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Essa semana, a literatura perdeu o escritor gaúcho, Moacyr Scliar. Nós, também. O corpo nem tinha esfriado e já havia candidatos para a sua vaga. Um disse que não, depois aceitou, depois renegou outra vez. Estou falando, claro, de Ferreira Gullar, sempre um grande poeta, mas que se tornou um chato. Lembram-se quando FHC o tirou da presidência da Funarte e ele reagiu como se aquilo fosse posto vitalício? Impressionante, o bico assassino que um jogador panamenho, José Luís Moreno, que joga na Colômbia, deu numa corujinha, mascote do time adversário, que caiu no campo, depois de uma bolada. O jogo parou para que a coruja fosse retirada, mas Moreno, cujo time perdia, foi lá e adiantou o expediente, chutando o bichinho longe. E ele morreu, claro. Mas o que mais abalou a semana, foi o assassinato da menina Lavínia, de seis anos, pela amante do pai. Falam que houve um cúmplice para tirar a criança de casa, entre 4 e 6 da manhã. Como soe acontecer, a amante não deve durar muito na cadeia, e na própria delegacia teve que ficar isolada para não ser jantada pelas outras presas. A fdp ainda comprou batatas fritas pra menina, antes de executá-la. É a Fera da Penha do século XXI. Para quem não sabe, Neyde Maria Lopes, hoje com 73 anos,a Fera da Penha, assassinou com um tiro na nuca a menina Tânia, de 4 anos, e depois pôs fogo no seu corpo, em meados de 1960. Dos 33 anos a que foi condenada, pagou 15 e saiu por bom comportamento. Está por aí. À época, o terror se instalou na cidade e lembro que não podíamos descer do ônibus escolar, na porta de casa, se alguém conhecido não nos pegasse DENTRO, quase, da condução. Na Líbia, já são milhares de mortos. Hugo Chávez propôs que Lula ( que esta semana ganhou seus porimeiros 200 mil reais como conferencistas, pois este é o preço cobrado por ex-presidentes...) intermediasse uma conversa entre Kadhafi e a oposição, como se o ditador sanguinário estivesse algum dia se interessado por diálogos com opositores. Mas nem tudo são nuvens cinzas e pesadas.Vejam que legal:o Galo da Madrugada, maior bloco de rua do mundo, com 2 milhões de foliões, apoiará este ano a Campanha Nacional da Acessibilidade. O Galo levará às ruas do Recife (PE), hoje, sábado, um bandeirão da campanha, com 18m x 25m, faixas e um grupo de foliões militantes dos Direitos Humanos, formado por pessoas com deficiência, crianças e adolescentes, pessoas idosas e população LGBT. A concentração da Ala da Acessibilidade será na Praça Sérgio Loreto, no centro de Recife, a partir das 7 horas. Seria o máximo se todos os grandes blocos fizessem isso, idem as escolas de samba, todos com uma ala para e com pessoas com deficiência. Confesso que acho Emir Sader um mala sem alça e sem rodinhas, e um autocrata mal disfarçado. Foi bom ter ido sem ter sido presidente da Casa de Rui Barbosa, que queria transformar num centro de estudos sobre os feitos do governo Lula - que o convidou, depois de destituído por ter chamado Ana de Hollanda de “meio autista”, para integrar o Instituto Lula, a ser criado. Lá, sim, é o lugar para os estudos petistas que Sader quer fazer. No seu lugar, entrou Wanderley Guilherme dos Santos. Espero que consiga fazer o concurso público de que a Casa tanto necessita e aumentar a verba para os pesquisadores. Mas a ministra Ana de Hollanda não saiu ilesa do episódio. Demorou para reagir. Depois da entrevista na Folha, há uma semana, em que a chamou de “meio autista”, numa quebra hierárquica sem precedentes e numa falta de respeito impressionante, a ministra tinha que ter decidido pela saída imediata dele, o que foi feito pela presidente Dilma Rousseff. Também no episódio dos direitos autorais, cujos estudos feitos há 3 anos foram suspensos, assim como a sua modificação, pupila dos olhos dos ex-ministros Gilberto Gil e Juca de Oliveira, a ministra se comunica pouco com a sociedade civil. A Comunicação do MinC, que nunca foi boa, e, até agora, está pior do que era. Uma coisa é obrigar o sujeito que cria a ter que ceder seus direitos autorais. Outra coisa é impedir que o faça. Falta, na verdade, muita discussão sobre o assunto, por mais audiências públicas que o governo anterior tenha feito sobre o assunto. Na Alemanha, duas lésbicas resolveram cobrar pensão do pai da criança que tiveram por inseminação artificial. O cara respondeu a um anúncio de jornal, mas, como também não deve bater bem da bola, passou a visitar a criança e se ligou a ela. Foi o suficiente para as mães entrarem na Justiça - o que é uma tremenda sacanagem com o doador e com a criança. Ou não? Se a moda pega, vai ter que ser feito um documento oficial que proíba o doador de visitar e manter contato com a criança, e as mães de pedirem pensão ao cidadão. Sob o risco das homossexuais não conseguirem mais fazer inseminação artificial. Deu na Ambiente Brasil e o texto na íntegra está lá no site: Mulheres indígenas do Brasil e da Amazônia querem debater com mais propriedade a Lei Maria da Pena. Para isso, participam nos próximos dias 17 e 18 deste mês, em Brasília, de um encontro para elaborar a metodologia que será adotada em seminários e oficinas sobre a legislação que acontecerão ao longo de 2011. O evento é promovido pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e atende às solicitações das mulheres indígenas apresentadas no Planejamento de 2010 da Coordenação de Assuntos Geracionais da Funai e nas oficinas sobre a Lei Maria da Penha, realizadas entre 2008 e 2010. De uma certa maneira, não deixa de ser uma forma de inclusão, né? Pelo menos, elas resolveram parar de levar porrada sem fazer nada. Há também um artigo muito interessante da escritora indígena, Eliana Potiguara, sobre literatura indígena como forma de resistência. Vale dar uma olhada. É com imensa satisfação que aviso a vocês que, exatamente daqui a um mês, vou estrear uma coluna mensal no caderno Razão Social, d’O Globo, sobre todos os segmentos que trato no site: pessoas com deficiência, LGBT, trabalho escravo, pedofilia, negros, mulheres, ciganos, e todos mais. É a primeira vez que um órgão da imprensa formal abre espaço pra isso, sinto-me honrada por ser quem conseguiu marcar esse gol e espero que, logo, logo, o espaço aumente sua periodicidade. Vai se chamar Razão Com Cidadania. Batalhei 14 anos para conseguir levar/trazer essa discussão para a mídia. Na pág. 12 da Carta Capital que chega hoje às bancas, Mino Carta ( A maior desgraça – três séculos de escravidão vincam até hoje os comportamentos da sociedade brasileira ) conta, entre muitas outras coisas, que, em cada 3 assassinatos, 2 são de negros, neste país tão bonzinho e cheio de boas intenções, e que sempre anda na contramão de si mesmo. Depois de anos de polianices, Lula deixou um “pibão”de 7,5%, mas a inflação está aí, e era uma palavra que o governo dele varreu pra debaixo do tapete. Agora, em 2 meses, a Taxa Selic aumentou 2 vezes. Quem faz compras, quais sejam, sabe que os preços estão subindo, da saca de cimento ao quilo de café. Tia Dilma vai ter que rebolar, ainda mais agora que teve, mais uma vez, que corrigir seu currículo, que dizia que era economista, quando, na verdade, fez Ciências Sociais. Já tinha havido aquele episódio dos falsos pós-graduação e mestrado. É como aquele negócio dela dizer, no Senado, que foi presa com 19 anos, quando o foi com 22. Pra quê? Pra ser desmentida e ter que se corrigir? “Vou beijar-te agora/não me leve a mal/hoje é Carnaval” (Zé Keti e Pereira Matos) – Máscara Negra vai ser uma das músicas do CURTIR TAMBÉM É CIDADANIA hoje. Cuidado com a jaca, quando for pisá-la. Bom fim-de-semana! Bom Carnaval! Marcia de Almeida Editora www.emdiacomacidadania.com.br | ||||
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