25/09/2010 - 10:55 - Atualizado em 25/09/2010 - 10:55
Vale tudo pelo malote dos Correios
Por trás da crise que derrubou Erenice Guerra estão a disputa entre PT e PMDB pelos Correios e a criação de uma nova estatal. Pode ser só o começo
Marcelo Rocha e Murilo Ramos
Em junho, em uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros e o então presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio, a então chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, afirmou que os Correios enfrentavam uma crise operacional. Para exemplificar o quadro e constranger Custódio, Erenice contou a história de um envelope enviado por Sedex a ela a partir de Santo Antônio de Posse, no interior de São Paulo, para Brasília. Segundo ela, o pacote teria demorado entre quatro e cinco dias para chegar. Lula ficou mais impressionado com a origem do documento do que com a informação da demora do Sedex. “Santo Antônio de Posse é a terra do Neto (ex-jogador do Corinthians e comentarista de futebol)”, disse Lula. “Mas o que é que você tem lá?” Erenice afirmou: “Meu marido é de lá”. Há pouco tempo, soube-se que o marido de Erenice, o empresário José Roberto Camargo Campos, foi beneficiado por decisões da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e tem cinco empresas de consultoria de telecomunicações e energia em Santo Antônio de Posse, a “cidade do Neto”.
NO RADAR
Ofícios em que o presidente dos Correios pede à Polícia Federal e à Abin que investiguem localizadores instalados nos carros da estatal. Parecia espionagem, mas era fiscalização
Ofícios em que o presidente dos Correios pede à Polícia Federal e à Abin que investiguem localizadores instalados nos carros da estatal. Parecia espionagem, mas era fiscalização
Leia a reportagem em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI174650-15223,00.html
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