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PARANÁ ONLINE | AIDS | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS 20/08/2010 Controle da obesidade deve começar na infância A geração atual de crianças pode ser a primeira, em muitos anos, a ter uma expectativa de vida menor do que a de seus pais. O motivo principal para o alerta é o crescente índice de obesidade infantil e dos problemas relacionados a doenças não-transmissíveis, com destaque para o aumento da pressão arterial e do colesterol. A afirmação partiu da diretora geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan. Para ela, é preciso um cuidado no controle desse fator de risco não apenas entre adultos e idosos, mas que pode ter início já com as crianças. Segundo dados da OMS, cerca de 43 milhões de crianças em idade pré-escolar sofrem de obesidade ou sobrepeso, uma condição que gera riscos para a saúde ao longo de toda a vida. Antes considerado um problema típico dos países ricos, a obesidade infantil já não é vista da mesma forma e tem atingido, inclusive, grupos de menor renda em países em desenvolvimento. A nutricionista Bernadete Azevedo, adverte que a alimentação das crianças brasileiras não pode ser concentrada em fast foods, salgadinhos, frituras e alimentos industrializados. Exames periódicos Muitas crianças já estão apresentando alteração no índice de colesterol. Os pais devem estar atentos à alimentação de seus filhos, uma vez que a maioria dos alimentos consumidos pelas crianças é fonte de colesterol. "É importante que elas sejam estimuladas a consumir frutas e vegetais diariamente", afirma a especialista em nutrição na infância e adolescência e mestre em nutrição Bernadete destaca que a obesidade e o sobrepeso não são os únicos indícios de que o colesterol pode estar elevado. Com efeito, pessoas magras que possuem uma alimentação desregrada podem ter alteração nos níveis de colesterol. Por isso, é necessário que se faça exames periodicamente para o acompanhamento dos níveis de colesterol. De qualquer forma, o excesso de peso, principalmente se a gordura for visceral, pode contribuir com as dislipidemias, a alta presença de gordura no sangue. "A gordura encontrada nessa região tem intensa atividade lipolítica, que libera grandes quantidades de ácidos graxos livres na circulação sanguínea", reconhece a especialista. Alimentos que ajudam Bernadete recomenda que a alimentação adequada, tanto para crianças quanto para adultos, deve ser diariamente colorida. "A ação antioxidante de frutas e vegetais reduz a oxidação de alimentos gordurosos, além da ação das fibras que 'arrastam" parte da gordura para as fezes e com isso, previnem o aumento do colesterol", explica. Entre os alimentos mais recomendados para o controle e a redução dos índices de colesterol, estão a linhaça e os peixes. "A gordura dos peixes é melhor metabolizada pelo organismo", comenta a nutricionista, salientando que a linhaça é um dos complementos que melhor se adapta à dieta do brasileiro. Além do preço acessível, ela é versátil e pode ser consumida todos os dias, com frutas, sucos ou adicionada na refeição. Para que tenha o efeito de redutor do colesterol, ela deve ser consumida triturada. "Quando ingerida a semente inteira, o organismo não possui enzimas para digerir a celulose da casca e o ômega 3 não será aproveitado", complementa Bernadete. Alerta às mulheres O colesterol está longe de ser a maior preocupação das mulheres brasileiras em relação à sua saúde. Em recente pesquisa, apenas 6% das mulheres dizem se preocupar com os fatores de risco para o coração. Hoje, elas constituem o grupo em que mais cresce o registro de níveis elevados de colesterol. A pesquisa reconheceu que no quesito "prevenção de doenças", as mulheres posicionaram o câncer em primeiro lugar (45%), com doenças sexualmente transmissíveis (34%), hipertensão (6%) e, por último, colesterol elevado (3%). Segundo a pesquisa, 87% não sabiam os próprios níveis de colesterol e apenas 40% haviam dosado o colesterol no sangue alguma vez. A pesquisa apontou ainda que, entre as mulheres com mais de 50 anos de idade, a taxa de desconhecimento dos níveis de colesterol também foi alta (70%). De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de oito milhões de mulheres morrem por ano em consequência de uma doença cardiovascular. Esse número é quase oito vezes maior do que a mortalidade por câncer de mama ou seis vezes maior do que a causada pelo HIV/AIDS. Entenda o colesterol O colesterol é uma molécula similar à gordura que age na composição da membrana que envolve as células, é essencial para a fabricação de hormônios e na composição da vitamina D, necessária para os ossos e para o crescimento. Obtido nos alimentos de origem animal ou produzido pelo fígado, ele circula por todo o corpo, mas não é solúvel no sangue. Problemas podem ocorrer, especialmente, quando se ingere alimentos que contenham colesterol em demasia, como carnes gordas e ovos. O excesso se deposita nas artérias, formando placas que podem endurecê-las e entupi-las, e o processo pode gerar problemas cardiovasculares. De olho na mesa Alimentos sem restrição: legumes, verduras e frutas. Consumo com moderação: sementes oleaginosas (castanhas, nozes e amendoim), óleos (soja, milho e girassol), cereais, iogurte desnatado, aveia, gelatina, farinhas em geral, pão, queijo branco. Alimentos com alto risco: carnes gordas, pele de frango, camarão, lagosta, carne de porco, miúdos, embutidos, ovos, chocolate, leite integral, creme de leite, bacon, empanados, frituras, presunto, mortadela, salame, queijos amarelos, salgadinhos e outros. |
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