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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Homofobia bancada por dinheiro público

---------- Mensagem encaminhada ---------- De: Fabio Grotz Data: 29 de setembro de 2014 16:48 Assunto: Levy Fidelix: homofobia bancada com dinheiro público Para: Fabio Grotz Eleições 2014 Levy Fidelix: homofobia bancada com dinheiro público http://www.cartacapital.com.br/politica/levy-homofobia-bancada-com-dinheiro-publico-3678.html Seu partido não representa ninguém, mas já recebeu mais de 6,1 milhões de reais do fundo partidário por Piero Locatelli — publicado 29/09/2014 09:29, última modificação 29/09/2014 15:43 inShare 1 Reprodução Levy Fidelix durante o debate de segunda-feira. Suas falas são sustentadas com dinheiro público Leia também No penúltimo debate, Dilma parte para o ataque Igreja: pauta é progressista, mas aborto 'é inegociável' “Irmão vota em irmão”: a base do voto de Marina Silva Evangélicos: 8 perguntas e respostas Sim, Dilma, nós podemos! Marina diz que casamento é estabelecido entre pessoas de sexos diferentes Até a segunda-feira 29, Levy Fidelix (PRTB) era uma piada inofensiva. Era só o baixinho bigodudo que repetia uma única proposta: a do aerotrem, um monotrilho que percorreria a capital paulista, o estado e até o Brasil. A insistente presença de Levy em todos os debates deste ano entre os candidatos à Presidência da República deve-se à eleição de um único deputado federal pelo partido em 2010 (o carioca Áureo, hoje no Solidariedade). Com essa vitória, as emissoras foram obrigadas a chamá-lo para todos esses encontros. Após a derrota em dez eleições, a piada finalmente perdeu a graça durante o debate entre os candidatos à Presidência organizado pela Rede Record. Ao responder a uma pergunta sobre a união de casais do mesmo sexo, feito por Luciana Genro (PSOL), Levy Fidelix fez uma série de afirmações homofóbicas. Em duas falas, o candidato disse que "aparelho excretor não reproduz", falou da necessidade de “enfrentar” essa minoria, questionou que “dois iguais não se reproduzem” e propagou a diminuição do tamanho da população com o “estímulo” da homossexualidade. O candidato ainda chegou a ligar a homossexualidade à pedofilia, quando disse concordar com a atitude do papa Francisco de expurgar padres pedófilos da Igreja. Dessa forma, a antiga piada inofensiva finalmente perdia a graça. Levy não representa ninguém, o que é claro na sua incapacidade de conseguir qualquer votação expressiva após dez eleições a cargos como prefeito, governador e presidente. Apesar da falta de respaldo, o candidato é beneficiado pelo dinheiro do fundo partidário. Desde 1996, foram 6,1 milhões de reais entregues ao PRTB de Levy. Além disso, a sigla também é ajudada com espaço gratuito na televisão, comprado pelo governo, e com o rateio de multas da Justiça Eleitoral. O candidato também sofre diversas suspeitas. Aliados de Levy já afirmaram que ele cobraria 400 mil reais de quem quer se desfiliar do partido e de manipular as eleições do partido, em que sempre foi o presidente. Ele também foi acusado de envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, que citava seu nome em escutas feitas pela Polícia Federal. Segundo as investigações, o PRTB era um dos alvos de Cachoeira, que buscava "comprar" um partido. Levy nega todas as acusações e se mostrou indignado ao ser questionado sobre essas denúncias no debate organizado pelo SBT e pela Folha de S.Paulo. Iniciativas que acabariam com o repasse de dinheiro ao PRTB chegaram a ser aprovadas, mas acabaram rejeitadas – como a cláusula de barreira que acabaria com o repasse do fundo partidário aos chamados nanicos, barrada pelo Supremo Tribunal Federal. Por fim, a postura de Levy na segunda 29 escancara duas coisas: uma delas é a existência de diversos partidos – 32 atualmente –, que pouco ou ninguém representam, e a outra é a necessidade de criminalizar posturas homofóbicas como essa.

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