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sábado, 24 de março de 2012

Teste de carga viral em locais com recursos limitados








Quinta-feira, 8 de Março de 2012

Teste de carga viral em locais com recursos limitados


A monitorização regular da carga viral permite que, quando há falência terapêutica, a mudança de tratamento seja mais rápida em comparação com a monitorização baseada em outros critérios, segundo demonstra um estudo conduzido na Zâmbia.
Contudo, a monitorização regular da carga viral não levou à deteção precoce de falência terapêutica.
A monitorização da carga viral é dispendiosa e complexa. E, como tal, não faz habitualmente parte dos cuidados de rotina do VIH em locais com recursos limitados. Isto significa que os testes de carga viral são apenas realizados se a pessoa fica doente ou se a contagem de células CD4 não aumenta ou desce significativamente. Contudo, há preocupações que isto possa significar que algumas pessoas desenvolvam resistência aos medicamentos antes de mudar a combinação terapêutica (por estarem sob um tratamento que não funciona) e que outras mudem de tratamento desnecessariamente.
Uma equipa de investigadores internacionais pretendia observar se a monitorização regular da carga viral tinha benefícios na monitorização baseada na manifestação de sintomas e na contagem de células CD4.
O estudo envolveu 1 973 pessoas que iniciaram o tratamento entre 2006 e 2008.
Os participantes foram randomizados para monitorizar a carga viral de modo regular ou numa base arbitrária.
Um ano após o início do tratamento, não havia diferença na mortalidade entre os dois grupos. Proporções iguais tinham, também, os níveis de carga viral abaixo das 400 cópias/ml. O período de falência terapêutica foi igualmente semelhante.
Porém, os doentes com carga viral monitorizada regularmente eram duas vezes mais propensos a mudar de tratamento, e estas alterações ocorreram mais rápido comparativamente às pessoas no braço da monitorização arbitrária.
Uma análise de custo-eficácia está a ser planeada, mas os investigadores concluíram que a monitorização regular reduz a quantidade de tempo passado em falência terapêutica.

Os benefícios do financiamento do PEPFAR estende-se para além do VIH


Atividades desenvolvidas pelo PEPFAR no mundo (www.pepfar.gov)
O financiamento do PEPFAR para os programas do VIH é associado a uma redução significativa da taxa de mortalidade em geral.
Os gastos na ajuda ao desenvolvimento na área do VIH alcançaram os quatro milhões de dólares americanos em 2009. No entanto, tem havido algumas críticas de que a ajuda disponibilizada foi desviada de outras prioridades da saúde para financiar estas despesas.
Os investigadores analisaram as taxas de mortalidade em adultos nos países da África subsaariana, tendo em conta se recebiam financiamento através do PEPFAR.
Um total de 27 países e um milhão e meio de adultos foram incluídos no estudo. As taxas de mortalidade nos países que receberam financiamento do PEPFAR e dos que não receberam divergiram acentuadamente, após a introdução do mesmo, em 2004. As taxas permaneceram estáveis nos países não abrangidos pelo financiamento, mas nos países abrangidos desceram em quase 50%.
Tal, não se deve simplesmente à mudança no número de mortes relacionadas com o VIH.
A análise demonstrou que todas as causas de mortalidade eram 16% mais baixas nos países a receber financiamento do PEPFAR. Os investigadores estimam que quase 750 000 casos de morte em idade adulta foram prevenidos graças ao financiamento.

Infeção pelo VIH - Prevenir a transmissão mãe-filho – retenção nos cuidados de saúde é um desafio


Estudos conduzidos na Zâmbia e na África do Sul demonstraram que é difícil reter mulheres grávidas e no período de amamentação nos cuidados de saúde quando sob tratamento antirretroviral.
Quando acessível, a Organização Mundial de Saúde (OMS) incentiva a disponibilização da terapêutica antirretroviral tripla a todas as mulheres grávidas e em período de amamentação, mesmo quando tal não é necessário para a saúde materna. Uma opção na prevenção da transmissão mãe-filho é o uso da monoterapia com AZT após a 14ª semana de gestação, doses únicas de nevirapina para a mãe e bebé durante o parto, e AZT e 3TC no momento do parto e na semana seguinte.
Os investigadores zambezianos concluíram que a terapêutica tripla reduziu o risco de infeções e de mortalidade.
Acrescentam, contudo, que ocorreu um elevado risco de perda no acompanhamento das mulheres sob terapêutica tripla. Pensam que tal poderá diminuir a eficácia dos programas na redução do risco de transmissão mãe-filho.
Um estudo sul-africano demonstrou que 19% das mulheres seropositivas para o VIH grávidas abandonaram os cuidados de saúde um ano após o início da terapêutica antirretroviral. Tal, é comparado a uma taxa de apenas 3% para as mulheres seropositivas não-grávidas.

Tratamento pediátrico para o VIH em locais com poucos recursos


A terapêutica antirretroviral baseada no inibidor da protease lopinavir/ritonavir foi associada a uma descida no risco de desenvolver malária em crianças seropositivas para a infeção pelo VIH.
Os investigadores em Tororo, no Uganda – onde a malária é endémica – observaram as taxas da doença em crianças seropositivas para o VIH, tendo em conta se estas estavam sob terapêutica antirretroviral baseada em lopinavir/ritonavir ou num inibidor não-nucleósido da transcriptase reversa (INNTR).
A terapêutica com o inibidor da protease foi associada a uma redução de 59% do risco de desenvolvimento de malária.
A terapêutica preventiva padrão para a malária foi disponibilizada a todas as crianças. Os investigadores pensam que o lopinavir/ritonavir possa ter potenciado os níveis dos medicamentos profiláticos para a malária. Especulam, também, que o inibidor da protease possa ter um efeito anti-malárico.
Um outro estudo demonstrou que o tratamento com d4T (estavudina) é o principal fator de risco para o desenvolvimento da lipoatrofia (perda de gordura) em crianças sob terapêutica antirretroviral na África do Sul.
Os investigadores enfatizam a importância de detetar precocemente este efeito secundário, difícil de reverter e estigmatizante.

Tratamento para a hepatite C


Estudo apresentado por Edward Gane no CROI 2012
O tratamento para a hepatite C sem interferão peguilado “ não é um sonho”, afirmaram os investigadores após saberem os resultados de um estudo que demonstrou que uma combinação com dois medicamentos orais obteve um efeito rápido e potente contra o vírus.
Contudo, a carga viral aumentou quando o tratamento foi interrompido. O estudo envolveu doentes monoinfetados pelo vírus da hepatite C (VHC).
O tratamento padrão para a hepatite C consiste em interferão peguilado e ribavirina. Esta terapêutica nem sempre funciona e pode causar efeitos secundários graves, muitos dos quais associados ao interferão.
Dois inibidores da protease que atuam diretamente contra o vírus da hepatite C foram recentemente aprovados. Estes melhoram as taxas de resposta ao tratamento, contudo, o interferão peguilado permanece como um componente essencial no tratamento.
Outros medicamentos que atuam diretamente contra o vírus da hepatite C estão em desenvolvimento.
Os resultados apresentados no ano passado demonstraram que a combinação baseada no inibidor da polimerase experimental, GS-7977, mais ribavirina obteve bons resultados em doentes monoinfetados pelo VHC com os genótipos 2 e 3, mais fáceis de tratar.
Os investigadores pretendiam observar se a combinação era segura e eficaz em pessoas com o genótipo 1, mais difícil de tratar.
Os participantes do estudo receberam 400mg de GS-7977 num comprimido diário com 1000 ou 1200mg de ribavirina, consoante o peso de cada pessoa, durante 12 semanas. A carga viral do VHC desceu rapidamente e permaneceu suprimida até ao final da terapêutica.
Contudo, tornou a ser novamente detetável em todos os participantes, à exceção de um. Este doente tinha uma variação genética (IL28B) associada a uma resposta favorável ao tratamento e fibrose hepática mínima.
Os investigadores pensam prolongar a terapêutica, ou adicionar outro medicamento, que atue diretamente no vírus da hepatite C de modo a melhorar as taxas de resposta.

“O básico” – novos temas


Lançámos recentemente 12 novos temas da nossa série ilustrada “O básico”.
Desenhámos estes folhetos para apoiar as discussões entre os profissionais de saúde e as pessoas que vivem com VIH, onde cada tema cobre alguns aspetos-chave. São escritos em linguagem simples e com ilustrações para melhor compreender a informação.
Pode saber mais sobre estes novos temas no blog da NAM, ou consultar e descarregar a série completa no nosso site.
Muitos destes folhetos estão traduzidos em vários idiomas, incluindo o Português. Pode encontrar todos os folhetos em português no nosso site, como também, mais informações detalhadas para doentes.

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