Silas Malafaia e a Teologia da Estupidez
Silas Malafaia y la Teología de la Estupidez
Por Alyson Freire
Da Carta Potiguar
Silas Malafaia e a Teologia da Estupidez: Homossexuais e Bandidos?
Silas Malafaia y la Teología de la estupidez: Homosexuales y Bandidos?
Alyson Freire
Não há surpresas ou novidades quando o pastor
Silas Malafaia fala. Cada vez em que é entrevistado ou empresta sua voz
para algum programa de natureza política ou religiosa, assistimos e
ouvimos o mesmo desfile de preconceitos, inverdades e sofismas. Bem
sabemos que os disparates e infâmias habituais de sua retórica convicta
e fundamentalista enojam e irritam. Entretanto, convém não perder a
capacidade, e a paciência, de nos chocarmos e nem “acomodar com o que
incomoda”, como diz a letra de uma bela canção.
E
por que não devemos nos calar ou tão simplesmente dar de ombros,
ignorar a ignorância? Porque o silêncio nos torna cúmplices da
ignorância. Aliás, se é verdadeiro que em certas circunstâncias o
silêncio pode ser mais eloquente do que a palavra, em outras o silêncio
é o adubo fértil para o crescimento da ignorância e da barbárie. Por
isso, cabe não calar. Falar a verdade ao poder e criticar os
preconceitos é combater incansavelmente contra o silêncio que
naturaliza ambos.
Voltemos,
pois, a Malafaia, este paladino e missionário do ódio. Coube a
jornalista Marília Gabriela a hercúlea tarefa de suportar o discurso de
Malafaia, entrevistando-o em seu programa “De Frente com Gabi”. E se a
jornalista por vezes se exaltou com as afirmações do pastor ou por este
a atropelá-la em suas perguntas e raciocínios, penso que ela aguentou
em nome de um compromisso com a verdade e com a sensatez; afinal, a
mentira para ser desmascarada deve ser antes exposta.
O
que disse o pastor desta vez? Num exemplo cristalino de homofobia
cordial, disse que amava os homossexuais da mesma forma como ama os
bandidos: “Eu amo os homossexuais como amo os bandidos”. Este amor
misericordioso que Malafaia afirma cultivar não passa de um ardil
ideológico que finge aceitar e acolher mas apenas para tentar
“corrigir”, “reorientar”, “ajustar”. Em outras palavras, domesticar e
“curar” a homossexualidade segundo os “meus valores” e “minha verdade”.
Não creio que os homossexuais precisem deste amor denegador da
liberdade e da autonomia individual. O amor de Malafaia é um amor
tutelar, de correção moral e interesseiro.
A
correlação valorativa entre “homossexuais” e “bandidos” é odiosa. Ela
objetiva reforçar o vínculo entre homossexualidade e desvio,
sustentando, sorrateiramente, a ideia de que a homossexualidade assim
como o fenômeno da delinquência atenta e prejudica a sociedade. Em
outros termos, a analogia diz o seguinte: os bandidos existem, são um
fato social, mas precisamos mudá-los, puni-los e “ressocializá-los”
para que não lesem a sociedade. Sem afirmar diretamente, Malafaia pensa
o mesmo sobre os homossexuais; eles são um fato social, existem, mas
precisamos corrigi-los para que não lesem à família, os bons costumes,
etc..
A
piedade e a compreensão amorosa do pastor são, com efeito, estratégias
retóricas para a normalização pastoral e sexual. Nesse ponto, Malafaia
se serve abundantemente de preconceitos e concepções de gênero, família
e sexualidade que não se sustentam, nem do ponto de vista do
conhecimento científico nem socialmente – haja vista todas as
transformações culturais, sociais e jurídicas das últimas décadas.
Tentando
atenuar os aspectos mais, digamos, etnocêntricos e interessados de suas
opiniões, o pastor recorre a ciência em vez da religião pura e
simplesmente; refugia-se em argumentos pseudo-científicos e pesquisas
que nunca cita a fonte, Malafaia busca, com isso, preencher de
autoridade, poder de verdade e neutralidade os seus preconceitos e sua
intolerância. À bem da verdade, Malafaia achincalha a ciência – mais
uma razão para não nos calarmos.
Quando
prenuncia, num claro julgamento moral e especulativo, que a formação de
famílias homoparentais ou a criação de filhos por casais homossexuais
terá consequências sociais e psicológicas nefastas e nocivas, Malafaia
esquece que, segundo Freud, a família independentemente das orientações
sexuais do casal é a origem e o palco da maior parte dos problemas
emocionais e psíquicos por conta dos conflitos subjetivos que envolvem
a constituição do eu nas relações e identificações familiares. Aliás, a
grande maioria das psicoses estudadas por Freud era produto das
dinâmicas emocionais, repressivas e traumáticas da família vitoriana.
