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Os brasileiros têm sentido neste ano o avanço da inflação. O índice oficial do governo, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumulou alta de 2,06% no primeiro trimestre. Os grupos de bens e serviços, que apresentaram as elevações mais acentuadas, foram justamente os mais importantes para a maioria das famílias: alimentação e bebidas, educação e serviços pessoais, como manicure, salário de empregada doméstica, etc. E no seu orçamento? O que está pesando mais?
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A inflação não é sentida pelos indivíduos da mesma maneira. Os institutos de pesquisa trabalham com índices gerais, que refletem a realidade de grupos sociais ou níveis de renda específicos. Por isso, quando os preços começam a subir com maior intensidade, é importante acompanhar de perto quais despesas têm maior impacto no orçamento de sua família. Esta postura mais proativa, argumentam os especialistas em finanças pessoais, é essencial para reorganizar seus gastos e evitar recursos emergenciais, como o uso do cheque especial.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disponibiliza uma cartilha que ensina cada família a calcular sua própria inflação. O método é simples: basta anotar os gastos e, no fim de cada mês, medir o quanto o custo de vida aumentou em relação ao mês anterior (veja como calcular no infográfico abaixo).
De acordo com André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), esse controle não serve apenas para a família ter idéia exata do tamanho de sua inflação. "Isso é mera curiosidade, o importante é entender de que maneira se podem combater desperdícios no próprio orçamento. Para descobrir os gargalos, basta monitorar as despesas", explica.
O cálculo do IBGE, além de ajudar no acompanhamento geral do custo de vida da família, também serve para identificar que grupo de bens ou serviços está pressionando mais fortemente a inflação de cada um. "Como meu salário é fixo, se está aumentando de um lado, eu tenho de reduzir de outro", esclarece Myrian Lund, professora de finanças pessoais da FGV.
A inflação brasileira deve encerrar este ano em 5,42% conforme projeção mais recente dos economistas consultados pelo Banco Central. Considerando o histórico do país, em que o IPCA chegou a superar 2 000%, a previsão para 2010 não chega a ser alarmante. Mesmo assim, uma perda de poder aquisitivo desta magnitude significa um valor considerável para o orçamento familiar de um ano.
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