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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Mães saem do armário e vão na defesa da sua familia

Mães saem do armário e vão na defesa da sua familia - campanha Mães pela Igualdade: lançamento 29 de setembro em Brasília


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ABGLT  apoia  a  iniciativa. Toni Reis


“Mães pela Igualdade” no Brasil Realizam Desejo de JR, Ganhador do Prêmio TED: o Projeto Inside Out (“De Dentro Para Fora”)
Com o aumento dos crimes hediondos contra LGBTs no Brasil, o movimento global por direitos LGBT AllOut.org está trabalhando com as “Mães pela Igualdade” no Brasil – lutando pelos direitos de seus filhos e suas filhas LGBT e pedindo ao governo que tome uma iniciativa.

Brasília, 29 de setembro de 2011 – Com base no desejo de JR, artista de rua anônimo ganhador do Prêmio TED que pretende “virar o mundo do avesso”, a AllOut.org está trabalhando com o cada vez mais importante movimento das “Mães pela Igualdade” no Brasil. No espírito do projeto de JR de convidar gente do mundo inteiro para exibir seus retratos, as mães de filhos e filhas LGBT estão mostrando seus rostos – e contando suas histórias – para chamar atenção para a onda cada vez maior de violência anti-LGBT que tem transformado o Brasil em um dos lugares mais perigosos do mundo para gays e transgêneros.

Para conhecer algumas das “Mães pela Igualdade”, visite: www.allout.org/maespelaigualdade.

O lançamento público da campanha, na quinta-feira, dia 29, entre 9 e 14 horas, será no Congresso Nacional, em Brasília, como parte do seminário “Famílias pela Igualdade”, promovido pelo deputado federal Jean Wyllys – único membro gay do Congresso Nacional brasileiro – e do Grupo de Igualdade LGBT legislativo. O Congresso Nacional está discutindo atualmente uma Lei Anti-Homofobia e Anti-Discriminação que estenderia os mesmos direitos para brasileiros LGBT, que são negados atualmente pelas leis existentes.

Mais de 10 “Mães pela Igualdade” participarão do seminário, seguido do lançamento de uma exposição fotográfica dentro dos halls do Congresso Nacional, com retratos enormes delas – cortesia do projeto “Inside Out”.
Quem São as “Mães pela Igualdade”?

De juízas federais a mulheres de negócios e donas de casa – e incluindo várias mães que perderam seus filhos para crimes hediondos anti-LGBT – as “Mães pela Igualdade” vêm de todos os cantos do Brasil e têm histórias importantes para contar:

Meu filho, meu melhor amigo, companheiro e confidente, foi morto num ataque homofóbico no ano passado. Hoje sinto um grande vazio, que procuro preencher com a luta contra a violência, homofobia, preconceito e a discriminação.” Eleonora Pereira, Recife

Como cidadã brasileira e, especialmente, como Mãe, vou exigir o cumprimento  do Principio Constitucional da Igualdade.”  – Luiza Habibe, Brasília

Minha maior alegria no processo de reconhecer meu filho gay foi que me tornei uma pessoa melhor. Se eu não tivesse um filho gay eu ainda seria preconceituosa como eu era. Quando você trabalha para diminuir um preconceito, automaticamente está diminuindo todos os demais. Eu me tornei uma pessoa melhor, e fico feliz com isso.”
Edith Modesto, São Paulo

Me sinto muito feliz e lisonjeada em poder falar de  meus filhos, que amo muito. O mais novo é gay. Sinto orgulho dele filho, de sua garra, de sua força, e sua responsabilidade.Raquel Gomes, Curitiba

Como as “Mães pela Igualdade” Foram Formadas?

