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domingo, 28 de março de 2010

Lá , como Cá

Atualizado em 26 de março, 2010 - 14:54 (Brasília) 17:54 GMT, BBC Brasil

Grã-Bretanha

Casal de babás é condenado por morte de menino na Grã-Bretanha

Ryan Lovell-Hancox (arquivo)

Ryan teria várias marcas de ferimentos quando morreu

Um casal de babás, acusado de matar uma criança de três anos no Natal de 2008 na cidade de Bilston, Grã-Bretanha, foi considerado culpado de assassinato pela Justiça britânica.

Christopher Taylor, de 25 anos, e Kayley Boleyn, 19, negam as acusações. Os dois também foram condenados por crueldade contra criança. A sentença será determinada ainda em 2010.

O menino Ryan Lovell-Hancox morreu no hospital no dia 24 de dezembro de 2008 devido a ferimentos no cérebro, depois de sofrer mais de 70 ferimentos pelo corpo.

O julgamento durou quatro semanas. Durante as audiências a mãe da criança, Amy Hancox, de 21 anos, contou como deixou Ryan aos cuidados do casal, pois "não estava dando conta". Ela pagava 20 libras por semana (cerca de R$ 53) para a criança ficar com o casal enquanto ela reformava o apartamento onde morava.

Banheira

Local onde Ryan Lovell-Hancox foi atacada por casal de babás (foto da polícia de West Midlands)

Local onde Ryan Lovell-Hancox foi atacada por casal de babás (foto da polícia de West Midlands)

Quando questionado pela polícia sobre a morte da criança em 2008, o casal alegou que Ryan tinha escorregado e caído na banheira.

Detetives acreditam que os dois esconderam Ryan de sua mãe no dia anterior ao que sofreu o ferimento que levou à sua morte, pois ele já apresentava sinais de contusões, incluindo um que deixou a marca de uma mão.

Os policiais acreditam que o dois praticaram a violência contra Ryan juntos e podem até ter estimulado um ao outro para atacar a criança.

Entre os abusos cometidos contra a criança, o casal gritou com Ryan até que ele urinasse e o obrigou a lamber sopa que caiu fora do prato.

A mãe da criança, Amy Hancox, viu o filho pela última vez em sua própria casa durante cerca de 20 minutos no dia 20 de dezembro. Hancox contou que a criança parecia nervosa e não queria sair de perto dela antes de a mãe deixar o filho novamente com o casal.

No dia 24 de dezembro Ryan morreu no Hospital Infantil de Birmingham, na região de West Midlands.

Amy Hancox conta que seu único crime foi "ingenuidade", pois Kayley Boleyn era conhecida de sua família e ela não via na acusada "sinais de maldade".

A polícia da região de West Midlands afirmou que não vai tomar medidas contra Amy Hancox, por ela ter deixado o filho sob os cuidados do casal.

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