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sábado, 30 de agosto de 2014

Clipping #SaudeSexualidadesEafins

​     CLIPPING Saúde, Sexualidade & Afins 29/Ago./2014     Dia Nacional do Combate ao Fumo   Alerta para os Riscos do Tabagismo   De acordo com dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 6 milhões de pessoas são vítimas da substância, sendo que 600 mil delas são fumantes passivos. Em virtude dessa realidade, celebra-se no dia 29 o Dia Nacional do Combate ao Fumo, que visa a alertar a população sobe os riscos do tabagismo. Entre elas estão enfisema pulmonar, problemas cardiovasculares e inúmeros tipos de câncer.   A pneumologista Irma de Godoy esclarece que o fumo é produzido com mais de 4.700 componentes tóxicos, como o monóxido de carbono, mesmo gás venenoso que sai do escapamento de automóveis, e a nicotina, droga psicoativa responsável pela dependência física, que também causam infertilidade, halitose e envelhecimento precoce da pele.   Para se ter uma ideia, estas substâncias presentes nos derivados do tabaco são diretamente responsáveis por cerca de 50 doenças. "A indústria tabaqueira trabalha para trazer novos clientes para seu produto, que é o tabaco. Por isso, a iniciação aumentou. Embora a taxa de fumantes tenha caído bastante -- de 38% na década de 1980 para 14% agora --, a experimentação é grande entre jovens que recorrem a novas formas de uso do tabaco, como é o caso do narguilé, novo aqui no Brasil, mas antigo nas comunidades islâmicas", destaca.   Em gestantes, o fumo é responsável por abortos múltiplos e episódios de hemorragia, além de problemas na placenta e nascimentos prematuros. O cigarro ainda está relacionado a uma taxa elevada de morte fetal e de recém-nascidos. "A queda no tabagismo entre as mulheres foi muito menor que entre os homens. Isso demonstra que elas estão fumando mais e também morrendo em número muito maior devido ao câncer de pulmão. Já está praticamente alcançando o índice de mortes por câncer de mama", alerta a médica.   A especialista também analisa os problemas que os indivíduos não fumantes enfrentam. Fumantes passivos têm um risco 30% maior de desenvolver câncer de pulmão e 24% maior de episódios de infarto do coração. Crianças que convivem diretamente com fumantes têm, em maior frequência, doenças respiratórias, como asma, bronquite, rinite alérgica e pneumonias. Em bebês, o fumo passivo ainda eleva o risco de morte súbita. "Fumantes passivos também sofrem os efeitos imediatos da chamada poluição tabagística, entre eles irritação nos olhos, dor de cabeça e aumento de problemas alérgicos, principalmente respiratórios", afirma.   Quem deseja se livrar do problema deve buscar ajuda e adotar novas práticas de comportamento. Para isso, o indivíduo pode contar com medicamentos e terapias que contribuem para minimizar os sintomas da síndrome de abstinência da nicotina.   Audiência pública debate tratamento e prevenção da tuberculose no Rio Agência Brasil   Para debater com a sociedade a importância do tratamento e da prevenção da tuberculose, representantes da saúde e entidades ligadas ao tema se reuniram na manhã de (28) com parlamentares, em audiência pública, na Escola do Legislativo do Estado do Rio de Janeiro, no centro da capital fluminense. O encontro marcou o encerramento das atividades referentes ao Dia Estadual de Enfrentamento da Tuberculose. Atualmente, o Rio ocupa as primeiras posições no ranking de incidência da doença, segundo dados do Ministério da Saúde.   De acordo com o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, Otávio Chieppe, as altas taxas de tuberculose no Rio estão vinculadas a diversos fatores como: o espaço urbano e as dificuldades de acesso da população aos serviços de saúde.   "Nós temos taxas elevadas de incidência de tuberculose, assim como a de mortalidade. É preciso um movimento que englobe sociedade e poder público, para diminuir essas taxas que são preocupantes. É uma doença de transmissão respiratória e está muito associada aos grandes aglomerados urbanos. Temos no Rio grandes bolsões de diversidade populacional com pobreza e dificuldade de acesso aos serviços de saúde, o que faz com que tenhamos um dado preocupante, muito heterogêneo. As taxas da doença são muito elevadas em algumas localidades, principalmente, nas comunidades carentes", disse.   A tuberculose é uma doença infecciosa. Se não for tratada, pode levar até a morte. O tratamento é feito pelo Sistema Único de Saúde, que oferece a medicação diária aos pacientes. Em maio deste ano, as denúncias mostraram que na Rocinha, comunidade da zona sul, um dos pontos com maior incidência da doença no estado, os pacientes chegaram a ficar até 13 dias sem receber o medicamento.   "Um dos grandes desafios que a gente tem, além do diagnóstico e o acesso ao medicamento é a garantia da continuidade do tratamento. Com o resultado de cura, a gente consegue romper a cadeia de transmissão, impedir que a pessoa tenha a doença agravada e evitar bactérias resistentes", explicou Chieppe.   Para o presidente do Fórum de organizações não governamentais (ONGs)  da Tuberculose, Roberto Pereira, o grande problema é a falta de medicamentos nos postos de saúde que depende de laboratórios internacionais.   "Toda a medicação para tratamento da tuberculose é comprada na Índia e qualquer problema lá, significa que teremos que começar do zero aqui, sem ter produção nacional. Ter isso é fundamental para o país. Por mais que tenha avançado, ainda é uma questão [tuberculose] que está pouco em evidência. A formação dos profissionais de saúde é precária em relação à tuberculose, é comum os profissionais da rede pública de saúde demorarem para pedir os exames, e quando os casos são diagnosticados, a doença já está em um estágio muito avançado", explicou.   Com um trabalho de orientação voltado para moradores de Vila Isabel, na zona norte da cidade, o Centro Comunitário Raiz Vida alerta jovens e adultos sobre os sintomas da doença. A presidenta do centro comunitário, Márcia Helena de Souza, de 60 anos, afirmou que muitas pessoas têm tosse por mais de três semanas e não procuram os médicos.   "Sempre distribuimos folhetos para tirar dúvidas. Temos cartazes em vários estabelecimentos do Morro dos Macacos [em Vila Isabel] para que as pessoas tenham consciência de que a tuberculose é perigosa mas que tem cura”, disse.   Para Márcia Helena, a audiência pública serve para reivindicarmos remédios. "Quando faltou na Rocinha, também, em Vila Isabel tivemos uma ameaça de ficarmos sem a medicação, mas pressionamos às autoridades e isso não aconteceu. Estou há muito tempo fazendo este trabalho, buscando aconselhar às pessoas que abandonam o tratamento e eliminar os  preconceitos. "Não é só pobre que tem tuberculose. As pessoas precisam fazer o exame se tiverem os sintomas".   Projeto Advocacy em Saúde: nordeste vai elaborar diagnóstico da assistência às PVHA na atenção básica    A elaboração de um diagnóstico regional sobre os riscos das propostas de assistência às pessoas vivendo com HIV e aids (PVHA) na atenção básica (AB) foi definida principal meta para a região nordeste pelos participantes do Seminário Regional do Projeto Advocacy em Saúde (PAS), na semana passada, no Recife (PE). Uma comissão formada por ativistas de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão e Pernambuco vai criar um instrumento para a coleta dos dados.    Como nos demais seminários do PAS, a agenda da aids e dos direitos humanos será levada aos Conselhos Estaduais de Saúde dos nove estados do nordeste. Em municípios com Conselhos de Saúde, como Fortaleza, Ilhéus e Natal, o tema deverá ser pautado. Conselhos Municipais da Juventude, da Mulher, das Cidades e de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT) também serão sensibilizados para a pauta.    No Legislativo, frentes parlamentares municipais de enfrentamento às DST/AIDS/HIV em Olinda, Teresina e Fortaleza devem ser fortalecidas. No âmbito estadual, na Bahia, em Pernambuco, no Piauí e no Rio Grande do Norte as frentes devem ser rearticuladas.    O compromisso dos ativistas foi firmado após uma troca de experiências em incidência política que retratou um contexto regional de violação de direitos humanos às PVHA e de denúncia ao Ministério Público Federal, em Pernambuco – onde não são realizados procedimentos de lipodistrofia – e em Sergipe – onde “nem há preenchimento facial”. Mas no Piauí, há. Porém, “o hospital de doenças tropicais só faz o procedimento facial”, disse um ativista piauiense, que relata falta de antirretrovirais “devido a problemas de administração na grade de medicamentos”.   Mas em Alagoas, segundo outro ativista, “os canais de TV abertos do Legislativo têm sido ocupados pelo movimento social”, que promoveu seminário com partidos políticos para a inclusão das demandas do movimento LGBT e das PVHA nos planos de governo. Além disso, “o Conselho de Saúde aprovou a realização do Encontro Regional de ONG/aids (Erong-NE)”, afirmou o ativista Igo Nascimento.    Problemas na articulação do fórum de ONG/aids, uma frente parlamentar que “ensaia mas não acontece” e preservativos masculinos distribuídos apenas na festa de São João foram alguns dos entraves apontados na Paraíba.    