Pessoal da ABGLT, diretoria e afiliadas, Pessoal da Academia e Pessoas aliadas.
Li duas vezes o release do Unicef e as reportagens em sites e jornais sobre seu relatório da Situação da adolescência no Brasil 2011.
Apesar de termos questionado o relatório do Unicef do ano passado quanto à ausência das dificuldades enfrentadas pelos adolescentes LGBT, novamente não encontramos nada nas informações divulgadas pelo Unicef sobre o relatório deste ano a respeito de iniquidades baseadas em orientação sexual e identidade de gênero.
Fala no release abaixo sobre iniquidade além da idade, como renda, condição pessoal, local de moradia, gênero, raça ou etnia. Não há menção específica de orientação sexual e identidade de gênero nestas informações.
Será que todas as pesquisas feitas até agora no Brasil estão equivocadas?
Pesquisas sobre questões LGBT e Homofobia
fonte http://www.abglt.org.br/port/ pesquisas.php
- MEC/UNESCO - Diversidade Sexual na Educação: problematizações sobre a homofobia nas escolas (2009)
- FIPE/MEC/INEP Estudo sobre ações discriminatórias no âmbito escolar (2009) - completo
- FIPE/MEC/INEP Estudo sobre ações discriminatórias no âmbito escolar (2009) - principais resultados
- Revelando Tramas, Descobrindo Segredos: Violência e Convivência nas Escolas (2009)
- Pesquisa Fundação Perseu Abramo - 2008
- Pesquisa DataSenado PLC 122/2006
- Marcha del Orgullo y Diversidad Sexual - Santiago de Chile 2007
- Pesquisa 5ª Parada da Diversidade de Pernambuco - Recife 2006
- Pesquisa 9ª Parada do Orgulho GLBT - São Paulo 2005
- Marcha del Orgullo GLTTB - Buenos Aires 2006
- Pesquisa 9ª Parada do Orgulho GLBT - Rio de Janeiro 2004
- Pesquisa 8ª Parada do Orgulho GLBT - Rio de Janeiro 2003
- Pesquisa 8ª Parada do Orgulho GLBT - Belo Horizonte 2006
- UNESCO - Juventudes e Sexualidade
Pessoal me ajudem entender esta situação. O que podemos fazer?
Um abraço.
Toni Reis
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UNICEF: investimento na adolescência para romper os ciclos da pobreza e da iniquidade
Nova Iorque, 25 de fevereiro – Investir na proteção e no desenvolvimento da população mundial de 1,2 bilhão de adolescentes pode romper ciclos de pobreza e iniquidade, segundo o relatório global do UNICEF Situação Mundial da Infância 2011 – Adolescência: Uma fase de oportunidades. O relatório inova nesta edição ao abordar a adolescência como um período de oportunidades, invertendo a lógica que costuma reduzi-la a uma fase de riscos e vulnerabilidades.
Nova Iorque, 25 de fevereiro – Investir na proteção e no desenvolvimento da população mundial de 1,2 bilhão de adolescentes pode romper ciclos de pobreza e iniquidade, segundo o relatório global do UNICEF Situação Mundial da Infância 2011 – Adolescência: Uma fase de oportunidades. O relatório inova nesta edição ao abordar a adolescência como um período de oportunidades, invertendo a lógica que costuma reduzi-la a uma fase de riscos e vulnerabilidades.
Segundo a publicação, investimentos realizados nas duas últimas décadas permitiram grandes avanços para os períodos inicial e intermediário da infância. Entre os avanços alcançados desde 1990, estão a redução de 33% na taxa global de mortalidade de menores de 5 anos e a eliminação quase total das diferenças de gênero nas matrículas na escola primária em diversas regiões em desenvolvimento.
No entanto, menos avanços foram observados em áreas que afetam os adolescentes. Mais de 70 milhões de adolescentes em idade de frequentar os anos finais do ensino fundamental estão fora da escola. No Brasil, as reduções na taxa de mortalidade infantil entre 1998 e 2008 significam que foi possível preservar a vida de mais de 26 mil crianças; no entanto, no mesmo período, 81 mil adolescentes brasileiros, entre 15 e 19 anos de idade, foram assassinados.
