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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

SAIU NA IMPRENSA 11/FEV./2015

SAIU NA IMPRENSA
11/FEV./2015


Vacina anti-HPV não estimula sexo de risco, diz estudo
Veja.com

Pesquisadores acompanharam cerca de 200.000 garotas por cinco anos e não encontraram relação entre a vacina e o comportamento sexual promíscuo ou doenças sexualmente transmissíveis

A vacina contra o papilomavírus humano (HPV) não leva as adolescentes a adotar comportamentos sexuais precoces ou arriscados, nem eleva as taxas de doenças sexualmente transmissíveis. A conclusão é de um amplo estudo feito com mulheres americanas, publicado na última segunda-feira no periódico Jama Internal Medicine.

A pesquisa foi feita entre janeiro de 2005 e dezembro de 2010 com 21 610 adolescentes vacinadas e 186 501 que não receberam a vacina. As jovens dos grupos tinham entre 12 e 18 anos e viviam na mesma região dos Estados Unidos. A taxa de doenças sexualmente transmissíveis — medida trimestralmente nas voluntárias — aumentou nos dois grupos no mesmo ritmo e permaneceu quase idêntica à medida que as meninas cresciam, mostrando que o comportamento sexual das adolescentes não mudou por causa das doses da vacina.

"Se o fato de vacinar estas jovens contra o HPV causasse um aumento de atividades sexuais arriscadas, teríamos observado um aumento das taxas de doenças sexualmente transmissíveis (...), e não foi o caso", explicou Seth Seabury, da Universidade do Sul da Califórnia e principal autor do estudo, financiado pelos Institutos Americanos da Saúde (NIH).

Críticas — A criação, em 2006, da primeira vacina contra o HPV (Gerdasil, do laboratório americano Merck) provocou alerta entre alguns pais, pediatras e legisladores nos Estados Unidos. Segundo os que são contra as doses, vacinar adolescentes incentivaria atividades sexuais precoces e arriscadas. Alguns Estados do país se opuseram a implementar um programa de vacinação obrigatória.

Atualmente, as autoridades de saúde recomendam que se vacinem meninos e meninas pré-adolescentes para prevenir o HPV, que dificilmente é detectado, mas pode causar câncer no colo do útero, ânus, pênis, boca e garganta. No entanto, só 38% das meninas e jovens de 13 a 17 anos nos Estados Unidos receberam as três doses recomendadas em 2013. O número de meninos vacinados é ainda menor, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças.

Vacina no Brasil — No país, a vacinação contra o HPV, principal causa de ocorrência do câncer do colo de útero, é oferecida pelo SUS para meninas de 11 a 13 anos. Este ano, a vacina passará a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos e, em 2016, apenas às meninas de 9 anos.

Em novembro de 2014, dados do Ministério da Saúde mostraram que 2,4 milhões de meninas tomaram a segunda dose da vacina, menos da metade do público-alvo da vacinação, que é de 4,9 milhões de garotas. A segunda das duas doses é essencial para garantir a proteção contra o HPV. Além disso, as meninas precisam retornar aos postos de saúde cinco anos depois para receber um reforço, garantindo a proteção por mais tempo.

A vacina contra o HPV previne a transmissão do vírus causador do câncer do colo do útero, contraído por relações sexuais, contato direto com peles ou mucosas infectadas e no momento do parto. Segundo o Ministério da Saúde, ela gera proteção de 98% contra quatro subtipos da doença, sendo que dois deles são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo o mundo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV.

Criada comissão interministerial para combater violência contra população LGBT
Por iG São Paulo

Grupo é composto por representantes das secretarias de Direitos Humanos, de Políticas para as Mulheres, da Secretaria-Geral da Presidência e dos ministérios da Justiça e da Saúde


O governo formalizou (10) a criação da Comissão Interministerial de Enfrentamento à Violência contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT). O grupo é composto por representantes das secretarias de Direitos Humanos (SDH), de Políticas para as Mulheres, da Secretaria-Geral da Presidência e dos ministérios da Justiça e da Saúde. A comissão foi instituída no último dia 29 e será  coordenada pelo Departamento de Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República. A portaria de criação do grupo foi publicada na edição desta terça-feira (10) do Diário Oficial da União.

Com a criação da comissão interministerial, as ações dos cinco ministérios nas áreas de prevenção, enfrentamento e redução das diversas formas de violência contra a população LGBT poderão ser integradas. De acordo com a SDH, o grupo interministerial também vai permitir o acesso a dados sobre estatísticas e o perfil dos crimes contra a população LGBT.