Em Pernambuco, o Hospital Correa Picanço armazenou preservativos femininos, que não foram disponibilizados à população. No Maranhão, a Defensoria Pública foi acionada para resolver a falta de medicamentos. Em São Luís, um SAE adolescente foi implantado após atuação da Promotoria Pública, que também garantiu isenção tarifária às PVHA na capital do estado.    Desmantelamento da assistência    No Ceará, desde o início do ano a assistência especializada vem sofrendo com o fechamento de três Serviços de Atendimento Especializado (SAE) e as ONGs, que há 14 anos estão instaladas em um local cedido pela prefeitura, foram despejadas, segundo o relato de Vando Oliveira, coordenador do Fórum de ONGs/Aids do Ceará. Em Fortaleza, os serviços de referência municipais foram fechados e “1800 pessoas com HIV, transferidas e distribuídas para os serviços da atenção básica”. Segundo o ativista, convidado a falar no Conselho Estadual de Saúde, o secretário de Saúde não compareceu a três sessões do órgão de controle social.    Na Bahia, para o conselheiro de saúde Moysés Toniolo, “há um desmonte na política estadual de aids. Houve um desfinanciamento da política, com o aumento de 26 para 41 municípios”, sem aumento de recursos para os incorporados à política. Segundo ele, além da atual crise de falta dos antirretrovirais Ritonavir e Tenofovir no estado, há um clima de perseguição política de ativistas em HIV/AIDS. “Conselheiros estão sendo desqualificados em suas atribuições e conhecimentos”.   Também na Bahia no nome social de travestis e transexuais não era respeitado até a Defensoria Pública “comprar a briga do nome social no registro de nascimento e no documento de identidade”, salientou uma ativista.    No Recife, o Seminário Regional do PAS teve a presença de François Figueroa, coordenador do Programa Estadual de DST/AIDS de Pernambuco. Para ele, o PAS é importante porque contribui para “resolver a questão da aids no Brasil”. Segundo o coordenador pernambucano de combate à aids, para isso seria necessário “que a sociedade seja menos excludente, que haja mais educação, menos homofobia e uma visão mais ampla das coisas”.   Também esteve presente a enfermeira Valéria Menezes, coordenadora do Programa de DST/AIDS de Recife, que deu boas vindas aos participantes.    Na edição nordestina dos seminários regionais do PAS, Alessandra Nilo falou sobre advocacy em âmbito federal. A coordenadora da ONG Gestos elencou diversos pontos que devem ser verificados no exercício de um advocacy substancial, relevante. O ex-representante do movimento de aids no Conselho Nacional de Saúde, Alexandre Magno, falou sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e as ações em DST/aids e direitos humanos nos Conselhos de Saúde no âmbito da Lei nº 8.142/90.    O Projeto Advocacy em Saúde é financiado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde ao Fórum das ONGs/Aids do Estado de São Paulo (Foaesp). O Seminário Regional Nordeste do PAS teve o apoio da Coordenação Estadual de DST/Aids de Pernambuco, da Coordenação Municipal de DST/Aids de Recife e da ONG Gestos – Soropositividade, Comunicação e Gênero.    Desde 31 de julho e durante todo o mês de agosto o PAS vem promovendo uma jornada de seminários regionais por todo o País. O quinto e último seminário será realizado nesta sexta e sábado (29 e 30), em Belém (PA), para ativistas da região norte.    Na região norte, o PAS é coordenado pelo ativista Kiko Rodrigues, do GAPA Pará. Em Belém, o Seminário Regional Norte do PAS tem apoio da Coordenação Municipal de DST/Aids de Belém, da Coordenação Estadual de Hepatites Virais do Pará e do Grupo Paravidda.   Fonte: Foaesp    ONG propõe novas políticas para drogas  O Globo   Agenda que será enviada a candidatos prevê abordagem de saúde pública, não mais policial   Apoiados no argumento de que o atual sistema de controle de drogas tem fracassado na redução do uso e, ainda, aumentado índices de violência, a Rede Pense Livre - ONG voltada para a discussão do tema - formulou uma agenda positiva com propostas de mudança nesse modelo. O documento está sendo enviado a parlamentares e também candidatos às eleições deste ano. Nele, são listados sete proposições de mudanças no enfrentamento às drogas, como a regulamentação do uso medicinal da cannabis, o tratamento de saúde de qualidade para usuários problemáticos e a retirada do consumo da esfera da Justiça criminal.   