Páginas

domingo, 13 de dezembro de 2009

Aline tem todo o tempo do mundo.(Revista Época hoje nas bancas , compre-a para mais noticias)

Como a vida de uma jovem tetraplégica moradora há oito anos de um hospital no Rio é suavizada pela internet e pelo carinho da equipe médica MArtha Mendonça Stefano Martini
ACONCHEGO
Aline com seu laptop na terapia intensiva do Hospital Pedro Ernesto, em Vila Isabel, no Rio. A internet e o carinho da equipe médica como amparo em quase nove anos de imobilidade
Ela tem o mesmo nome da atriz que emociona o público no horário nobre, na pele de uma moça tetraplégica, e, assim como ela, está presa ao leito de um hospital. Aline Korb Mendes mora no Centro de Terapia Intensiva do Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio de Janeiro. Aos 17 anos, uma meningite deixou como sequela uma lesão na medula, fazendo com que perdesse os movimentos dos braços e das pernas. Apesar de lúcida e saudável, ela jamais pôde voltar para casa, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Os pais, empregada doméstica e pedreiro, não têm condições de manter a estrutura de que ela precisa para se manter viva. Como sua lesão foi na parte alta da medula, a atividade de seu diafragma é pequena. Para respirar, ela precisa de um aparelho chamado ventilador, ligado a sua traqueia. Também necessita de ajuda para alimentação, limpeza, exercícios – e até para atitudes simples, como coçar o nariz.
Na placa acima da cama, indicando que aquele é o leito 6, constam seu nome e a data de sua internação: 27 de fevereiro de 2001. A Seleção Brasileira ainda não era pentacampeã do mundo. As torres gêmeas ainda estavam de pé. Uma semana antes, incomodada com uma fortíssima dor de cabeça, Aline havia sido levada ao médico pela mãe. Depois de exames em outros dois hospitais, ela foi operada de emergência no Pedro Ernesto. Quando voltou a si, estava tetraplégica. E assim ela tem vivido desde então. Aos 26 anos, o hospital é sua casa, a equipe médica faz as vezes de família e o mundo exterior – aquele que ela não pode visitar – chega até Aline pela internet.

Um comentário:

  1. Quando nós em nosso pequeno mundo achamos que estamos em uma situação difícil,esta História vem para nos fazer ver que nem sempre a grama do visinho é mais verde do que a nossa.
    EIA E MEDITE!!!!!

    ResponderExcluir

Inclua algum cometário: