CLIPPING - 26/nov./2012
ANIVERSÁRIO DE 47 ANOS BEMFAM
SUS atende 2,5 vezes mais mulheres vítimas de violência do que
homens - A
violência contra mulheres no Brasil causou aos cofres públicos, em 2011, um
gasto de R$ 5,3 milhões somente com internações. O dado foi calculado pelo
Ministério da Saúde a pedido da Agência Brasil. Foram 5.496 mulheres internadas
no Sistema Único de Saúde (SUS), no ano passado, em decorrência de agressões. Além
das vítimas internadas, 37,8 mil mulheres, entre 20 e 59 anos, precisaram de
atendimento no SUS por terem sido vítimas de algum tipo de violência. O número
é quase 2,5 vezes maior do que o de homens na mesma faixa etária que foram
atendidos por esse motivo, conforme dados do Sistema de Informações de Agravos
de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde. A socióloga Wânia Pasinato,
pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo
(USP), destaca que além dos custos financeiros, há “enormes prejuízos sociais” gerados pela violência contra a mulher.
Ela citou estudos que indicam, por exemplo, que homens que presenciaram cenas
de violência doméstica durante a infância tendem a reproduzir, com mais
frequência, características de dominação e agressividade em suas relações
afetuosas. “Os danos para a sociedade são enormes, com perdas em diversas
esferas. Além de impactar a forma como os filhos dessas relações vão constituir
suas próprias relações no futuro, as mulheres vítimas de violência deixam de
produzir e de se desenvolver como poderiam no mercado de trabalho”, explicou,
acrescentando que também é comum que as vítimas incorporem a violência e a
agressividade em seus relacionamentos e nas formas de comunicação.
Ampliar
rede de atendimento às vítimas de violência doméstica é o atual desafio, diz
ministra - Seis anos depois da implementação da Lei Maria da Penha, que endureceu as penas para os agressores das
mulheres, o principal desafio nas políticas de combate à violência doméstica é
a ampliação da rede de atendimento às vítimas, que inclui delegacias
especializadas, centros de referência, casas-abrigo, entre outros. A avaliação
é da ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência
da República (SPM), Eleonora Menicucci. Segundo ela, o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, comemorado (25),
é uma data para se reafirmar o
enfrentamento do que chamou de “lamentável tragédia brasileira e mundial”. “Acredito
que [o principal desafio] é consolidar e expandir essa rede. As delegacias
especializadas, por exemplo, somam 375, que é muito pouco para o tamanho do
Brasil”, disse a ministra, acrescentando que, além de poucas, essas unidades
são mal distribuídas no país. Somente o estado de São Paulo concentra um terço
(125) de todas as delegacias especializadas de atendimento à mulher. Eleonora Menicucci informou que, para
expandir a rede, o governo está renovando um pacto com os estados, que prevê a
implementação de medidas de proteção à mulher até 2016, como a criação de
unidades de saúde para vítimas de violência sexual e ampliação do número de
órgãos do Judiciário que atuam com o tema, a exemplo de juizados especiais. Das
27 unidades da Federação, já renovaram o pacto o Distrito Federal, Amazonas,
Espírito Santo e a Paraíba. Neste ano, a SPM investiu cerca de R$ 30 milhões no
enfrentamento à violência doméstica contra a mulher.
TV Brasil exibirá especial sobre violência contra a mulher - A violência contra a
mulher, as histórias de quem já sofreu com isso e os desafios para a
erradicação desse mal são os temas de uma série especial de reportagens exibida
a partir de hoje (26) na TV Brasil. Com três episódios, a série
será veiculada no programa Repórter
Brasil Noite, às 21h, e marca o Dia Internacional da Não Violência contra a
Mulher, comemorado (25). No primeiro episódio, serão apresentadas histórias
de mulheres que sofreram violência doméstica e hoje estão nos mais de 70
abrigos do país. O mapa da violência contra a mulher no Brasil e no mundo é o
tema do segundo vídeo da série. Atualmente, o Brasil ocupa o sétimo lugar no
ranking. A equipe visita Formosa, cidade recordista de violência contra a
mulher em Goiás, proporcionalmente à população feminina do estado. O último
episódio da série focará os aspectos legais e jurídicos da violência contra a
mulher, como as repercussões da decisão
do Supremo Tribunal Federal que dispensou a necessidade de denúncia da vítima
para enquadrar o agressor. Também
mostrará que a Lei Maria da Penha
merece ajustes para ser efetiva e que as instituições do Judiciário precisam se
adaptar para atender às mulheres vítimas de violência. O último episódio
vai mostrar ainda a importância do
telefone 180, que recebe denúncias de violência e oferece orientações às
vítimas.
Brasil Confidencial - Parlamentares da CPI da violência contra a mulher esbarraram em um
problema de difícil solução. Descobriram que promotores pelo País estão
retirando queixas feitas por mulheres agredidas pelos companheiros, apesar de o
STF ter proibido o cancelamento das denúncias.
Comissão
Interamericana de Direitos Humanos: discriminação contra mulher persiste - A Comissão
Interamericana de Direitos Humanos saudou os progressos nas Américas em termos
de leis e políticas para combater a violência contra as mulheres, mas advertiu
que "há uma distância significativa entre a lei e sua aplicação." Em
um comunicado divulgado por ocasião do Dia Internacional para a Eliminação da
Violência contra as Mulheres, comemorado (25), a agência expressou preocupação
com "a persistência da discriminação contra as mulheres em todos os
campos, incluindo política, educação, emprego e saúde". "Nesse sentido, por exemplo, as mulheres indígenas e
mulheres de ascendência africana estão particularmente expostas à violência
física, psicológica e violência sexual", informa a nota. "A casa
continua a ser um lugar perigoso para muitas mulheres que vivem nas Américas,
devido aos altos índices de violência doméstica existente", disse o
comunicado, acrescentando que as mulheres vítimas de violência enfrentam
obstáculos no acesso à Justiça. "Para
a maioria das mulheres, as leis que existem no papel sobre o seu direito de
igualdade e Justiça nem sempre se tornam realidade".
O seio materno (DRAUZIO VARELLA)- A amamentação e a boa nutrição das gestantes são essenciais para
evitar doenças e favorecer o pleno desenvolvimento dos bebês.
Deficiências nutricionais durante a vida fetal têm conseqüências
mais duradouras do que sonha nossa vã filosofia. Experimentos naturais, como a
epidemia de fome dos invernos de 1944 e 1945 na Holanda em guerra e os jejuns
religiosos, deram origem aos primeiros estudos sobre o tema. Os efeitos tardios da "Fome do Inverno
Holandês" incluem a obesidade dos homens ao atingir 19 anos, as
características da deposição de gordura no corpo das mulheres e o aumento da
incidência de esquizofrenia e hipertensão arterial. Inquéritos
epidemiológicos mostram que a exposição pré-natal ao prolongado jejum diurno,
praticado pela mulher grávida no Ramadã, aumenta em 20% a incidência de
problemas de saúde em adultos muçulmanos de Uganda e Iraque. Há muito se sabe
que a deficiência de iodo durante a gravidez pode provocar rebaixamento do QI.
Antes da adição de iodo ao sal de cozinha, essa era a principal causa de
retardo mental infantil passível de prevenção. Num trabalho feito na Tanzânia,
meninas nascidas de grávidas que receberam suplementação de iodo apresentaram
seis meses a mais de escolaridade do que os irmãos sem esse cuidado pré-natal. Um
levantamento conduzido no Brasil, Guatemala, índia, África do Sul e Filipinas
mostrou que o tamanho do bebê ao nascer e o ganho de peso nos 48 meses
seguintes guardam relação com a resistência à insulina, distúrbio metabólico
associado ao risco de diabetes na vida adulta. Amamentar o bebê por pelo menos seis meses traz benefícios que vão além
da redução do risco de diarreia e outras infecções. Um estudo randomizado
revelou aumento de 6 pontos no QI das crianças amamentadas exclusivamente no
peito, em relação às que não mamaram. Outros encontraram aumentos menores: da
ordem de 1 a 3 pontos. Além do ganho em inteligência, a amamentação oferece a
vantagem de retardar a ovulação e as menstruações por períodos que vão além dos
seis meses, evitando gestações muito próximas, responsáveis pelo aumento da
mortalidade infantil e materna.