Dados da Ouvidoria Nacional e do Disque Direitos Humanos (Disque 100) mostram que, entre 2011 e 2014, foram registradas mais de 7,6 mil denúncias de violência contra a população LGBT. Em 2014, os estados com maior número de registros foram São Paulo (53 denúncias), Minas Gerais (26) e Piauí (20). A discriminação foi a causa de 85% das denúncias, e a violência psicológica motivou 77% dos registros.

Luciana Genro sobre aborto: Eduardo Cunha “passa por cima do cadáver de milhares de mulheres”
DCM

“Aborto só será votado passando por cima do meu cadáver”, afirmou Eduardo Cunha. Ao que parece, o presidente da câmara não se incomoda em passar por cima do cadáver de milhares de mulheres. A cada dois dias, uma mulher morre em decorrência de abortos clandestinos feitos em condições desumanas. Na prática, são as mulheres negras e pobres as que mais morrem em decorrência de procedimentos inseguros.

Segundo dados da Organização Mundial de saúde, o risco de morte para mulheres negras e pobres, que fazem abortos em clínicas clandestinas inseguras, é multiplicado por mil.

São 850 mil abortos realizados por ano no Brasil. Não adianta ignorar os números. Na prática, a proibição não evita o aborto, mas arrisca a vida de mulheres que não podem pagar por um procedimento seguro. E reacende uma discussão muito relevante para o feminismo: pode o Estado decidir pelo corpo das mulheres?

É preciso fazer este debate partindo de algumas premissas objetivas: (1) o número de abortos realizados por ano no Brasil (2) o número de mortes em decorrência de abortos inseguros. Essas premissas garantem que a discussão seja feita no campo político e não no campo moral ou religioso.

Vale lembrar que o fundamento religioso para redução do direito de escolhas compromete o Estado Laico e a cidadania das mulheres.

Não é possível ser “pró-vida” e cruzar os braços diante de um número alarmante de mortes. Ou será que estas mortes incomodam menos por um perverso esquema de valoração da vida, que reduz a importância da morte de mulheres negras e pobres?

Esse debate, feito no campo político, será o requisito para que todas as mulheres tenham igualdades de condições para decidir livremente sobre seus corpos.

Malvine Zalcberg, psicanalista: “As mulheres não se compreendem”
O Globo

Lacaniana belga, naturalizada brasileira, autora de livros traduzidos na Itália e na França, diz que maioria das mães não deixa a filha virar mulher

por Leonardo Cazes

“Nasci na Antuérpia, mas tive a sorte de vir pequena para o Brasil, crescer aqui e adotar a cidadania brasileira. Fiz mestrado e doutorado em psicanálise na PUC-Rio e dei aulas na Uerj por 26 anos. Pensar na relação com a minha mãe e a minha filha me fez ver a importância de saber se posicionar nessa relação.”

Conte algo que não sei.

Por que se diz que é tão difícil compreender as mulheres e não os homens? A mulher tem uma formação psíquica muito mais complicada. A maneira de ela deixar de ser menina e se tornar mulher tem características específicas. Há um desencanto dos homens por não compreenderem as mulheres, mas a grande questão é que as mulheres é que não se compreendem.

Quais são essas características específicas na passagem da menina para a mulher?

Na minha experiência profissional, vi que o papel da mãe tinha um valor enorme, que regia a vida da filha. As mulheres vivem essa situação de forma intensa e muito dramática, às vezes. Nos anos idílicos, quando a menina tem 10, 11 anos e vive grudada na mãe, as duas falam a mesma língua, que é a língua da mãe. Isso dá a ela um poder enorme sobre a filha.

A filha também demanda a mãe nesse período, não?

A filha fica colada na mãe porque é a mãe que mostra para ela o que é ser mulher. Só que nem sempre a mãe entende isso e fica dizendo: “Minha filha me ama”. Como toda mulher quer sempre ser amada, a mãe tenta manter essa língua de amor com a filha, sem perceber que a menina precisa encontrar a sua própria fala, que é o que acontece na adolescência. Se a mãe entrar com muito poder nos anos idílicos, esse processo é interrompido.

Mas essa libertação da filha em relação à mãe é possível?

É muito possível, mas é preciso fazer uma construção que muitas vezes a mulher acha que não é capaz. Essa construção é que vai formar a mulher. Muitas vezes digo no consultório: “você não é mais aquela menininha”. E as pacientes tomam um susto. O ideal é a gente mudar o discurso da mãe, porque muitas mães não querem se libertar e não deixam a filha se libertar. O amor exagerado sufoca qualquer filho ou filha.

