Referência no tratamento da aids, David Uip diz que números sobre a epidemia no Brasil não condizem com os dados mundiais Diretor do Departamento de Aids, Dirceu Greco, explica que se trata de uma estimativa dentro de uma pequena margem de erro 01/12/2010 - 20h45 Minutos antes do Ministério da Saúde divulgar nesta quarta-feira, em Brasília, os novos números da aids e informar que há uma estabilização da epidemia em torno de 630 mil casos da doença no país, David Uip (foto), um dos maiores especialistas no assunto, disse, em São Paulo, que essa estimativa “vai contra os dados mundiais”. “As Nações Unidas informam que cerca de 7 mil novas infecções ocorrem todos os dias em todo o mundo. Essas infecções afetam diretamente o Brasil”, justificou o diretor do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. De acordo com o Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV e Aids (Unaids), um de cada três soropositivos na América Latina é brasileiro. A projeção do número de pessoas infectadas no Brasil, segundo o Unaids, cresceu nos últimos anos, ficando entre 460 mil e 810 mil pessoas em 2009, contra um mínimo de 380 mil e um máximo de 560 mil em 2001. Já os novos números da aids no Brasil, atualizados até junho de 2010 pelo Ministério da Saúde, apontam que a epidemia está estável e a taxa de incidência oscila em torno de 20 casos de aids por 100 mil habitantes. A Pasta informa ainda que a estimativa atual continua sendo de 630 mil pessoas vivendo com HIV e aids em todo o país. Falando para médicos, estudantes e outros interessados no assunto, David Uip disse também ser “absolutamente contra a quebra de patentes de medicamentos”. Ele acredita que se trata de um “desrespeito à intelectualidade” e desmotiva investimentos em pesquisas. O infectologista participou de um ciclo de palestras promobido pelo Emílio Ribas em referência ao Dia Mundial de Luta contra a Aids. Governo responde Segundo o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepaites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco, “o mais importante é que a prevalência de HIV na população dos 15 aos 49 anos continua estabilizada num patamar baixo de 0,6%”. Quanto aos 630 mil casos totais de HIV e aids no país, o representante do Ministério da Saúde disse que se trata “justamente de uma estimativa”, e que “esse número pode ter sofrido uma pequena alteração para mais ou para menos nos últimos três anos, mas que se manteve nessa média.” Os fatores citados por Dirceu como variantes são o registro de novas infecções, cerca de 38.500 em 2009, e de mortes, aproximadamente 12 mil por ano. Sobre a quebra de patentes, Dirceu usou palavras ditas pelo Diretor do Unaids, Michel Sidibé, ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando o Brasil decretou o licenciamento compulsório do antirretroviral efavirenz, fabricado pelo laboratório norte-americano Merck Sharp and Dohme (MSD). “O Brasil serviu como exemplo de negociação para o mundo, e essa negociação, feita com base nas leis da OMC (Organização Mundial do Comércio), mostrou que é mais importante negociar a saúde das pessoas que os interesses econômicos.” Em 2007, o governo brasileiro quebrou a patente do efavirenz, alegando que a importação genérica deste medicamento e a produção nacional permitiriam ao país economizar cerca de US$ 237 milhões até 2012, quando vence a patente. Lucas Bonanno Fonte: Agência de Notícias da Aids |
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