Infelizmente essas considerações, por mais dolorosas e incomodas que sejam, refletem, senão uma realidade, ao menos uma tendência cada vez mais forte.
Fica dificil encontrar culpados e, se nessa avaliação não tivermos bastante cuidado, ainda corremos o risco de entrar no antropofagismo cruel, dilacerando as frágeis amarras que ainda nos unem enquanto movimento social organizado.
Ter na figura dos apoiadores, mesmo quando esses são entes governamentais, por mais delicada que seja, não pode, em hipótese alguma, ser sinônimo de apatia, conformismo, subserviência ou atrelamento ideológico. O grande desafio entretanto, por mais lúcidos, coerentes, engajados e militantes que sejamos, é encontrar um ponto de equilibrio entre a nossa capacidade gestora, seja de projetos, seja de instituições, com os parcos recursos que os editais nos apresentam e em contra partida com as exigências cada vez mais exdrúchulas dos governos (que cobram mas não cumprem suas obrigações nem aplicam os recursos como deveriam) e das agências, cada vez mais equipadas e bem pagas, porén, da mesma forma, cada vez mais exigentes e autoritárias.
Enfim, mobilizar novos parceiros e ativistas está realmente difícil. Manter os antigos na ativa, da mesma forma, também está difícil. Afinal de contas está difícil ter disponibilidade para tantos congressos, reuniões, capacitações etc... etc... e, por uma necessidade comum a tod@s, pagar as contas, comprar comida e, se ainda sobrar ânimo, manter-se na vanguarda.
Roberto Pereira
Coordenação Geral
Centro de Educação Sexual - CEDUS
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20021-130 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil
Tel: (21) 2544-2866 Telefax: (21) 2517-3293
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