Este trabalho sempre esteve associado à necessidade de apoiar a transformação do/a portador/a em agente de sua história e ao mesmo tempo, ser um veículo de pressão frente aos órgãos governamentais e a comunidade científica para o desenvolvimento de melhores respostas à epidemia.
José Roberto Peruzzo, fundador do grupo, foi um ator importante no questionamento do papel dos/as soropositivos na luta contra o HIV/AIDS.
Tendo visibilidade como uma pessoa com HIV sem esconder sua orientação sexual, foi um militante que levou o grupo a ser reconhecido como o primeiro grupo de ajuda mútua da América Latina formado e dirigido por pessoas com HIV.
A Necessidade de uma melhor humanização dos/as profissionais sempre mobilizou o grupo a realizar ações de negociação com hospitais no sentido de uma melhor assistência às pessoas doentes.
O GIV também participou ativamente da luta pela distribuição gratuita de medicamentos na rede pública de saúde, e juntamente com as demais Organizações Não Governamentais, conseguiu junto à população, milhares de assinaturas que foram enca-minhadas ao Congresso Nacional.
Na medida que o grupo foi se solidificando, ações ativistas foram crescendo e tomando importância cada vez maior entre os seus membros.
Outra ação de grande importância no ativismo foi o fortalecimento e a criação de grupos pelo interior do estado de São Paulo, estabelecendo interlocuções inexistentes na época, melhorando assim um atendimento tanto na área de serviçõ público como na esfera familiar.
Em 1º de Dezembro de 1996, o Grupo realizou nos hospitais e entre seus membros e solidários à causa, uma campanha para coleta de lençóis usados. A campanha resultou na doação de mais de mil lençóis que foram costurados uns aos outros formando uma grande colcha que serviu para cobrir o monumento da Bandeiras do Parque do Ibirapuera em São Paulo, chamando assim a atenção sobre o preconceito existente em relação às pessoas infectadas.
Desde então o GIV tem aumentado sua participação no movimento organizado e protagonizado várias conquistas na luta contra o HIV/AIDS, dentre as quais podemos destacar:
Enfim, o GIV esteve e continua na luta ativista, pois acreditamosque as novas conquistas só acontecerão se conseguirmos manter e aprimorar as já existentes.
Além disto, é importante ressaltar que todas as nossas ações sempre foram desenvolvidas em parcerias com os demais grupos locais, nacionais e internacionais, afinal, a história de combate à AIDS só terá um final feliz se tivermos a consciência que a união faz a diferença.
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