Segundo o relatório, poderemos tornar sustentáveis as conquistas obtidas na primeira década de vida com políticas nacionais e programas específicos que ofereçam aos adolescentes acesso à educação de qualidade, saúde e proteção.
“A adolescência é um momento crucial. Essa fase oferece uma oportunidade para consolidar os ganhos que obtivemos na primeira infância ou pode significar a possibilidade de se perder essas conquistas”, afirmou Anthony Lake, Diretor Executivo do UNICEF. “Precisamos concentrar mais intensamente os nossos esforços nos adolescentes – principalmente nas meninas adolescentes –, investindo na sua educação e saúde e em outras medidas para envolvê-los nos processos de melhoria de sua própria vida”.
Segundo o relatório, é na segunda década da vida que as iniquidades aparecem de forma mais evidente. Os dados disponíveis comprovam que a iniquidade é um dos principais fatores que impedem que os adolescentes mais pobres e vulneráveis continuem sua escolarização e os expõem a situações de abuso, exploração e violência.
Situação da adolescência no Brasil
Além dos dados sobre o Brasil incluídos no relatório, o UNICEF também divulgou hoje o Caderno Brasil, publicação que contextualiza para a realidade brasileira as reflexões e dados do relatório global.
Além dos dados sobre o Brasil incluídos no relatório, o UNICEF também divulgou hoje o Caderno Brasil, publicação que contextualiza para a realidade brasileira as reflexões e dados do relatório global.
O Brasil é um país jovem: 30% dos seus 191 milhões de habitantes têm menos de 18 anos e 11% da população possui entre 12 e 17 anos, uma população de mais de 21 milhões de adolescentes. Por isso, é essencial atender às necessidades específicas da adolescência nas suas políticas. Caso contrário, corre-se o risco de que um grupo tão significativo e estratégico para o desenvolvimento do País fique invisível em meio às políticas públicas que focam prioritariamente na primeira fase da infância e na fase seguinte da juventude.
Em consonância com o relatório mundial, a situação dos adolescentes no Brasil demonstra que atualmente as oportunidades para sua inserção social e produtiva ainda são insuficientes, tornando-os o grupo etário mais vulnerável em relação a determinados riscos, como o desemprego e subemprego, a violência, a degradação ambiental e redução dos níveis de qualidade de vida. As oportunidades são ainda mais escassas quando são levadas em consideração outras dimensões da iniquidade além da idade, como renda, condição pessoal, local de moradia, gênero, raça ou etnia.
Desafios – Os adolescentes enfrentam hoje um conjunto sem precedentes de desafios globais, incluindo o incerto cenário econômico internacional, as taxas de desemprego entre os jovens, o aumento do número e da intensidade das crises humanitárias e dos conflitos, mudança climática e degradação ambiental, além da rápida urbanização.
Levando em consideração que esses desafios provavelmente se agravarão na próxima década, será preciso oferecer aos adolescentes as habilidades e o conhecimento necessários para que eles possam enfrentá-los. Para isso, são necessários investimentos focados nas seguintes áreas-chave: coleta e análise de dados; educação e capacitação; participação; criação de um ambiente que ofereça proteção e apoio aos adolescentes; e resolução dos desafios relacionados à pobreza e às iniquidades.
“Milhões de jovens em todo o mundo estão esperando que todos nós atuemos mais intensamente em seu favor. Proporcionar a todos os jovens as ferramentas de que precisam para melhorar sua vida promoverá uma geração de cidadãos economicamente independentes, atuantes na sociedade e capazes de contribuir ativamente para a promoção de melhorias em suas comunidades”, afirmou Lake.
Mais informações:
Estela Caparelli
Telefone: (61) 3035 1963
E-mail: mecaparelli@unicef.org
Estela Caparelli
Telefone: (61) 3035 1963
E-mail: mecaparelli@unicef.org
Letícia Sobreira
Telefone: (61) 3035 1917
E-mail: lsobreira@unicef.org
Telefone: (61) 3035 1917
E-mail: lsobreira@unicef.org
fonte ; http://www.unicef.org.br/
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