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quarta-feira, 7 de março de 2012

Marcar consultas e ser atendido é desafio para população na rede municipal



Marcar consultas e ser atendido é desafio para população na rede municipal

RIO - Marcar consulta e ser atendido por um médico nos postos de saúde e nas clínicas de família da rede municipal do Rio pode ser uma tarefa árdua. Nos postos, faltam profissionais especializados, como pediatras, ginecologistas e clínicos gerais. Nas clínicas de família, muitas vezes, os doentes encontram apenas enfermeiros. Além disso, são obrigados a esperar até um mês por uma única consulta e, mesmo já internados, precisam aguardar uma chance para chegar ao centro cirúrgico dos hospitais, como constatou O GLOBO nos últimos três dias.
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Nas quatro principais emergências da rede - Souza Aguiar, Salgado Filho, Lourenço Jorge e Miguel Couto -, o déficit de médicos e de leitos preocupa, e quem precisa de vaga no CTI pode esperar de dois a dez dias, segundo os profissionais de saúde desses hospitais. Além de moradores da cidade, o Rio recebe pacientes da Região Metropolitana. No Miguel Couto, na Gávea, segundo levantamento dos médicos, a maioria vem da Baixada Fluminense. Nos postos de saúde, estão pedindo comprovante de residência para marcar consultas.
A situação crítica já havia sido alertada semana passada pelo Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (IDSUS), que classificou o Rio como a pior entre as principais cidades brasileiras, com nota 4,33.
Longas filas são rotina nos postos
Nesta terça-feira, na Clínica da Família Epitácio Soares dos Reis, na Pavuna, Zona Norte, não havia médicos. Segundo uma das recepcionistas, o único profissional responsável pelo atendimento dos pacientes agendados do dia estava “passando mal”. Resultado: quem tinha consulta marcada teve que voltar para casa. Para piorar, a demora para marcar uma visita ao clínico geral na unidade chega a um mês.
- Marcamos conforme a demanda. Pode ser que eu te cadastre hoje (terça-feira) e para esta e para a próxima semanas não tenha vaga. Pode ser que, em uma outra semana, já tenha vaga, entendeu? Não tem uma data certa - afirmou uma das atendentes da clínica.
Também na Pavuna, o Posto de Saúde Doutor Nascimento Gurgel tinha nesta terça-feira uma longa fila para a pediatria. Pais e mães esperavam até quatro horas por alguma desistência.
- Não tenho plano de saúde, mas meus impostos estão em dia. O que eu ganho com isso? Absolutamente nada. Estou aqui desde as 7 horas e já são 11 horas. Estou com meu filho, vendo se alguém vai desistir da consulta - disse o mecânico Genivaldo de Souza Silva, de 47 anos.
No Posto de Assistência Médica Carlos Alberto Nascimento, em Campo Grande, na Zona Oeste, só há um clínico geral, e consultas apenas às terças e às quintas-feiras com pré-agendamento. Caso parecido ocorre na pediatria.
- Não é brincadeira. A saúde está falida. Estou esperando há quase três horas para o meu filho ser atendido. Se ele precisar de um pediatra sem ser na segunda ou na terça, a gente não encontra - afirmou o motorista de ônibus Fábio Ferreira, de 39 anos.
A precariedade no atendimento nos postos de saúde leva os hospitais a enfrentar situações dramáticas.
- A falta de prevenção tem criado um exército de amputados no Rio. Os procedimentos podiam ser evitados se os diabéticos fossem tratados antes. Atualmente, eles já chegam com gangrena - conta um médico de uma emergência da cidade.
Médica do Souza Aguiar, L.M. diz que atualmente os pacientes não conseguem um acompanhamento médico:
- Antes, as pessoas se consultavam nos postos. Desde que o Programa Saúde da Família foi ampliado, os postos vêm perdendo profissionais. Então, a mãe que ia procurar atendimento no posto para o filho agora vai ao hospital, onde acaba sendo redirecionada para os postos e acaba sem acesso à saúde.


Comentários: 

E QUANDO VAMOS PRA RUA GRITAR, ESBRAVEJAR, REQUERER SOLUÇÃO IMEDIATA, PLANEJADA E COMPROMETIDA E NÃO ELEITOREIRA, SE INDIGNAR, DE VERDADE, COM REPERCUSSÃO NACIONAL E INTERNACIONAL, ALÉM DAS ARTICULAÇÕES/REUNIÕES POLÍTICAS, EM ANDAMENTO, FEITAS PELAS NOSSAS DIVERSAS REPRESENTAÇÕES - CNAIDS, FORUNS, CAMS, CONSELHOS,  ETC ETC.?
ONDE ESTÁ A TAL "PARTICIPAÇÃO SOCIAL" QUE TANTO LUTAMOS NA 8A. CNS EM 1986 E QUE DEU EMBASAMENTO, NA ÁREA DE SAÚDE, AO QUE ESTÁ ESCRITO, DESDE 1988, NA NOSSA CONSTITUIÇÃO FEDERAL TENDO EFICÁCIA???
SERÁ QUE DESAPRENDEMOS MESMO A NOS INDIGNAR???
JÁ PRA RUA MEU POVO CARIOCA... JÁ!!! 
INDIGNADA. REGINA BUENO
Eu concordo!!!!

Aqui no Rio, existe um movimento chamado RIO, EU AMO EU CUIDO, da Sociedade Civil, que conquistou o apoio da Prefeitura por causa da grande mobilização que o movimento conseguiu fazer, e que busca fazer o carioca refletir sobre a civilidade urbana: lixo, bitucas de cigarro no chão, estacionamento irregular, e outros desses detalhes menores de problemas metropolitanos.

Acontece que eles conseguem reunir DEZENAS de pessoas para, DE VEZ EM QUANDO, fazerem um MUTIRÃO PARA CUIDAR DO LIXO!!!

Cadê os movimentos sociais, que não hesitam em bradar suas DÉCADAS de história, para tentar fazer pelo menos um MINI-MUTIRÃO para CUIDAR DA VIDA!?!?! 

Será que já chegamos nesse ponto, no qual a sociedade vê mais retorno em se MOBILIZAR PELO LIXO do que PELA VIDDA!? 

Eu só tenho o meu diagnóstico de HIV há humildes 3 meses, mas apenas 1 mês foi suficiente pra me deixar inquieto e reunir disposição pra mobilizar ESFORÇOS pra recuperar a visibilidade e a importância da causa HIV/AIDS!

Tenho 22 anos, mas ainda quero viver pelo menos mais 90 anos. E sei que pra isso, por mais que o tratamento esteja avançado, ainda não é 100% resolutivo. 
Então, pra ter um mínimo de confiança de que verei meus filhos terem seus filhos, preciso MUITO ajudar a fortalecer o movimento social, pra batalhar, pro resto da vida, por mais direitos de acesso aos melhores tratamentos e medicamentos, auxílio à reprodução assistida, e tudo quanto mais surgir!

Estarei SEMPRE à disposição para por a cara à tapa, na rua, na Câmara, na ALERJ, no MP, onde quer que seja!

Espero que todos se lembrem do ditado mais bobo de todos, mas um dos mais verdadeiros:

A UNIÃO FAZ A FORÇA!

E que se lembrem de que existem pessoas DOIDAS PARA COLABORAR, para SOMAR, como eu!!
Obrigado,

Pedro
  Estou me pondo a disposição de todos os que querem fazer algo contra
esse estado de coisas.
 O Governo do Estado e Principalmente do Municipio estão tentando nos
enganar com reformas de postos de saúde, mais nos insumos, tanto no
tocante de contratação de pessoal para prestação dos serviços de
saúde, quanto para material, tais como, alguns medicamentos estão
sendo relegado a segundo plano.
 Concordo com Regina e Pedro, acho que estamos deixando passar uma boa
hora, pois as eleições estão chegando e o atual não está fazendo o
basico.
 Ou melhor está nos enganando atravez de obras.
 Mas para fazermos diferença temos que nos unir em torno de um ideal.
 Acho que seria propício uma manifestação nas escadas da Câmara, ou
uma passeata?
 Nilo Geronimo Borgna
 ativismocontraaidstb.blogspot.com
Nilo,

Agraço MUITO a compreensão e o apoio.

Mas não dá pra ir pra rua e clamar por ações do poder público sem um mínimo de razoabilidade. Um discurso inflamado pode ser útil, mas se não for respaldado por fatos verídicos e verificáveis, torna-se inútil.

O movimento social tem que ser parceiro das instâncias nas quais orbitam parcerias, e ser confrontador nas instâncias que precisam ser confrontadas.

Nem o Governo do Estado e nem o do Município estão enganando a população. 
Temos que ser justos e reconhecer os avanços, denotando bom senso e credibilidade e retorno para o ativismo.

Posso falar da situação do Município, pois trabalho na Secretaria de Saúde, Subsecretaria de Atenção Primária:

1. Até dez-2011 a atual gestão construiu 52 novas Unidades Básicas de Saúde, a porta de entrada para o SUS, incluindo mais de 2 milhões de cariocas na Estratégia de Saúde da Família;
2. Foram reformadas até dez-2011 65 unidades de Atenção Primária, e outras 11 ainda estão sendo reformadas, para atender dignamente a população.
3. Foram contratados mais de 600 médicos de Saúde da Família, trabalhando em equipes completas com 1 Enfermeiro + 1 Técnico de Enfermagem + 1 Auxiliar de Enfermagem + 6 Agentes Comunitários de Saúde + 1 Agente de Vigilância em Saúde.
4. Em relação a 2008, o número de profissionais trabalhando na atenção primária aumentou, em média, 400%.
5. Implantação de 46 Academias Carioca de Saúde, num total de  147 UBS realizando atividades físicas com a população.
6. Implantação da 1ª Política Municipal de Nutrição do Brasil.
7. Ampliação da Rede de Adolescentes Promotores da Saúde, conquistando o Prêmio Pró-Equidade, dado pelo Ministério da Saúde, Fiocruz e CONASEMS.
8. Redução de mais de 12% na taxa de mortalidade infantil.

Isso digo apenas respeito a Atenção Primária. Houve melhoras incontestáveis com a construção de mais de 10 UPAs e está em curso reformas de todas as emergências e de todos os hospitais.
O Orçamento da Saúde aumentou muito mais de 100%, chegando a R$ 4 bilhões, e empatando com o da Educação.

Sem contar que falta de profissionais e estrutura é um problema de saúde no mundo inteiro. Não basta dizer que é direito de todos e que está na Constituição. O tempo médio de espera para exames de imagem (mamografia por exemplo) na Inglaterra é de três meses. Em Portugal, há filas em todas as unidades. É super normal, e por lá ninguém acha um absurdo.
Nos Estados Unidos, nem se fala. As pessoas simplesmente não tem direito de acesso a saúde.

O mundo inteiro bate palmas de pés para o SUS. É uma das propostas de Estado mais ousadas do mundo.
Valeria a pena lutar PELO SUS, e não CONTRA O SUS. O SUS É UMA CONQUISTA, e não uma trapaça.

Qualquer discurso que desqualifique os gestores ou as instituições, e não esteja baseado na análise imparcial e não-emotiva dos fatos, será em vão.
Até mesmo, porque de nada adianta gritar, panfletar, pedir, reclamar, querendo que "A Justiça seja feita", que "A Fiscalização seja exercida". A primeira coisa que os órgãos de justiça, controle, fiscalização, punição, etc etc etc, farão será: checar números, metas, quantidades, fatos verificáveis, relatórios, planos de ação. E vão consultar especialistas, e farão estudos comparando a situação em outros municípios, estados, países.
Porque então o movimento social não se ocupa disso?
Mais efetivo e eficaz do que ficar na frente de uma tela de computador encaminhando e reencaminhando e-mails e notícias.

Horas de trabalho e dedicação são o recurso mais escasso de qualquer organização. 
No setor público, as horas são aproveitadas ao máximo. Inclusive é essa saturação que afasta os profissionais da Saúde Pública. 
E no terceiro setor, o que está sendo feito com as horas produtivas? Assistência, acolhimento, apoio e tudo o mais são fundamentais, mas e quanto à articulação política EFETIVA. E quanto as CONQUISTAS, as VITÓRIAS? Só leio relatos de que ficaram para trás, junto com aqueles que vieram a falecer por causa da implacabilidade da doença. Quando voltaremos a ser implacáveis!? Eu não vejo a hora de me tornar implacável! Implacável em prevenção, em tratamento, em quebra de preconceitos, em conquista de direitos.
Desde que comecei a me envolver no assunto, a conquista mais recente da qual tive notícia por meio dos demais foi o acesso aos ARVs em 1996. E depois? E o que mais se está tentando conquistar?

Se for pra se manifestar, pra protestar, eu topo.
Mas protestar pelo quê? Gritar pelo quê? Ir nas escadas da Câmara pra fazer o quê?

Quantas propostas foram entregues à Prefeitura? Ao Estado? Qual a resposta oficial da Prefeitura à essas reivindicações? Onde estão essas propostas? Estão acessíveis para que todos possam, unidos, fazer a força?

Eu particularmente vejo mais gente pra contar as histórias e se regojizar pelos esforços e perdas de mártires do que estrategistas ativos articulando planos com ações práticas, concretas e bem definidas.

Como disse o gato da Alice, "pra quem não sabe aonde quer chegar, qualquer caminho serve".

Aonde o movimento social quer chegar? Se fosse minha falecida avó acompanhando a tudo isso, penso que concluiria: "Pedro, águas passadas não rodam moinho".

A prefeitura e o estado sabem aonde querem chegar. Tem metas, números, planos de ação, relatórios de gestão. 
Sabem quem são, onde moram e como são tratados os pacientes.

E os movimentos sociais? Aonde querem chegar? Quem são? Quantos são? Quais são os objetivos, as restrições? Quais são os insumos, os recursos, as potencialidades, os diferenciais? Quais são os parceiros? Como e quando podem contar com eles? O que é, daqui pra frente?
Ao que me consta, a maioria não saberia responder a essas perguntas de imediato, e propriamente, nem depois de várias reuniões...


Acho que vale a pena a reflexão, para todos, do Brasil inteiro!

Com todo meu respeito e sinceridade,

Pedro,
22 anos
nascido em Campo Grande - MS
morando no Rio de Janeiro
filho de uma professora
estudante de Economia
vivendo com HIV, e feliz
se esforçando para garantir que nunca desanime ou esmoreça com as dificuldades de garantir mais dignidade e integridade pra vida de todas as pessoas!
Prezado
Eu concordo em tudo que você disse, apenas na parte que devemos tomar cuidado com nossas cobranças que discordo.
E este cuidado que o movimento social vem tomando com medo de perder as esmolas que o governo repassa atraves de termos de convenios que esta nos tornando passivos demais.
Nosso movimento vêem de uma historia gloriosa, porém agora com a desculpa de sermos politicos muitas vezes nos esquecemos de quem somos e de onde viemos.
Temos sim que reclamar, exigir que as politicas sejam cumpridas e principalmente que o cidadão seja respeitado e tenha acesso a uma saùde digna e de qualidade.
Gastamos milhoes em hospitais universitàrios para que nossos médicos se formem, e estes por sua vez ao se formarem vão clinicar em suas clinicas particulares e nós ficamos no prejuizo.
Temos que saber sim o que queremos e para onde vamos, porém enquanto debatemos isso e providênciamos nossos caminhos e nos preparamos para novos desafios legais e juridicos impostos a sociedade civil, nao podemos paralisar nosso grito de clamor por cidadania e respeito.
Atenciosamente
Lucas soler
 NOTA PESSOAL:
Obrigado por sua colaboração   Pedro mas, gostaria de saber
apenas um dado, caso tenha para nos informar, seria muito bom nesse
debate.
 Recentemente ao comentar com minha doutora sobre a  construção e
inauguração de um PSF(Programa da Saude da Família) dentro co meu
condominio, eu relatei com ela, que fui informado da possível
transferência da minha ficha do Posto onde me trato para a clínica
perto de casa.
 Eles me disseram que assim eu seria tratado por um clinico geral e
caso houvesse complicação no quadro eu seria encaminhado ao
Infectologista.
 MInha doutora Disse que de maneira nenhuma me permitiria que eu
saísse do posto para ser tratado com um clínico.
 Que tem estudos publicados alertando que os pacientes cuidados por um
infectologista têm muito mais chaches de resultados favoraveis ao
tratamento se comparado com os pacientes cuidados por clínico geral.
 Os infectologistas estão muito mais preparados para cuidar dos PVHAS.
Pois com essa especialidade é possível acompanhar as co-infecções e
interações com outros tratamentos.
 Assim sendo pergunto.
 Houve um aumento das contratações de médicos infectologistas?
 Sabemos que essa especialidade ganha na iniciativa privada muito mais
que pelo serviço publico, razão pela qual tivemos muitos medicos se
desligando do Estado e Municipio para serem contratados por clinicas
particulares.
 Por acaso voce teria esse dado?
 Esse foco deve ser atentados por todos nos PVHAS, pois em comparação
ao paciente da atenção básica estamos de certo modo tendo problemas
tais como, falta de ARV, falta de medicamentos para I.O., falta de
medico infectologista, é nesse sentido minha queixa.
 Isso sem falar na demora da entrega dos resultados dos exames e no
contigenciamento dos examoes de CD4 E Carga viral, que normalmente
deve ser de 4 exames por ano e como no meu caso até agora não tive
nenhum exame pronto.
 Esse fatos por você dito são de suma importância e merece publicação
e respeito, mas especificamente no tocante aos PVHAS, temos pouco a
comemorar, o mesmo se diz quanto aos pacientes de tuberculose e
hepatites virais. Que dirá ser essas doenças estiverem convivendo em
um mesmo paciente.
 Assim concordo com o amigo Lucas soler pela importante fala.
 Não quis falar o dito dele para não apimentar o debate.


 NIlo Geronimo Borgna
Ativismocontraaidstb.blogspot.com

Carlos Basília
Fórum ONGs Tuberculose RJ
Observatório Tuberculose Brasil
Instituto Brasileiro de Inovações em saúde Social - IBISS

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Campanhas de tuberculose:


Notícia:
http://videos.r7.com/casos-de-tuberculose-assustam-moradores-da-rocinha-rj-/idmedia/4ecd3a31e4b0bfa2e07f3e46.html

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