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segunda-feira, 8 de março de 2010

Para ativistas, plano de enfrentamento das DST e aids em mulheres não teve integração e orçamentoD


Para ativistas, plano de enfrentamento das DST e aids em mulheres não teve integração e orçamento





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08/03/2010 - 9h20

Segundo Nair, o processo de criação do plano começou em 2005. “Era para ser um plano integrado, inaugurar o marco em integrar políticas, além de contar com parceria técnica e financeira. A área de aids sempre sonhou com isso, mas nunca aconteceu de fato.” Para ela, o plano não passou de um “show político”. “Nunca houve um orçamento específico e nenhum dos parceiros foi responsabilizado. Toda vez que há um interesse político, o plano reaparece”, complementou.

Jenice Pizão, integrante do movimento das Cidadãs Posithivas, fez as mesmas críticas. “Não tem orçamento, isso é o grande nó. Além disso, na última enquete rápida das cidadãs, nos 27 estados, cerca oito participaram das discussões sobre a epidemia entre mulheres. Mesmo assim, elas tiveram dificuldades para contribuir. Os gestores locais não foram sensibilizados”, contou.

A ativista também foi questionada que nota atribuiria à execução do plano em andamento desde 2007. “É três. As parcerias deveriam acontecer. Não sei se isso é falta de verbas ou se os gestores não percebem a gravidade da aids”, comentou. Na opinião dela, um dos motivos é falta de capacidade técnica. “Em questões locais, os gestores de aids, principalmente os municipais e alguns estaduais, são políticos e não têm capacidade técnica. Esse é um dos grandes problemas quando se pensa em descentralização de políticas públicas, por isso minha nota é baixa.”

Já a militante Jussara Portugal, ativista da ICW Latina (Comunidade Internacional de Mulheres) no capítulo brasileiro, elogiou o plano. “Tivemos diversas ações no ano passado, principalmente as reuniões macro-regionais como implantação de política pública. O plano está dentro das metas de políticas públicas de mulheres e contempla o que nós queremos enquanto mulheres”, disse.

No entanto, segundo ela, falta divulgação para as pecientes sobre a existência do documento. “Nós precisamos nos capacitar mais para ampliar o conhecimento desse plano na ponta para fazer um controle social maior.”

A única ressalva feita pela ativista é que as ações do plano focalizam bastante as mulheres em trabalho de parto. “Temos que ter políticas de saúde integral, independente das mulheres serem gestantes”, finalizou.


Rodrigo Vasconcellos

De;www.agenciaaids.com.br

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