Saúde: grávida com HIV terá orientação GLOBO

05/05/2010

Governo prepara estudo com recomendações a soropositivas que queiram ter filhos

BRASÍLIA. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, confirmou ontem que o ministério aguarda resultado de um estudo, segundo ele ainda sem conclusão, para editar uma recomendação sobre a gravidez de portadoras de HIV. A partir dos resultados da pesquisa, que está sendo feita pelo DEPARTAMENTO DE DST/AIDS e Hepatites Virais do ministério, o governo elaborará uma série de orientações para as mulheres soropositivas que desejam ter filhos. Temporão não quis antecipar quais serão as recomendações, mas negou que haja alguma contradição com a política do governo de pregar o sexo seguro, com o uso do PRESERVATIVO.

- Ainda não há nenhuma conclusão sobre como isso vai ser feito. Ainda temos um longo caminho pela frente. O trabalho ainda precisa ser concluído e o ministério precisa receber as recomendações.

Nós temos de minimizar, de todas as maneiras, o risco, para que seja uma gravidez segura e o bebê nasça com saúde - explicou o ministro, ao sair de audiência pública no Senado.

As declarações de Temporão foram dadas após reportagem do jornal "Folha de S.Paulo" sobre o tema. O ministro reforçou que ainda não há uma definição sobre se o governo adotará ou não um programa de incentivo à reprodução entre soropositivas. Ele disse, no entanto, que o objetivo do trabalho é garantir que todas as mulheres que desejam ter filhos o façam em condições seguras.

- Não há nenhuma definição sobre isso. É claro que o que nós queremos é que todas as brasileiras que queiram ter filhos o tenham em condições seguras para si e para seus bebês.

Este é o objetivo do trabalho - explicou.

A pesquisa tenta identificar períodos em que a presença do vírus no organismo da mãe ou do pai SOROPOSITIVO esteja baixa, reduzindo os riscos de contração da doença pelo(a) parceiro(a) e pelo bebê.

Mãe continuaria com ANTIRRETROVIRAIS na gestação

No caso de a mãe ser a portadora do HIV, a recomendação seria que ela continuasse, durante a gestação, tomando os remédios ANTIRRETROVIRAIS.

Ao nascer, a criança também tomaria os medicamentos e não poderia ser amamentada pela mãe.
Cortesia: Clipping Bem Fam(05/05/010)