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Juíza Patrícia Acioli. 3 filhos. “Se ter caráter tem um preço, eu pago”. Não queria segurança. 47 anos. Durona. Fuzilada com 21 tiros à porta de casa, 5ª feira, depois de pedir mais de uma vez que voltasse a ter segurança ostensiva. Patrícia era inclemente com os milicianos. Estava numa lista de 12 pessoas juradas de mortes, descoberta pela polícia, em janeiro, com a prisão de um traficante. Nenhuma providência foi tomada para protegê-las, quase como numa mancomunação. A omissão também é cúmplice. Relato da família, ontem, na igreja da PUC/Rio: para conseguirem colocar aquele anúncio de quase 1/3 de página n'O Globo, na 5ª feira, convidando para a missa do Raul Amaro Nin Ferreira, morto sob tortura há 40 anos, foi uma confusão. Alguém se metendo de pato a ganso quis censurar o texto, porque falava em ditadura, e cobrar 180 mil reais ( como matéria paga...) . Como falava em ditadura e fazia uma convocação, não queriam vê-lo como anúncio fúnebre, embora convocasse para uma missa. Foi preciso a intervenção de um editor, amigo da família, e da direção jornal para o texto sair como tinha que ser e queria a família, e como simples anúncio. Bingo! Tem muito pato achando que é ganso por aí, não é, não? Caraca! E é aí que mora o perigo. Raul Nin, engenheiro, foi morto, aos 27 anos, depois de barbaramente torturado. Não fazia parte de nenhuma organização e seu grande crime foi guarda em casa um mimeógrafo ( quem tem menos de 35 anos nem sabe o que é isso...), a pedido de um amigo. Esse é o Brasil que querem que se esqueça. No Piauí, terra das pinturas rupestres e do Delta do Parnaíba, o juiz Reinaldo Araujo Dantas, titular da 2ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública, negou o pedido formulado pelo Ministério Público Estadual, para que os órgãos públicos estaduais e do município de Teresina retirem os símbolos religiosos hoje existentes nos prédios onde funcionam repartições públicas A sentença do Juiz consta dos autos Ação Civil Pública 239712010, movida pelo Ministério Público Estadual - MPE. O objetivo da Ação é que os crucifixos, as imagens de santos e todos os demais símbolos religiosos sejam retirados das repartições públicas. A Ação foi ajuizada em 2010, após representação feita por 14 organizações da sociedade civil, dentre elas a ong feminista Católicas pelo Direito de Decidir, Grupo Matizes e Liga Brasileira de Lésbicas - LBL. Na representação, as entidades defendem que a presença ostensiva de símbolos religiosos em órgão públicos é um afronta ao principio do Estado Laico.O pedido do MPE tem como fundamento o artigo 19, I da Constituição Federal: “Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.” É isso aí. Se o Estado é laico, não tem que ter imagem religiosa de nenhuma espécie, nas paredes dos órgãos públicos. Como o grupo Matizes não pára, daqui até o dia 26 de agosto, Teresina terá um evento atrás do outro, que antecederão à 10ª. Parada do Orgulho de Ser, que vai rolar naquele dia, uma sexta-feira, o que a diferencia de todas as outras, sempre aos domingos. Por ser o Mês da Visibilidade Lésbica, cujo dia é o 29 de agosto, Teresina tem, todos os anos, uma boa parceria com a Universidade Federal de lá, e muitos ciclos de debate. Além de shows, performances e festas. Pela bússola das bolsas de valores, a semana começou parecendo que o mundo ia acabar, com a Bovespa, por exemplo, fechando com queda de 8,8%. Com os cabelos cada vez mais brancos, Obama viu sua popularidade ceder e chegar a 45%. A Itália corre riscos. A França também pode ser rebaixada. E nós, para não perdermos o bonde, também perdemos nosso triplo A, mas no futebol. Depois de 3 derrotas seguidas ( Franca, Argentina e Alemanha), caímos no ranking, finalmente. A CBF diz que Mano Menezes “está prestigiado”. Dunga também esteve e foi aquilo que se viu. Na Inglaterra, mais de 1700 presos pelos distúrbios incendiários, em Londres. O governo fala até em colocar o exército na rua, o que é má idéia: todas as vezes que interveio nos conflitos da Irlanda, o exército britânico deixou um rastro de sangue e violência, embora sua polícia, no cotidiano, use só cassetete. Mas, pasmem, o governo de lá quer proibir o acesso às redes sociais, grandes mobilizadoras nos episódios recentes. Uma devassa no Ministério do Turismo, a Operação Voucher, prendeu 36 pessoas de uma tacada só, incluindo seu secretário-executivo, Frederico Costa. São 4 milhões, pelo menos, com percentagens gordas para a deputada do PMDB, claro) do Amapá, Fátima Pelaes, segundo depoimentos e gravações. O caso dela será decidido no STF, por ser parlamentar, e ter foro privilegiado, mesmo para tunga do dinheiro público. Caiu a casa por terem sido usadas algemas e, hoje, fotos vazadas dos presos, na primeira página d’O Globo e em outros jornais, on line ou não, causam mais rebu e parece que o vazamento foi feito pela Polícia Civil, do Amapá. Todo mundo sem camisa ( e sem preparo físico...), segurando sua ficha de qualificação. Parte do imbróglio investigado ( não esses 4 milhões) ocorreu na gestão de Martha Suplicy, mas está todo mundo assoviando, de mãos nos bolsos, olhando pra cima. No Rio, a PM mandou bala sobre um ônibus sequestrado, cheio de passageiros, ferindo seis pessoas, sendo que uma ainda está na UTI, com um tiro no tórax. Um dos seqüestradores é sobrinho de Fernandinho Beira-mar e, ferido, estava internado numa clínica particular, em Copacabana, bancado por um bom plano de saúde. Aliás, um outro cúmplice de Beira-mar foi preso dentro da Fundação Osvaldo Cruz, a Fiocruz, no Rio, onde, com a ajuda de um funcionário, guardava armas, drogas e dinheiro. A base do governo é centro-direitista – e é, ou não? PMDB, PP, PR, PSC, etc - mas o governo em si é um cyborg. Ou algo próximo disso. O que pode ser a salvação. Ou a perdição. Depende. Fred, do Fluminense, que eu vi e ouvi na tevê dizendo que se não tivesse segurança para ele e a família ( depois de perseguido por torcedores), sairia do Rio, agora diz, também ele, que “a culpa é da imprensa’. Somos ou não somos a Geni? Da minha coluna, Razão & Cidadania, no caderno Razão Social d’O Globo, complementando a informação reduzida que dei aqui, semana passada: o juiz –auxiliar da Corregedoria da Comissão Nacional de Justiça, Nicolau Neto, liberou as listas para adoção, e a dos pretendentes à adoção, por gênero e etnia. No entanto, proibiu a divulgação do número de crianças com deficiência que estão na fila de adoção, assim como dos pretendentes a adotá-las, alegando que são” informações sigilosas”. Sigilosas por quê? Protecionismo barato ou preconceito? Alô, entidades ligadas às pessoas com deficiência! Vou ficando por aqui, sem saber o que será o CURTIR TAMBÉM É CIDADANIA de hoje ( semana passada foi mesmo o último CD do Chico, todo, e ainda está no ar), mas, provavelmente, uma homenagem aos pais. Especialmente ao meu, que não está mais aqui. E àqueles que também já se mandaram. Bom fim-de-semana! Marcia de Almeida Editora www.emdiacomacidadania.com.br | ||||
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