Páginas

domingo, 26 de junho de 2011

21/06/2011 - 13h03
Homossexuais têm 20 vezes mais chance de contrair HIV, diz OMS

Publicidade
DA EFE
Os homossexuais apresentam 20 vezes mais chance de contrair HIV e por isso a OMS (Organização Mundial da Saúde (OMS) elaborou pela primeira vez uma lista de diretrizes para o tratamento e a prevenção deste vírus entre gays e transexuais.
Em países como a Bolívia, Jamaica, México, Mianmar, Tailândia, Trinidad e Tobago e Zâmbia, a porcentagem de homossexuais contagiados por HIV ultrapassa os 20%, e em alguns casos chega a 40%, segundo afirma o relatório da OMS, apresentado nesta terça-feira em Genebra.
No caso dos transexuais, as taxas de contágio variam entre 8% e 68%, dependendo do país, embora em muitos casos os dados não sejam confiáveis pelo fato da comunidade homossexual não ser legalmente reconhecida.
A OMS lembra que em muitos países estas pessoas são estigmatizadas, o que pode fazer com que não recorram aos serviços de atendimento médico, nem recebam tratamento por medo de serem humilhadas caso seja rompido o pacto de sigilo médico-paciente.
Atualmente, mais de 75 países criminalizam os homossexuais e transexuais, privando-os de direitos fundamentais, como o atendimento médico.
Segundo os dados por regiões, a prevalência de infecções de HIV entre homossexuais na África Subsaariana oscila entre 6% e 31%, enquanto na Ásia os homossexuais apresentam 18 vezes mais probabilidades de contrair o HIV do que a população heterossexual.
Na América Latina, cerca da metade das contaminações por HIV acontece entre gays.
As recomendações do relatório são dirigidas a políticos, profissionais de saúde e aos homossexuais e transexuais, com o objetivo de fomentar a prevenção por meio da camisinha.
"Não podemos reduzir a propagação da infecção por HIV no mundo se não forem atendidas as necessidades particulares destes grupos da população", declarou o diretor do departamento de HIV/Aids da OMS, Gottfried Hirnschall.
As novas diretrizes da OMS foram preparadas ao longo do ano passado mediante consultas mundiais das quais participaram funcionários da saúde pública, cientistas e representantes de organizações da sociedade civil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Inclua algum cometário: