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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Habitus de gênero e experiência escolar: jovens gays no ensino médio em São Paulo

 
 
 
Grupo Água Viva Bessa
Pessu ALL,


Após várias semanas de tratativas burocráticas, finalmente minha dissertação de mestrado em Sociologia da Educação, intitulada Habitus de gênero e experiência escolar: jovens gays no ensino médio em São Paulo, foi disponibilizada no site do Banco de Teses da Universidade de São Paulo. Ela foi defendida em agosto de 2006 e um ano depois, como condição para que eu recebesse o diploma de mestre com registro no MEC, foi-me solicitada uma cópia do arquivo digital em PDF. Eu acreditei que, mediante esta exigência, o texto seria inserido no acervo da USP. Só recentemente é que descobri que isso não havia acontecido, alertado por um pesquisador que a procurou ali e não a localizou. Finalmente, isso foi resolvido.



O link para acesso é http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-03022012-163059/pt-br.php



Abaixo transcrevo o abstract e as palavras-chave. Vale assinalar que, naquela época, ainda era vigente a sigla GLBT, que só seria alterada dois anos depois, em votação na nossa I Conferência Nacional em Brasília, em junho de 2008. E o T abreviava “transgêneros”, termo que foi então substituído por “travestis e transexuais”.



Lula Ramires
Palavras-chave

Educação
experiência escolar
gênero
habitus
masculinidades homossexuais


Resumo

Este trabalho investiga a produção de masculinidades de jovens estudantes homossexuais durante o Ensino Médio. Inicia com uma reflexão que visa a articular os conceitos de gênero de Joan Scott, de sexualidade de Jeffrey Weeks, de habitus de Pierre Bourdieu, de experiência social e escolar de François Dubet e de preconceito de Agnes Heller. Na análise, realizada com base em entrevistas com alunos secundaristas de escolas públicas e privadas da cidade de São Paulo, ressaltaram-se diversos elementos das trajetórias escolares dos sujeitos pesquisados. Constatam-se diversas contradições que revelam a instituição de ensino, de um lado, como um lugar ainda permeado pela homofobia, marcado pela violência física e verbal, pelas pressões que reiteram o padrão heterossexual e pela constante referência à homossexualidade como um não-lugar; de outro, como espaço onde também se observam o revide às agressões, situações de acolhimento e aceitação pelos colegas bem como o empoderamento resultante da transgressão das normas de gênero, possibilitados pelos movimentos feminista e GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros).



Título em inglês

Gender habitus and school experience: high-school gay youths in São Paulo
 
 

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