Cabeça no lugar para lutar contra o câncer de mama - Trabalhar a mente para aliviar e curar as dores do corpo. A série
de reportagens especiais de O DIA sobre câncer de mama trata hoje da
importância de um acompanhamento psicológico para as pacientes que são
diagnosticadas com câncer de mama. “Acolhemos
a mulher em um momento de grande confusão. Ela acabou de ser impactada pela
notícia e, rapidamente, começa a fazer o tratamento. Nosso trabalho é ajudá-la
emocionalmente a encarar essa nova realidade e, em seguida, enfrentar mudanças
que a abalam muito, como queda de cabelo e retirada dos seios”, resume a
psico-oncologista Laura Campos, 35 anos, do COI — Clínicas Oncológicas
Integradas. O trabalho junto à família
também é fundamental, afinal, a doença tem grande influência sobre as pessoas
que convivem com a paciente. “Já atendi casos em que a mulher estava de
casamento marcado e descobriu ter a doença. Quando elas são casadas, também conversamos
com os maridos. São eles que vão acompanhar todo o processo e, muitas vezes, a
relação fica abalada. Algumas uniões terminam mesmo porque eles têm dificuldade
de aceitar aquela nova condição em que sua companheira está cheia de
limitações”, explica Laura. “Mas em muitas histórias eles são parceiros
maravilhosos”, destaca. A psico-oncologista Paula Ângelo, do CON (Centro
Oncológico de Niterói), que há 15 anos trata esses casos, complementa: “Em
grande parte a mulher está em idade sexual ativa e a primeira ideia é de que o
câncer veio para acabar com tudo. Nosso papel é convencê-la de que a história
pode ser diferente. Uniões estáveis não costumam ter fim por causa de um
câncer”, avisa Paula.
Vítimas do próprio preconceito - No clima do Outubro
Rosa, mês de conscientização e prevenção do câncer de mama, o mês de novembro
foi dedicado aos homens. O Novembro Azul
tem o objetivo de desmistificar o câncer de próstata e fazer com que os homens
compreendam a importância do diagnóstico precoce. Se descoberto cedo e com
um tratamento adequado, a porcentagem de cura chega a 90% dos casos. O problema
é que, de acordo com um estudo realizado pelo Ibope, a pedido da farmacêutica
Janssen, 42% dos homens brasileiros acima dos 40 anos nunca fizeram o exame de
toque retal. A pesquisa mostra que, na faixa etária próxima aos 70 anos, apenas
32% dos homens realizaram o exame e 76% afirmaram que tinham consciência de que
o procedimento é usado para detectar o câncer de próstata. O preconceito em
relação aos exames preventivos ainda é muito forte , analisa o urologista do
Hospital Santa Paula, Alex Meller. O
preconceito e o machismo prejudicam não apenas a detecção do câncer de
próstata, como também de outras doenças. Os homens têm o hábito de ir ao
consultório apenas quando sentem algum sintoma. E, mesmo assim, só procuram um
especialista a partir da insistência de uma mulher, seja esposa, mãe ou filha ,
explica Daher Chade, urologista do Hospital Sírio Libanês e do Instituto do
Câncer de São Paulo. A doença não causa qualquer sintoma no início, porém,
quando está em estágio avançado, ela pode interromper o canal da uretra,
causando dor ao urinar. Aí, as chances de cura começam a diminuir muito,
explica o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Aguinaldo
Nardi. Os números vão subir com o
crescimento da expectativa de vida, o número de casos pode aumentar em cerca de
60% até 2015, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Pré-escola na Suécia estimula igualdade de gênero - Numa pré-escola de
Estocolmo, os professores evitam usar os pronomes "ele" e "ela". Em vez disso, chamam seus 115
aluninhos de "amigos". O uso dos pronomes masculinos ou femininos é
tabu. Eles são substituídos pelo pronome "hen", palavra sem gênero
que a maioria dos suecos evita, mas que é usada em alguns círculos gays e
feministas. A biblioteca da escola tem
poucos contos de fada clássicos, como "Cinderela" ou "Branca de
Neve", com seus estereótipos masculinos e femininos. Mas há muitas
histórias sobre pais solteiros, crianças adotadas ou casais do mesmo sexo. As
meninas não são incentivadas a brincar com cozinhas de brinquedo, e os blocos
de montar não são vistos como brinquedos para meninos. Os professores são
orientados a tratar os meninos, quando eles se machucam, com o mesmo carinho
que dariam às meninas. Lá, todo mundo pode brincar com bonecas. A Suécia é famosa por sua mentalidade
igualitária. Mas essa pré-escola financiada pelos contribuintes, conhecida
como a Nicolaigarden -o nome vem do santo cuja capela ficava no prédio que hoje
é da escola-, talvez seja um dos exemplos mais contundentes dos esforços do
país para apagar as divisões entre os gêneros. O que hoje desperta o entusiasmo
dos professores começou com um empurrãozinho dos legisladores suecos, que em
1998 aprovaram uma lei exigindo que as escolas garantissem oportunidades iguais
para meninos e meninas. O governo de Estocolmo é a favor da política de gênero.
"O importante é que as crianças tenham as mesmas oportunidades,
independentemente de seu sexo", explicou Lotta Edholm, vice-prefeita
responsável pelas escolas. "É uma
questão de liberdade."
Pornografia infantil somam 40,5% das denúncias de crimes
virtuais - As conversas de crianças e adolescentes na internet podem ser bem
mais adultas do que o natural para a idade delas. Um levantamento feito pela
ONG Safernet, especializada em segurança na rede, revelou que 40,5% das denúncias de crimes virtuais
estão relacionadas com a pornografia infantil. A notícia serve como um
alerta aos pais. Proteger crianças e adolescentes dos abusos sexuais ficou mais
difícil com a popularização da internet.
As redes sociais, sites e salas de papo on-line oferecem risco constante para
quem ainda está em processo de desenvolvimento da sexualidade. Segundo a
especialista em psicologia infantil, Sara Cavalcante, o processo de maturidade
dos seres humanos começa a partir dos 6 anos, quando tem início o
desenvolvimento da consciência social. Antes disso, elas não conseguem
discernir o que é certo ou perigoso , explica a psicóloga. Dos 10 até os 13 anos, acontece o desenvolvimento da consciência moral.
Nessa fase da pré-adolescência, as regras sociais já foram assimiladas. Mas,
para que isso aconteça, a criança ou adolescente deve ter sido orientado para
tomar as decisões certas , disse Sara. Isso significa que o acompanhamento dos
pais ou responsáveis vai reduzir a probabilidade de os menores se tornarem
vítimas de pessoas mal-intencionadas na internet. As principais vítimas são do
sexo masculino e 64,5% das agressões acontecem dentro de casa. Em relação ao
meio utilizado para agressão, a força corporal/espancamento foi o meio apontado
em 22,2% das denúncias. Em 45,6% dos casos o provável autor da violência era do
sexo masculino. Grande parte dos
agressores são pais e outros familiares, ou alguém do convívio muito próximo da
criança e do adolescente, como amigos e vizinhos.
Grupo Matizes protesta pela liberação de doações de sangue de
gays - Membros
do Grupo Matizes estarão, nesta
segunda-feira (26), a partir das 10 horas da manhã, na sede do Centro de
Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi), para protestar contra a regra da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que impede homens gays ou
bissexuais de serem doadores de sangue no Brasil. Para marcar o ato, que tem como lema "Nosso sangue em favor da
igualdade", o Matizes mobilizou defensores da causa para doar sangue e
se cadastrar no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). A portaria da Anvisa que restringe homens
gays e bissexuais de doarem sangue está em vigor no Brasil desde 2004. Dois
anos depois, o Grupo Matizes protocolou representação, junto ao Ministério
Público Federal (MPF), que resultou em uma Ação Civil Publica que pedia a
cessão dos efeitos discriminatórios da resolução da Anvisa. Em abril de 2007, o
Juiz da 2ª Vara Federal proferiu decisão liminar, deferindo o pedido do MPF.
Posteriormente, a liminar foi cassada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª
Região, onde, atualmente, o processo está sob análise.
Reforço contra a aids - A Fundação Oswaldo Cruz passará a produzir
no Brasil o medicamento antirretroviral
sulfato de atazanavir, vendido sob a marca de Reyataz. A droga faz parte do coquetel para o tratamento dos
sintomas da infecção pelo vírus HIV, distribuído pelo governo a mais de 40000
pacientes. O laboratório americano Bristol-Myers Squibb, dono da patente,
entregará nesta sexta-feira ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha,
autorização para a fabricação do remédio. A transferência de tecnologia vai
possibilitar ao governo reduzir os custos com a aquisição do medicamento. Pelo acordo, a fundação passará a
distribui-lo já em 2013 e a sua fabricação local terá início em 2015.