O que acontece se mãe e filha não se separam?

Dificulta muito a vida da filha. A mãe que consegue se separar eu chamo de heroica. Porque todas têm vontade de sair correndo atrás da filha. Eu tenho vontade até hoje. É preciso perceber quando a filha realmente precisa de você. Quanto mais a filha se distingue da mãe, mais próxima como mulher ela pode ficar. Esse é um esforço que, se a mãe ajudar a filha a se libertar, haverá uma eterna gratidão. Caso contrário, há uma mágoa.

De que forma a relação entre a mãe e o filho homem é diferente?

A relação é diferente, o próprio corpo já impõe uma distância. Quando ocorre a entrada do pai, o que chamamos de constituição do Édipo, que separa o filho e a filha da mãe, o menino vira para a mãe e fala: “Adeus, mamãe, a minha identificação não depende de você”. Ele continua amando a mãe, não precisa dela da mesma forma que a menina.

É possível que o homem entenda a mulher?

Acho que não. Ele pode entender melhor muitos aspectos pelos quais a mulher passou, mas há algo misterioso na constituição feminina. É o encanto da mulher. Não é isso que vai atrapalhar a relação.

O que atrapalha a relação?

O que ela pode compreender e não compreende, como a relação complicada com a mãe e a construção da sua feminilidade. Se ela compreender isso, vai trazer menos problemas para a relação com o homem.

Seguro-desemprego muda a partir do próximo dia 28
O Globo

Sindicatos criticam falta de disposição do Planalto para negociar regras

BRASÍLIA – A partir do próximo dia 28, os trabalhadores que recorrerem ao seguro-desemprego já serão enquadrados nas novas regras da medida provisória (MP) 665, que restringe o acesso ao benefício. O Ministério do Trabalho assegurou que o sistema da Dataprev já está pronto para as mudanças — ainda que a proposta não tenha sido aprovada pelo Congresso. Apesar do discurso oficial de que o Planalto está disposto a negociar as medidas com as centrais sindicais, nos bastidores a equipe econômica está decidida a não ceder e tentar aprovar o texto enviado ao Legislativo tal como está.

Segundo fontes, falta disposição do governo para reduzir o prazo de carência para requisitar o seguro-desemprego, que subiu para um ano e meio para os trabalhadores que solicitarem o benefício na primeira vez; na segunda, para 12 meses. Pelas regras anteriores, o prazo era de seis meses, o que agora só valerá a partir do terceiro pedido. Ou seja, para quem está no mercado há mais tempo. Trabalhadores mais jovens serão mais sacrificados.

De acordo com o ministério, dos 8,4 milhões de trabalhadores que receberam o seguro no ano passado, 2,27 milhões não teriam direito ao auxílio caso as novas regras estivessem em vigor. Só a restrição ao acesso ao seguro-desemprego vai responder por uma economia de R$ 9 bilhões de um total de R$ 18 bilhões previstos pela equipe econômica, somando as mudanças no abono salarial (PIS) e alterações nas regras da pensão.

‘COISA PARA BOI DORMIR’

Além de mexer no valor do abono, que hoje corresponde a um salário mínimo e passará a ser proporcional ao meses trabalhados, e exigir mais tempo para ter direito ao benefício (de um mês para seis meses com carteira assinada), o governo vai insistir, ainda, em alongar o calendário de pagamento do auxílio. A proposta deverá ser apresentada nos próximos meses ao Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat).

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, disse que as reuniões do governo com as centrais sindicais para discutir as mudanças não trouxeram resultados positivos.

— Esse papo do governo de que vai negociar com as centrais é coisa para boi dormir — disse Torres.

A fim de aproveitar o clima pouco favorável ao Executivo no Congresso, os dirigentes sindicais agendaram para hoje uma reunião com os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros. As centrais querem manter as regras atuais e defendem a adoção de medidas para combater a rotatividade e investir na estrutura do sistema público de emprego (postos do Sine), para obrigar os beneficiários do seguro-desemprego a fazerem cursos de qualificação gratuitos, além de suspender o pagamento do benefício a quem recusar vaga adequada a seu perfil.

NOME PRÓPRIO DE CADA UM

O Degase (Departamento Geral de Ações Sodoeducativas) decidiu que adolescentes infratores internados em suas unidades só poderão ser chamados pelos nomes registrados em suas certidões de nascimento. Todos os servidores terão que cumprir a medida, que, segundo o Degase, já fazia parte de orientações transmitidas em cursos para funcionários. Foi proibido também qualquer "chamamento ou referência que caracterize ato ou tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor".


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