JORNAL DE BRASILIA - DF | POLÍTICA

DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS | CONTRACEPTIVOS

07/06/2010

Projeto propõe 14 de janeiro

O sexo pode ganhar uma data comemorativa. O Projeto de Lei 7041/10, do ex-deputado Edigar Mão Branca (PV-BA), pretende instituir a data de 14 de janeiro como Dia Nacional do Sexo.

A ideia, segundo o parlamentar, é "estabelecer um dia para pensarmos e discutirmos juntamente com a população uma ou várias maneiras seguras, responsáveis e prazerosas de praticar sexo".

DEBATE DISTORCIDO

Edigar Mão Branca admite que o assunto é polêmico, mas afirma que diversos setores da sociedade já se mostraram favoráveis à criação do Dia do Sexo. O ex-deputado escolheu o dia do próprio aniversário para comemorar o dia do sexo.

"A questão sexual está sendo tratada de forma distorcida, como uma mercadoria suja, e temos a obrigação de rechaçar essas distorções. Sexo não está atrelado somente ao prazer e ao comércio, mas também à preservação familiar", argumenta o ex-parlamentar.

De acordo com Edigar Mão Branca, pesquisa realizada pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo apontou que o brasileiro, na hora do sexo, se preocupa primeiramente em satisfazer o seu parceiro do que com a contaminação de doenças sexualmente transmissíveis.

A proposta tramita de forma conclusiva nas comissões de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

OUTRO DIA

Em 2008, uma marca de PRESERVATIVOS deu início a uma campanha para que o dia 6 de setembro fosse considerado o Dia do Sexo. A escolha da data se era inspirada no número 69 (6/9), tido como sugestivo no que diz respeito às relações sexuais.

Desde então, o dia tem sido considerado, extra-oficialmente como o Dia Nacional do Sexo. Caso o Congresso Nacional aprove o projeto de Edigar Mão Btanca, e o dia 14 de janeiro se torne data oficial, a intenção é fazer com que, nesse dia, haja ações voltadas para o assunto, como campanhas de prevenção contra doenças sexual-mente transmissíveis e de conscientização sobre sexo seguro e saudável. Para tanto, espera-se o apoio da sociedade e do Poder Executivo, como o Ministério da Saúde.