CLIPPING - 04/set./2013
Mães orientadas, filhos protegidos
Correio
Braziliense
Pesquisa realizada por
estudante de medicina brasileira em congresso internacional comprova a eficácia
do aconselhamento médico para reduzir a transmissão vertical do HTLV. O vírus
está associado a males como leucemia e doenças neurológicas. Ao lado da cesariana, a amamentação com leite
em pó é uma das medidas que ajudam a prevenir a transmissão do HTLV de mãe para
filho.
Um
grupo de alunos mineiros participou, em Montreal, no Canadá, da 16ª Conferência Internacional de
Retrovirologia Humana. Lá, apresentaram cinco trabalhos científicos, dos
quais se destacou o de Mariana Amaranto, estudante do 5º ano de medicina da
Faculdade de Saúde e Ecologia Humana Vespasiano (Faseh), em Belo Horizonte. Ela
propôs verificar a eficácia do aconselhamento dado a mulheres portadoras do vírus HTLV-1, que incluiu as recomendações para não amamentar e, preferencialmente,
realizar o parto por cesariana. "Minha pesquisa é um braço de várias
outras que esse grupo desenvolve. Ela constatou a eficácia do aconselhamento
para a não transmissão do vírus (à criança)", diz Amaranto. O resultado,
segundo a estudante, favorece a argumentação para que seja realizada a pesquisa
laboratorial do HTLV no pré-natal e para que seja oferecido pelo governo o
leite em pó para filhos de mães soropositivas. Em
média, 10% dos indivíduos infectados com o micro-organismo desenvolvem sintomas
como leucemia e linfomas de células T, paraparesia espástica tropical e uveíte,
entre outros. "A transmissão ocorre por via parenteral, sexual e
vertical. Minha pesquisa se relaciona à prevenção da transmissão do vírus por
meio da atuação na via vertical. O aconselhamento de mães soropositivas inclui
evitar o aleitamento materno e o parto natural." A infecção pelo HTLV é endêmica no Brasil e considerada uma doença
negligenciada, com poucas verbas para tratamento e pesquisa. "Temos a
sorte de, em Minas Gerais, contar com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e da Fundação Hemominas para essas
pesquisas, bem como contar com os alunos da Faseh, da Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz) e da UFMG, que contribuem para o avanço dos estudos. Com os
resultados apresentados, a Prefeitura de Belo Horizonte acaba de incluir os
testes para HTLV no pré-natal, pois essa virose pode ser transmitida de mãe
para filho por meio do aleitamento materno. Isso é muito importante, porque,
atualmente, a transmissão ocorre silenciosamente, sem que as pessoas
saibam."
Segundo filho: quando é a hora de engravidar novamente?
O
estado de Minas
Quando ter o segundo
filho? As dúvidas para os pais são muitas. Entre as principais estão a
distância de tempo ideal entre um filho e outro e como agir com relação ao
ciúme do primogênito.
Alguns pais decidem adiar a segunda gravidez
para curtir os primeiros anos do primeiro bebê e prestar mais atenção ao
crescimento dele. Segundo a coordenadora da Saúde da Mulher do Ministério da
Saúde, Esther Vilela, o ideal é esperar de dois a três anos e meio para se ter
o segundo filho. A médica explica que o
tempo ajuda na recuperação da mãe e no aproveitamento da segunda gravidez.
"Porque o primeiro ano de vida então é quase uma exclusividade de atenção
e de cuidado. Então é importante preservar esse um ano, um ano e meio sem
pensar em uma nova gravidez. E para ela também recuperar sua energia, que é um
desgaste grande", destaca. Uma
preocupação comum entre os pais é o ciúme em relação aos filhos. Normalmente a
criança mais velha sente que perdeu o trono, o prestígio dentro de casa. A
obstetra do Grupo Hospitalar Conceição (Rio Grande do Sul), Sandra Canali
Ferreira, explica que o primeiro filho pode apresentar comportamentos que já
haviam sido superados. "Ele sofre
um pouco e estressa um pouco a família. Muitas vezes ele volta a chupar bico, a
fazer xixi na cama", comenta a médica. A psicóloga do Hospital Federal
de Bonsucesso, no Rio de Janeiro, Eloisa Zen, orienta os pais destacando que a
melhor forma de administrar essa situação é mostrar ao primeiro filho que o
lugar dele ainda está ali e que não será ocupado pelo irmão. Para a psicóloga é
importante falar que ele é único no coração dos pais, que ele foi o primeiro e
que foi muito desejado. Além disso, é importante lembrá-lo de que o irmãozinho
vai ser o seu companheiro no dia a dia, seja nas brincadeiras, indo e voltando
da escola e também em outras atividades. Esther
Vilela lembra ainda que não existe uma regra determinando a distância entre a
primeira e a segunda gravidez. Ela destaca que no caso das mulheres com mais de
40 anos é preciso seguir o período de fertilidade do corpo, e que para este
caso não vale a espera de dois anos e meio a três anos entre um filho e outro.
A médica frisa que depois dos 40 anos a gravidez será de risco na maioria dos
casos. O Ministério da Saúde, por
meio da Rede Cegonha, fornece o acompanhamento médico gratuito desde o
pré-natal ao pós-parto. Dessa forma, são realizados exames iniciais da
gestação, visitas às maternidades e qualificação do atendimento às futuras
mamães.
Dilma nega que Bolsa Família estimule procriação de famílias
pobres
Isto
é
A
presidente Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira, em sua coluna semanal Conversa com a Presidenta, o programa
Bolsa Família, do governo federal. Questionada por uma jornalista de Sorocaba
(SP), que afirmava que o programa estimulava o aumento da procriação entre as
famílias mais pobres, Dilma rechaçou esta hipótese, declarando que "o que tem acontecido é exatamente o
contrário em nosso País". "A taxa de fecundidade caiu em todo o
Brasil e recuou ainda mais entre a população de baixa renda, especialmente do
Norte e Nordeste, onde há mais pessoas recebendo o benefício do Bolsa
Família", respondeu Dilma, rebatendo a afirmação da jornalista. Segundo a
presidente, o Bolsa Família contribui para a melhora de uma série de
indicadores que influem na queda da taxa de fecundidade da população. "Pelas estatísticas, o número médio de
filhos tende a cair com o aumento de renda, educação e inclusão social,
aspectos reforçados pelo programa", argumentou.
Alerta para esmaltes e unhas postiças em enfermeiras
O
Globo
Após pesquisa sobre
infeções bacterianas, profissionais de saúde têm sido aconselhadas a manter
unhas curtas e limpas no Reino Unido
Enfermeiras
têm sido aconselhadas a tomar cuidado com unhas postiças e esmaltes no Reino
Unido depois de uma pesquisa do Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em
inglês) sugerir que o controle de infecção estava sendo posto em risco. As
diretrizes do órgão afirmam que as unhas deveriam ser curtas e sem esmalte. Mas uma
pesquisa on-line com cerca de 500 estudantes de enfermagem mostrou que 60%
tinham unhas postiças ou pintadas. Segundo o Royal College of Nursing (RCN), os
resultados são "preocupantes". - As unhas devem ser curtas e sem
esmalte. Unhas falsas não devem ser usadas - ressaltou, em entrevista à BBC,
Tom Sandford, do RCN. - Esmalte e unhas postiças abrigam bactérias e são um
risco para a saúde dos pacientes. As organizações de saúde devem apoiar as
políticas locais sobre uniformes e suas implicações para o controle de
infecção. Segundo um documento divulgado
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Organização Mundial
de Saúde (OMS), é vedado o uso de unhas artificiais quando em contato direto
com o paciente. Ele também diz para se manter "as unhas naturais e
curtas", com pontas menores do que 0,5 centímetros de comprimento.
Agência da ONU realiza debate em Curitiba sobre impacto de leis
brasileiras em casos de aids no país
ONU
Notícias
O
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em conjunto com a
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Paraná e o Grupo Esperança, realizou em
Curitiba o debate “Diálogos sobre HIV e
o Direito: Acesso à Justiça”. O objetivo foi discutir o impacto das leis e
práticas do Direito na epidemia de HIV/AIDS no Brasil. O encontro focou em três pontos: o estigma e a discriminação em razão
do estado de saúde, da orientação sexual, da identidade de gênero, da ocupação,
da violência baseada em gênero, dentre outros tipos de violência; a
judicialização das demandas relacionadas ao viver com HIV/AIDS; e a atuação de
assessorias jurídicas para a garantia do acesso à justiça. O representante
residente adjunto do PNUD, Arnaud Peral, destacou na abertura do evento os
avanços da legislação brasileira e os obstáculos que ainda devem ser
transpassados para atingir plenamente os Objetivos
de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Outros pontos ressaltados foram o
combate ao abuso sexual de crianças que acabam contraindo o HIV, a falta de
acesso à saúde sexual, a garantia dos direitos humanos no sistema prisional e o
preconceito no ambiente de trabalho.O PNUD promoveu o encontro para debater o
relatório da Comissão Global sobre o HIV e Direito, lançado em julho desse ano.
O documento mostra como os governos de
todas as regiões do mundo desperdiçam o potencial dos sistemas jurídicos na
luta contra o HIV e conclui que as leis baseadas em evidências e nos direitos
humanos fortalecem a resposta global à AIDS. Os próximos “Diálogos sobre
HIV e o Direito” serão realizados em Porto Alegre e São Paulo, além de um
encontro nacional a ser realizado no Rio de Janeiro em novembro. O evento em
Curitiba também contou com o lançamento da campanha “Mulheres e Direitos”, uma parceria entre o Programa Conjunto das
Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), União Europeia, Fundo de População das
Nações Unidas (UNFPA) e ONU Mulheres. A campanha também conta com o apoio do
PNUD.
Muitos casos de homofobia não chegam ao Judiciário, diz
defensora pública
Agência
Brasil
A coordenadora do
Núcleo da Defesa da Diversidade Sexual e dos Direitos Homoafetivos
(Nudiversis) da Defensoria Pública do
Estado do Rio de Janeiro, Luciana Mota, disse (3) que o Judiciário está
preparado para atuar nos casos de homofobia. O que ocorre, segundo ela, é que
muitos deles não chegam à Justiça.
“Muitas
pessoas não têm conhecimento dos seus direitos. Muitas têm vergonha de
denunciar, porque se sentem humilhadas com aquela situação”, disse Luciana. Ela
alertou também que há casos em que o agredido não tem como provar a violação,
porque “quando a pessoa vai ofender alguém, dificilmente o faz na presença de
testemunha”. Com isso, a vítima acaba perdendo a ação por falta de provas. “É
um problema que a gente tem [na Defensoria Pública]”, disse. Há ainda casos em
que o homossexual agredido se sente inibido para fazer uma denúncia de agressão
por medo de represália. “O homossexual é
vulnerável por natureza. Ele vive em uma sociedade que o oprime, que é
preconceituosa. Ele já se sente, de alguma forma, constrangido, porque sabe que
vai sair na rua e vai ouvir piadinha, vai sofrer agressão e vai ser ofendido.
Por isso, fica sem coragem de denunciar”, diz Luciana. Segundo Luciana
Mota, é preciso mudar a mentalidade da sociedade. As pessoas têm que ser
orientadas sobre as consequências de uma conduta homofóbica. “Se praticar
homofobia, vai receber uma punição”. Do mesmo modo, ela diz que o homossexual,
sofrendo discriminação, deve ser orientado da importância de levar isso às
autoridades competentes. A defensora pública defendeu o aumento de políticas
públicas do estado para divulgar os direitos da população LGBT (lésbicas, gays,
bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) e, do lado do Judiciário,
que as leis sejam aplicadas com rigor para que o cidadão que pratica crime de
homofobia seja punido e sirva de exemplo para os demais, para que não venham a
ter a mesma conduta. A defensora pública
reiterou que o problema da intolerância está vinculado de forma direta à
educação.
Amigos no Facebook podem induzir a comportamentos de risco
AFP
Adolescentes
que veem em redes sociais na internet, como Facebook e Myspace, fotos de amigos fumando e consumindo álcool são
mais propensos a fumar e beber também, concluiu um estudo publicado esta
terça-feira nos Estados Unidos. "Nosso estudo mostra que os adolescentes
podem ser influenciados a fumar ou consumir álcool pelas imagens de seus amigos
online", disse Thomas Valente, da Universidade do Sul da Califórnia,
principal autor do estudo. "Até
onde sabemos, este é o primeiro estudo que aplica métodos de análise das redes
sociais para examinar como as atividades dos adolescentes nesses ambientes
influenciam seu consumo de tabaco e álcool", acrescentou. Valente e
sua equipe tiraram essas conclusões de uma consulta feita com 1.563 no condado
de Los Angeles. Os cientistas observaram
que o tamanho da própria rede virtual de amigos não é um fator importante
associado a comportamentos de risco, mas estas estavam relacionadas com a
exibição de fotos online de amigos em festas ou bebendo.
Acusado de mutilar 15 mulheres deixa Mais Médicos
Correio
Braziliense
O
Ministério da Saúde decidiu desligar o médico e ex-deputado federal Carlos
Jorge Cury Masilla, de 56 anos, do Programa Mais Médicos. O afastamento ocorreu
um dia depois de o Correio revelar que o profissional, destacado para trabalhar
em Águas Lindas (GO), é acusado de mutilar
e causar lesões em pelo menos 15 mulheres em Manaus. Ele também é suspeito da
morte de duas pacientes. Após consulta ao Conselho Federal de Medicina, o
governo federal invalidou a inscrição de Cury. Além de ser acusado de
mutilar e causar lesões corporais em pelo menos 15 mulheres de Manaus, o médico
Carlos Jorge Cury Masilla é suspeito de ser o responsável pela morte de duas
pacientes. A denúncia foi levada ao Ministério Publico Federal (MPF) e tramita
em sigilo. As mulheres, que afirmam ter sido lesadas por Cury, entregaram uma
representação coletiva ao MPF em fevereiro deste ano. No documento, afirmam que
os erros cometidos pelo médico resultaram na morte de Laureci Fuzari e Maria
Alteniza de Lima Salles.
A velhice é branca (Ancelmo Gois)
Na mesa
da socióloga Eleonora Menicucci, ministra da Secretaria de Políticas para as
Mulheres, está um estudo que mostra que o rosto da velhice no Brasil é,
majoritariamente, o de uma mulher branca.
A população feminina brasileira é formada por
50% de negras, 49% de brancas e 1% de indígenas e amarelas.
Só que... A partir dos 60 anos de idade, esse quadro se
inverte: 57% das idosas são brancas.
Jovem que sobreviveu a ataque talibã inaugura biblioteca
Redação
Lux
Malala
Yousafzai, a jovem paquistanesa que sobreviveu a um ataque talibã em outubro do
ano passado, inaugurou uma nova biblioteca em Birmingham, no Reino Unido. Com
apenas 16 anos, a adolescente tem aqui a sua grande oportunidade para voltar a
afirmar que os livros são a melhor arma para derrotar o terrorismo e lutar pelo
direito à educação. “Lembrem-se sempre
que mesmo um livro, uma caneta, uma criança e um professor podem mudar o mundo”,
afirmou Malala durante a inauguração daquela que é apresentada como a maior
biblioteca da Europa. Recorde-se que a estudante foi gravemente ferida na
cabeça em outubro do ano passado, depois de ter defendido em público o direito
das mulheres à educação. Recentemente, foi convidada por uma editora para
publicar a sua história.
Com sete anos de existência, Natex produz 100 milhões de
preservativos por ano
AC
24Horas
A fábrica de
preservativos completa sete anos de existência, e segundo o governo do Estado,
conta com 179 funcionários e 700 famílias que vendem látex nativo para sua
produção. Atualmente, a Natex produz 20% de todas as camisinhas masculinhas
distribuídas pelo governo federal.
O
governador Sebastião Viana (PT) visitou a fábrica, em Xapuri, e disse que seu
sonho é repassar a Natex para ser administrada por funcionários. Se dependesse
de mim, vocês já seriam donos disso aqui. Eu sonho com o dia que a Natex vai
pertencer aos seus funcionários. Por isso não pensem que vocês são apenas
funcionários que trabalham para receber os seus salários. Pensem grande"
disse. A Natex produz 100 milhões de
unidades por ano e o Ministério da Saúde é o único comprador de toda sua
produção, num contrato de R$ 10 milhões anuais. O ministro da Saúde
Alexandre Padilha garantiu o contrato de renovação já estava pronto, garantindo
mais um ano de trabalho e recursos para a empresa. A fábrica também é a segunda maior empregadora
de Xapuri, com vários departamentos técnicos, inclusive um laboratório, tudo
certificado com a ISO 9001. Dos 179 empregados, 98% são de Xapuri mesmo.
FRASE
"Não
há médicos em número suficiente no Brasil para o atendimento básico à
população. As desistências revelam um drama que municípios e Estados vivem
quando precisam preencher uma vaga após um concurso público.” Alexandre
Padilha, ministro da saúde.
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