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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Centros de Urgências de Curitiba terão classificação de risco por cores @SMCS



   Publicado: 25/05/2011 - 15:43 | Atualizado: 25/05/2011 - 15:44      
 
A prefeitura de Curitiba está começando a implantar em sua rede de unidades de saúde um sistema de classificação dos usuários de acordo com os graus de risco definidos pelo Protocolo de Manchester. A classificação começou a ser testada nesta terça-feira (24) no Centro Municipal de Urgências Médicas (CMUM) Sítio Cercado, na Regional Bairro Novo.
O objetivo da classificação de risco é agregar mais agilidade e segurança ao atendimento humanizado a quem usa o Sistema Único de Saúde (SUS) de Curitiba. Todos os dias cerca de 38 mil pessoas passam pelas 109 unidades de atenção básica e pelos oito centros de urgências médicas na cidade – as categorias de serviços de saúde que farão a classificação.
Com o novo sistema, que até será estendido a todas as unidades de urgências médicas, básicas e de Saúde da Família até o final deste ano, cada paciente será submetido à classificação assim que chegar à unidade de atendimento, durante a abordagem individual do paciente e será feita por um enfermeiro.
De acordo com a queixa ou sinal apresentado, os pacientes serão identificados com pulseiras de cores correspondentes a um dos seis níveis estabelecidos no sistema de classificação desenvolvido na cidade inglesa de Manchester.
As cores são

Vermelho (emergente - prioridade 1),
Laranja (muito urgente - prioridade 2),
Amarelo (urgente - prioridade 3),
Verde (pouco urgente - prioridade 4),
Azul (não urgente - prioridade 5) e
Branco (atendimento eletivo - prioridade
6).
Idosos, crianças, gestantes e pessoas com deficiências terão preferência garantida dentro de cada nível de prioridade.
Com isso, explica a secretária municipal da Saúde, Eliane Chomatas, o objetivo é garantir que os casos realmente mais importantes do ponto de vista do risco para a saúde tenham precedência sobre os demais. “Queremos garantir o atendimento a todos, mas principalmente a quem está mais vulnerável num dado momento da sua vida. Isso é segurança e qualidade de atendimento tanto para quem precisa de atendimento quanto para quem presta esse serviço”, resume.
No caso das unidades básicas e de Saúde da Família que forem demandadas por pacientes em situação de emergência, o atendimento a ser prestado depois da classificação abrangerá estabilização e acompanhamento no local. Isso será feito enquanto é aguardada a chegada do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) para transferir o paciente para o CMUM ou hospital mais próximo.
Para os demais pacientes o fluxo de atendimento continuará o mesmo: consulta de enfermagem, consulta médica e procedimentos decorrentes (como dispensa de medicamentos e agendamento de exames).

A novidade está sendo informada ao público interessado por meio de cartazes e distribuição de folderes. Primeira paciente a passar pela classificação, Jéssica de Oliveira Pelegrino, de 14 anos, ganhou uma pulseira verde (prioridade 4, correspondente a caso pouco urgente) às 7h27 desta terça, pouco depois de chegar ao CMUM Sítio Cercado, e entrou no consultório médico às 7h50. “Foi tranquilo. Tomara que passe logo”, disse a estudante de 8ª série, referindo-se a um incômodo na região do pescoço. Ela estava acompanhada pela avó, Vera Lúcia Silva de Oliveira.
Para o membro da Subcomissão de Acompanhamento dos CMUMs no Conselho Municipal de Saúde, Roque Basso, a classificação de risco é um esforço para melhorar o atendimento. “Se Curitiba já tinha um bom serviço para situações mais graves, agora só pode melhorar”, disse. “Estamos otimistas e motivados”, declarou a autoridade sanitária do CMUM Sítio Cercado, Tânia Mass, referindo-se à equipe da unidade.
A classificação de risco baseada no Protocolo de Manchester começou a ser implantada depois de 14 meses de treinamento das equipes de saúde. Durante esse período, 8.073 participantes distribuídos em 328 turmas passaram por 63.306 horas de capacitação.
 


SILMARA RIBAS

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