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terça-feira, 11 de maio de 2010

Cnbb e Pedofilia

CNBB lançará guia de combate à pedofilia

O Estado de S. Paulo - 11/05/2010

Abusos sexuais contra menores praticados por padres em dioceses[br]brasileiras foram debatidos na 48ª Assembleia Geral da conferência

Após debater em duas sessões os casos de abusos sexuais contra menores praticados por padres em dioceses brasileiras, o plenário da 48.ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) decidiu ontem publicar uma cartilha que servirá de guia para o episcopado combater os crimes de pedofilia.

A cartilha será redigida, em uma primeira versão, pela comissão de bispos, padres e assessores, alguns deles psicólogos, que encaminhou a discussão no plenário. O manual será distribuído nos próximos meses, após aprovação do Conselho Permanente, órgão de cúpula da conferência.

O plenário decidiu ainda que, em vez de a Assembleia Geral publicar um texto sobre a pedofilia, a presidência da CNBB divulgará uma declaração no encerramento da reunião de Brasília, nesta quinta-feira.

"Em minha opinião, uma tomada de posição oficial da assembleia teria mais força", reagiu o arcebispo da Paraíba, d. Aldo Pagotto, com o argumento de que a sociedade espera atitudes mais contundentes da Igreja. O arcebispo acredita, no entanto, que o presidente da CNBB, d. Geraldo Lyrio Rocha, vai refletir em seu texto a preocupação e o clima das discussões do plenário.

Para o bispo de Franca (SP), d. Pedro Luiz Stringhini, que enfrenta um caso de pedofilia em sua diocese, a questão foi debatida com seriedade e com transparência, sem nenhuma preocupação de esconder o crime ou de proteger os criminosos. O bispo de Penedo (AL), d. Valério Breda, fez uma exposição sobre os casos registrados em Arapiraca, em sua diocese.

Diferentes caminhos. Citando uma intervenção de d. Joaquim Mol, bispo auxiliar de Belo Horizonte, d. Pedro Luiz traçou o caminho que a Igreja deve seguir: "Para o pecado, o perdão; para o crime, a punição; para a patologia, o tratamento." O roteiro não exclui a denúncia dos criminosos às autoridades civis, prevista recentemente pelo Vaticano.

D. Sinésio Bohn, bispo de Santa Cruz do Sul (RS), afirmou que a questão da pedofilia entrou nos debates dos grupos que estudam novas diretrizes para a formação de padres. "Nós temos de adotar métodos científicos, com a ajuda de psicólogos, por exemplo, para evitar que eventuais futuros pedófilos sejam ordenados sacerdotes", declarou.

Cortesiao Clipping Bem Fam(11/05/010)

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