30/03/2010 - 20h
O fato acontece depois da proposta brasileira ter sido classificada no ano passado na categoria três, ou seja, que não estava apta naquele momento ao financiamento, mas que poderia ser reapresentada e contemplada em futuras rodadas do Fundo diante de reformulações (saiba mais).
No total, a proposta brasileira de HIV foi rejeitada três vezes: a primeira em 2008, a segunda, mesmo com reformulações, em 2009 e a última em apelação também no mesmo ano. De acordo com o Fundo Global, o país “não forneceu uma descrição adequada das necessidades de capacitação das organizações não-governamentais e da sociedade civil para serem apoiadas no âmbito desta proposta”.
Em outras palavras, o Brasil não teria explicado exatamente como os recursos financeiros apoiariam a área.
“A rejeição reiterada deve estar apoiada em fatos. Então, só nos resta lamentar. É lamentável que um programa de 20 anos deixe passar uma oportunidade de tamanha relevância”, ressaltou Scheffer.
Na opinião do militante, o financiamento seria importante para complementar as ações já existentes.
" Isso (rejeição do Fundo Global) não condiz com o respeito que o programa brasileiro tem", acrescentou.
Scheffer informou também que a participação da sociedade civil na proposta foi política.
Para Lima Filho, “nunca ficou claro se houve ou não a contratação de uma consultoria externa para analisar essas propostas.”
Visibilidade
O vice-presidente do Gapa/SP, José Carlos Veloso, tem outra opinião. Para ele, as rejeições não aconteceram por falhas técnicas do Departamento, mas por causa da visibilidade do Brasil.
“A crise encolheu os recursos financeiros do Fundo Global e o Brasil tem uma imagem boa na área econômica. Embora não seja verdade, no exterior acreditam que toda a sociedade civil está bem aqui”, alegou.
Embora países como México e África do Sul que estão no mesmo patamar de classificação econômica que o Brasil, segundo o Banco Mundial, mas tiveram seus projetos de financiamento contra a aids aprovados pelo Fundo Global, Veloso acredita que “o Brasil tem uma visibilidade econômica maior e as políticas de aids promovidas pelo País são diferentes.”
Para ele, a saída para obter recursos do Fundo Global é o Brasil pensar em propostas realmente inovadoras nas próximas rodadas.
Redação da Agência de Notícias da Aids
DICA DE ENTREVISTA
Gapa/SP Tel.: (0XX11) 3333-5454
ONG Espaço de Prevenção e Atenção Humanizada Tel.: (0XX11) 5842-5403
Pela Vidda/SP Tel.: (0XX11) 3258-7729
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