Fumo 'apodrece' cérebro, diz estudo britânico - O cigarro 'apodrece' o
cérebro ao danificar a memória, o aprendizado e o raciocínio lógico, aponta um
estudo feito por pesquisadores da universidade King's College London. Cientistas envolvidos na pesquisa afirmam
que as pessoas precisam perceber que o seu estilo de vida afeta tanto a mente
quanto o corpo. A pesquisa foi publicada na revista científica Age and
Being. Os pesquisadores estudaram o elo entre o cérebro e as probabilidades de
ataque cardíaco e derrame. Os voluntários da pesquisa - todos com mais de 50
anos - participaram de testes de memorização de novas palavras. Eles também
eram instigados a dizer o maior número de nomes de animais em um minuto. Os
mesmos testes foram realizados após quatro anos e depois oito anos. Os
resultados mostraram que o risco de ataque cardíaco e derrame "estão
associados de forma significativa com o declínio cognitivo". As
pessoas com maior risco foram as que mostraram maior declínio. Também foi
identificada uma "associação consistente" entre fumo e baixos
resultados no teste. "O declínio cognitivo fica mais comum com o
envelhecimento e para um número cada vez maior de pessoas interfere com o seu
funcionamento diário e bem-estar", diz Alex Dregan, pesquisador que
trabalhou no estudo.
Obrigado por não fumar - Engana-se quem acha que o Ministério da
Saúde vai retirar as fotos chocantes que estampam o verso dos maços de cigarro.
Em vez disso, vai exigir das empresas que coloquem as imagens dos efeitos
negativos do tabaco também na parte da frente dos maços. E isso a partir de 2016.
Imposto de rico, serviço de pobre - Entre os países que mais
cobram impostos de seus cidadãos e empresas, o Brasil é o que proporciona o
pior retorno em serviços públicos e bem-estar aos contribuintes dos recursos
que arrecada. É o que mostra estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento
Tributário (IBPT), que a partir de dados da Organização para a Cooperação e o
Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Organização das Nações Unidas (ONU)
relativos a 2011, compara a carga tributária dos 30 países que mais arrecadam
impostos como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). No ranking dos países mais eficientes em
converter impostos em bem-estar a seus cidadãos, a Austrália aparece em
primeiro lugar, seguida pelos Estados Unidos. O Brasil fica na lanterna, atrás de emergentes do Leste da Europa, como
Eslovênia (17º) e República Tcheca (16º), e de vizinhos latino-americanos, como
Uruguai (13º) e Argentina (21º). De acordo com o estudo, o cidadão
brasileiro paga em média 30% de impostos diretos quando faz compras no
supermercado. Ou seja, de cada R$ 100 gastos, R$ 70 são efetivamente para pagar
os produtos e R$ 30 para os tributos. Além disso, o contribuinte tem outras
obrigações tributárias como IPTU, IPVA e Imposto de Renda. O especialista em
direito tributário Fernando Zilveti, professor da Fundação Getulio Vargas de
São Paulo (FGV-SP), considera que o grande problema brasileiro é o excessivo
gasto público, sobretudo por causa do tamanho das folhas de pagamento, tanto
nos municípios quanto nos estados e na federação. Corrigir esse gargalo, no entanto, é tarefa difícil e rende pouca
popularidade, diz Zilveti. Como a presidente Dilma Rousseff provavelmente
buscará a reeleição, pondera, vai demorar ainda para os brasileiros terem o
retorno devido dos seus impostos. Um estudo do Banco Mundial mostra que o
brasileiro gasta anualmente 2.600 horas trabalhando para pagar imposto. Isso é equivalente a 110 dias de trabalho,
quase quatro meses. Na Bolívia, trabalha-se 1.080 horas só para pagar as
despesas com tributos. A fim de despertar a atenção da sociedade à quantidade
excessiva de impostos pagos, desde 2006 o IBPT e a ACSP trabalham para transformar em lei projeto que torna
obrigatório a discriminação de quanto em impostos o cidadão paga nas notas
fiscais de compras no varejo. O projeto foi aprovado semana passada na
Câmara e aguarda a sanção da presidente Dilma.
Paim preside “comissão do eu sozinho” no Senado - Paulo Paim (PT-RS) faz
da Comissão de Direitos Humanos do
Senado (CDH), que preside, uma “comissão
do eu sozinho”, aprovando requerimentos até em reuniões “deliberativas” nas quais ele é o único participante. Só
onze das 41 sessões realizadas entre fevereiro e setembro deste ano observaram
o quorum mínimo da maioria dos membros (dez senadores), fixado pelo art. 108 do
Regimento Interno.