As “Mães pela Igualdade” juntaram-se iniciamente por meio de um pedido da AllOut.org depois de uma série de ataques anti-LGBT e assassinatos no início deste ano, assim como de um comentário particularmente cheio de ódio feito pelo deputado federal Jair Bolsonaro. “Prefiro ter um filho morto do que um filho gay”, disse ele à mídia.
Imediatamente, dezenas de mães de pessoas LGBT ofereceram-se para falar sobre políticas e atitudes de apoio à igualdade LGBT. As mães começaram a conversar umas com as outras e a AllOut.org ajudou a coordenar sessões de fotos e reuniões para testemunhos no país inteiro, em parceria com o projeto “Inside Out”.
O lançamento do projeto no Congresso dá início a uma série de eventos em grandes cidades brasileiras, por dois meses, em que retratos gigantes do Inside Out serão exibidos em lugares públicos e “Mães pela Igualdade” sairão às ruas e na mídia para falar sobre violência contra LGBTs.
Para aprender mais sobre as Mães pela Igualdade visite www.allout.org/pt/maespelaigualdade o escreva para maes@allout.org
AllOut.org é uma organização de campanhas globais dedicadas à igualdade LGBT com mais de meio milhão de membros em 190 países. Um movimento que trabalha online a nas ruas para construir um mundo em que todos possam viver livres e serem aceitos pelo que são, a All Out está colocando o poder de gente do mundo inteiro na luta histórica pela igualdade LGBT. Saiba mais em: www.allout.org.
Sobre o Projeto Inside Out
O Inside Out é um projeto de arte participatória em grande escala que transforma mensagens de identidade pessoal em trabalhos artísticos. Imagens digitais divididas pela internet são transformadas em pôsteres e mandadas de volta para os participantes do projeto, que exibem os trabalhos em suas comunidades. As pessoas podem participar como indivíduos ou grupos. Os pôsteres podem ser colocados em qualquer lugar, de uma imagem única na janela de um escritório a uma parede inteira em um prédio abandonado ou até mesmo em um estádio inteiro. Estas exposições serão documentadas, arquivadas e colocadas online em http://www.insideoutproject.net/. O Projeto Inside Out é uma criação do artista de rua JR, ganhador do Prêmio TED de 2011 (assista à conversa de JR no TED aqui).

Sobre o Prêmio TED
O primeiro Prêmio TED foi dado em 2005, a partir da Conferência TED e da visão de mudar o mundo de importantes empresários, inovadores e artistas – um desejo de cada vez. O prêmio: US$ 100 mil e o talento, a perícia e a liderança do time do Prêmio TED, comandado por Amy Novogratz. O que teve início como uma experiência sem paralelos para usar os recursos da Comunidade TED e provocar mudanças globais evoluiu em um dos prêmios de maior prestígio do mundo. Para mais informações sobre o Prêmio TED, visite: http://www.tedprize.org.


ABGLT apoia as Mães pela Igualdade: Não a este pensamento nefasto  e   homofóbico "Prefiro ter um filho morto em acidente do que um filho gay."
Todos  e todas  dia  29  de setembro  em Brasilia.

O  Congresso  Nacional  tem  que  nos  ouvir.

Parabéns Eleonora Pereira  uma  mãe  coragem.
Meu  abraço  filial.

Toni Reis


Eleonora
Eleonora perdeu seu filho há um ano, em um crime que faz parte da crescente onda de crimes de ódio no Brasil.
Junte-se a Eleonora e a nova campanha das "Mães pela Igualdade" que está desafiando o ódio.
Prezad@ Toni,
"Prefiro ter um filho morto em acidente do que um filho gay."
Meu nome é Eleonora Pereira e eu ainda não consegui tirar essas palavras da minha cabeça. Recentemente um parlamentar afirmou isso em um programa de televisão, e me fez lembrar do meu filho, José Ricardo, que era gay e foi assassinado há quase um ano por ser quem ele era. Esse tipo de discurso rancoroso, que supostamente defende os "valores familiares" da sociedade brasileira, tem me deixado muito transtornada e tem feito com que me sinta muito só.
Porém, nos últimos meses vi algo incrível acontecer. Com a ajuda de AllOut, mães de vários lugares do Brasil estão se unindo e se pronunciando contra a violência que colocou o Brasil entre os países mais perigosos e violentos do mundo para ser gay, lésbica, bissexual, travesti ou transexual. Nós somos as Mães pela Igualdade:

www.allout.org/pt/maespelaigualdade

Na próxima quinta-feira, dia 29 de setembro, a convite do Dep. Jean Wyllys e da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT, estarei com várias outras mães em Brasília para dizer ao Congresso Nacional que apoiamos a aprovação de uma legislação que reconheça e tipifique os ataques homofóbicos e transfóbicos como crimes de ódio no Brasil, que proteja a TODAS e TODOS brasileiros contra a violência e a discriminação. Vamos dizer ao governo e à sociedade que a igualdade é o verdadeiro valor familiar. Vamos entregar uma carta à Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT pedindo às lideranças de todo o Brasil que tomem uma atitude - começando pelo Congresso na próxima quinta-feira.

Quer estar ao nosso lado e assinar nossa carta?

www.allout.org/pt/maespelaigualdade
Nosso movimento das "Mães pela Igualdade" está se espalhando pelo Brasil afora - e não só com mães de LGBTs. A homofobia e os discursos de ódio estão se disseminando de tal forma que já estão começando a ter impacto sobre todos os brasileiros e brasileiras. Nos últimos meses, um pai e um filho foram brutalmente atacados depois de terem sido confundidos com um casal gay, um homem heterossexual foi morto enquanto defendia um gay de ser linchado, e na semana passada uma jovem foi perseguida e baleada por homens que a confundiram com uma travesti.
Nós, mães, sabemos uma ou duas coisinhas sobre como cuidar de nossas famílias! Por isso é que na próxima semana estaremos no Congresso, para dizer aos líderes que parem de enrolar e comecem JÁ a trabalhar em leis em conjunto para acabar com a violência, e para cuidar de TODAS AS FAMÍLIAS brasileiras. Sinto-me muito honrada por estar junto com tantas mães incríveis dizendo aos e às parlamentares que deixem de ser omissos, e à nossa sociedade brasileira, que a igualdade é o verdadeiro valor familiar.
Para encontrar outros membros da nossa campanha "Mães pela Igualdade" e para mostrar seu apoio enquanto vamos nos preparando para ir ao Congresso esta semana, clique no link abaixo para compartilhar esta iniciativa com sua rede de amizades e, obviamente, com suas mães:
www.allout.org/pt/maespelaigualdade
Nossa visita ao Congresso é apenas o começo. Nos próximos meses estaremos nas ruas, nas ondas do rádio, nas salas de aula e ao redor das mesas, conversando e compartilhando nossas histórias como as "Mães pela Igualdade", nessa campanha para acabar com a violência, o preconceito e a discriminação. Estou fazendo isso pelo meu filho José Ricardo, e na esperança de que, juntas, podemos continuar construindo um Brasil que celebra a diversidade e a igualdade para todos e todas.
Eleonora Pereira, as Mães pela Igualdade de todos os cantos do Brasil e a equipe de All Out.

PS: Se você é uma “Mãe da Igualdade” no Brasil ou conhece alguma outra Mãe que queira participar desta poderosa campanha, entre em contato com a gentemaes@allout.org

LEIA MAIS:
Bolsonaro: "Prefiro filho morto em acidente a um homossexual". GP1. 9 de junho de 2011
Confundida com travesti, mulher é agredida. Correio de Sergipe. 19 de setembro de 2011
Homem confundido com gay: 'um pai não pode abraçar seu filho?'. Terra notícias. 21 de julho de 2011.
Homofobia brasileira é manchete no blog da Anistia Internacional. Gay.com.br, 28 de outubro de 2010. Artigo original: Homophobic Hate Crimes Spreading Throughout Brazil Amnesty International, 2010

Homofobia motiva mais uma agressão na Avenida Paulista. Veja, August 29, 2011

Assassinada a sangue frio (VIDEO sobre Priscila Brandão, uma jovem transexual assassinada no início de 2011)
Religião opera retrocesso sobre a cultura gay no Brasil (em inglês) The Guardian, July 2, 2011



A All Out está colocando em contato muita gente de cada canto do planeta e todas as identidades – lésbicas, gays heteros, transgêneros e tudo no meio e além – para construir um mundo em que cada um viva livremente e seja aceito pelo que é.
Nosso endereço é:
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