Sabendo que o cultivo do HIV é especialmente difícil em laboratório, fico me perguntando se, caso essa terapia continue mostrando bons resultados, os soropositivos de repente se tornarão uma reserva franca de potenciais tratamentos contra o câncer e serão estimulados a doar sangue.
As igrejas, que, no passado, disseram que a epidemia era um castigo, de repende seria inundadas com testemundos como 'eu tinha leucemia terminal, mas, graças a Deus, meu irmão tinha HIV e pôde doar sangue para me curar'.
Admirável mundo novo.
A notícia é de agosto, mas teve pouca repercussão por aqui.
Bjs
João Marinho
11/08/2011 20h02 - Atualizado em 11/08/2011 20h59
Células de defesa geneticamente modificadas eliminam leucemia
HIV foi usado para transportar material genético para os linfócitos T.
Tratamento inédito funcionou melhor do que os cientistas esperavam.
Do G1, em São Paulo
O tratamento inédito consiste em retirar os linfócitos T – importantes agentes de defesa do corpo – e transferir novos genes para elas. A mudança as torna capazes de destruir as células cancerosas que causam a leucemia e, assim, fazem com que o tratamento tenha sucesso.
A transferência de genes para a célula é feita normalmente por um vírus, e é nessa fase que o HIV é usado; foi com ele que os pesquisadores da Universidade da Pensilvânia conseguiram modificar geneticamente as células de defesa.“Dentro de três semanas, os tumores tinham sido destruídos de um modo muito mais violento do que poderíamos esperar”, reconheceu Carl June, que conduziu a pesquisa. “Funcionou muito melhor que imaginávamos”.
“Além de terem uma grande capacidade de se reproduzirem, as células T infundidas são ‘serial killers’. Em média cada uma levou à morte de milhares de células do tumor e, ao todo, destruíram pelo menos cerca de 1 kg em cada paciente”, completou o pesquisador.
A nova técnica foi aplicada em três pacientes com leucemia linfoide crônica que já não tinham muitas opções de tratamento. Sem ela, eles seriam submetidos ao transplante de medula óssea, no qual o risco de morte é de pelo menos 20% e a chance de cura não supera os 50%.
Agora, a equipe planeja usar o mesmo procedimento em tumores parecidos, como o linfoma não Hodgkin e a leucemia linfoide aguda. Eles também querem experimentar o tratamento em crianças que não reagiram bem ao tratamento convencional. No futuro, a ideia é adaptar a técnica para combater cânceres no ovário e no pâncreas.
Células T modificadas mostram sucesso na terapia contra a leucemia, publicado pelo NEJM e pelo Science Translational Medicine
Um novo tratamento para a leucemia linfocítica crônica foi testado e mostrou sucesso na terapia contra esta doença. O estudo foi publicado pelo New England Journal of Medicine (NEJM) e pelo Science Translational Medicine. Os resultados surpreenderam até mesmo os cientistas.
Um vírus HIV inerte foi usado para transportar material genético para os linfócitos T dos pacientes acometidos pela leucemia linfocítica crônica (LLC) e tratar a doença. A nova terapia consiste em retirar os linfócitos T (células de defesa do organismo) dos pacientes, transferir novos genes para eles com o auxílio de um vírus inerte da AIDS e reinfundir as células T modificadas nestes pacientes. As alterações causadas pelos novos genes tornam estas células capazes de destruir células tumorais que causam a leucemia. Além da grande capacidade de se reproduzirem, as células T infundidas são “serial killers” e levaram à morte de milhares de células cancerosas.
A nova técnica foi aplicada em três pacientes com leucemia linfocítica crônica que só tinham o transplante de medula óssea como opção terapêutica. Este transplante tem o risco de morte de cerca de 20% e a chance de cura não é maior do que 50%.
Fonte: NEJM
Leia o artigo completo em :
Chimeric Antigen Receptor–Modified T Cells in Chronic Lymphoid Leukemia
Um vírus HIV inerte foi usado para transportar material genético para os linfócitos T dos pacientes acometidos pela leucemia linfocítica crônica (LLC) e tratar a doença. A nova terapia consiste em retirar os linfócitos T (células de defesa do organismo) dos pacientes, transferir novos genes para eles com o auxílio de um vírus inerte da AIDS e reinfundir as células T modificadas nestes pacientes. As alterações causadas pelos novos genes tornam estas células capazes de destruir células tumorais que causam a leucemia. Além da grande capacidade de se reproduzirem, as células T infundidas são “serial killers” e levaram à morte de milhares de células cancerosas.
A nova técnica foi aplicada em três pacientes com leucemia linfocítica crônica que só tinham o transplante de medula óssea como opção terapêutica. Este transplante tem o risco de morte de cerca de 20% e a chance de cura não é maior do que 50%.
Fonte: NEJM
Leia o artigo completo em :
Chimeric Antigen Receptor–Modified T Cells in Chronic Lymphoid Leukemia
NEWS.MED.BR, 2011. Células T modificadas mostram sucesso na terapia contra a leucemia, publicado pelo NEJM e pelo Science Translational Medicine. Disponível em: <http://www.news.med.br/p/ medical-journal/229265/ celulas+t+modificadas+mostram+ suces.htm>. Acesso em: 19 nov. 2011.
Fontes: http://g1.globo.com/ciencia-e-
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