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sábado, 28 de novembro de 2015

Morte de adolescentes com aids triplicou nos últimos 15 anos, diz Unicef


Morte de adolescentes com aids triplicou nos últimos 15 anos, diz Unicef

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27/11/2015 - 13h30
O número de mortes de adolescentes em decorrência da aids triplicou nos últimos 15 anos, segundo um relatório do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), apresentado nessa quinta-feira (26) na África do Sul.
O documento, intitulado Atualização das Estatísticas sobre Crianças Adolescentes e Aids, diz que a doença é a "principal causa de morte de adolescentes na África e a segunda no mundo".
"Entre as populações afetadas pelo HIV, a faixa formada por adolescentes é a única na qual os números da mortalidade não estão diminuindo".
O relatório mostra também que a África Subsaariana é a "região com maior prevalência" e que as "jovens são de longe as mais afetadas, representando sete em cada dez novas infecções na faixa que têm entre 15 e 19 anos".
"É crucial que os jovens soropositivos tenham acesso ao tratamento, cuidados e apoio", afirmou Craig McClure, responsável pelos programas globais do Unicef para HIV/aids. O levantamento indica que dos "2,6 milhões de crianças menores de 15 anos que vivem com HIV, apenas uma em cada três recebe tratamento".
As novas estatísticas demonstram que a maior parte dos adolescentes que morrem de doenças relacionadas com a aids foram infectados há 10 ou 15 anos, informa o site UOL. "Essas crianças sobreviveram até a adolescência, por vezes sem conhecer o seu estado em termos de HIV", diz o documento.
Em relação às transmissões de mãe para filho, desde o ano 2000 se evitaram quase 1,3 milhão de novas infecções, em grande parte devido aos avanços na prevenção deste tipo de transmissão. Em 2014, três de cada cinco mulheres grávidas com HIV receberam tratamento antirretroviral para prevenir a transmissão do vírus a seus bebês.
O Unicef adverte sobre a importância do diagnóstico rápido do vírus e aponta que novos dados assinalam que a maioria dos bebês não são submetidos a testes de detecção. Segundo os dados coletados no estudo, menos da metade das crianças menores de dois meses de idade foram submetidas ao exame do HIV. Isto se traduziu em uma redução de 60% das mortes relacionadas com a aids entre as crianças menores de quatro anos desde 2000, informa o portal Terra.
Ainda segundo o Terra, o Unicef defende que esses esforços para eliminar a transmissão de mãe para filho ajudarão a mudar o rumo da epidemia para a nova geração de adolescentes.
Craig McClure, diretor dos programas mundiais de HIV/aids do Unicef, destacou nesta sexta-feira (27) em comunicado que é "fundamental" que os jovens portadores do HIV tenham acesso a tratamento, atendimento e apoio. "Ao mesmo tempo, aqueles que não são portadores do HIV devem ter acesso aos conhecimentos e meios que os ajudem a permanecer dessa maneira", acrescentou.
"O mundo conseguiu conter a extensão da epidemia do vírus da aids, mas de agora até 2030 temos que conseguir pôr fim de uma vez na epidemia", assinalou por sua parte o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que ressaltou que ainda resta muito a fazer.

Redação da Agência de Notícias da Aids com informações do UOL e Terra

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