CEM MIL MORTES RELACIONADAS   De acordo com o material, entre 1980 e 2011, ao menos cem mil jovens brasileiros morreram em ações relacionadas ao enfrentamento às drogas. Eles foram vítimas de ações policiais de combate ao uso e ao tráfico e em disputas entre facções criminosas. Além disso, afirma o texto, o uso das substâncias tem aumentado. A proposta do grupo é que o documento oriente o debate eleitoral e também mudanças em leis e em programas sobre o assunto a partir do próximo ano.   - A nossa ideia é marcar o tom e dizer que vamos olhar as declarações que os candidatos estão dando sobre o assunto. E observar se estão disse minando mitos sobre o tema - afirma Ilona Szabó, diretora-executiva do Instituto Igarapé e membro da Pense Livre. - Quando não estão expostos à opinião pública, todos os candidatos têm consciência do que estamos falando. Há um amadurecimento do entendimento em relação ao assunto que ainda não se traduziu de forma clara para a população.   Além de Ilona, outras 75 pessoas integram a rede. Entre elas, há advogados, empresários, psicólogos, professores, estudantes e jornalistas. O grupo buscou evidências científicas e boas práticas nacionais e internacionais para justificar as sete propostas contidas na agenda positiva.   Ao sugerir que o uso de drogas seja tratado com uma abordagem de saúde pública e de redução de danos, o documento aponta estudos sobre a eficácia dessas medidas na queda de mortes por overdose e evolução nas condições de saúde de usuários. Cita a criação de salas de uso seguro de drogas injetáveis para conter a explosão do HIV na Suíça, da década de 80. E lembra o recente caso da menina Anny Fischer, que sofre da síndrome de CDIG-?, problema genético que causa crises epilépticas. A mobilização da família da garota fez com que a Justiça autorizasse a importação de remédio à base de canabidiol (CBD), substância encontrada na maconha. A demanda da Rede Pense Livre é que uma portaria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorize e regulamente a prática. Outra proposta é que autoridades desburocratizem plantação, produção e comercialização de drogas ilícitas para uso em pesquisas científicas.   Para Ilona, esses são objetivos que estão cada vez mais próximos de serem alcançados. A especialista em política de drogas diz que o debate sobre o tema no Brasil amadureceu nos últimos dois anos. Ela afirma que prova disso são as recentes decisões judiciais autorizando importação de remédios à base substâncias encontradas na maconha. E, ainda, uma série de candidaturas de deputados que trazem como bandeira a mudança da política nas drogas.   - Nada disso (das propostas) está descolado da realidade e das necessidades. A única proposta que exige mudança legislativa é tirar o consumo da esfera criminal. Para as demais, só é preciso redirecionar recursos - sustenta, referindo-se à demanda de que o uso de drogas deixe de ser crime.   ---- De acordo com a entidade, a única proposta que exige mudança legislativa é a de tirar o consumo da esfera criminal   A situação da educação brasileira JB   Luiz Carlos Amorim*     Recentemente, li o seguinte texto num post da internet: Essa lei que Vcs colocaram eu como um repórter e jornalista básico não concordo eu trabalho com meu celular depois que saio da escola náo concordo mesmo quando fiquei sabendo passei isso pra imprensa maior eles falaram com representante do governador ele falo que aluno náo pode usa dentro da sala manter desligado mais proibi è um abuso isso eu como aluno e brasileiro náo aceito isso ta bom diretora náo aceito quem cria lei é governo na escola”.    Tive que ler várias vezes, colocar os pontos e vírgulas e desconsiderar os erros de concordância e letras faltantes em algumas palavras para entender que ele estava protestando contra a proibição de celular em sala de aula. O autor do texto não vem ao caso, porque na verdade ele não tem toda a culpa da ignorância em expressar suas ideias na sua língua que é o português. Isso é culpa da nossa educação, do ensino que está sendo praticado com nossos jovens. O mais estarrecedor da situação é que este é um aluno do segundo grau. Sim, do segundo grau, não é dos primeiros anos do primeiro grau.   É quase comum – sempre esperei nunca ter de dizer isso – um aluno do terceiro ou quarto ano do primeiro grau não dominar a escrita ou a leitura, diante das modificações que fizeram no sistema de ensino brasileiro, nas últimas décadas, e diante da falta de consideração dos donos do poder para com a educação e para  com as nossas escolas, mas alunos do segundo grau já deveriam ter esse domínio. Segundo o texto que vimos acima, a pessoa que o escreveu não consegue nem ao menos comunicar um fato simples, que é a proibição do uso do celular na salada de aula, com o que ele não concorda.   