Governo estuda importar tecnologia para a fabricação de preservativos femininos
Agência Aids de Notícias
12/03/2010
Esse alto preço dificulta o uso do insumo preventivo entre as mulheres de baixa renda, o que está motivando o governo a procurar pela transferência de tecnologia para a fabricação no Brasil com látex nacional.
A informação é do técnico da área de prevenção do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde Ivo Brito.
“Infelizmente, ainda hoje a camisinha feminina é de elite por conta do preço que é vendida nas farmácias”, comentou Brito durante sua participação nesta quinta-feira, 11 de março, na oficina de Parcerias Público-Privadas (PPP) na luta contra o HIV/Aids, a Tuberculose e a Malária em São Paulo.
Segundo o técnico em prevenção, se simularmos um uso do preservativo feminino numa média de três vezes por semana, a soma fica superior a 40 reais por mês.
“Isso pesa muito para uma família de baixa renda”, argumentou.
Brito disse que o Ministério da Saúde faz compras internacionais a um preço de aproximadamente R$ 1,80 por unidade, mas que vai negociar melhores preços tanto para compras estatais, quanto para a venda no comercio regular.
“O ideal seria nossa compra por 0,50 centavos de dólar (90 centavos de real) e uma média de cinco reais na farmácia, o que aproximaria dos preços das camisinhas masculinas personalizadas.”
O técnico disse ainda que neste ano as negociações serão mais “duras” com os fabricantes do produto.
“Fazemos o incentivo fiscal, mas mesmo assim os produtores alegam o custo alto da matéria-prima como forma de cobrar esses preços, mas temos que buscar mais alternativas”, comentou. “Uma ideia seria produzi-lo em Xapuri (na fábrica de preservativos já em atividade no Acre)”, finalizou.
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