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DIÁRIO CATARINENSE - SC |
AIDS | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS | ANTIRRETROVIRAIS
01/05/2010
Chegou, mas ainda é pouco
Remessa do medicamento é suficiente para atender aos doentes apenas durante o mês de maio
Ontem, depois de um mês de espera, um nova remessa do antirretroviral Lamivudina, um dos principais remédios no tratamento de quem vive com o HIV, chegou a Santa Catarina. A notícia deixa os cerca de 3,2 mil usuários do medicamento mais tranquilos. De acordo com Iraci Silva, gerente da DST/HIV/AIDS, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), os 180 mil comprimidos são suficientes para atender a demanda do mês de maio.
Mas, como as últimas remessas enviadas pelo Ministério da Saúde foram reduzidas, o estoque estratégico do medicamento ainda não está completo.
- Trabalhamos sempre com uma quantidade suficiente para atender os pacientes durante dois meses. Isso é importante porque temos pacientes novos e outros que trocam de medicamento. Mas já estamos mais aliviados. Acredito que aos poucos vamos conseguir normalizar nosso estoque e a distribuição - explica Iraci.
Os comprimidos já foram enviados para as 48 Unidades Dispensadoras de Medicamento (UDM) do Estado e todos os pacientes que usam os remédios serão avisados. Cerca de 11 mil pessoas utilizam os ANTIRRETROVIRAIS no Estado.
Durante este período de abastecimento irregular e falta de medicamentos, muitos pacientes foram orientados pelos seus médicos a trocar os remédios, que são compostos por três ou quatro componentes diferentes.
O infectologista Luiz Escada explica que a troca de medicamento exige uma adaptação, que pode ser simples ou complexa e isso depende do paciente. Segundo ele, todo remédio pode causar efeitos adversos, como náuseas e diarreias.
- É claro que não é uma coisa agradável, mas a gente sempre consegue compor um esquema alternativo. O maior problema nestes casos é o estresse enfrentado pelos pacientes que acabam ficando preocupados com novas ocorrências de desabastecimento - esclarece.
Escada também conta que os ANTIRRETROVIRAIS não são encontrados nas farmácias. É preciso encomendar em importadoras ou comprar em farmácias online. Além disso, o medicamento é muito caro e pode custar, em média, R$ 1 mil o tratamento mensal.
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