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quinta-feira, 24 de junho de 2010

- Novo teste de papel analisa a saúde do fígado

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REVISTA GALILEU | NOTÍCIAS

AIDS | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS

23/06/2010

23/06/2010 - Novo teste de papel analisa a saúde do fígado

Exame ajudará tuberculosos e aidéticos de países pobres, cujo acompanhamento laboratorial é muito caro

por Redação Galileu

Aparentemente, os exames médicos com papel estão em alta. Depois de um teste de tipo sanguíneo de farmácia, agora foi criado um que diagnostica a saúde do fígado. Desenvolvido pela Diagnostics for All (Diagnósticos para todos), uma organização não-governamental de Massachusetts, Estados Unidos, o teste é do tamanho de um selo postal e custa centavos de dólar.

Ele foi pensado especialmente para ajudar pacientes de tuberculose e portadores do vírus HIV, cujos tratamentos são geralmente agressivos, danificando o órgão. Esse tipo de paciente já conta com testes laboratoriais nos países desenvolvidos, uma vez por mês. Nos países em desenvolvimento, no entanto, a história é outra. "As pessoas não são testadas porque os testes atuais são caros , difíceis de obter ou têm resultados que demoram muito para sair", explicou Nira Pollock, especialista em doenças infecciosas de Harvard, à revista Technology Review. Segundo ela, muitos pacientes de HIV e tuberculose, nesses países, acabam morrendo por causa dos danos que os medicamentos provocam no fígado (e que ficam sem acompanhamento).

O novo teste funcionará da seguinte maneira: o paciente faz um furo no dedo e pinga uma gota de sangue no exame; as diferentes lâminas de papel dentro filtram o plasma do sangue; reagentes sensíveis a moléculas que o fígado libera quando está danificado irão interagir com a amostra; essa reação química produzirá cores que indicarão o quão lesado está o órgão. Os médicos, então, podem fotografar a amostra e enviá-la para análises mais aprofundadas em laboratórios especializados.

A Diagnostics for All e o Beth Israel Medical Center trabalham juntos para calibrar e validar o exame, que eles pretendem popularizar no terceiro mundo e, depois, ampliar para novos diagnósticos baratos em papel.

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