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quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Sobre educação vigente hoje

"A igualdade de direitos entre homens e mulheres nos libertou da dependência financeira, entretanto, nos colocaram  grilhões  muito mais pesados e apertados.
Ver crianças tão pequenas em escolas integrais, sendo “educadas” por dez horas ou mais por professores desconhecidos, me dói. Carregar meu filho pequeno pra cima e baixo quando ele não está na escola, me dói também.
O tema é delicado eu sei, mas, depois de mais um sábado de “reposição”, eu preferiria mil vezes retroagir no tempo e tal e qual minha avó, ter como chefe meu avô.  Tenho certeza que ele, a despeito de todo   “machismo”  ele    foi mais justo e generoso que o Governo do Estado do Paraná, a qual sou subordinada. Do governo Federal, nem vou comentar.
Trabalhar aos sábados não é de Deus. Pra mim, não.  Aos sábados, pelo menos aos sábados, eu gostaria de não ter que levantar cedo. Vejam, não falo da semana inteira. Só  aos sábados, eu gostaria de ficar em casa, levantar tarde, cozinhar, ouvir música, sair por ai, sem lenço sem documento...mas não, além de trabalhar aos sábados, ainda tenho que corrigir provas, outra invenção do capeta.
Minha avó (materna), nunca trabalhou fora, mas tinha suas “galinhas poedeiras”, seus porquinhos na engorda, enfim, uns bens reservados, que lhe permitiam pagar suas promessas na Aparecida do Norte. Ela morreu fazendo o que mais gostava na vida, voltando de uma missa. Eu, estou vendo a hora de cair dura a qualquer momento, e, se isso acontecer antes da aposentadoria, morrerei infeliz.
Eu trocaria  meus diplomas na parede, pelos raros momentos de pura lassidão, onde eu e minha amiga Célia Nadir Anselmi,  podíamos sentar no meu quintal ou no dela e debater temas como  que tipo de trepadeira ficaria melhor em determinada árvore, remédios caseiros, livros, artesanato, medicina alternativa, disposição de determinado móvel dentro de casa, tapetes  e a tonalidade exata de determinado papel de parede para determinado ambiente. E não venha me dizer que isso é coisa de “coxinha” senhor Sidinei Eduardo.
E que história é essa de “vamos conquistar nosso espaço” Eu  quero lá saber de mais espaço? O espaço da minha casa, já está “louco de bom” com se diz em Ponta Grossa, não é Zanza Mincache Donida?
O fato de eu responder com rapidez  algumas perguntas, não me fazem “dama de ferro” Valeria Coladello.   Eu choro escondido sabia? 
E que  fique registrado Mariza Lascoski,  eu odeio quando você me lembra dos prazos que tenho que cumprir , contas, impostos e  taxas do meu escritório.  Que merda é essa de pagar, pagar, pagar? Chega!!! Eu não quero saber de conta alguma, nem de abrir porta, nem de carregar sacola,  nem de dirigir, nem de ser lógica, cartesiana e cerebral. Eu quero poder ver com meu coração.  Da parte que me toca, peguem esses “direitos iguais” de volta,  pois eu não sou igual a homem algum,  eu me canso. Oh Senhor, dai me forças, porque eu canso, e  não me perguntem “do quê"....eu me canso e ponto final.    Tal e qual minha amiga Luiza Brito eu quero mais é ser  "dominada por homem provedor e opressor sem me preocupar mais com nada, a não ser obedecer. Mandar requer muito esforço. Odeio!"
E mais, não quero saber de porra nenhuma de especialização, nem de Concurso algum.  Que raios de evolução é essa Meu Deus? “Nunca antes na história desse país” os filhos ficaram tão longe dos pais. Acredito que o apelo às  drogas e a depressão também nunca foram tiveram índices tão alarmantes.
E pasmem, quero que saibam, que todas às vezes que me pediram para replicar “algum documento”, analisar, corrigir ou mesmo contestar   eu sempre o fiz mais por diversão que por profissão.
Nunca contamos as horas que  ficávamos em cima dos livros, pesquisando, escrevendo, reescrevendo, imaginando as caras dos destinatários, rindo de tudo, sabendo de antemão, que não iam responder nada, porque fazíamos tudo “com todo respeito e as cautelas de estilo” por puro prazer, amor à verdade, amor à justiça e só.
E, se no  meio da trabalheira toda, a  Nadir  dissesse: Iolanda vai fazer um cafezinho pra mim...eu parava tudo, fazia o café e servia em xícaras maravilhosas com o maior prazer.  Eu nasci para servir, “mas nasci no tempo errado, ou andei muito depressa”."
*Por Yolanda dos Anjos Chini*

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