O
artigo “Desconstruindo preconceitos sobre a homoparentalidade” dos
psicólogos Jorge Gato e Anne Maria Fontaine cita diversos estudos
psiquiátricos, psicológicos, sociológicos e antropológicos que
desmentem as pré-noções estigmatizantes de que a criança em famílias
homoparentais sofreria danos em seu desenvolvimento psicológico. Todos
os estudos mencionados pelos autores foram unânimes na constatação da
não-existência de uma excepcionalidade ou de diferenças substanciais
que tornem a homoparentalidade especialmente danosa para o
desenvolvimento emocional, cognitivo e sexual da criança em comparação
às famílias heteroparentais. Inclusive, em algumas casos, de mães
lésbicas, por exemplo, estudiosos verificaram um ambiente familiar no
qual as crianças sentiam-se mais a vontade, livres e confiantes em
discutir temáticas de caráter emocional e sexual, ocasionando um efeito
positivo no desempenho escolar.
Em
contrapartida, as dificuldades das crianças criadas em famílias
homoparentais aparecem exatamente no plano das relações sociais, ou
seja, obstáculos na aceitação e reconhecimento social por conta de
contextos sociais discriminatórios como a escola. Mas, ainda assim, os
estudos mostraram variações importantes nesse ponto a depender do país
e região.
O
que podemos concluir com os resultados das pesquisas científicas é que
os problemas que estas crianças enfrentarão no futuro se devem
precisamente de pessoas como Malafaia. Quer dizer, do preconceito, da
intolerância e da ignorância que Malafaia pratica, semeia e propaga.
Portanto,
o que atrapalha e lese o desenvolvimento psicológico e social é o
preconceito e a intolerância, os quais Malafaia transforma em bandeira.
As religiões se tornam nocivas à humanidade quando são eivadas de ódio
e ignorância por profetas fundamentalistas e intolerantes que alimentam
incompreensões.
Por
mais que canse, devemos continuar a combater e criticar os absurdos
odiosos do pastor Malafaia, pois ele, por sua retórica e status, goza
de um poder de interferência na vida social capaz de favorecer
violências simbólicas e físicas contra grupos e minorias sexuais que já
tem de enfrentar práticas homofóbicas em seu cotidiano. Se não
quisermos cair presas da retórica do preconceito e sua violência
simbólica, devemos sempre exercitar a crítica pública. É com ela que
podemos cultivar uma cultura de direitos humanos e de reconhecimento
capaz de transformar uma esfera pública refratária ao debate racional
dos direitos e das violências sofridas por minorias e grupos
vulneráveis em uma esfera pública refratária a estupidez, a barbárie e
ao preconceito. Para essa transformação ocorrer, então, é preciso
jamais se cansar de se contrapor ao preconceito.
No
hay sorpresas o innovaciones cuando el pastor Silas Malafaia del habla.
Cada vez que es entrevistado o presta su voz a un programa de carácter
político o religioso, visto y oído el mismo desfile de prejuicios,
falsedades y falacias. Sabemos que las tonterías de costumbre y
infamias de su retórica y disgusto fundamentalista convencido y
molestar. Sin embargo, no debemos perder la habilidad y la paciencia,
para ser sorprendido y no "acomodar lo que molesta", como la letra de
una hermosa canción.
¿Y
por qué no hemos de ser silencioso o simplemente encogerse de hombros,
hacer caso omiso de la ignorancia? ¿Por qué el silencio nos hace
cómplices de la ignorancia. En efecto, si bien es cierto que, en
determinadas circunstancias, el silencio puede ser más elocuente que
las palabras, en silencio otro fertilizante es fértil para el
crecimiento de la ignorancia y la barbarie. Por lo tanto, no es
silenciosa. Hablando la verdad al poder y criticar los prejuicios es
luchar sin descanso contra el silencio que naturaliza ambos.
Volvamos,
pues, a Malafaia, campeón este misionero y de odio. Cayó al periodista
Marilia Gabriela la hercúlea tarea de apoyar Malafaia discurso, lo
entrevistó en su programa "Frente a Gabi." Y si el periodista es a
veces exaltado con las declaraciones de este pastor o de atropellarla
en sus preguntas y razonamientos, creo que tuvo que soportar en nombre
de un compromiso con la verdad y la cordura, después de todo, se
encuentra a ser desmentido más bien deben ser expuestos.
Lo
que el pastor dijo esta vez? En un ejemplo cristalino de cordial
homofobia, dijo que le encantaba homosexuales de la misma manera como
él ama a los bandidos: ". Me encantan los homosexuales amor como
bandidos" Este amor misericordioso que Malafaia dice la agricultura no
es más que un ardid ideológico fingiendo aceptar y dar la bienvenida,
pero sólo para tratar de "arreglar", "dirigir", "set". En otras
palabras, mansos y "curar" la homosexualidad "de acuerdo con mis
valores" y "mi verdad". Yo no creo que los homosexuales necesitan
denegador este amor a la libertad y la autonomía individual. El amor es
un amor de Malafaia tutelar corrección moral y egoísta.
