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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Ativismo contra AIDS/TB: 06/05/2010 - 20:20 - Atualizado em 06/05/2010 - 20:24 MP aciona Collor e mais nove por propaganda ilegal em AL

Ativismo contra AIDS/TB: 06/05/2010 - 20:20 - Atualizado em 06/05/2010 - 20:24 MP aciona Collor e mais nove por propaganda ilegal em AL

26/03/2010 - 23:12 - Atualizado em 08/04/2010 - 19:02
Collor, o retorno
De olho no Palácio do Planalto, o ex-presidente sinaliza que vai disputar o governo de Alagoas
Ronald Freitas
Nove anos depois de deixar o Palácio do Planalto sob vaias, o ex-presidente Fernando Collor está pronto para ser testado nas urnas. A marca de campanha é a mesma: o sobrenome com as letras ele destacadas em verde e amarelo. O partido atual, o PRTB, é tão inexpressivo quanto o PRN de 1989. E o olhar dos santinhos se mantém desafiador como o do desconhecido que tomou de assalto a liderança das pesquisas de intenções de voto. A novidade é o cargo pretendido. Ele agora quer ser governador.

Até o começo de março, escorado em pesquisas que previam uma vitória folgada, Collor estava decidido a disputar uma das duas vagas de senador por Alagoas. Mas a obrigação de repetir as alianças nacionais nos Estados e a desistência do senador Renan Calheiros (PMDB) de concorrer ao governo mudaram seus planos. Ex-líder do governo Collor, Renan preferiu não correr o risco de ficar sem mandato ao enfrentar a máquina do governador Ronaldo Lessa (PSB), que tentará a reeleição. A outra candidata ao Palácio dos Martírios é a senadora petista Heloísa Helena — tão bem situada nas pesquisas quanto Lessa. Renan também não guarda boas lembranças da vez em que disputou o cargo de governador, em 1990. Concorrendo pelo PRN de Collor, foi preterido pelo então presidente, que ajudou a eleger Geraldo Bulhões.

A candidatura de Renan tinha a aprovação dos usineiros. O ex-presidente tentaria o Senado na mesma chapa. Em Brasília, teria a exposição nacional necessária para tentar voltar à Presidência, seu projeto confesso. Com a mudança de rota, Collor convidou o usineiro João Tenório para ser o vice e já começou a fazer contatos com empresários na tentativa de atrair investimentos privados para Alagoas. Quer trocar o título de caçador de marajás pelo de empreendedor. Oficialmente, a largada não foi dada — mas até os muros de Maceió já sabem de sua candidatura. Na quinta-feira, eles amanheceram pichados com a frase "Governo é Collor".

17/07/2009 - 21:33 - Atualizado em 17/07/2009 - 21:33
Estranha amizade entre Lula e Collor
Elogios a Collor são o preço pago por Lula pela proteção ao governo na CPI da Petrobras
Ricardo Amaral
Hélvio Romero
INTERESSE
O senador Fernando Collor (PTB-AL) e o presidente Lula se abraçam em comício em Alagoas. A blindagem da Petrobras na CPI custa caro
Dois meses depois de ter sido criada oficialmente, a CPI da Petrobras foi afinal instalada na última terça-feira, sob controle de três senadores leais ao Planalto: seu presidente é João Pedro (PT-AM), suplente do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento; o vice é Marcelo Crivella (PRB-RJ), do partido do vice-presidente, José Alencar; e o relator é o líder do Governo, Romero Jucá (PMDB-RR). Foram eleitos por oito senadores do governo na comissão de 11 membros. A primeira decisão de João Pedro foi adiar para agosto qualquer outra decisão. Parece que a CPI está sob controle, mas hoje, no Senado, toda aposta é arriscada.

Nada pode estar sob controle enquanto o presidente José Sarney estiver acossado por denúncias – e o presidente Lula está sendo atraído cada vez mais para o centro dessa crise. Ele precisa sustentar José Sarney, um aliado muito especial, e arbitrar a disputa pessoal e política entre os líderes do PMDB, Renan Calheiros, e do PT, Aloizio Mercadante. O PT nunca foi notável por defender o governo no Senado e o PMDB cobra um alto preço por essa tarefa. A instabilidade aumenta porque no ano que vem dois terços dos 81 senadores vão disputar as eleições nos Estados. Nessa altura, o instinto de sobrevivência fala mais alto que as conveniências dos partidos e os interesses do governo.

Lula acabou se transformando no principal defensor de si mesmo. Na terça-feira, num palanque em Maceió, pagou o mico de elogiar, na mesma frase, Renan Calheiros e o ex-presidente Fernando Collor, adversário histórico do PT e único ex-presidente brasileiro deposto por corrupção num processo de impeachment, em 1992. “Eu quero aqui fazer justiça ao comportamento do senador Collor e do senador Renan, que têm dado uma sustentação muito grande aos trabalhos do governo no Senado.” Não foi o primeiro elogio nem deve ser o último, enquanto Renan for o chefe do PMDB e Collor o membro da CPI da Petrobras.

No dia seguinte, Lula mergulhou mais fundo. Numa entrevista na sede da Embrapa em Brasília, um repórter disse ao presidente o que a oposição pensa sobre a CPI da Petrobras: “Eles estão dizendo que essa CPI acaba em pizza temperada com pré- -sal”. Lula respondeu com o fígado: “Depende, todos eles são bons pizzaiolos”. A reação no Senado foi imediata. Cristovam Buarque (PDT-DF), ex-petista e ex-ministro de Lula, pediu um voto de censura ao presidente pela frase. Sem consultar o Planalto, Aloizio Mercadante pediu desculpas pela “frase infeliz” do presidente, mas Lula, segundo assessores, não retira uma palavra do que disse.

No fim do dia, o PMDB ajudou a oposição a rejeitar a renovação do mandato de Bruno Pagnoccheschi na direção da Agência Nacional de Águas. Ele foi indicado por Marina Silva (PT-AC) e caiu porque ela é adversária de Sarney e de Renan. Com Sarney na corda bamba, aliados que se autodestroem e dois terços da Casa de olho nas eleições, Lula só pode estar seguro de uma coisa: a cada dia, ele vai ter de se envolver mais na crise do Senado.

LEIA neste blog: As amizades colloridas, (crônica de Ruth de Aquino)

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