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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Polícia Federal do Rio investiga fraudes com precatórios em ONGs Do RJTV Segundo a polícia, quadrilha desviou mais de R$ 1 milhão desde junho.

Polícia Federal do Rio investiga fraudes com precatórios em ONGs

Do RJTV

Segundo a polícia, quadrilha desviou mais de R$ 1 milhão desde junho.

Funcionários da Caixa e da Justiça estão entre os suspeitos.

A Polícia Federal do Rio investiga um esquema de fraudes que desviava dinheiro da União para Organizações Não Governamentais (ONG) de fachada ou fantasmas usando precatórios - pagamentos determinados pela Justiça a pessoas ou empresas que ganham causas contra o governo. As investigações apontam para o envolvimento de funcionários da Caixa Econômica Federal e da Justiça. Segundo a PF, desde junho, a quadrilha desviou mais de R$ 1 milhão.

No esquema, pessoas com fichas limpas eram orientadas pelos criminosos a abrir ONGs de fachada com a promessa de receber parte do dinheiro. A quantia era transferida, sem autorização judicial, das contas do governo para as ONGs, em transações pela internet. Em seguida, as instituições repassavam os recursos para terceiros, que transferiam o montante para outras ONGs em nomes de laranjas ou já desativadas.

Médico é preso

Os altos valores dos repasses chamaram a atenção de fiscais do governo. Foi assim que a PF chegou ao médico Belizário de Lima Pereira, presidente de uma ONG em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, preso em flagrante no dia 1º de julho, numa agência da Caixa, no Centro da cidade, quando, segundo a polícia, iria fazer novos saques. O médico negou todas as informações e afirmou que só irá se manifestar em juízo.

Segundo a polícia, ele deve responder por estelionato e formação de quadrilha. O juiz da 3ª vara Criminal Federal do Rio, Roberto Schuman, já negou dois pedidos de liberdade encaminhados à Justiça pelos advogados de Belizário. Na decisão, o magistrado rejeitou o relaxamento de prisão alegando que ela foi feita no mesmo dia em que havia vários agendamentos a serem efetivados pelo médico. A PF agora investiga se existe relação entre o dinheiro desviado e campanhas políticas.

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