La
correlación entre la evaluación "bandidos", "homosexuales" y es odioso.
Su objetivo es fortalecer el vínculo entre la homosexualidad y la
diversión, tenencia, subrepticiamente, la idea de que la
homosexualidad, así como el fenómeno de la delincuencia atenta y daña a
la sociedad. En otras palabras, la analogía dice lo siguiente: los
malos son, son un hecho social, pero tenemos que cambiar, y castigarlos
"ressocializá ellos" no socavar la sociedad. Sin directamente
indicando, Malafaia piensa lo mismo acerca de los homosexuales, son un
hecho social, existe, pero tenemos que arreglar para que no vayan en
detrimento de la familia, la moralidad, etc ..
La
compasión y la comprensión amorosa Shepherd son de hecho estrategias
retóricas para la estandarización y pastoral sexual. En este punto,
Malafaia sirve un montón de prejuicios y concepciones de género, la
familia y la sexualidad que no se sostienen, ya sea desde el punto de
vista del conocimiento científico o social - teniendo en cuenta todas
las décadas culturales, sociales y legales en.
Tratando
de mitigar al máximo, por ejemplo, etnocéntrico e interesado en sus
opiniones, el pastor usa la ciencia en lugar de la religión pura y
simple; refugio en argumentos pseudocientíficos y de la investigación
que nunca se menciona la fuente, la búsqueda Malafaia así completa
autoridad, el poder de la verdad y la neutralidad de los prejuicios y
la intolerancia. Sin duda, Malafaia achincalha ciencia - no una razón
más para guardar silencio.
Cuando
se presagia, un claro juicio moral y especulativa, que la formación de
familias homoparentales o crianza de los hijos por parte de parejas
homosexuales tendrá adversas consecuencias sociales y psicológicas
perjudiciales y Malafaia olvidar que, según Freud, la familia,
independientemente de la orientación sexual de la pareja es origen y el
estado de los problemas más emocionales y psicológicos a causa de los
conflictos relacionados con la constitución subjetiva del yo en las
relaciones e identificaciones familiares. De hecho, la gran mayoría de
las psicosis estudiados por Freud era un producto de la dinámica
emocional, familiar victoriana traumático y represivo.
El
artículo "La deconstrucción de prejuicios homoparenthood sobre" el
psicólogo Jorge Gato y Mary Anne Fontaine cita varios estudios estudios
psiquiátricos, psicológicos, sociológicos y antropológicos que
contradicen las nociones pre-estigmatizantes que los niños de familias
homoparentales sufran daños en su desarrollo psicológico. Todos los
estudios mencionados por los autores fueron unánimes en la búsqueda de
la no existencia de una diferencia sustancial o excepcionales que hacen
homoparenthood especialmente perjudiciales para el desarrollo
emocional, cognitivo y sexual de los niños en comparación con
heteroparentais familias. Incluso, en algunos casos, de las madres
lesbianas, por ejemplo, los investigadores han encontrado un hogar en
el que los niños se sentían más cómodos, libres y confiados en la
discusión de temas de carácter sexual y emocional, causando un efecto
positivo en el rendimiento escolar.
Por
el contrario, las dificultades de los niños criados en familias
homoparentales parecen exactamente en términos de las relaciones
sociales, es decir, el reconocimiento de los obstáculos y la aceptación
social por discriminación contextos sociales como la escuela. Pero aún
así, los estudios mostraron variaciones significativas en este punto,
según el país y la región.
¿Qué
podemos concluir de los resultados de la investigación científica es
que los problemas que estos niños se enfrentan en el futuro si las
personas son tan Malafaia. Quiero decir, los prejuicios, la
intolerancia y la ignorancia que la práctica Malafaia, las semillas y
se propaga.
Entonces,
¿qué impide y perjudicar el desarrollo psicológico y social es el
prejuicio y la intolerancia, que se convierte en bandera Malafaia.
Religiones resultar nocivas para la humanidad cuando se ven acosados
por la ignorancia y el odio y la intolerancia profetas fundamentalistas
que los malentendidos de combustible.
Por
más cansado, hay que seguir luchando y criticar los absurdos de
Malafaia pastor odioso porque él, por su retórica y el estado, goza de
una facultad de intervenir en la vida social puede promover la
violencia física y simbólica contra las minorías sexuales y grupos ya
debe enfrentarse a las prácticas homofóbicas en sus vidas diarias. Si
usted no quiere caer en la retórica de los prejuicios y la violencia
simbólica, siempre debemos ejercer la crítica pública. Es con ella que
podemos cultivar una cultura de los derechos humanos y el
reconocimiento puede transformar un espacio público refractarios al
debate racional de los derechos y la violencia que sufren las minorías
y los grupos vulnerables en la esfera pública estupidez refractario, la
barbarie y el prejuicio. Para esta transformación se produce, entonces
usted nunca debe cansarse de la lucha contra los prejuicios.
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