CLIPPING
Saúde, Sexualidade & Afins
04/11/2013
NOVEMBRO AZUL
"Novembro Azul" busca a conscientização
dos homens para o câncer de próstata
A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), em
parceria com Instituto Lado a Lado pela
Vida, vão iluminar pontos turísticos em várias cidades e distribuir
panfletos explicativos no movimento chamado Novembro Azul. O tema da campanha -
Um Toque, um Drible - pretende conscientizar os homens sobre a necessidade de
se submeter a exames preventivos.
Segundo o
Inca, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens,
atrás do câncer de pele. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no
mundo e o mais prevalente em homens, representando 10% do total de cânceres. A
taxa de incidência do câncer de próstata é seis vezes maior nos países
desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.
Na fase
inicial, o câncer da próstata não costuma apresentar sintomas. Quando surgem
são parecidos com os do crescimento benigno da próstata: dificuldade de urinar
e necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou a noite. Na fase avançada,
a doença pode provocar dor nos ossos, problemas para urinar e, quando mais
grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.
O tratamento
vai depender do estágio da doença, e pode ser feito com cirurgia, radioterapia,
tratamento hormonal e algumas vezes apenas observação médica. http://umtoqueumdrible. ladoaladopelavida.org.br/
Bigode inflável chama a atenção em São Paulo para o
câncer de próstata
Agência Brasil
São Paulo- Quem passa em frente ao Centro de Referência em Saúde do Homem,
vinculado à Secretaria Estadual da Saúde, logo vê na fachada desse hospital um
enorme bigode inflável, medindo 6 metros de largura por 2,5 metros de altura.
Como símbolo de masculinidade, a imagem foi adotada para chamar a atenção para
os eventos da campanha mundial Novembro Azul, de alerta contra o câncer de
próstata.
Ao longo deste mês, o centro promoverá palestras
com urologistas que vão esclarecer os mitos e verdades em torno da doença. Esse
tema será abordado, nos próximos dias 18 e 26, no anfiteatro da unidade, na
Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, no Jardim Paulista. A entrada é gratuita, mas
há limite de 80 lugares.
Também serão distribuídos folhetos com a estampa do
bigode e o título Prevenção É Coisa de
Homem, descrevendo seis passos para prevenção do câncer de próstata.
“Precisamos derrubar o preconceito contra os exames solicitados para
diagnosticar o câncer. O toque prostático, ou toque retal, é absolutamente
indolor, leva fração de segundos e não afeta de maneira nenhuma a masculinidade
do homem. Pelo contrário, mostra sua grandeza e a preocupação com sua saúde”,
declara o urologista Cláudio Murta, chefe do Centro de Referência em Saúde do
Homem.
De acordo com Murta, as chances de cura alcançam
90% dos casos diagnosticados precocemente. Ele destacou ainda que os exames
periódicos são fundamentais para prevenção e detecção da doença.
País faz menos mamografias e Papanicolau
O Estado de SP
Resultado é criticado até dentro do governo e vai na contramão de plano
do governo Dilma
O Sistema
Único de Saúde (SUS) registrou queda no número de mamografias e de exames para
diagnóstico de câncer de colo de útero, o Papanicolau, no primeiro semestre
deste ano, em comparação com o mesmo período de 2012. O resultado vai na
contramão do plano apresentado há mais de dois anos pela presidente Dilma
Rousseff para prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças.
Nenhum
Estado atingiu até agora a meta de realizar exames em 65% da população feminina
na faixa etária entre 50 e 69 anos, considerada de maior risco. A expectativa
era a de que a marca fosse atingida até 2014. Diante do cenário atual, o Ministério da Saúde refaz os cálculos e
admite que o objetivo será atingido somente em 2015.
"Eticamente, o correto seria ofertar
mamografia para 100% das mulheres com idade considerada de risco",
criticou o secretário de Gestão Participativa da Saúde do Ministério da Saúde,
Luiz Odorico Monteiro de Andrade, em uma reunião sobre o assunto. "É
preciso deixar esses dados sempre à mostra, para ficarmos indignados."
Ao Estado, Patrícia Chueri, da Coordenação Geral de
Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas do Ministério da Saúde, garantiu que os
indicadores não preocupam. "Tradicionalmente, o primeiro semestre
apresenta uma produção menor." Mas, quando apresentou as estatísticas a
gestores, Patrícia criticou os resultados.
Entre 2011 e
2012, o número de exames para diagnóstico de câncer de colo de útero caiu 4,6%:
passou de 11,4 milhões para 10,9 milhões. A coordenadora argumentou que, graças
ao melhor desempenho de áreas com maior concentração populacional, o Brasil vai
atingir até 2014 a meta de realizar o exame de Papanicolau em 75% das mulheres
entre 25 e 64 anos.
Uma das principais críticas feitas por
Patrícia na reunião foi sobre a produção do Papanicolau. Foram coletadas 8,8
milhões de amostras para exame, mas apenas 4,7 milhões (53%) foram analisadas.
Tolerância zero com epidemia de Aids
O Globo
Brasil tem chance de confirmar pioneirismo e começar a tratar de
imediato grupos mais vulneráveis, sem esperar queda de imunidade
A entrevista
concedida ao GLOBO pelo número dois do Programa de Aids das Nações Unidas
(Unaids), o brasileiro Luiz Loures, confirma a tendência geral de queda dos
níveis globais de infecção pelo vírus e de óbitos associados à doença. Segundo
o último relatório da Unaids, em 2012 foram registrados 1,6 milhão de mortes,
número ainda assustador, mas em queda acentuada em relação aos 2,3 milhões de
2005, apenas sete anos antes.
A melhora no
perfil epidemiológico mundial tem diversas causas - uma das mais importantes, o
aumento, em 2012, do percentual (20%) de pessoas contaminadas em países pobres
e de renda média a entrarem na rede de tratamento. Isso representa mais 9,7
milhões de infectados com acesso a terapias antirretrovirais. Outro dado
positivo é relativo à infecção de crianças pelo vírus HIV: desde 2001, a queda
de contaminação nessa faixa foi de 52%.
Loures se
considera um otimista e mantém sua meta - que, aliás, deveria ser a de todos -
de declarar o fim da epidemia em 2030. Contudo, sua entrevista confirma também
dados preocupantes, a mostrar que não há lugar para acomodações, pois o flagelo
encontra outras formas de ressurgir. É o caso da inversão da tendência de queda
da infecção entre homossexuais masculinos, o primeiro grande grupo de risco a ser
atingido em cheio pela doença.
O que ocorre, provavelmente, é um
relaxamento dos cuidados preventivos necessários na vida sexual dos indivíduos,
que baixam a guarda diante justamente dos avanços obtidos na contenção da
doença. O que leva Loures a defender que as estratégias de combate sejam
repensadas e renovadas, pois "é como se a epidemia, de certa forma, se
adaptasse aos progressos que fizemos; então, temos que inovar".
O Brasil tem
excelentes resultados a mostrar na luta contra a Aids pelo pioneirismo na
quebra de patentes das drogas antirretrovirais e na distribuição do chamado
coquetel desses remédios aos infectados, via Sistema Único de Saúde (SUS).
Loures, vice-diretor da Unaids, está certo ao defender que o país reassuma seu
pioneirismo e passe a tratar imediatamente a população de risco que teste
positivo.
Gravidez na adolescência prejudica futuro da mãe e
da criança, diz professor da UnB
Agência Brasil
Brasília - No Brasil, 12% das adolescentes de 15 a
19 anos tinham pelo menos um filho em 2010, segundo o relatório anual Situação
da População Mundial do Fundo de
População das Nações Unidas (UNFPA), organismo da Organização das Nações Unidas
(ONU), lançado esta semana. Neste ano, o
tema é Maternidade Precoce: Enfrentando o Desafio da Gravidez na Adolescência.
No país, o texto aponta que adolescentes pobres, negras ou indígenas e com
menor escolaridade tendem a engravidar mais que outras adolescentes.
A taxa é menor entre as jovens mais novas. Dados de
2009 mostram que 2,8% das adolescentes de 12 a 17 anos eram mães. "A taxa
de natalidade de adolescentes no Brasil pode ser considerada alta dadas as
características do contexto de desenvolvimento brasileiro", diz o
relatório. Para essas jovens, a gravidez, na maior parte das vezes indesejada,
representa o afastamento da escola e do mercado de trabalho, além da possibilidade
de ter complicações de saúde relacionados à gravidez ou ao parto.
"Além de se afastarem da escola, essas jovens não estão preparadas
para cuidar do bebê, que acaba sendo cuidado pela mãe e pela avó. Essa criança
não tem, em geral, as condições de um desenvolvimento adequado. A mãe acaba
tendo o próprio futuro e o da criança prejudicados", avalia o professor
emérito da Universidade de Brasília (UnB), Vicente Faleiros, autor de estudos
sobre adolescentes e políticas públicas. Ele aponta outro problema. "Longe
da escola, essa menina tende a engravidar outras vezes", o que dificulta
ainda mais a inserção nas escolas e no mercado.
Faleiros diz que a situação é recorrente.
"Muitos pais não estão preparados para orientar os filhos". O
professor acrescenta que, nos últimos quatro anos, observou mudanças nas
políticas públicas brasileiras. Segundo ele, elas estão mais voltadas para uma atenção
específica ao jovens e ao contexto em que estão inseridos, o que é positivo. "Não basta só olhar a barriga da
jovem, tem que olhar o contexto, a relação com o pai da criança, que também tem
que ser conscientizado. O país já está considerando a adolescente como
pessoa, apesar de ainda ter o que melhorar", analisa.
Casos de jovens com menos de 20 anos grávidas
diminuíram no Brasil entre 2000 e 2012
Agência Brasil
Brasília - De acordo com o Ministério da Saúde, os
casos de gravidez em jovens com menos de 20 anos diminuiram em todo o Brasil
entre os anos de 2000 e 2012. No início da década, cerca de 750 mil
adolescentes foram mães no país. Em 2012, o número caiu para 536 mil. A pasta
destaca a Rede Cegonha, programa lançado em 2011, e o Programa Saúde na Escola,
que funciona desde 2007 e é desenvolvido em conjunto com o Ministério da
Educação, como as principais estratégias de prevenção e cuidado da gravidez na
adolescência.
"A partir da estratégia da Rede Cegonha, o Ministério da Saúde
estabeleceu uma estratégia de cuidado às mulheres e atenção às adolescentes e
jovens. Cuidados para melhorar os serviços de atenção básica. Isso, junto com
informações e orientações que os jovens recebem nas escolas, serve para que
eles possam ter conhecimento para que quando estiverem com namorados e
namoradas possam cuidar da saúde", diz a coordenadora da Saúde do
Adolescente e do Jovem do Ministério da Saúde, Thereza de Lamare.
Segundo Thereza, o Programa Saúde na Escola está
presente em 85% dos municípios. A Rede Cegonha atende à quase totalidade do
país. Pretende-se trabalhar com a prevenção, a educação e também ter condições
de fazer com que a jovem não deixe a escola em caso de gravidez.
A maior parte das gravidezes precoces, como aponta
o relatório anual Situação da População Mundial do Fundo de População das
Nações Unidas (Unfpa), organismo da Organização das Nações Unidas (ONU),
lançado esta semana, ocorrem entre populações vulneráveis. A estratégia do
ministério é atuar também com populações isoladas, como quilombolas, indígenas
e de ruas.
Outra ação da pasta é facilitar e ampliar o acesso a métodos
contraceptivos na rede pública e nas drogarias conveniadas do Programa Aqui Tem
Farmácia Popular. Atualmente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), as mulheres em
idade fértil podem escolher métodos contraceptivos como: preservativos,
anticoncepcional injetável mensal e trimestral, minipílula, pílula combinada,
diafragma e dispositivo intrauterino (DIU). Nos últimos cinco anos o SUS
distribuiu, em média, 500 milhões de unidades de preservativos masculinos.
Outra questão destacada pela coordenadora é que
parte dessas jovens sofreu algum tipo de abuso. O governo deve lançar, nos
próximos dias, uma cartilha de estratégias para combater a violência contra
crianças e adolescentes.
Para difundir a informação, também fora das
escolas, os jovens podem acessar pela internet as cadernetas de Saúde de
Adolescentes (masculina e feminina) e outros materiais voltados para educação
sexual. Eles podem também, no mesmo espaço, tirar dúvidas online.
"O Programa Mais Médicos trará benefícios
inegáveis"
Isto é
Entrevista - Claudio Lottenberg
O presidente do Hospital
Israelita Albert Einstein afirma que a iniciativa do governo federal ajudará
uma população que sofre, sem saber, de males como diabetes e hipertensão
O
desperdício de recursos, seja tempo, seja dinheiro ou tecnologia, está entre as
poucas coisas que realmente irritam o oftalmologista Claudio Lottenberg, 53
anos. Há 11 anos à frente do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo
-- considerado o melhor da América Latina --, ele é responsável por sua
expansão e pelas parcerias firmadas com o setor público. Desde 2008, por
exemplo, a instituição assumiu a gestão do hospital municipal Moysés Deutsch,
na zona sul paulistana. Lottenberg une a experiência de gestor privado e
público com a de médico para fazer diagnósticos da saúde brasileira. A princípio crítico do Programa Mais
Médicos, ele agora combate o radicalismo contra a iniciativa. "O
programa trará benefícios inegáveis em locais onde não havia ninguém. Mas é uma
medida compensatória", afirma. "Precisamos agora de medidas que
estruturem o sistema de saúde para conter a elevação dos custos e qualificar o
capital humano." Lottenberg concedeu esta entrevista logo após sua chegada
de uma viagem a Israel. Enquanto respondia às perguntas, fez a barba, tomou
chá, pediu uma pausa para trocar a camiseta branca por uma camisa azul-clara,
bem passada e ligeiramente folgada, checou o celular e ajustou a gravata para a
foto, tudo isso sem perder o fio da meada nem sequer por um segundo.
Bill Gates critica esforços para levar conexão a
países pobres
Jornal do Brasil
O fundador da Microsoft, Bill Gates, voltou a criticar os esforços de
empresas gigantes da tecnologia em fornecer internet aos mais pobres. Em uma
entrevista à Financial Times Magazine, Gates fez uma crítica velada a empresas
como Google e Facebook e seus projetos para conectar pessoas em vez de
incentivar esforços mais básicos à sobrevivência, como água potável e saúde.
"Veja esta vacina contra a malária, essa coisa
estranha em que eu estou pensando. O que é mais importante? Conectividade ou a
vacina da malária? Se você acha que é conectividade, isso é ótimo. Eu não
acho", afirmou. "Eu certamente adoro as coisas de TI. Mas quando nós
queremos melhorar a vida, você tem de lidar com as coisas mais básicas, como a
sobrevivência da criança, nutrição infantil", afirmou. A Fundação Bill
& Melinda Gates tem trabalhado na tentativa de livrar os países mais pobres
da malária.
Em agosto, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg,
lançou o projeto Internet.org em parceria com outras empresas de tecnologia
para levar conectividade a 5 bilhões de pessoas sem acesso atualmente à rede. O
Google também anunciou o Projeto Loon, para levar Wi-Fi gratuito através de
balões enviados à estratosfera.
À época, Gates já havia criticado a iniciativa do
Google. "Quando você está morrendo de malária, eu acho que você vai olhar
para cima e ver aquele balão, e eu não tenho certeza de como ele vai ajudá-lo.
Quando uma criança tem diarreia, não, não há nenhum site que alivie isso.
Certamente eu acredito muito na revolução digital. Conectar centros de cuidados
de saúde primários, conectar escolas, essas são coisas boas. Mas não, aquilo
que não é, para os países realmente de baixa renda, a menos que você diga que
vai realmente fazer algo sobre a malária", disse.
E a medicina alternativa?(Walcyr Carrasco)
Época
Por que ela não merece pesquisas na mesma quantidade e qualidade das
farmacêuticas?
O executivo se levanta, aciona o Powerpoint e mostra uma curva de
aumento de casos de um tipo de câncer. A plateia aplaude. Em seguida vem outro.
Expõe o crescimento do número de infectados pelo vírus HIV em alguma região.
Mais aplausos entusiasmados.
Estou
imaginando a reunião de avaliação de desempenho anual de algum grande
laboratório farmacêutico, desses que vendem desde analgésicos até drogas novas
e poderosas contra o câncer. O maior número de pacientes equivale a lucros. Os
executivos comemoram os bônus pela performance da empresa. É a casa nova, a
viagem com a família. E, bem... sem doentes, como sobreviveriam?
Sem os
laboratórios, sem pesquisas farmacêuticas, como sobreviveríamos, sem nem sequer
um analgésico contra gripe? Os remédios são necessários. As cobaias também. Por
isso silenciei durante o escândalo em torno da libertação dos cãezinhos num
laboratório em São Roque, São Paulo. Adoro cães, fiquei com o coração mexido
diante das imagens daqueles cachorrinhos tão lindos, usados para experiências.
Mas o estágio com animais é fundamental para chegar a experiências com seres
humanos. Hoje em dia, para um paciente com câncer agressivo, muitas vezes a
única esperança é tornar-se cobaia de um novo medicamento. No início da década
de 1990, um amigo soropositivo me comunicou, emocionado:
– Consegui entrar para uma pesquisa de um novo
remédio contra aids.
Sua
esperança era ser cobaia.
Remédios são
importantes.
Mas por que
as medicinas alternativas não merecem pesquisas na mesma quantidade e qualidade
das farmacêuticas? Não falo de loucuras. Na década de 1960, a macrobiótica
tornou-se um fenômeno. Prometia a cura de qualquer doença para quem seguisse
uma dieta de arroz integral (e só ele) dez dias seguidos. Muita gente foi parar
no hospital. Fala-se muito em acupuntura. Alguns convênios até cobrem o
tratamento. Já tive prova de que funciona. Há anos subi uma escadaria com mais
de 300 degraus em Barcelona. Coisas de meu ímpeto turista. Arrebentei algo na
perna esquerda. Andava mancando. Passei por vários médicos, fiz ressonância
magnética. Nada. O diagnóstico: uma lesão tão mínima que não aparecia.
Sem andar
direito, acabei no doutor Lu, em São Paulo, com formação em acupuntura na
China. Em um mês de sessões seguidas, passei a caminhar normalmente.
Tenho um
lado xamã urbano. Ultimamente ando bem interessado no trabalho da doutora Hulda
Clark, morta em 2009. Ela acreditava na criação de uma medicina
eletromagnética. Meu interesse começou há muitos anos, instigado por um
massagista que tinha uma máquina de cura por eletricidade. Era uma pequena
plataforma, onde se colocavam os pés. Sentia pequenos choques. Uma coceirinha.
Levei-a emprestada. Usei 15 dias seguidos. Uma micose de unha, no dedão,
desapareceu. Nunca mais voltou. Eu já tratara antes, com remédios agressivos
para o fígado. Mas voltara. Os choquinhos acabaram com ela, sou testemunha. A
doutora Hulda foi fundo nessa pesquisa. Escreveu alguns livros anunciando a
cura para todo tipo de câncer, que achei otimistas demais. Era contra o uso de
metais na boca, por ser cancerígenos. Apoiava os amálgamas.
Sua invenção
principal é o zapper. É um aparelhinho que funciona a pilha. A gente prende nos
pulsos e aperta um botão. Autoprogramado, o zapper nos envia mínimos impulsos
elétricos, para a manutenção da saúde cotidiana. Para casos graves, ela
propunha aparelhos mais sofisticados, com uma onda eletromagnética específica
para a doença.
Óbvio, ela
foi questionada pela Food and Drugs Administration (FDA), poderoso órgão que
cuida da saúde nos Estados Unidos. Em Tijuana, no México, montou um centro de
pesquisa e tratamento do câncer.
Do ponto de
vista do leigo, isso é medicina? Talvez não. Dos médicos tradicionais, menos
ainda. Mas vale a pena ter a mente aberta. Impulsos elétricos monitorados não
poderiam ser o ponto de partida de novos tratamentos? Assim como a acupuntura,
baseada nos fluxos energéticos do corpo?
É excitante
a possibilidade de uma nova medicina, com novos princípios, capaz até de
complementar a já existente. Mas não tenho conhecimento de grandes
investimentos aplicados em conhecimentos tradicionais ou de vanguarda.
Acupuntura ou correntes elétricas jamais darão o lucro que lançar um novo
medicamento proporciona. A grande questão continua sendo a grana.
NADA AZUL (Mônica Bergamo)
Folha de SP
A Sociedade
Brasileira de Urologia será homenageada hoje no Congresso Nacional pelas suas
ações de conscientização e orientação sobre o câncer de próstata, chamadas de
Novembro Azul. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que o número de
casos novos pode chegar a 60.180 por ano, superando o de mama (52.680). NADA AZUL 2 - Será criada uma Frente Parlamentar de Atenção
Integral à Saúde do Homem para discutir a assistência precária no SUS. Enquanto 16 milhões consultam o
ginecologista, apenas 2 milhões vão ao urologista. Nos próximos dias,
haverá campanha em estádios de futebol para conscientizar os homens.
A INCRÍVEL ENTREVISTA DE UM MINISTRO DO SUPREMO (Reinaldo
Azevedo)
Veja
Barroso confessa que anencéfalos
eram mero pretexto; ele quer é a liberação de qualquer aborto. Ou ainda: Quando
a causa é “progressista”, atropelar a Constituição, para ele, é um dever; já os
embargos infringentes…
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo
Tribunal Federal, concede uma entrevista gigantesca a Carolina Brígido e
Francisco Leali, do Globo. Está na edição online de sábado. Suponho que haja
uma versão na impressa deste domingo. E ponham “gigantesca” nisso: mais de 25
mil toques! Se, um dia, o papa Francisco decidir dar um pingue-pongue ao
jornal, será maior do que a Enciclopédia Britânica. Questão de proporção,
certo? Barroso faz uma confissão
espantosa: ao patrocinar a causa do aborto de anencéfalos, tinha outra coisa em
mente: a defesa de qualquer aborto. À época, apontei isso aqui. Disseram
que eu delirava e que minha oposição ao aborto retirava a minha objetividade.
Ao argumentar, cita como exemplo positivo uma farsa grotesca ocorrida nos EUA
em 1973. Não é só isso, não. Como vocês poderão notar, o doutor acha legítimo
deixar pra lá a Constituição e as leis quando ele concorda com as demandas.
Bem, vamos lá. Registro trechos de perguntas e respostas em vermelho e comento
em azul. Embora a entrevista seja o chamado “pingue-pongue”, o que se lê é
“pingue-pingue”. Então eu me encarrego dos “pongues”, entenderam?
Enviado do papa Francisco conversa com mulheres que
abortaram (Felipe Patury)
Época
O papa Francisco despachou ao Brasil o presidente
do Pontifício Conselho para a Família, Dom Vincenzo Paglia. Nesta semana, ele
visitará grupos de apoio a mulheres que abortaram.
Skaf: cosméticos e higiene abolirão testes com
animais
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, trabalha para
aprovar um projeto de lei que proíbe testes científicos com animais. No dia 8,
as indústrias de cosméticos e de higiene e limpeza patrocinarão um projeto de
lei banindo esses testes no Brasil e se comprometerão a deixar de usá-los
imediatamente. Candidato a governador pelo PMDB, Skaf não está surfando na onda
provocada pelo rapto dos beagles usados no Instituto Royal, em São Paulo. Skaf
é uma aficcionado por cães. Mantém cinco em casa. “Esse é um assunto que me
emociona. Sou ‘cachorreiro’”, diz ele.
Cor da luta (Ricardo Boechat)
Isto é
Para lembrar
o Dia Nacional de Combate ao Câncer
Infanto-Juvenil, prédios e monumentos públicos ganharão iluminação especial
em 23 de novembro. O amarelo
dourado, que cobrirá o Palácio do Planalto e o Hospital da Criança em Brasília,
também será visto em outros Estados.
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