam da sala passavam por um mural e deixava um recado a maioria bem animado. Uma mensagem em especial me chamou a atenção “A Saúde deve estar onde o povo esta”. Na saída era uma festa, muita alegria alguns jovens gritavam “ Sou imune”  outros “UFA ESTOU LIVRE”. Chegou a minha hora de receber o resultado fui acolhida por uma médica que já me conhecia.
Ela me mostrou o resultado do exame e me falou como você já sabia...
Então aproveitei para conversar sobre o processo de revelação do diagnostico e foi muito esclarecedor fiz alguns questionamentos e coloquei a preocupação da sociedade civil organizada com o momento do resultado positivo.
Pedi então que ela me falasse do processo que estava sendo adotado.
Depois de conversar e esclarecer todas as duvidas da pessoa o procedimento é o seguinte:


Os tópicos abordados são:
  • Revelação do diagnostico com a devida preparação
  • Encaminhamento para novo teste confirmatório
  • Confirmado o diagnostico positivo a pessoa recebe um encaminhamento para unidade de saúde.
  • No caso de ser de outro estado a pessoa recebe orientações de como deve proceder.



Conclusão:
A experiência foi positiva a julgar pela aceitação do publico e a qualidade do atendimento e dos profissionais que lá estavam voluntariamente.
Em conversas informais com algumas  pessoas que aceitaram fazer o teste ficou claro que elas valorizaram aquela  oportunidade, pois embora desejassem faze-lo em outras ocasiões, tinham dificuldades que as impediam de realizar o exame, dentre elas o horário de funcionamento do SUS e a burocracia existente .
Uma das atividades da campanha era a distribuição de preservativos, também ficou claro que as pessoas têm aderido ao uso de preservativos.
Os dados resultantes desta campanha quando forem divulgados mostraram estatísticas que podem contribuir para o entendimento da progressão da Aids.
Sugestões:
Deixo aqui minha sugestão para que as ONGs/HIV/Aids  e o Fórum de ONG/Aids se juntem aos profissionais da saúde e acompanhem, participando diretamente das próximas mobilizações do Fiquesabendo, contribuindo com material informativo e dando apoio e incentivo para a população em geral.
Sugiro ainda que seja selecionada uma equipe  de  ativistas e voluntários para acompanhar e ajudar com a entrega dos resultados HIV/Positivos, contribuindo com a experiência de vida de quem já milita e tem como finalidade apoiar e fazer valer os direitos humanos.
Ana Lúcia Pinheiro
Trabalhadora Social

"Toda informação é, de certa forma, uma proposta ou elemento de formulação
de propostas. É matéria-prima fundamental da ação política e, portanto, do
trabalho cotidiano dos movimentos populares." [ Betinho ]


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