Amiga(os),
Um pouco sobre a vida da minha amiga Lohanna, guerreira e vitoriosa transexual, que tive a oportunidade de conhecer durante o projeto Balcão de Direitos, fruto da parceria entre o Centro de Referência e a Unidas. Lohanna buscou quebrar o paradigma que lugar de travesti e transexual é apenas em uma esquina fria e escura, não desmerecendo as diversas cidadãs trasnsgênero que cedo são expulsas de casa e da escola, em razão de todo preconceito sofrido. Acadêmica do curso de Serviço Social em uma universidade privada, Lohanna foi proibida de usar o banheiro feminino, além de constrangida em diversos momentos que foi reportada pelo nome masculino e não pelo nome social, em razão da sua identidade de gênero feminina.
Atentem para a homofobia institucionalizada, praticada por operadores de segurança pública em algumas das passagens que Lohanna relata o preconceito e a violência sofridos, aspectos da marginalização e descaso às vítimas da violência homo-lesbo-transfóbica. A omissão ou o arbítrio policial produzem a vitimização secundária, a expressão mais covarde da vitimização, vez que perpetrada pelas próprias instâncias formais de controle social.
Qdo pleiteava a mudança do nome social em seus registros civis, a mesma foi barrada pelo segurança do fórum (policial militar), o qual alegava que a mesma não estaria trajada a contento. Tal fato ocorreu quando Lohanna recepcionava uma testemunha que seria oitivada na audiência de instrução. Numa instância onde cidadãos pleiteiam direitos e são recepcionados dessa maneira fica fácil entender o motivo pelo qual travestis e transexuais deixam de denunciar as inúmeras violências sofridas, ou desistem no meio do caminho e permanecem na clandestinidade, na marginalidade, subnotificados os registros de tais ocorrências.
Noutra oportunidade Lohanna foi agredida com um soco e teve seu maxilar fraturado, enquanto o agressor continuou a se divertir nos festejos juninos em Aquidabã, pois os milicianos alegavam que, naquele município, não havia delegado e equipe de cartório, mas esqueceram de dar voz de prisão e conduzí-lo à Delegacia Regional em Propriá, onde havia equipe de plantão!!!!!!
A entrevista foi dividida em duas partes, espero que gostem!!!!
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