É flagrante o despreparo do estudante, e não precisaríamos nem entrar no mérito da questão dele, que é a indignação por não poder levar o celular para a sala de aula. Mas há que se discutir, sim, o uso do celular, pois, para alguém que escreve tão mal, o celular pode desviar ainda mais a atenção do que está sendo ensinado, e a situação dele pode ficar ainda pior.   Precisamos prestar mais atenção ao aproveitamento de nossos filhos na escola e cobrar dos governantes melhoras na nossa educação. Melhores conteúdos programáticos, mais qualificação e salários decentes para nossos professores, manutenção assídua e equipamentos para as escolas públicas. Os programas de relacionamento, na internet, são boas amostras de como anda a instrução que estamos tendo em nosso país, pois lá as pessoas escrevem simplesmente como sabem. Ali, alguns de nossos jovens mostram, infelizmente, o pouco que estão aprendendo. Há que se tomar providências urgentes, sob pena de não aprendermos mais a nos comunicarmos.   * Luiz Carlos Amorim é escritor e editor   Brasil lidera ranking de violência contra professores Jornal do Brasil   Pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgada nesta quinta-feira revela que o Brasil lidera o ranking de violência em escolas. O estudo mundial foi feito com mais de 100 mil professores e diretores de escolas do segundo ciclo do ensino fundamental e do ensino médio (alunos de 11 a 16 anos). Na enquete, 12,5% dos professores ouvidos no Brasil disseram ser vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana.   Foi o índice mais alto entre os 34 países pesquisados - a média entre eles é de 3,4%. Depois do Brasil, vem a Estônia, com 11%, e a Austrália com 9,7%. Na Coreia do Sul, na Malásia e na Romênia, o índice é zero.   O estudo internacional sobre professores, ensino e aprendizagem também revelou que apenas um em cada dez professores (12,6%) no Brasil acredita que a profissão é valorizada pela sociedade; a média global é de 31%.   O Brasil está entre os dez últimos da lista nesse quesito, que mede a percepção que o professor tem da valorização de sua profissão. O lanterna é a Eslováquia, com 3,9%. Em seguida, estão a França e a Suécia, onde só 4,9% dos professores acham que são devidamente apreciados pela sociedade.   Já na Malásia, quase 84% (83,8%) dos professores acham que a profissão é valorizada. Na sequência vêm Cingapura, com 67,6% e a Coréia do Sul, com 66,5%.   A pesquisa ainda indica que, apesar dos problemas, a grande maioria dos professores no mundo se diz satisfeita com o trabalho.   A conclusão da pesquisa é de que os professores gostam de seu trabalho, mas "não se sentem apoiados e reconhecidos pela instituição escolar e se veem desconsiderados pela sociedade em geral", diz a OCDE.   Para a professora Vera do Egito, "a falta de respeito existe dentro de sala porque nossa classe não é valorizada como deveria. Nosso direito à greve é violado. Eu já escutei de alunos meus: 'eu vou ganhar mais que você na boca de fumo. Os colegas estão sendo retaliados". Ela conta que nunca sofreu agressão física, mas tem colegas que já sofreram e também já ouviu histórias de agressão dentro das escolas.   A professora da rede estadual do Rio de Janeiro acredita que a classe precisa "ser valorizada e respeitada para que isso possa refletir em sala". Perguntada sobre a solução para esse problema, Vera responde: "além da valorização por parte do governo, precisamos de uma gestão democrática dentro das escolas, que nos permita realizar um trabalho diferenciado, se adequando às necessidades das escolas, das comunidades e dos bairros".   Discrepância salarial   No Brasil, segundo dados do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDEs) da Presidência da República, divulgados em junho deste ano, a remuneração média dos professores é de pouco menos de R$ 1,9 mil por mês.   Já a média salarial dos professores nos países da OCDE, levando em conta o poder de compra em cada país, é de US$ 30 mil (cerca de R$ 68,2 mil) por ano, o equivalente a R$ 5,7 mil por mês, o triplo do que é pago no Brasil.   A organização ressalta que houve avanços na educação brasileira nos últimos anos. Os investimentos no setor, de 5,9% do PIB no Brasil, estão próximos da média dos países da OCDE (6,1%), que reúne várias economias ricas.   Outro indicador considerado importante pela OCDE, o percentual de jovens entre 15 e 19 anos que estudam, é de 77% no Brasil. A média da OCDE é de 84%.

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