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quarta-feira, 22 de julho de 2015

#Dengue #Zica # Guillian-Barré.

Recebi do Colega
Celso Tavares,
Infectologista:

Caríssimos:

1- A dengue continua sendo nossa grande preocupação, 
2- Precisamos iniciar imediatamente uma hidratação abundante,
3- Repouso também é essencial,
4- O paciente  suspeito de Zika DEVERIA ser atendido em Unidade Básica ou em consultório,  evitando sobrecarregar as Emergências,
5- Nas nossas circunstâncias,  isso nem sempre é possível,  lamentavelmente,
6- Na Zika, o quadro,  na maioria dos casos que vi,  começa com coceira e manchas e depois vem uma febre baixa.  Alguns não a apresentam. Dores e, às vezes,  edemas articulares.    No dengue, as manchas e as coceiras surgem após uma febre alta,  no quarto ou quinto dia,
7- Sugiro que encaminhem o paciente ao  seu médico e que MANTENHAM resguardo - fiquem em casa lendo,  vendo TV e tomando um porre  de água e sucos,
8- Complicação: O grande problema é a síndrome  de Guillian-Barré.  Ela surge uma a três semanas,  às vezes mais, e acomete uma parcela mínima dos pacientes.  UMA PARCELA MÍNIMA,  repito.
9- O paciente plenamente recuperado,  passa a apresentar formigamento nos pés,  que evolui com fraqueza em ambas as pernas. É ascendente e simétrica.  Subindo,  vai atingir braços e tórax e aí, o paciente vai apresentar paralisia respiratória,  o que exige UTI .
10- Sugiro que leiam os jornais acerca da situação na Bahia.  NÓS SOMOS ELES AMANHÃ. Têm 49 casos e estão enfrentando dificuldades para assisti-los.  A SESAB está se saindo bem.
11- A frequência do agravo é de 1 a 2 casos por 100 000 habitantes e a síndrome ocorre após diversas doenças - hepatites A e B,  mononucleose,  citomegalovirose,  influenza...  O problema parece ser a ocorrência de Zika em quem já teve dengue,  o que faz com que essa frequência eleve-se substancialmente.
12- Resumo: Zika habitualmente apresenta uma evolução branda,  b) deve-se SEMPRE afastar a hipótese de dengue,  C) buscar assistência,  se possível em consultório ou em unidades básicas, D) lembrar que uns poucos apresentarão a síndrome e que O DIAGNÓSTICO PRECOCE E O PRONTO TRATAMENTO SÃO ESSENCIAIS, melhorando o prognóstico.
13- Não há como prever quem apresentará essa complicação.
14- O mais importante é o CONTROLE DO AEDES AEGYPTI. Lembrem-se que se não o controlarmos,  proximamente também teremos CHIKUNGUNYA,  um verdadeiro inferno.

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