publicado em 17/09/2010 às 10h45:
Faltam médicos para paciente com HIV em SP
70% profissionais que prescrevem remédios contra doença não são infectologistas
Robson Fernandes/12.set.2007/AE
Portador do vírus HIV recebe coquetel de
remédios contra a doença em São Paulo
Um estudo inédito da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) alerta para o número insuficiente de médicos que cuidam de pessoas que vivem com o HIV no Estado de São Paulo e a falta de preparo da maior parte do grupo. Também revela que 61% dos profissionais defendem a criminalização de portadores que transmitem o vírus da Aids a parceiros sexuais - o que contraria orientação das autoridades de saúde brasileiras e das Nações Unidas.
Segundo o trabalho, a região de Franca, no norte do Estado, que concentra a maior incidência de Aids em território paulista, tem também a pior distribuição de pessoas habilitadas para prescrever remédios antirretrovirais, usados no tratamento da doença. Ainda de acordo com o estudo, 70,9% dos 2.361 médicos que prescreveram antirretrovirais de outubro de 2007 a maio de 2009 não tinham formação em infectologia.
O Perfil do Médico Prescritor de Antirretrovirais no Estado de São Paulo, trabalho de conclusão de pós-doutorado apoiado pelos governos federal e do Estado de São Paulo, também mostra que o atendimento da maioria dos pacientes acaba concentrado nos médicos especializados - o que os deixa sobrecarregados.
A pesquisa destaca ainda que os profissionais, em sua maioria, confiam nos medicamentos genéricos e defendem o licenciamento compulsório de remédios para favorecer sua produção. Porém, a maioria diz que o diagnóstico tardio ainda é uma limitação.
Do Portal R7
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